Eu me lembro do dia em que morri. É difícil esquecer os gritos, a dor e o riso insano que ecoava pelas paredes do armazém abandonado. O Coringa, com seu sorriso distorcido e olhos cheios de loucura, transformou aquele lugar no cenário do meu pior pesadelo. — Você sabe, garoto — ele disse, enquanto balançava aquele pé-de-cabra ensanguentado. — Batman nunca chega a tempo. Não para você. Eu estava amarrado, ensanguentado, impotente. Cada golpe era uma sinfonia de dor que reverberava pelo meu corpo. Eu podia sentir meus ossos se quebrando, cada respiração se tornando um esforço monumental. Minha visão turvava, mas a imagem do Coringa, com seu rosto branco e cabelo verde, estava gravada na minha mente. — Por quê? — consegui murmurar, cuspindo sangue. — Por quê... eu? Ele riu, um som que fez meu estômago revirar. — Porque você era o mais divertido, meu querido Robin. Sempre tão sério, tão determinado. É trágico, realmente. Foi naquele momento que eu percebi que não havia esperanç
Anos depois, as ruas de Gotham ainda estavam imersas em sombras. Eu era uma sombra entre sombras, um fantasma que caçava os criminosos com a mesma brutalidade que me foi imposta. Gotham era um lugar de caos, e eu era a ordem imposta pelo medo. Numa noite particularmente fria, enquanto patrulhava os becos fétidos do Narrows, deparei-me com uma cena que despertou lembranças antigas. Um grupo de bandidos estava cercando uma jovem mulher, suas intenções claras e malignas. Meus punhos se apertaram, a raiva borbulhando dentro de mim. — Ei! — gritei, minha voz ecoando pelas paredes de tijolo. — A festa acabou, escória. Os homens se viraram, confusos por um momento, antes de verem a figura encapuzada diante deles. Um deles, um brutamontes com uma cicatriz no rosto, deu um passo à frente. — Quem diabos você pensa que é? — ele rosnou. Um sorriso frio se formou sob o meu capuz. — Sou a pior coisa que já vai te acontecer esta noite. O combate foi rápido e brutal. Eles eram numerosos,
Gotham nunca dorme. É uma cidade que pulsa com vida a qualquer hora do dia ou da noite, um organismo vivo de caos e corrupção. Eu já conhecia seus ritmos, seus suspiros e gemidos. E naquela noite, enquanto me esgueirava pelas sombras, eu senti algo diferente. Uma inquietação no ar, como se Gotham estivesse se preparando para algo grande. Voltei para meu esconderijo, uma base improvisada escondida no subsolo de um prédio abandonado. Era um lugar escuro e úmido, mas servia ao seu propósito. As paredes eram revestidas de telas que monitoravam os pontos críticos da cidade, conectadas aos meus drones de vigilância. Eu me sentei diante de uma das telas, observando a movimentação nos becos e ruas. Enquanto revisava as imagens, meu telefone tocou. Um número desconhecido. Eu atendi, mas ninguém falou do outro lado. Apenas respirei fundo e desliguei, me preparando para sair novamente. Algo me dizia que essa noite seria longa. Eu estava certo. Pulei de telhado em telhado, minhas botas faz
Gotham, apesar de todos os seus horrores, tinha uma beleza melancólica sob o manto da noite. As luzes tremeluzentes, as sombras profundas e a brisa fria que soprava dos becos davam à cidade uma atmosfera única, quase romântica, mas eu sabia que era um romance trágico. Minha vida tinha se entrelaçado com essa tragédia, e eu não podia simplesmente me afastar. Depois do encontro com Batman e Robin no armazém, minha mente estava um turbilhão de emoções e pensamentos conflitantes. Damian havia plantado uma semente de dúvida que eu não conseguia ignorar. Ele cresceu no seio da Liga dos Assassinos, um mundo de escuridão e morte, e ainda assim, ele estava tentando ser algo mais. Ele estava tentando ser melhor. Seria possível para mim fazer o mesmo? Voltei para meu esconderijo, uma base improvisada escondida no subsolo de um prédio abandonado. Era um lugar escuro e úmido, mas servia ao seu propósito. As paredes eram revestidas de telas que monitoravam os pontos críticos da cidade, conectadas
— O que você fez?! — Batman rosnou, avançando na minha direção com uma intensidade palpável. Seus olhos brilhavam com uma mistura de raiva e frustração. — Relaxe, Bats — respondi com um sorriso cínico. — Desta vez, parece que não desci para o subsolo. O olhar de Batman se endureceu ainda mais, suas mãos cerradas em punhos apertados ao lado do corpo. — Isso não é hora para piadas, Capuz Vermelho. Você colocou vidas em perigo. — Eu sei o que fiz — retruquei, minha voz carregada de tensão. — Mas tinha minhas razões. Robin permanecia em silêncio ao lado de Batman, seus olhos verdes fixos em mim, tentando decifrar minhas intenções. — Não estamos aqui para discutir suas razões, Capuz Vermelho — Batman disse, sua voz um grunhido baixo. — Estamos aqui para garantir a segurança de Gotham. — Como se você fosse o guardião da moralidade, Batman — respondi, minha própria raiva borbulhando à superfície. — Você pode ser cego para a realidade, mas eu não sou. Robin deu um passo à frente, sua e
Ao amanhecer, saí do esconderijo, determinado a encontrar o Tigre Branco e desmantelar a Mão Negra. A cidade ainda estava envolta em sombras, mas eu sabia que cada passo me aproximava da verdade. E enquanto avançava pelas ruas de Gotham, sabia que a luta estava apenas começando. Cada movimento que fiz era uma dança entre luz e escuridão, uma luta constante pela justiça em uma cidade mergulhada no caos. E assim, com determinação renovada, continuei meu caminho, pronto para enfrentar o que quer que viesse a seguir. O nevoeiro se espalhava pelas ruas de Gotham, envolvendo a cidade em um manto de mistério e melancolia. Era uma noite como tantas outras, onde o mal se misturava às sombras e os heróis lutavam para manter a luz acesa. Eu estava no meu esconderijo, refletindo sobre os eventos recentes. A explosão no armazém havia desencadeado uma série de perguntas em minha mente, e eu sabia que precisava encontrar respostas. Decidi investigar mais a fundo o que Rottweiler estava planejan
O silêncio pesava no ar enquanto eu percorria as sombras das ruas de Gotham. Cada passo ecoava como um lembrete sombrio da escuridão que permeava a cidade. Havia algo sinistro se movendo nas entranhas de Gotham, algo que eu podia sentir no âmago do meu ser. Minha última batalha com Shadow havia me deixado com mais perguntas do que respostas. Quem era ele? E o que ele queria? As respostas pareciam escapar de mim, esquivando-se entre as sombras como fantasmas indescritíveis. Decidi recorrer ao único lugar onde poderia encontrar algumas respostas: o submundo de Gotham. Entrei no bar sombrio e enfumaçado conhecido como "O Covil", onde os criminosos se reuniam para compartilhar informações e fazer negócios obscuros. A atmosfera estava carregada de tensão enquanto eu me infiltrava no ambiente, meu capuz vermelho ocultando meu rosto dos olhares curiosos. Eu me movia com cautela, observando os rostos sombrios ao meu redor, cada um ocultando segredos tão escuros quanto a própria noite. Enco
Gotham à noite era como um campo de batalha, onde sombras dançavam ao ritmo de segredos obscuros e desespero. E naquela noite, eu não era uma exceção. Minha jornada me levou ao submundo da cidade, em um lugar conhecido apenas como "A Arena", onde os mais perigosos e implacáveis lutadores se enfrentavam em batalhas brutais até a morte. Após a revelação de informações cruciais sobre Shadow, o mestre das sombras, durante meu último encontro com Rottweiler, decidi que era hora de agir. Shadow era uma ameaça que não podia ser ignorada, e eu estava determinado a descobrir seus planos antes que causasse mais estragos em Gotham. A entrada na Arena foi acompanhada por uma mistura de expectativa e perigo iminente. O local estava impregnado com a energia elétrica da multidão, ansiosa por sangue e violência. Eu me misturei entre as sombras, observando atentamente os lutadores se prepararem para seus combates. Quando chegou a minha vez, entrei no ringue com uma determinação fria. Meu capuz verme