Com o novo quartel-general estabelecido, a equipe de Jason e Roy se tornou mais eficiente e unida. O armazém, transformado em uma fortaleza moderna, oferecia a segurança e os recursos necessários para que pudessem operar de forma eficaz em Gotham. Mas, como sempre, a cidade tinha suas próprias maneiras de testar até os vigilantes mais preparados.Era uma noite agitada em Gotham. As sirenes da polícia ecoavam à distância, e o som de helicópteros sobrevoando a cidade era constante. Jason e Roy estavam no centro de operações, revisando os relatórios de inteligência e coordenando com suas recrutas.— Temos um aumento nas atividades dos Maroni no leste da cidade, — disse Stephanie, analisando o mapa tático no monitor.— Parece que eles estão planejando algo grande.— Precisamos agir rápido, — acrescentou Cass, sua expressão séria.— Não podemos deixar que eles ganhem mais terreno.Harper, sempre prática, começou a preparar os equipamentos.— Vou garantir que temos tudo que precisamos. Não p
Jason e Roy estavam sentados no sofá da sala de estar, recuperando-se após uma patrulha intensa. O silêncio pairava entre eles, mas Jason sabia que era hora de enfrentar uma conversa há muito adiada.— Roy, preciso falar sobre algo importante com você, — disse Jason, sua voz séria.Roy olhou para ele, percebendo a gravidade em seu tom.— Claro, Jay. O que está acontecendo?Jason respirou fundo, preparando-se para revelar seus pensamentos mais profundos.— É sobre Bruce. Eu sinto que ainda há tensão entre nós, e não podemos continuar assim. Precisamos resolver isso de uma vez por todas.Roy assentiu, compreendendo a importância do assunto.— Entendo. Você está certo, Jay. Talvez seja hora de ter uma conversa franca com o velho morcego.Jason concordou, sabendo que adiar essa conversa só aumentaria a tensão entre ele e Bruce.— Vou ligar para Bruce e marcar um encontro na Mansão Wayne. Precisamos resolver isso o mais rápido possível.Bruce os recebeu na biblioteca, sua postura imponente
Enquanto o sol subia lentamente, inundando Gotham City com sua luz quente e suave, Jason e Roy permaneceram na cobertura, aproveitando o raro momento de tranquilidade. A cidade abaixo começava a despertar, e os sons da vida cotidiana substituíam o silêncio da madrugada. Carros iniciavam seu tráfego matinal, e as primeiras pessoas saíam de suas casas, iniciando mais um dia na metrópole turbulenta.Jason se voltou para Roy, seu olhar carregado de afeto. O passado deles era uma tapeçaria de momentos compartilhados, de lutas e reconciliações, de perdas e vitórias. Eles haviam passado por tanto juntos, e cada cicatriz, cada memória, só reforçava o vínculo inquebrável que compartilhavam.— Sabe, Roy, por mais desafiador que tenha sido tudo isso, eu não mudaria nada — disse Jason, sua voz firme, mas carregada de emoção.— Cada passo, cada erro, cada batalha... tudo nos trouxe até aqui.Roy sorriu, um sorriso que falava de compreensão e reciprocidade. Ele sabia exatamente do que Jason estava f
Eu me lembro do dia em que morri. É difícil esquecer os gritos, a dor e o riso insano que ecoava pelas paredes do armazém abandonado. O Coringa, com seu sorriso distorcido e olhos cheios de loucura, transformou aquele lugar no cenário do meu pior pesadelo. — Você sabe, garoto — ele disse, enquanto balançava aquele pé-de-cabra ensanguentado. — Batman nunca chega a tempo. Não para você. Eu estava amarrado, ensanguentado, impotente. Cada golpe era uma sinfonia de dor que reverberava pelo meu corpo. Eu podia sentir meus ossos se quebrando, cada respiração se tornando um esforço monumental. Minha visão turvava, mas a imagem do Coringa, com seu rosto branco e cabelo verde, estava gravada na minha mente. — Por quê? — consegui murmurar, cuspindo sangue. — Por quê... eu? Ele riu, um som que fez meu estômago revirar. — Porque você era o mais divertido, meu querido Robin. Sempre tão sério, tão determinado. É trágico, realmente. Foi naquele momento que eu percebi que não havia esperanç
Anos depois, as ruas de Gotham ainda estavam imersas em sombras. Eu era uma sombra entre sombras, um fantasma que caçava os criminosos com a mesma brutalidade que me foi imposta. Gotham era um lugar de caos, e eu era a ordem imposta pelo medo. Numa noite particularmente fria, enquanto patrulhava os becos fétidos do Narrows, deparei-me com uma cena que despertou lembranças antigas. Um grupo de bandidos estava cercando uma jovem mulher, suas intenções claras e malignas. Meus punhos se apertaram, a raiva borbulhando dentro de mim. — Ei! — gritei, minha voz ecoando pelas paredes de tijolo. — A festa acabou, escória. Os homens se viraram, confusos por um momento, antes de verem a figura encapuzada diante deles. Um deles, um brutamontes com uma cicatriz no rosto, deu um passo à frente. — Quem diabos você pensa que é? — ele rosnou. Um sorriso frio se formou sob o meu capuz. — Sou a pior coisa que já vai te acontecer esta noite. O combate foi rápido e brutal. Eles eram numerosos,
Gotham nunca dorme. É uma cidade que pulsa com vida a qualquer hora do dia ou da noite, um organismo vivo de caos e corrupção. Eu já conhecia seus ritmos, seus suspiros e gemidos. E naquela noite, enquanto me esgueirava pelas sombras, eu senti algo diferente. Uma inquietação no ar, como se Gotham estivesse se preparando para algo grande. Voltei para meu esconderijo, uma base improvisada escondida no subsolo de um prédio abandonado. Era um lugar escuro e úmido, mas servia ao seu propósito. As paredes eram revestidas de telas que monitoravam os pontos críticos da cidade, conectadas aos meus drones de vigilância. Eu me sentei diante de uma das telas, observando a movimentação nos becos e ruas. Enquanto revisava as imagens, meu telefone tocou. Um número desconhecido. Eu atendi, mas ninguém falou do outro lado. Apenas respirei fundo e desliguei, me preparando para sair novamente. Algo me dizia que essa noite seria longa. Eu estava certo. Pulei de telhado em telhado, minhas botas faz
Gotham, apesar de todos os seus horrores, tinha uma beleza melancólica sob o manto da noite. As luzes tremeluzentes, as sombras profundas e a brisa fria que soprava dos becos davam à cidade uma atmosfera única, quase romântica, mas eu sabia que era um romance trágico. Minha vida tinha se entrelaçado com essa tragédia, e eu não podia simplesmente me afastar. Depois do encontro com Batman e Robin no armazém, minha mente estava um turbilhão de emoções e pensamentos conflitantes. Damian havia plantado uma semente de dúvida que eu não conseguia ignorar. Ele cresceu no seio da Liga dos Assassinos, um mundo de escuridão e morte, e ainda assim, ele estava tentando ser algo mais. Ele estava tentando ser melhor. Seria possível para mim fazer o mesmo? Voltei para meu esconderijo, uma base improvisada escondida no subsolo de um prédio abandonado. Era um lugar escuro e úmido, mas servia ao seu propósito. As paredes eram revestidas de telas que monitoravam os pontos críticos da cidade, conectadas
— O que você fez?! — Batman rosnou, avançando na minha direção com uma intensidade palpável. Seus olhos brilhavam com uma mistura de raiva e frustração. — Relaxe, Bats — respondi com um sorriso cínico. — Desta vez, parece que não desci para o subsolo. O olhar de Batman se endureceu ainda mais, suas mãos cerradas em punhos apertados ao lado do corpo. — Isso não é hora para piadas, Capuz Vermelho. Você colocou vidas em perigo. — Eu sei o que fiz — retruquei, minha voz carregada de tensão. — Mas tinha minhas razões. Robin permanecia em silêncio ao lado de Batman, seus olhos verdes fixos em mim, tentando decifrar minhas intenções. — Não estamos aqui para discutir suas razões, Capuz Vermelho — Batman disse, sua voz um grunhido baixo. — Estamos aqui para garantir a segurança de Gotham. — Como se você fosse o guardião da moralidade, Batman — respondi, minha própria raiva borbulhando à superfície. — Você pode ser cego para a realidade, mas eu não sou. Robin deu um passo à frente, sua e