Capitulo 7

Alice Greco

A morte do professor havia chocado grande maioria dos alunos, professores e funcionários da universidade, ele era bastante querido por todos. Fui ao seu enterro junto com parte de membros da faculdade, tudo para se despedir da pessoa incrível que ele era. Lembro-me das vezes que ele me aconselhou sobre assuntos que ele não sabia, nem entendia, mas sabia como acalmar um coração com palavras, ele parecia um anjo. Fiquei afastado da maioria, com roupas pretas e cabeça baixa, observando o caixão descer e aquele buraco ser fechado com monte de terra. Eu já não me encontrava tão entusiasmada para a boate a noite, porém tia Daniele não me deixaria desistir tão fácil, já que com a notícia ficou feliz e pretende me levar ao shopping e escolher um belo vestido para mim.   

  Resolvi deixar o cemitério o quanto antes. Na saída eu vi minha tia dentro do carro esperando por mim, abri a porta e entrei, ela deu partida.

— Vamos as compras!

— Acabei de sair de um cemitério, você tem estômago para compras?

— Não finja sensibilidade, Alice. Pessoas morrem todos os dias. 

— Não estou fingindo sensibilidade.

— Mesmo? E se soubesse que seu pai morreu? 

— Seria o dia mais feliz da minha vida. — Fui sincera na minha resposta.

— Sensível com um, fria com outros.. Você não me engana. — Nos encaramos e sorrimos. 

— Alguns realmente merecem morrer, enquanto outros morrem sendo tão bons. 

— O mundo não é lugar para pessoas boas, esses são considerado fracos. 

— Se ainda estou viva e livre daquele inferno, me torna uma pessoa ruim então? 

— Te torna sobrevivente.

    Tia Daniele desligou seu carro no estacionamento do shopping, descemos do veículo e entramos no grande estabelecimento. Passamos um tempo naquele lugar a procura de um lindo vestido para esta noite. Não estava tão animada para comprar um vestido, eu tina coisas importantes para fazer, como estudar, mas como aparenta na mente de minha tia que é a primeira vez em uma boate, ela está entusiasmada para me aprontar. Depois de irmos a diversas lojas, tanto de vestidos e calçados, compramos um lindo vestido vermelho e saltos altos da mesma cor. Voltamos para casa e fui diretamente para o quarto, levei as compras juntos comigo e jogue sobre a cama, apenas fui ao banheiro tomar um banho rápido e logo me aproximei da mesa de estudos. 

  Passei o resto do dia estudando, não fiz outra coisa além disso. Ignorei mensagens de Becca e Luana por um tempo, assim que terminei de estudar ouvi a porta do meu quarto ser aberta por tia Daniele.

— Vamos, está na hora.

— Vou tomar um banho, logo você dá um jeito na minha cara.

— O que não será trabalhoso. Já se olhou no espelho? Você é linda.

— Tá bom, tia. Assim que terminar meu banho eu te chamo. — Praticamente a expulsei do quarto e fui para o banheiro.  

   Após o banho eu parei em frente ao espelho da pia e encarei meu semblante, estava cansada e bastante pensativa sobre a morte do professor, ainda cujo o mesmo homem quem me ajudou a ingressar na faculdade. Embora a causa da morte seja um fator genético eu não conseguia espantar a possibilidade de algum assassinato. Fico no receio e no medo de que Sebastian Mortalla me encontre, porém meu instinto libertador implora que esqueça dele e que eu viva a minha vida. Assim que enrolei o meu corpo em um roupão eu voltei para o quarto e chamei tia Daniele, ela rapidamente começou a escovar meu cabelos e fazer lindas ondulações e por fim passar para a maquiagem. Quando preparou a pele, começou a fazer um lindo delineado para prontificar com uma pedra na ponta dos olhos, passou uma máscara nos cílios para deixá-los altos e um batom vermelho nos lábios. 

— Está perfeita, Alice.

— Obrigada, tia. — Agradeci de maneira gentil o que lhe chamou atenção. 

— O que você tem? Está preocupada com alguma coisa?

— Não é nada, apenas me deu vontade de agradecer. 

— Hum! Você e seu humor... 

— Agora me deixa sozinha, daqui eu me viro. 

  Quando deixou meu quarto eu tirei o roupão e vesti uma lingerie branca, depois coloquei o vestido e calcei o salto alto. Me aproximei da penteadeira e dali eu passei meu melhor perfume. Antes de deixar o cômodo eu encarei a pequena caixinha de música que eu tinha, a abri e vi o lindo colar que minha mãe me deu para que eu usasse no dia do meu casamento arranjado, ali eu percebi que ela estava me entregando algo simples e pequeno, mas bastante significativo para que eu me lembrasse dela quando estivesse longe da Itália.   

***

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