Sila
— Agora vamos fazer um teste como sempre fazemos no final das sessões de fisio, ok? — Estela, minha fisioterapeuta fala, se agachando bem na minha frente e esperançosa, faço figa com os meus dedos, aguardando que algo aconteça. Então ela pega uma caneta do bolso do seu jaleco e a desliza debaixo do solado do meu pé, e no mesmo instante os seus olhos se erguem para os meus.
Desanimada, faço não com a cabeça para ela.
— Não fique triste, Sila é um processo lento mesmo. — Suspiro frustrada. — Ei, o médico disse que você não tem nada, ok? Talvez isso seja apenas uma reação do nervo adormecido pela pancada que levou. Você vai ver, Sila, você vai melhorar logo e vai voltar a andar como antes.
— Espero, que esteja certa, Estela — sibilo desanimada.
— Sila? — Encontro um motivo
SilaNão consigo concluir a minha pergunta, porque ela simplesmente está entalada dentro da minha garganta.— Como eu cheguei até aqui? — Ela dá um passo dentro do quarto. — Isso é mesmo relevante? Não, não é?— O que você quer de mim, Dilara? — A garota me lança um olhar nebuloso, depois ela sorrir e dá mais um passo na minha direção.— Eu te disse, você devia ter morrido!Engulo em seco.— E eu vim até aqui apenas para terminar o que comecei.Resfolego quando ela tira uma faca de mesa de trás do seu corpo e imediatamente sinto um gelo tomar conta do meu corpo.— Esse era o meu lugar, Sila, eu deveria ter me tornado esposa de Murat Arslan, mas você apareceu e tudo se virou contra mim.— Você matou a esposa dele…— ERA NECESS&Aa
Murat— Onde ele está?Um questionamento frio e arrogante passa pela minha garganta, enquanto caminho com passos firmes por um longo corredor da mansão Arslan, agora silenciosa e quieta, já que todos os empregados e a minha família foram retirados daqui.— No seu escritório como pediu, Senhor Arslan. — Jordan, meu segurança responde com um tom firme na voz.— Está tudo pronto? — inquiro enquanto me aproximo da porta de madeira escura.— Sim, Senhor!— Ótimo!Após a inexplicável fuga de Dilara me vi obrigado a fazer a única coisa que me traria respostas. Eu o faria falar custe o que custar e acredite, não vou me importar com os métodos, nem com as suas súplicas. Hoje eu só saio desse lugar quando descobrir onde está Dilara Bruser e quem quer que a esteja ajudando. E com esse pensament
SilaTundum! Tundum! Tundum.Os sons das batidas do seu coração me confortam e me fazem chorar de comoção. As suas imagens refletidas na tela de um computador me dizem que está tudo bem com o meu bebê. Contudo, Ali está agitado nos braços do seu pai enquanto ele olha para o seu irmãozinho se mexendo no vídeo e ele faz a pergunta que sequer ousamos fazer.— É uma menina? — Seu questionamento faz o médico sorrir.— Bom, ainda é cedo para dizer, mas quem sabe você tem um pouco de sorte? — Doutor Marvin fala um tanto relaxado, deslizando o aparelho pela minha barriga. Então ele para em um certo ponto e se concentra ali. — Vejamos! — Ele resmunga por alguns segundos. — O que você acha, Ali?— Eu acho que ela vai se chamar Rayhan.— Rayhan? Por que, filho? — Murat procura
Sila— Um dia eu quero ser um arquiteto.— Arquiteto? Onde ouviu falar essa palavra?— A minha professora falou sobre as profissões, mamãe. Ela disse um que arquiteto desenha os prédios e que as pessoas os constroem.Sorrio.— Então você quer ser um arquiteto?— Sim e eu posso desenhar o quarto da minha irmã.Arqueio as sobrancelhas.— Nesse caso, é designer de interiores, meu amor, porque o quarto já está construído.— O que é um desin… desing…— Designer de interiores faz desenhos e planeja os interiores das casas já construída e pronta para serem mobiliada.— Ah!Após essa explicação Ali se propõe a desenhar do seu jeito os detalhes das paredes e dos móveis do quarto de
Murat…— Como ela está, Doutor? — pergunto mesmo sabendo que é quase impossível salvá-la. O pânico de me perder na minha escuridão, de ser absorvido completamente por ela não me permite respirar direito.— Eu sinto muito, Senhor Arslan!… Eu sinto muito, Senhor Arslan!… Eu sinto muito, Senhor Arslan!Essas palavras acabaram de vez com a minha vida e o meu coração parou de bater completamente.— Nós fizemos tudo que foi possível! — Ele disse, tirando de mim toda a minha expectativa de felicidade e pregou no meu coração uma adaga com o nome dela. Diante de tal afirmação simplesmente perdi as minhas forças e tudo dentro de mim secou.…Respiro fundo algumas vezes.Estou preso de
MuratRio, mesmo sentindo a fúria me consumir por dentro. É claro, ela entrou nos meus domínios enquanto dormíamos. A filha da mãe podia ter feito algo com o Ali e eu nunca me perdoaria por isso.— Alan Bruser! — falo com certo desdém assim que adentro o meu antigo escritório.— Olhe para mim, seu infeliz! Olhe o que os seus homens me fizeram! — O homem rosna com dificuldade, enquanto avalio o seu rosto extremamente machucado.— Nossa, isso está bem feio! — retruco com fingida preocupação. — Mas, se você tivesse falado, nada disso teria acontecido.— Você é um monstro, Murat Arslan! — Ele me acusa com extrema irritação.— Eu sou um monstro? A sua filha atentou contra a minha esposa grávida outra vez. Me diga, Alan quem é o verdadeiro monstro dessa história? &md
Ali— Éros? Éros, onde você está? — O chamo, o procurando por toda a casa, mas ele não mia. — Éros, você precisa vir ou a mamãe vai ficar triste.— Ali, o que está fazendo? — Ayla pergunta quando me encontra olhando para debaixo do sofá. Ela está linda usando um vestido lilás de alcinhas.Ayla ainda não sabe, mas ela é o meu primeiro amor.— Estou procurando o Éros. — Minha babá sorrir e você não vai acreditar, mas é o sorriso mais lindo do universo inteirinho.— Os seus pais já estão esperando do lado de fora. — Ela avisa com humor.— Mas eu não vou sem o Éros! — Cruzo os meus braços fazendo birra e isso a faz abrir mais um sorriso para mim.Eu sei que ela muito mais velha do que eu e que eu não pass
SilaSemanas depois…— Ah, que bom que vocês vieram! — Banu fala assim que passamos pelas portas largas de sua casa na Turquia.Após o meu último encontro com a Dilara, uma viagem como essa era tudo que eu precisava. Ver pessoas, sorrir, jogar conversa fora e me envolver com mais um casamento forçado.— Banu, como você está, querida? — Cumprimento a doce Senhora que me recebe com um forte abraço e um sorriso largo no rosto.— Estou bem na medida do possível. Você sabe, ela está com um mal humor de cão. — Sorrio. — Murat, querido!— Tia Banu! — Meu marido a cumprimenta como pede as nossas origens e logo ela está abraçando o Ali também.— Onde ela está? — pergunto assim que ficamos a sós. Entretanto, Banu olha para o topo da escadaria e solta um sus