RushTRÊS ANOS DEPOIS…Eu estava no escritório revisando alguns contratos quando um copinho pequeno entrou empurrando a minha porta. Da minha mesa eu só conseguia ver o topo da sua cabeça, mas eu conseguia imaginar sua carinha; testa franzida, bochechas vermelhas e os olhos azuis mais bravos que alguém já viu.Fechei meu computador e virei minha cadeira para ter meu colo livre para ela. — Venha cá, rainha do drama. Ela se aproximou, fazendo questão de bater com seus sapatos no chão. Parou na minha frente e colocou a mão na cintura.Como eu disse: a rainha do drama.— O que foi, Rachel? Você está chateada? — Sim, papai. — ele fez um biquinho e suas bochechas ficaram vermelhas. Seus olhos da cor dos meus brilhando furiosos. — Venha cá — Apontei para o meu colo vazio e ela se aconchegou. — Antes, será que o papai merece um beijinho? Ele Inclinou seus lábios para os meus, me dando um selinho rápido. — A mamãe está furiosa agora, mas eu também estou.— E por quê?— Você disse que meu
RushFui acordado por uma batida forte no meu quarto. Minha mente levou um tempo para se ajustar. Minha cabeça estava girando. Sinos badalando no meu ouvido. Me virei e senti um corpo macio ao meu lado. Eu lembrava de transar umas duas vezes, sendo que a segunda eu lembrava bem mais. Uma mão tocou nas minhas costas e eu me assustei. Mais batidas. Desta vez quase colocaram minha porta abaixo. — Ai! — A garota gritou atrás de mim. Eu a empurrei. Estava tentando chegar à porta, mas minha cabeça estava girando de verdade. — A porta… abra a porta.— Foi o que consegui dizer. Empurrei a garota, me apoiando na barriga macia da outra. Eram duas garotas. Isso ou uma foi partida ao meio. A garota se enrolou no lençol e foi até a porta. Quando ela abriu, um pouco do clarão entrou e eu vi a figura masculina rechonchuda entrando no quarto. — Saia! — ele gritou. Ele foi até a cortina e acionou o controle para abrir a cortina da janela. Conforme a luz ia entrando, mais minha cabeça doía.— Por
Harlow— Senhorita Davis! Desligue essa droga de aparelho! — O professor gritou pela terceira vez.Olhei para tela travada do meu smartphone e apertei sem parar. Era uma ligação do meu pai. A quarta que eu não conseguia atender. Tropecei ontem no trabalho e quebrei a maldita tela do meu celular e não tive chance de consertar.Eu não era rica, mas consegui um bom trabalho em uma joalheira e consigo custear o básico pelo menos. Isso quando meu pai não pega metade do meu salário para encher a cara. Olhei para o professor Miller, tentando fazer ele entender minha súplica e voltei para tela do meu celular rebelde. Finalmente consegui recusar a chamada do meu pai. Isso era algo que eu poderia resolver depois. Só espero que não seja nada grave.O professor Miller caminhou em minha direção e parou com a mão estendida. Dei meu celular para ele e cruzei os braços, emburrada.— Quero conversar com você depois da aula. — Ele disse, enquanto voltava para o quadro.Que droga! Eu estava no meu se
Harlow— Pai, eu não posso falar com você agora. Estou atrasada para o trabalho e ainda preciso vestir o uniforme.— Eu sei, filha. É rápido.— Se for dinheiro, eu não tenho um centavo sequer.— Quem você pensa que sou? Eu não sou nenhum interesseiro, Harlow.— Está bem, pai. Mas não dá para falar agora. Nós falamos depois, está bem?— Está bem, mas venha para casa. O assunto é importante.Parei na porta da joalheria. Pensando no que seria importante para o meu pai. Em que merda ele se meteu agora. Mas a Diana, minha colega de trabalho, começou a acenar de dentro da joelheira.— Eu preciso ir, pai. Eu falo com você mais tarde. Desliguei o celular e entrei na joalheira. O Max estava atendendo um cliente, me olhou de canto de olho e bateu no relógio dele discretamente.E falei um “desculpe” silencioso. A Diana veio até mim, me puxando para dentro da loja.— Calma, Diana. O que foi? — Você não viu a Mercedes na entrada da loja? Você está encrencada. — Eu não vi. Mas o que houve?— Ele
Rush — Espero que você tenha um bom motivo para me fazer ficar em casa em pleno sábado à noite. — Meu irmão falou, sentando no sofá em frente a mim.— Não me diga que você tinha planos, porque eu sei que sua vida é completamente inútil. — Você que pensa. Meu final de semana está cheio. — Cheio com o quê? Vai viajar com aquela gangue de motoqueiros de novo?— Shhh. — Ele olhou em volta para ver se tinha alguém. — Fala baixo, porra. Se a mamãe escutar, ela vai contar ao papai. — E ele não pode saber que seu filho modelo adora vestir jaqueta e sair por aí em uma porra de moto, não é? Imagina quando ele souber que faz três meses que você não vai à empresa.— Rush, o que você quer? Eu conheço você o suficiente para saber que você está tentando me chantagear. — Chantagear? — gargalhei. — Eu nem comecei, irmão. Mas já que você perguntou, eu quero uma coisa sim. O papai vai me arranjar uma noiva. Você acredita nessa merda? Ele ameaçou até me deserdar se eu não me casar. — Uma noiva?— S
Harlow Fiquei estática olhando para os dois homens a minha frente. Meu pai estava um bagaço como sempre esteve, mas agora parecia pior. A cara do fracasso. E o Sr. King se comportava exatamente como alguém que tinha o mundo aos seus pés.— Sente-se, Harlow. Se escutar o que temos para falar aí de pé, você vai cair. — E o que é, papai? Você está devendo alguém? Mais dividas de jogo?— A sua filha lhe conhece bem, Greg. — O Sr. King falou.— E o senhor não tem o direito de entrar na minha cara só porque é o meu chefe. O senhor é meu chefe da porta para fora. O Sr. King me lançou um olhar divertido, quase um sorriso surgindo do canto esquerdo da sua boca.— Ela é igual a ela. — Ele falou. — Eu falei que ela é. O mesmo gênio impossível de controlar. — Meu pai estalou os dentes. — Ela é perfeita. O Rush terá alguns problemas, mas ele vai conseguir lidar.— Vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? E quem é Rush? — Eu disse que é melhor você se sentar, Harlow. —
Harlow Você vai se casar com o meu filho mais velho. Eu poderia ter te dado para adoção, mas decidi ficar com você.Já faz dois dias, mas aquelas palavras não saíram da minha mente, assim como a decisão que tomei. Foi no calor do momento e é claro que eu me arrependi logo em seguida. Mas agora não poderia voltar atrás. Era capaz dos King me sequestrarem e me obrigar a cumprir minha palavra.O pouco que sabia deles, era que eles tinham muito poder e influência no país inteiro. Muitos até diziam que eles tinham contato com mercenários e mafiosos. Não tinha como ter um império de joias e evitar ser roubado sem ter justiceiros em sua folha de pagamento. Estou há quase dois anos aqui e nunca fomos roubados, mas houve boatos sobre um roubo em uma das fábricas que acabou com algumas pessoas "apagadas". Meu Deus, no que eu estava me metendo?E meu noivo? Com certeza ele tinha algum problema para o seu pai rico comprar uma noiva para ele. Talvez ele tivesse deficiência, como aquele homem do
RushEla era bonita. Tinha fogo em seus olhos, algo diferente como se ela estivesse prestes a explodir a qualquer momento. Eu vi como ela apertava os lábios em um esforço para não me xingar e em algum momento eu jurei que ela iria jogar os anéis na minha cara. E a forma que ele balançou sua bunda perfeita na minha frente, aliado a maldita tornozeleira de prata em seu pé direito e os saltos, quase me deixaram louco. Se tinha coisa mais sexy do que uma mulher com tornozeleira, eu desconhecia. Eu foderia ela naquela mesa usando apenas os saltos e a tornozeleira. Eu até imaginei isso por um segundo e foi o que me deixou mais irritado.Não pretendia me casar com ela, mas eu era homem, um predador. Gostava de mulheres bonitas. Eu transaria com ela. Mas estava custando para acreditar que o meu pai quer me casar com uma funcionária da empresa. Eu, o filho dele. Ele só podia estar querendo me humilhar.— Mike, você pode me levar para casa do meu pai rapidinho?— O senhor não tinha uma reu