Sila
— Ok, em algumas horas receberei a minha família e alguns amigos do Murat aqui em casa. E eu quero cada detalhe para esse dia impecável, Samia — falo para os empregados que já estão prontos para iniciar as suas tarefas. — Jade, você se encarrega da entrada e Edgar, vá até a adega e veja alguns vinhos que Murat escolheu para essa ocasião. Fred, o nosso Ali escolheu tulipas para ornamentar a mesa, você pode cuidar disso?
— É claro, Senhora Arslan!
— Ótimo! E, Emine quero que se encarregue de arrumar a mesa. Eu quero a melhor louça e a melhor prataria que temos para servi-los. — Solto uma respiração de pura ansiedade. — Ok, já estão dispensados! — Dou as costas para sair da cozinha. A verdade, é que estou bastante ansiosa por esse momento e que isso se intensificou quando Marli me ligou e dis
Murat— Senhor Arslan, podemos conversar um pouco? — O médico pede assim que adentra na sala de espera.— Como ela está, Doutor? — Procuro saber.— Venha comigo para o meu consultório, eu preciso te mostrar algumas imagens.— É claro. — O homem me aponta um caminho, porém, o seu silêncio é o meu martírio. Eu sei o quanto aquela queda foi violenta e sei que pode haver sequelas graves, mas Deus, não a tire de mim!— Senhor Arslan eu posso dizer que diante dos exames que recebi, a sua esposa e o seu filho passaram por verdadeiro milagre.Uno as sobrancelhas.Um… filho?— Desculpa, você disse meu… filho? — Imediatamente me esqueço de respirar.— O senhor não sabia que a sua esposa estava grávida? — Meneio a cabeça fazendo um não e imediata
Sila… Sila, você está bem?… Sila, abre os olhos, amor!… Sila!… Sila!Puxo o ar com força, abrindo os meus olhos na sequência e me deparo com uma parede branca. Algumas lembranças logo invadem a minha mente. Uma cavalgada entre família e amigos, os sons risos felizes, as conversas animadas… uma cobra, o alvoroço do animal.Engulo em seco.Jessé, Deus espero que Murat não faça nada com ele. Oh céus, Murat, como será que ele está com tudo isso? Angustiada, olho ao meu redor e percebo que estou sozinha dentro de um amplo e iluminado quarto de hospital. No ato, penso em me mexer para me sentar no colchão. Entretanto, tem algo errado e começo a entrar em pânico.— Sila? — A voz preocupada de Murat me f
SilaSussurro sentindo novas lágrimas preencherem os meus olhos e essas são de pura comoção.— O Ali… ele já sabe? — Murat sorrir, mesmo estando com os olhos molhados agora.— Ainda não, eu pensei que você gostaria de contá-lo pessoalmente.— Ah, Murat! — sussurro, o abraçando tão forte e no ato o beijo demoradamente.— Entende por que você precisa ser tão forte agora? Você precisa lutar, Sila.— E eu vou, por esse bebê, pelo Ali, por você… e por nós.— Eu te amo!— Também te amo, muito!***Alguns dias…— Vamos, mexa! Mexa logo! — peço, encarando os meus pés, mas bufo frustrada quando nada acontece.Uma semana sentada nessa cadeira de rodas está me roubando a paciênc
MuratUma semana depois...O som alto da minha respiração sobressai preenchendo a minha sala, enquanto ando de um lado para o outro em fúria. Ela não tinha esse direito! Não tinha o direito de tocar no que é meu. Portanto, não vou pensar duas vezes em destruí-la. Penso quando a imagem da minha esposa sentada em uma cadeira de rodas preenche a minha mente. Doente de raiva, fecho as minhas mãos em punho e acerto com extrema força a parede com uma delas.— Porra, Murat o que você está fazendo? — A voz de Taylor ecoa dentro do meu escritório e imediatamente ele toca no meu ombro com um aperto firme. — Isso vai precisar de cuidados. — Ele ralha, fitando o sangue nos nós dos meus dedos e se afasta rapidamente para ir ao bar de canto. — Beba isso, vai te acalmar um pouco.— Nada vai me acalmar, Taylor — rosno, entornando o líquido de uma só vez.— Mas você precisa, a Sila precisa que você esteja calmo do seu lado, Murat.— Por que você acha que estou passando a maior parte do tempo aqui? — r
Murat— Ela está disposta a tudo para matar a Sila — sibilo baixinho, sentindo um estremecimento dentro do meu corpo. Contudo, encaro o meu amigo. — Agora você entende por que eu preciso encontrá-la logo? — ralho, o observando puxar uma respiração.— Me diga detetive, até onde conseguiu seguir os seus rastros? — Taylor questiona.— Até a mansão Arslan, ela entrou com a sua própria chave…— Como é que é?— Uma câmera da rua mostra o exato momento que a garota entrou no seu perímetro, Senhor Arslan. Isso aconteceu na mesma madrugada da sua fuga. Ela abriu os portões e entrou sem qualquer dificuldade.Meu coração dispara loucamente.— Céus, ela pode estar lá dentro ainda! — Vou imediatamente para a minha mesa e ligo para o celular de Sila. — Atende, Sila! ATENDE PORRA! — berro extremamente nervoso.— Ligue para casa, Murat, ela pode estar na fisioterapia agora. — Taylor pede e com as minhas mãos trêmulas começo a digitar o número.— Alô? — Meu coração pula feroz agora.— Onde está a Sil
Sila— Agora vamos fazer um teste como sempre fazemos no final das sessões de fisio, ok? — Estela, minha fisioterapeuta fala, se agachando bem na minha frente e esperançosa, faço figa com os meus dedos, aguardando que algo aconteça. Então ela pega uma caneta do bolso do seu jaleco e a desliza debaixo do solado do meu pé, e no mesmo instante os seus olhos se erguem para os meus.Desanimada, faço não com a cabeça para ela.— Não fique triste, Sila é um processo lento mesmo. — Suspiro frustrada. — Ei, o médico disse que você não tem nada, ok? Talvez isso seja apenas uma reação do nervo adormecido pela pancada que levou. Você vai ver, Sila, você vai melhorar logo e vai voltar a andar como antes.— Espero, que esteja certa, Estela — sibilo desanimada.— Sila? — Encontro um motivo
SilaNão consigo concluir a minha pergunta, porque ela simplesmente está entalada dentro da minha garganta.— Como eu cheguei até aqui? — Ela dá um passo dentro do quarto. — Isso é mesmo relevante? Não, não é?— O que você quer de mim, Dilara? — A garota me lança um olhar nebuloso, depois ela sorrir e dá mais um passo na minha direção.— Eu te disse, você devia ter morrido!Engulo em seco.— E eu vim até aqui apenas para terminar o que comecei.Resfolego quando ela tira uma faca de mesa de trás do seu corpo e imediatamente sinto um gelo tomar conta do meu corpo.— Esse era o meu lugar, Sila, eu deveria ter me tornado esposa de Murat Arslan, mas você apareceu e tudo se virou contra mim.— Você matou a esposa dele…— ERA NECESS&Aa
Murat— Onde ele está?Um questionamento frio e arrogante passa pela minha garganta, enquanto caminho com passos firmes por um longo corredor da mansão Arslan, agora silenciosa e quieta, já que todos os empregados e a minha família foram retirados daqui.— No seu escritório como pediu, Senhor Arslan. — Jordan, meu segurança responde com um tom firme na voz.— Está tudo pronto? — inquiro enquanto me aproximo da porta de madeira escura.— Sim, Senhor!— Ótimo!Após a inexplicável fuga de Dilara me vi obrigado a fazer a única coisa que me traria respostas. Eu o faria falar custe o que custar e acredite, não vou me importar com os métodos, nem com as suas súplicas. Hoje eu só saio desse lugar quando descobrir onde está Dilara Bruser e quem quer que a esteja ajudando. E com esse pensament