Gotham nunca dorme. É uma cidade que pulsa com vida a qualquer hora do dia ou da noite, um organismo vivo de caos e corrupção. Eu já conhecia seus ritmos, seus suspiros e gemidos. E naquela noite, enquanto me esgueirava pelas sombras, eu senti algo diferente. Uma inquietação no ar, como se Gotham estivesse se preparando para algo grande.
Voltei para meu esconderijo, uma base improvisada escondida no subsolo de um prédio abandonado. Era um lugar escuro e úmido, mas servia ao seu propósito. As paredes eram revestidas de telas que monitoravam os pontos críticos da cidade, conectadas aos meus drones de vigilância. Eu me sentei diante de uma das telas, observando a movimentação nos becos e ruas. Enquanto revisava as imagens, meu telefone tocou. Um número desconhecido. Eu atendi, mas ninguém falou do outro lado. Apenas respirei fundo e desliguei, me preparando para sair novamente. Algo me dizia que essa noite seria longa. Eu estava certo. Pulei de telhado em telhado, minhas botas fazendo pouco barulho ao tocar as superfícies. Estava seguindo um rastro deixado por um dos mais notórios traficantes de armas de Gotham, Bruno "Bulldog" Miller. Bulldog era conhecido por sua brutalidade e por nunca deixar testemunhas. Mas naquela noite, ele se tornaria a exceção. O rastreei até um armazém abandonado no Distrito Industrial. A porta estava entreaberta, a luz piscante de dentro lançando sombras sinistras. Entrei sem fazer barulho, meu capuz vermelho ocultando meu rosto enquanto eu me movia como um espectro. Dentro, Bulldog estava cercado por seus homens, todos rindo e contando o dinheiro de uma recente transação de armas. Sem perder tempo, lancei uma granada de fumaça, e o caos se instalou. Me movi rapidamente entre as sombras, derrubando os capangas um por um, sem dar-lhes tempo de reagir. Quando a fumaça se dissipou, restava apenas eu e Bulldog. Ele era um homem enorme, músculos saltando por baixo da camiseta suada, uma cicatriz atravessando seu rosto brutal. Ele tentou me acertar com um soco, mas eu desviei facilmente, acertando-o com um chute no joelho que o fez cair de joelhos. — Capuz Vermelho — ele rosnou, sangue escorrendo de sua boca. — Você vai pagar por isso! — Sempre a mesma conversa — murmurei antes de começar a socá-lo, cada golpe carregado com a raiva e a frustração que eu sentia. Eu bati sem piedade, sem dar-lhe uma chance de se levantar. Cada soco era um lembrete do caos que homens como ele causavam em Gotham. Foi então que ouvi um som familiar. Um assobio baixo, seguido por um impacto pesado. Olhei para cima e vi Batman e Robin – Damian Wayne, o mais recente Robin – entrando no armazém. — Capuz Vermelho — Batman disse, sua voz baixa e ameaçadora. — Pare com isso. Eu ignorei, continuando a socar Bulldog. Mas Batman se aproximou rapidamente, agarrando meu braço e me afastando com força. — Eu disse, pare! Eu me soltei com um puxão brusco. — E quem vai me parar? Você? Robin, com seus olhos verdes ardendo de determinação, se posicionou ao lado de Batman. — Você não pode fazer isso. Bom é o que você quer ser? — Você não sabe de nada, garoto — respondi, minha voz gotejando desdém. — Vocês dois não sabem o que é realmente necessário para limpar essa cidade. — Isso não é justiça — Batman disse, sua voz firme. — Isso é vingança. — Talvez seja — eu retruquei, olhando diretamente nos olhos dele. — Mas funciona. Algo que você não consegue entender com suas regras e códigos. Robin deu um passo à frente, sua expressão séria. — Batman, talvez Capuz tenha razão — ele disse. — Cresci com a Liga dos Assassinos. Sei o que é ser impiedoso. Às vezes, métodos mais duros são necessários. Batman olhou para Robin incrédulo. — Robin, você não pode estar falando sério. Isso vai contra tudo o que ensinamos a você. — Eu entendo por que você faz isso, Capuz — continuou Damian, ignorando a objeção de Batman. — Algumas pessoas não mudam, não importa quantas chances lhes damos. Às vezes, a única maneira de lidar com a escória é eliminando-a. Olhei para Robin, surpreso pela compreensão em seus olhos. — Você cresceu na Liga, garoto. Você deveria entender melhor do que ninguém que às vezes a única maneira de lidar com a escória é eliminando-a. — Sim — ele assentiu — e eu ainda acredito que podemos ser melhores, mas também reconheço que há momentos em que medidas extremas são necessárias. — Escolher — murmurei — isso é uma luxúria que muitos de nós não têm. Bulldog estava no chão, gemendo de dor, mas ainda vivo. — Ele merece morrer — eu disse, dando um passo à frente. — Todos eles merecem. — Isso não é sua decisão para tomar — Batman disse, bloqueando meu caminho. — Gotham não precisa de mais morte. Precisa de esperança. — Esperança? — eu ri, um som amargo e vazio. — Esperança não impede homens como ele. Apenas medo e dor fazem isso. Damian deu um passo à frente novamente. — Batman, Capuz está certo. Batman olhou para Damian, dividido entre a raiva e a decepção. — Não posso acreditar que você está concordando com ele. — Estou sendo pragmático — Damian respondeu. — Podemos lutar sem nos tornar monstros, mas também precisamos ser realistas sobre as ameaças que enfrentamos. Eu olhei para Robin, sentindo uma estranha mistura de orgulho e aprovação. Ele era feroz, determinado, e começava a entender completamente o mundo sombrio em que vivíamos. — Você pode tentar, Bats — murmurei, virando-me para sair. — Mas lembre-se, às vezes a linha entre herói e vilão é mais tênue do que você pensa. Saí do armazém, deixando Batman e Robin com Bulldog. Minha missão ainda não tinha acabado. Havia mais criminosos lá fora, mais injustiça para enfrentar. E enquanto Batman e seu protegido lutavam para manter sua moral elevada, eu faria o que fosse necessário para limpar as ruas de Gotham. Enquanto voltava para as sombras, um pensamento me assaltou. Talvez Gotham nunca mudasse. Talvez eu estivesse condenado a ser essa figura sombria para sempre. Mas, enquanto houvesse criminosos para caçar, enquanto houvesse injustiça, eu estaria lá, nas sombras, lutando para trazer um pouco de ordem ao caos. — Você sabe — murmurei para a escuridão — a redenção pode não ser para todos. Mas a vingança... a vingança é uma chama eterna. E com isso, desapareci nas sombras, um guardião sombrio em uma cidade que nunca conheceu a luz. Minha busca por justiça não tinha fim, e eu estava disposto a pagar o preço, não importando o custo.Gotham, apesar de todos os seus horrores, tinha uma beleza melancólica sob o manto da noite. As luzes tremeluzentes, as sombras profundas e a brisa fria que soprava dos becos davam à cidade uma atmosfera única, quase romântica, mas eu sabia que era um romance trágico. Minha vida tinha se entrelaçado com essa tragédia, e eu não podia simplesmente me afastar. Depois do encontro com Batman e Robin no armazém, minha mente estava um turbilhão de emoções e pensamentos conflitantes. Damian havia plantado uma semente de dúvida que eu não conseguia ignorar. Ele cresceu no seio da Liga dos Assassinos, um mundo de escuridão e morte, e ainda assim, ele estava tentando ser algo mais. Ele estava tentando ser melhor. Seria possível para mim fazer o mesmo? Voltei para meu esconderijo, uma base improvisada escondida no subsolo de um prédio abandonado. Era um lugar escuro e úmido, mas servia ao seu propósito. As paredes eram revestidas de telas que monitoravam os pontos críticos da cidade, conectadas
— O que você fez?! — Batman rosnou, avançando na minha direção com uma intensidade palpável. Seus olhos brilhavam com uma mistura de raiva e frustração. — Relaxe, Bats — respondi com um sorriso cínico. — Desta vez, parece que não desci para o subsolo. O olhar de Batman se endureceu ainda mais, suas mãos cerradas em punhos apertados ao lado do corpo. — Isso não é hora para piadas, Capuz Vermelho. Você colocou vidas em perigo. — Eu sei o que fiz — retruquei, minha voz carregada de tensão. — Mas tinha minhas razões. Robin permanecia em silêncio ao lado de Batman, seus olhos verdes fixos em mim, tentando decifrar minhas intenções. — Não estamos aqui para discutir suas razões, Capuz Vermelho — Batman disse, sua voz um grunhido baixo. — Estamos aqui para garantir a segurança de Gotham. — Como se você fosse o guardião da moralidade, Batman — respondi, minha própria raiva borbulhando à superfície. — Você pode ser cego para a realidade, mas eu não sou. Robin deu um passo à frente, sua e
Ao amanhecer, saí do esconderijo, determinado a encontrar o Tigre Branco e desmantelar a Mão Negra. A cidade ainda estava envolta em sombras, mas eu sabia que cada passo me aproximava da verdade. E enquanto avançava pelas ruas de Gotham, sabia que a luta estava apenas começando. Cada movimento que fiz era uma dança entre luz e escuridão, uma luta constante pela justiça em uma cidade mergulhada no caos. E assim, com determinação renovada, continuei meu caminho, pronto para enfrentar o que quer que viesse a seguir. O nevoeiro se espalhava pelas ruas de Gotham, envolvendo a cidade em um manto de mistério e melancolia. Era uma noite como tantas outras, onde o mal se misturava às sombras e os heróis lutavam para manter a luz acesa. Eu estava no meu esconderijo, refletindo sobre os eventos recentes. A explosão no armazém havia desencadeado uma série de perguntas em minha mente, e eu sabia que precisava encontrar respostas. Decidi investigar mais a fundo o que Rottweiler estava planejan
O silêncio pesava no ar enquanto eu percorria as sombras das ruas de Gotham. Cada passo ecoava como um lembrete sombrio da escuridão que permeava a cidade. Havia algo sinistro se movendo nas entranhas de Gotham, algo que eu podia sentir no âmago do meu ser. Minha última batalha com Shadow havia me deixado com mais perguntas do que respostas. Quem era ele? E o que ele queria? As respostas pareciam escapar de mim, esquivando-se entre as sombras como fantasmas indescritíveis. Decidi recorrer ao único lugar onde poderia encontrar algumas respostas: o submundo de Gotham. Entrei no bar sombrio e enfumaçado conhecido como "O Covil", onde os criminosos se reuniam para compartilhar informações e fazer negócios obscuros. A atmosfera estava carregada de tensão enquanto eu me infiltrava no ambiente, meu capuz vermelho ocultando meu rosto dos olhares curiosos. Eu me movia com cautela, observando os rostos sombrios ao meu redor, cada um ocultando segredos tão escuros quanto a própria noite. Enco
Gotham à noite era como um campo de batalha, onde sombras dançavam ao ritmo de segredos obscuros e desespero. E naquela noite, eu não era uma exceção. Minha jornada me levou ao submundo da cidade, em um lugar conhecido apenas como "A Arena", onde os mais perigosos e implacáveis lutadores se enfrentavam em batalhas brutais até a morte. Após a revelação de informações cruciais sobre Shadow, o mestre das sombras, durante meu último encontro com Rottweiler, decidi que era hora de agir. Shadow era uma ameaça que não podia ser ignorada, e eu estava determinado a descobrir seus planos antes que causasse mais estragos em Gotham. A entrada na Arena foi acompanhada por uma mistura de expectativa e perigo iminente. O local estava impregnado com a energia elétrica da multidão, ansiosa por sangue e violência. Eu me misturei entre as sombras, observando atentamente os lutadores se prepararem para seus combates. Quando chegou a minha vez, entrei no ringue com uma determinação fria. Meu capuz verme
No momento em que saí do armazém, uma sensação de urgência me envolveu. A vitória sobre Shadow não significava o fim dos problemas em Gotham, apenas mais uma batalha vencida na guerra interminável contra o crime. A cidade estava repleta de desafios, cada esquina escondendo novas ameaças e segredos sombrios. Eu me movi pelas ruas escuras, minha mente trabalhando freneticamente enquanto tentava decifrar as pistas que Shadow havia deixado para trás. Seus últimos momentos tinham revelado algo significativo, algo que poderia me levar mais perto da verdade por trás da escuridão que envolvia Gotham. Minha jornada me levou a um beco estreito e sombrio, onde uma figura solitária se agachava sobre um corpo caído. Instintivamente, aproximei-me, observando com cautela enquanto a figura examinava o que parecia ser uma ferida de bala. — O que você está fazendo aqui? — minha voz cortou o silêncio, fazendo a figura pular de surpresa. Era uma mulher jovem, vestida com a roupa icônica da Mulher-Gato,
No silêncio carregado do esconderijo do Capuz Vermelho, ele mergulhou profundamente na análise dos dispositivos capturados de Shadow. Cada artefato pulsava com uma energia misteriosa, prometendo segredos ocultos e possibilidades inexploradas. Determinado a desvendar o mistério por trás desses artefatos, o Capuz Vermelho começou sua análise meticulosa. Sentado em seu laboratório improvisado, ele estudava os dispositivos com cuidado, desmontando-os peça por peça enquanto sua mente trabalhava para decifrar sua complexidade. Foi então que ele decidiu recorrer à sua assistente de inteligência artificial, uma voz suave e perspicaz que ele chamava de “Iris”. — Iris, preciso de sua ajuda — disse o Capuz Vermelho, ativando o sistema de inteligência artificial. — Analise esses dispositivos e veja o que pode descobrir sobre eles. — Entendido, Capuz Vermelho — respondeu a voz suave de Iris. — Começarei a análise imediatamente. Enquanto Iris iniciava sua análise, o Capuz Vermelho continuou
Selina, reconhecendo a gravidade da situação, enviou uma mensagem criptografada para o Capuz Vermelho, convocando-o a um encontro em um local neutro. Ela sabia que enfrentar a organização criminosa exigiria mais do que apenas suas habilidades; eles precisariam da ajuda de aliados poderosos. Ao receber a mensagem de Selina, o Capuz Vermelho hesitou por um momento. Ele não estava acostumado a trabalhar com o Batman e seus aliados, especialmente considerando sua história conturbada com o Cavaleiro das Trevas. No entanto, a gravidade da situação o obrigou a reconsiderar. Iris, a IA que ele desenvolveu, havia descoberto informações cruciais sobre os líderes da organização criminosa, revelando a ameaça que eles representavam para Gotham. Relutantemente, o Capuz Vermelho concordou em se encontrar com Selina e seus aliados. No local designado, ele foi recebido pelo Batman, Robin, Asa Noturna e Robin Vermelho. A tensão era palpável no ar, especialmente entre o Capuz Vermelho e o Batman, cuj