Murat
Uma viagem inesperada, porém, um encontro mais do que esperado. Uma reunião com Aiden Bass, o magnata dos veículos escoceses mais cobiçado no mundo é realmente promissor e avantajada para um homem ambicioso como eu. Logo que assinarmos um contrato milionário poderei contar com mais uma empresa de mercadorias que elevarão as minhas contas bancárias de um jeito absurdo. Contudo, toda essa sensação de poderio não se compara a saudade que sinto de estar perto dela.
Sila, tornou-se o meu tudo, ela é a minha fonte de energia, é o meu motivo para sorrir todos os dias e o meu alimento.
Exagerado?
Diga isso para o meu pobre coração que parece querer parar com essa maldita distância.
— Boa noite, Senhor Arslan!
— Boa noite, Samia! E a minha esposa?
— Ela está no banho, Senhor.
Meneio a
Murat— Bom dia, Senhora Arslan! — sussurro contra a sua pele, iniciando uma deliciosa trilha de minúsculos beijos, fazendo-a se mexer em cima do colchão.— Bom dia! Que horas são?Céus, como eu amo essa sua voz rouca de sono!— Tarde, sua preguiçosa.— Oh droga, Murat! Por que me deixou dormir tanto assim? O Ali…Beijo a sua boca quando ela tenta sair de debaixo de mim.— O Ali já saiu para a escola.— Como?— Eu pedi para a Ayla cuidar de tudo. — Então ela relaxa e sorrio. — Você parecia bem cansada.— E eu estava mesmo. Você está acabando comigo, sabia?— Hum, isso é um elogio para o meu ego inflado, Senhora Arslan!— Que bobo você é!— Sim, eu sou um bobo apaixonado, minha linda esposa.— Ah
Sila— Ok, em algumas horas receberei a minha família e alguns amigos do Murat aqui em casa. E eu quero cada detalhe para esse dia impecável, Samia — falo para os empregados que já estão prontos para iniciar as suas tarefas. — Jade, você se encarrega da entrada e Edgar, vá até a adega e veja alguns vinhos que Murat escolheu para essa ocasião. Fred, o nosso Ali escolheu tulipas para ornamentar a mesa, você pode cuidar disso?— É claro, Senhora Arslan!— Ótimo! E, Emine quero que se encarregue de arrumar a mesa. Eu quero a melhor louça e a melhor prataria que temos para servi-los. — Solto uma respiração de pura ansiedade. — Ok, já estão dispensados! — Dou as costas para sair da cozinha. A verdade, é que estou bastante ansiosa por esse momento e que isso se intensificou quando Marli me ligou e dis
Murat— Senhor Arslan, podemos conversar um pouco? — O médico pede assim que adentra na sala de espera.— Como ela está, Doutor? — Procuro saber.— Venha comigo para o meu consultório, eu preciso te mostrar algumas imagens.— É claro. — O homem me aponta um caminho, porém, o seu silêncio é o meu martírio. Eu sei o quanto aquela queda foi violenta e sei que pode haver sequelas graves, mas Deus, não a tire de mim!— Senhor Arslan eu posso dizer que diante dos exames que recebi, a sua esposa e o seu filho passaram por verdadeiro milagre.Uno as sobrancelhas.Um… filho?— Desculpa, você disse meu… filho? — Imediatamente me esqueço de respirar.— O senhor não sabia que a sua esposa estava grávida? — Meneio a cabeça fazendo um não e imediata
Sila… Sila, você está bem?… Sila, abre os olhos, amor!… Sila!… Sila!Puxo o ar com força, abrindo os meus olhos na sequência e me deparo com uma parede branca. Algumas lembranças logo invadem a minha mente. Uma cavalgada entre família e amigos, os sons risos felizes, as conversas animadas… uma cobra, o alvoroço do animal.Engulo em seco.Jessé, Deus espero que Murat não faça nada com ele. Oh céus, Murat, como será que ele está com tudo isso? Angustiada, olho ao meu redor e percebo que estou sozinha dentro de um amplo e iluminado quarto de hospital. No ato, penso em me mexer para me sentar no colchão. Entretanto, tem algo errado e começo a entrar em pânico.— Sila? — A voz preocupada de Murat me f
SilaSussurro sentindo novas lágrimas preencherem os meus olhos e essas são de pura comoção.— O Ali… ele já sabe? — Murat sorrir, mesmo estando com os olhos molhados agora.— Ainda não, eu pensei que você gostaria de contá-lo pessoalmente.— Ah, Murat! — sussurro, o abraçando tão forte e no ato o beijo demoradamente.— Entende por que você precisa ser tão forte agora? Você precisa lutar, Sila.— E eu vou, por esse bebê, pelo Ali, por você… e por nós.— Eu te amo!— Também te amo, muito!***Alguns dias…— Vamos, mexa! Mexa logo! — peço, encarando os meus pés, mas bufo frustrada quando nada acontece.Uma semana sentada nessa cadeira de rodas está me roubando a paciênc
MuratUma semana depois...O som alto da minha respiração sobressai preenchendo a minha sala, enquanto ando de um lado para o outro em fúria. Ela não tinha esse direito! Não tinha o direito de tocar no que é meu. Portanto, não vou pensar duas vezes em destruí-la. Penso quando a imagem da minha esposa sentada em uma cadeira de rodas preenche a minha mente. Doente de raiva, fecho as minhas mãos em punho e acerto com extrema força a parede com uma delas.— Porra, Murat o que você está fazendo? — A voz de Taylor ecoa dentro do meu escritório e imediatamente ele toca no meu ombro com um aperto firme. — Isso vai precisar de cuidados. — Ele ralha, fitando o sangue nos nós dos meus dedos e se afasta rapidamente para ir ao bar de canto. — Beba isso, vai te acalmar um pouco.— Nada vai me acalmar, Taylor — rosno, entornando o líquido de uma só vez.— Mas você precisa, a Sila precisa que você esteja calmo do seu lado, Murat.— Por que você acha que estou passando a maior parte do tempo aqui? — r
Murat— Ela está disposta a tudo para matar a Sila — sibilo baixinho, sentindo um estremecimento dentro do meu corpo. Contudo, encaro o meu amigo. — Agora você entende por que eu preciso encontrá-la logo? — ralho, o observando puxar uma respiração.— Me diga detetive, até onde conseguiu seguir os seus rastros? — Taylor questiona.— Até a mansão Arslan, ela entrou com a sua própria chave…— Como é que é?— Uma câmera da rua mostra o exato momento que a garota entrou no seu perímetro, Senhor Arslan. Isso aconteceu na mesma madrugada da sua fuga. Ela abriu os portões e entrou sem qualquer dificuldade.Meu coração dispara loucamente.— Céus, ela pode estar lá dentro ainda! — Vou imediatamente para a minha mesa e ligo para o celular de Sila. — Atende, Sila! ATENDE PORRA! — berro extremamente nervoso.— Ligue para casa, Murat, ela pode estar na fisioterapia agora. — Taylor pede e com as minhas mãos trêmulas começo a digitar o número.— Alô? — Meu coração pula feroz agora.— Onde está a Sil
Sila— Agora vamos fazer um teste como sempre fazemos no final das sessões de fisio, ok? — Estela, minha fisioterapeuta fala, se agachando bem na minha frente e esperançosa, faço figa com os meus dedos, aguardando que algo aconteça. Então ela pega uma caneta do bolso do seu jaleco e a desliza debaixo do solado do meu pé, e no mesmo instante os seus olhos se erguem para os meus.Desanimada, faço não com a cabeça para ela.— Não fique triste, Sila é um processo lento mesmo. — Suspiro frustrada. — Ei, o médico disse que você não tem nada, ok? Talvez isso seja apenas uma reação do nervo adormecido pela pancada que levou. Você vai ver, Sila, você vai melhorar logo e vai voltar a andar como antes.— Espero, que esteja certa, Estela — sibilo desanimada.— Sila? — Encontro um motivo