Apesar da nova fase, o passado sempre encontrava uma maneira de se infiltrar. Certo dia, enquanto patrulhavam, Jason recebeu uma mensagem de Dick Grayson, convidando-os para um encontro.— O que acha? — perguntou Roy, lendo a mensagem por cima do ombro de Jason.— Acho que é hora de nos reconectarmos com os velhos amigos, — respondeu Jason com um sorriso.Chegaram ao local combinado, uma velha cafeteria onde costumavam se reunir antes dos tempos tumultuados. A cafeteria era acolhedora, com uma decoração vintage que incluía sofás de couro desgastado, mesas de madeira rústica e uma jukebox no canto, tocando suaves clássicos de rock dos anos 80. As paredes eram adornadas com fotos em preto e branco de Gotham em seus dias de glória.Dick, Tim, e até Damian estavam lá, esperando por eles. Dick, o mais velho dos Robins, sempre foi o pilar da unidade entre eles. Tim, sempre o estrategista, observava tudo com olhos curiosos e atentos. E Damian, o mais jovem, ainda exibia sua postura orgulhosa
Apesar das conquistas e do apoio dos amigos, Jason ainda lutava com seus próprios demônios. Uma noite, após uma missão particularmente difícil, ele encontrou-se perdido em pensamentos sombrios.A missão havia sido brutal. Eles tinham enfrentado um grupo de mercenários que planejava um atentado em um prédio governamental. A luta foi intensa, com tiros e explosões ecoando pelas ruas de Gotham. Jason e sua equipe conseguiram desarmar as bombas e capturar os mercenários, mas não sem custo. Durante a batalha, Jason viu algo que o fez lembrar de seu tempo com o Coringa, um flash de dor e trauma que ele nunca conseguia apagar completamente.Depois de retornar ao apartamento, enquanto os outros descomprimiam, Jason se retirou para o telhado, buscando o ar frio da noite para clarear a mente. Ele se sentou na beirada, olhando para as luzes da cidade abaixo. Cada lampejo de neon e cada sirene distante pareciam ecoar os gritos e a violência que ele havia testemunhado.Roy percebeu a mudança e se a
Com o novo quartel-general estabelecido, a equipe de Jason e Roy se tornou mais eficiente e unida. O armazém, transformado em uma fortaleza moderna, oferecia a segurança e os recursos necessários para que pudessem operar de forma eficaz em Gotham. Mas, como sempre, a cidade tinha suas próprias maneiras de testar até os vigilantes mais preparados.Era uma noite agitada em Gotham. As sirenes da polícia ecoavam à distância, e o som de helicópteros sobrevoando a cidade era constante. Jason e Roy estavam no centro de operações, revisando os relatórios de inteligência e coordenando com suas recrutas.— Temos um aumento nas atividades dos Maroni no leste da cidade, — disse Stephanie, analisando o mapa tático no monitor.— Parece que eles estão planejando algo grande.— Precisamos agir rápido, — acrescentou Cass, sua expressão séria.— Não podemos deixar que eles ganhem mais terreno.Harper, sempre prática, começou a preparar os equipamentos.— Vou garantir que temos tudo que precisamos. Não p
Jason e Roy estavam sentados no sofá da sala de estar, recuperando-se após uma patrulha intensa. O silêncio pairava entre eles, mas Jason sabia que era hora de enfrentar uma conversa há muito adiada.— Roy, preciso falar sobre algo importante com você, — disse Jason, sua voz séria.Roy olhou para ele, percebendo a gravidade em seu tom.— Claro, Jay. O que está acontecendo?Jason respirou fundo, preparando-se para revelar seus pensamentos mais profundos.— É sobre Bruce. Eu sinto que ainda há tensão entre nós, e não podemos continuar assim. Precisamos resolver isso de uma vez por todas.Roy assentiu, compreendendo a importância do assunto.— Entendo. Você está certo, Jay. Talvez seja hora de ter uma conversa franca com o velho morcego.Jason concordou, sabendo que adiar essa conversa só aumentaria a tensão entre ele e Bruce.— Vou ligar para Bruce e marcar um encontro na Mansão Wayne. Precisamos resolver isso o mais rápido possível.Bruce os recebeu na biblioteca, sua postura imponente
Enquanto o sol subia lentamente, inundando Gotham City com sua luz quente e suave, Jason e Roy permaneceram na cobertura, aproveitando o raro momento de tranquilidade. A cidade abaixo começava a despertar, e os sons da vida cotidiana substituíam o silêncio da madrugada. Carros iniciavam seu tráfego matinal, e as primeiras pessoas saíam de suas casas, iniciando mais um dia na metrópole turbulenta.Jason se voltou para Roy, seu olhar carregado de afeto. O passado deles era uma tapeçaria de momentos compartilhados, de lutas e reconciliações, de perdas e vitórias. Eles haviam passado por tanto juntos, e cada cicatriz, cada memória, só reforçava o vínculo inquebrável que compartilhavam.— Sabe, Roy, por mais desafiador que tenha sido tudo isso, eu não mudaria nada — disse Jason, sua voz firme, mas carregada de emoção.— Cada passo, cada erro, cada batalha... tudo nos trouxe até aqui.Roy sorriu, um sorriso que falava de compreensão e reciprocidade. Ele sabia exatamente do que Jason estava f
Eu me lembro do dia em que morri. É difícil esquecer os gritos, a dor e o riso insano que ecoava pelas paredes do armazém abandonado. O Coringa, com seu sorriso distorcido e olhos cheios de loucura, transformou aquele lugar no cenário do meu pior pesadelo. — Você sabe, garoto — ele disse, enquanto balançava aquele pé-de-cabra ensanguentado. — Batman nunca chega a tempo. Não para você. Eu estava amarrado, ensanguentado, impotente. Cada golpe era uma sinfonia de dor que reverberava pelo meu corpo. Eu podia sentir meus ossos se quebrando, cada respiração se tornando um esforço monumental. Minha visão turvava, mas a imagem do Coringa, com seu rosto branco e cabelo verde, estava gravada na minha mente. — Por quê? — consegui murmurar, cuspindo sangue. — Por quê... eu? Ele riu, um som que fez meu estômago revirar. — Porque você era o mais divertido, meu querido Robin. Sempre tão sério, tão determinado. É trágico, realmente. Foi naquele momento que eu percebi que não havia esperanç
Anos depois, as ruas de Gotham ainda estavam imersas em sombras. Eu era uma sombra entre sombras, um fantasma que caçava os criminosos com a mesma brutalidade que me foi imposta. Gotham era um lugar de caos, e eu era a ordem imposta pelo medo. Numa noite particularmente fria, enquanto patrulhava os becos fétidos do Narrows, deparei-me com uma cena que despertou lembranças antigas. Um grupo de bandidos estava cercando uma jovem mulher, suas intenções claras e malignas. Meus punhos se apertaram, a raiva borbulhando dentro de mim. — Ei! — gritei, minha voz ecoando pelas paredes de tijolo. — A festa acabou, escória. Os homens se viraram, confusos por um momento, antes de verem a figura encapuzada diante deles. Um deles, um brutamontes com uma cicatriz no rosto, deu um passo à frente. — Quem diabos você pensa que é? — ele rosnou. Um sorriso frio se formou sob o meu capuz. — Sou a pior coisa que já vai te acontecer esta noite. O combate foi rápido e brutal. Eles eram numerosos,
Gotham nunca dorme. É uma cidade que pulsa com vida a qualquer hora do dia ou da noite, um organismo vivo de caos e corrupção. Eu já conhecia seus ritmos, seus suspiros e gemidos. E naquela noite, enquanto me esgueirava pelas sombras, eu senti algo diferente. Uma inquietação no ar, como se Gotham estivesse se preparando para algo grande. Voltei para meu esconderijo, uma base improvisada escondida no subsolo de um prédio abandonado. Era um lugar escuro e úmido, mas servia ao seu propósito. As paredes eram revestidas de telas que monitoravam os pontos críticos da cidade, conectadas aos meus drones de vigilância. Eu me sentei diante de uma das telas, observando a movimentação nos becos e ruas. Enquanto revisava as imagens, meu telefone tocou. Um número desconhecido. Eu atendi, mas ninguém falou do outro lado. Apenas respirei fundo e desliguei, me preparando para sair novamente. Algo me dizia que essa noite seria longa. Eu estava certo. Pulei de telhado em telhado, minhas botas faz