Sila
Certain Things, de James Arthur começa a tocar na ampla sala e me permito fechar os meus olhos para apreciar a sua letra. Logo sinto a sua presença atrás de mim e o seu calor me sorrir.
— A propósito, você linda, querida esposa! — Murat sussurra contra os meus cabelos, fazendo-me arrepiar inteira. No ato, me viro para ficar de frente para ele e encontro a intensidade dos olhos negros, e brilhantes. Uma intensidade que eu aprendi a amar.
Respiro fundo quando ele me estende uma taça de vinho e na sequência, ele ergue um pouco a sua.
— Ao nosso amor!
Fico séria.
— Que ele seja tão forte quanto a mais dura rocha — sussurro, fazendo a minha taça tilintar na sua e logo que bebericamos da bebida, ele larga a sua taça em cima da mesinha de centro, depois, faz o mesmo com a minha. Sua mão ávida se apossa da min
Taylor…Olhar para o seu rosto machucado arranca algumas lágrimas dos meus olhos. É angustiante pensar que ficarei sozinho nesse mundo. Que ela vai me deixar vez e em lágrimas, abraço as pernas da minha tia.— Não quero me despedir, Tia! — sibilo, porque dói saber que essa será a nossa última conversa. Contudo, ela se abaixa para fica da minha altura e afasta algumas mechas do meu cabeça da minha testa, abrindo um pequeno sorriso para mim.— Seja forte, meu querido, você precisa ser muito forte agora. Essas palavras me fazem engolir o meu choro e com uma respiração profunda abro a porta do quarto de um hospital.— Mamãe? — O som sai baixo demais da minha boca. Eu só queria não chorar na frente dela, mostrar-lhe que estava forte por ela.
Taylor— Chegamos, Senhor!O motorista avisa e assim que desço do carro, fito a fachada que eu reconheço muito bem. A mansão Arslan carrega uma história pesada de amor e de perdas, e aqui deixarei mais uma história que se findará. Portanto, tiro a pulseira do meu bolso e a fito por alguns instantes, sentindo as batidas dentro do meu peito cada vez mais fortes.— Ah, Senhor Miller que bom que chegou! — Uma empregada diz um tanto espantada.— Por que, o que está acontecendo?— É a Senhora Sila e a Senhorita Emine.Uno as sobrancelhas.— O que tem elas, Ayla?— Por favor corra para a sala ou elas vão se matar!Não penso duas vezes e corro para a entrada da casa escutando os gritos das duas mulheres. Contudo, paro impactado quando Sila acerta firmemente o rosto de Emine e com raiva a garota a empurra com violê
Sila— Samia, pode reunir os empregados da casa na sala, por favor? Eu preciso falar algo para eles — peço para a governanta minutos depois da saída de Taylor, enquanto observo a prima de Murat em pé no jardim já tem algum tempo.— Certo, Senhora!— E, Samia? — A chamo quando ela me dá as costas.— Sim, senhora?— Eu quero a Emine presente.— Avisarei para ela, Senhora.Solto uma respiração alta me afastando da janela e seguro o porta-retrato danificado, que está largado em cima da mesinha de centro. Logo alguns empregos da casa começam a entrar no cômodo e eles se organizam em uma fileira de frente para mim. Por fim, Emine adentra a sala bufando feito um animal raivoso e o seu olhar irritadiço encara o meu.— O que você quer agora, Sila? — Ela retruca exatamente como uma maldita crian&cc
MuratUma viagem inesperada, porém, um encontro mais do que esperado. Uma reunião com Aiden Bass, o magnata dos veículos escoceses mais cobiçado no mundo é realmente promissor e avantajada para um homem ambicioso como eu. Logo que assinarmos um contrato milionário poderei contar com mais uma empresa de mercadorias que elevarão as minhas contas bancárias de um jeito absurdo. Contudo, toda essa sensação de poderio não se compara a saudade que sinto de estar perto dela.Sila, tornou-se o meu tudo, ela é a minha fonte de energia, é o meu motivo para sorrir todos os dias e o meu alimento.Exagerado?Diga isso para o meu pobre coração que parece querer parar com essa maldita distância.— Boa noite, Senhor Arslan!— Boa noite, Samia! E a minha esposa?— Ela está no banho, Senhor.Meneio a
Murat— Bom dia, Senhora Arslan! — sussurro contra a sua pele, iniciando uma deliciosa trilha de minúsculos beijos, fazendo-a se mexer em cima do colchão.— Bom dia! Que horas são?Céus, como eu amo essa sua voz rouca de sono!— Tarde, sua preguiçosa.— Oh droga, Murat! Por que me deixou dormir tanto assim? O Ali…Beijo a sua boca quando ela tenta sair de debaixo de mim.— O Ali já saiu para a escola.— Como?— Eu pedi para a Ayla cuidar de tudo. — Então ela relaxa e sorrio. — Você parecia bem cansada.— E eu estava mesmo. Você está acabando comigo, sabia?— Hum, isso é um elogio para o meu ego inflado, Senhora Arslan!— Que bobo você é!— Sim, eu sou um bobo apaixonado, minha linda esposa.— Ah
Sila— Ok, em algumas horas receberei a minha família e alguns amigos do Murat aqui em casa. E eu quero cada detalhe para esse dia impecável, Samia — falo para os empregados que já estão prontos para iniciar as suas tarefas. — Jade, você se encarrega da entrada e Edgar, vá até a adega e veja alguns vinhos que Murat escolheu para essa ocasião. Fred, o nosso Ali escolheu tulipas para ornamentar a mesa, você pode cuidar disso?— É claro, Senhora Arslan!— Ótimo! E, Emine quero que se encarregue de arrumar a mesa. Eu quero a melhor louça e a melhor prataria que temos para servi-los. — Solto uma respiração de pura ansiedade. — Ok, já estão dispensados! — Dou as costas para sair da cozinha. A verdade, é que estou bastante ansiosa por esse momento e que isso se intensificou quando Marli me ligou e dis
Murat— Senhor Arslan, podemos conversar um pouco? — O médico pede assim que adentra na sala de espera.— Como ela está, Doutor? — Procuro saber.— Venha comigo para o meu consultório, eu preciso te mostrar algumas imagens.— É claro. — O homem me aponta um caminho, porém, o seu silêncio é o meu martírio. Eu sei o quanto aquela queda foi violenta e sei que pode haver sequelas graves, mas Deus, não a tire de mim!— Senhor Arslan eu posso dizer que diante dos exames que recebi, a sua esposa e o seu filho passaram por verdadeiro milagre.Uno as sobrancelhas.Um… filho?— Desculpa, você disse meu… filho? — Imediatamente me esqueço de respirar.— O senhor não sabia que a sua esposa estava grávida? — Meneio a cabeça fazendo um não e imediata
Sila… Sila, você está bem?… Sila, abre os olhos, amor!… Sila!… Sila!Puxo o ar com força, abrindo os meus olhos na sequência e me deparo com uma parede branca. Algumas lembranças logo invadem a minha mente. Uma cavalgada entre família e amigos, os sons risos felizes, as conversas animadas… uma cobra, o alvoroço do animal.Engulo em seco.Jessé, Deus espero que Murat não faça nada com ele. Oh céus, Murat, como será que ele está com tudo isso? Angustiada, olho ao meu redor e percebo que estou sozinha dentro de um amplo e iluminado quarto de hospital. No ato, penso em me mexer para me sentar no colchão. Entretanto, tem algo errado e começo a entrar em pânico.— Sila? — A voz preocupada de Murat me f