Rush Eu quero o divórcio.Ainda estava sentindo ela na minha boca, seu gosto doce e salgado, enquanto olhava para o teto totalmente desolado. Eu tentei. Tentei mais do que já tentei lutar por qualquer outra coisa na minha vida, mas sinto que fracassei. Sei que deveria ser mais forte, ter um pouco mais de paciência, mas se a Harlow seguir com essa teimosia nada vai adiantar. Ela errou comigo também, não me contou o que deveria, mas agora ela está jogando toda culpa para cima de mim. É como se ela tivesse planejado tudo e estivesse só apenas esperando uma oportunidade para me deixar. Bom, ela tem a oportunidade perfeita agora.Eu estava cansado, muito cansado. Respirei fundo e tirei a camisa, ficando apenas com a calça e fui até a gaveta ao lado da cama. Peguei uma caixa com um presente que eu tinha comprado para ela. Nem deu tempo de entregar. Fui até o quarto da Harlow e abri a porta de uma vez. Ela deu gritinho de susto, virando para me encarar e cruzando os braços no peito. E
HarlowSentei na cama segurando o presente que o Rush me deu. Meu coração ainda batia forte no peito. Ele falou o que queria e não me deixou falar nenhuma palavra, mas a dor em seus olhos me desmontou. O Rush estava sofrendo, nós dois estávamos. Abri a caixa de presente e encontrei uma tornozeleira de prata. Tinha vários pingentes pequenos de estrelinhas nela um diamante azul maior no centro. É a cor dos olhos do Rush. Olhei para o meu anel de casamento para encontrar uma pedra da mesma cor. Eu não tirei a aliança, até toquei nela uma vez e pensei em tirar, pensei em jogar no peito dele e gritar que acabou, mas não fazia sentido tirá-la do meu dedo. Era o lugar que ela pertencia.Eu esperei por ele duas semanas, que ele viesse me buscar e agora ele está aqui, e eu estou fria como o gelo.Levando em consideração os meus próprios erros, eu não deveria ser tão dura, mas queria que ele também entendesse o quanto ele me magoou. Mas se nós nos divorciamos acabou, ninguém entenderia nada,
RushA água do ofurô estava uma delícia, quente em contraste com a noite fria. A Harlow custou a tirar a roupa, mas seu medo de ser pega me deixava mais excitado. A coloquei de costas para mim ajoelhada e me posicionei atrás dela.— Tem uma janela bem ali, Rush. Eles vão nos vê.— É o quarto do Romeu, se ele vê, não vai se importar.Ela deu uma risada engasgada.— Mas eu me importo. Eu estou nua, sendo fodida no ofurô. Eu acho melhor nós… — Antes que ele pudesse continuar protestando, meti nela. Ela resmungou alguma coisa, mas depois se rendeu. Fiz um nó com seus cabelos em minhas mãos, fazendo ela virar o olhar da janela.— Se concentre no que estamos fazendo. Você gosta que eu te foda assim, não gosta?— Sim — sussurrou.— Eu. Fiquei. Muito. Tempo. Sem. Isso. — A cada palavra eu dava uma estocada firme, fazendo ela se desfalecer na água. — Não vamos mais ficar separados, Harlow. Vamos fazendo todo o sexo de reconciliação possível.— SIIIIIMMMM. — Ela respondeu animada. Comecei a
HarlowEu estava em cima de uma poça de sangue. Sangue do Rush. O corpo dele estava jogado mais a frente. Eu corri até lá, me jogando aos seus pés. Ele estava pálido e sem vida. Seu corpo inerte não esboçava nenhuma reação.Pressionei o seu peito com força, tentando fazê-lo reagir.— Rush, acorda. Pelo amor de Deus. Rush. — gritei. A dor inundando meu peito. Eu perdi o meu marido. Me agarrei ao seu corpo com força, depois senti que estava caindo.— Harlow — a voz do Rush sussurrou no meu ouvido. — Acorda, querida. Me forcei a abrir os olhos, olhando para o Rush ao meu lado.— Você está tendo um pesadelo. Eu o abracei com forma, feliz por tudo ser apenas um sonho ruim.Ele estava cheiroso, de cabelo molhado e vestindo calça e camisa social.— Você vai sair?— Trabalho, lembra? — Ele beijou o meu rosto e se levantou. — Eu vou chegar tarde, tenho muitas coisas pendentes.— Rush, será que você não pode trabalhar de casa?— Não dá, Harlow. Mas vai se preocupe, eu tenho segurança, lembra
Rush Não contei a história toda para a Harlow, não queria preocupá-la. Nós prometemos não esconder nada um do outro, mas tecnicamente eu não estava escondendo. Eu só não explorei os detalhes para não preocupá-la. A merda estava grande, o Miller estava enlouquecido e não tinha mais nada a perder. Ele estava foragido e com desejo de vingança. Conseguiu entrar no estacionamento do meu prédio com vários caras e armado até os dentes. A sorte é que ele não conseguiu entrar no estacionamento privativo e o Mike conseguiu fechar tudo.Tive que mandar a Lucy para casa dos meus pais. Agora estou na minha sala cheio de homens armados até os dentes no prédio e a polícia está aqui.— Bom, já que pegamos o seu depoimento, vamos fazer nosso trabalho, senhor King.— Sinceramente, não acho que a polícia está fazendo seu trabalho, delegado.— Desculpe?— A minha esposa está grávida e se ela estivesse na casa? Ele a agrediu, ela já estava grávida e ele foi solto sob fiança.— Nós não fazemos as leis, s
HarlowO Rush foi baleado, baleado e está no hospital.Aquelas palavras ecoavam na minha mente, enquanto tentava processar os últimos acontecimentos.Quando o Romeu tirou o terno, tinha mais sangue do que tinha visto. Na frente da sua camisa, na gola e no punho. Tudo sangue do Rush. Comecei a respirar pesadamente, meu coração acelerado demais e senti uma pontada estranha na minha barriga.— Você precisa se acalmar, querida. Vai dar tudo certo — a Victoria falou ao meu lado.Sim, eu precisava fazer isso pelo bebê.Nós estávamos na sala, o Romeu estava explicando tudo ao pai e eles estavam decidindo o que fazer a seguir.Confesso que estava aérea e não estava entendendo muito da conversa. Mas basicamente, o Rush foi atacado a tiros no estacionamento da empresa, alguém morreu pelo que entendi. — Foi o professor? — Perguntei ao Romeu. Me dei conta que não tinha nem procurado saber informações mais concretas. — Foi ele que tentou matar o Rush?— Foi, mas ele está morto, Harlow. O cara já
Harlow Meses depois... A morte é algo tão doloroso e, ao mesmo tempo, poético. Todos se reúnem em nome de alguém no fatídico dia, cantando louvores sobre seus feitos, contando o quanto a pessoa era incrível e memorável, mesmo que ninguém a conhecesse de verdade. Bom, nesse caso não tivemos essa oportunidade. Não fomos ao velório nem ao enterro, então meu sogro quis fazer uma homenagem simbólica com uma placa no jazigo da família King. Me agachei sobre o túmulo e depositei flores frescas. Meu sogro estava ao meu lado e afagou minhas costas. — Está tudo bem, querida? — Sim. Eu acho que ele percebeu o quanto eu estava cansada agora com uma barriga de seis meses de gravidez. Passei a mão pela enorme barriga, que eu mal conseguia segurar com o meu pequeno corpo. Nunca imaginei que minha barriga esticasse tanto e ainda faltam mais três meses finais.Li mais uma vez nome na placa: Melinda King. Ela era uma King agora, meu sogro fez todos os trâmites para que ela fosse transferida par
RushTRÊS ANOS DEPOIS…Eu estava no escritório revisando alguns contratos quando um copinho pequeno entrou empurrando a minha porta. Da minha mesa eu só conseguia ver o topo da sua cabeça, mas eu conseguia imaginar sua carinha; testa franzida, bochechas vermelhas e os olhos azuis mais bravos que alguém já viu.Fechei meu computador e virei minha cadeira para ter meu colo livre para ela. — Venha cá, rainha do drama. Ela se aproximou, fazendo questão de bater com seus sapatos no chão. Parou na minha frente e colocou a mão na cintura.Como eu disse: a rainha do drama.— O que foi, Rachel? Você está chateada? — Sim, papai. — ele fez um biquinho e suas bochechas ficaram vermelhas. Seus olhos da cor dos meus brilhando furiosos. — Venha cá — Apontei para o meu colo vazio e ela se aconchegou. — Antes, será que o papai merece um beijinho? Ele Inclinou seus lábios para os meus, me dando um selinho rápido. — A mamãe está furiosa agora, mas eu também estou.— E por quê?— Você disse que meu