— Li e reli todas as cláusulas várias vezes, não havia nada nelas que impedissem o casamento. Então é isso Helena você vai se casar mais uma vez. Estava totalmente perdida em meus pensamentos quando a senhora governanta chegou e falou.
— Senhorita Helena seu avô ligou perguntando se a senhorita já está de malas prontas, eles marcaram o casamento para amanhã. — Meu Deus, eles não me dão um minuto de paz. Tudo bem, tranquilo. Então é isso, infelizmente vamos ao casamento. Estava indo ver meu filho em seu quarto quando meu advogado me ligou. — Helena já está tudo pronto para o casamento. Só que tem algo que queria lhe informar antes. — O que houve dessa vez? — Edu, o jovem noivo, ele pediu para mudar alguns detalhes, pediu que fosse mudado umas cláusulas do contrato. E isso nos preocupa um pouco. — E o que é de tão importante? O que o pirralho quer mudar? — Irei te enviar exatamente as palavras dele, espero que a senhorita leia rumo a Madri, ou não iremos chegar no horário marcado. — Querido, acabei de chegar em casa. Tenham calma, vou reler as novas cláusulas. Cláusulas do contrato. — Minha prezada e linda noiva, como se sabe meu papaizinho está me obrigando a casar com a senhorita. E chegou o grande dia, então precisamos honrar com nossos compromissos, com um único e último pedido. Esse contrato foi feito por vocês, eu definitivamente não quero me casar, porém só quero me ver livre dessa obrigação. Afinal sou muito jovem para viver liso. Faremos o seguinte acordo, um ano e vocês me deixaram totalmente livre dessa porcaria de casamento, só tenho algumas condições, até lá você não irá me tocar, nunca iremos consumar esse bendito casamento, e você não pode em hipótese alguma ter sentimentos por mim. Feito isso, após um ano nos separamos, caso a senhorita minha noiva descumpra essas regras iremos até o fim, felizes para sempre. Após o casamento consumado, se houver divórcio por sua parte toda a sua fortuna passa para mim. Caso a senhorita minha noiva aceite nosso então acordo nupcial, essa cláusula passa a anular todas as outras. O importante é a senhorita minha noiva manter distância, afinal de contas não tenho mais nenhum interesse em casar com a senhorita mesmo sendo tão bela, não me leve a mal. Só estou fazendo para o bem comum e interesses de nossas famílias, espero que não se ofenda. Seu futuro marido, Edu — Bem Bruno, não vejo nenhum problema, o que há de errado na nova cláusula? O garoto deve ter convencido Oleg a isso, e um ano passa voando logo estarei para sempre livre desse pirralho arrogante. Diga que aceito. E quem ele pensa que é para achar que vou querer tocá-lo? — Senhorita Helena você tem completa certeza disso? É muito fácil se apaixonar por alguém. Está certa disso? Se você descumprir o trato sua fortuna vai toda para ele. — Bruno querido, é mais fácil os mares de Miami secarem do que eu me apaixonar. Claro que sim, assine o contrato aceitando as modificações agora mesmo. E vamos para Madri, quanto mais rápido nos casarmos, mais perto estarei de me livrar de tudo isso. — Tudo bem Helena, só não diga que não avisei. — Já estava no aeroporto, meu jatinho já estava pronto para decolar. Estava usando um vestido de última geração de um estilista muito famoso, com um buquê de flores ridículo, as joias haviam sido de mamãe. Vovô estava irritado e falava ao telefone feito um louco. Quando desligou parecia que iria me esmagar com um simples olhar. — Helena o que você fez? e esse advogado de meia tigela merece ficar na miséria igual a você. — Do que o senhor está falando? — Vocês mudaram as regras do contrato? Agora você está nas mãos dele. — Vovô em um ano estaremos livres dessa porcaria de contrato, e finalmente poderei continuar minha vida sem essa dívida e esse enchimento de saco. — Garota, e se você se apaixonar por ele? O que vai fazer? — Meu avô já sou uma mulher adulta, e o senhor sabe que essa não é uma possibilidade. Faz tempo que cresci, já está mais do que na hora do senhor confiar um pouco em mim, vamos acabar logo com isso. — Veremos então o que você fez, estou lhe dando um voto de confiança, Helena. Você não sabe o que te espera. — O amor tenho certeza que não é. Tivemos um voo tranquilo, logo estávamos desembarcando, Madri era uma cidade linda. Aquela tarde especialmente, embora estivesse ali para cumprir com uma promessa idiota e assinar um contrato milionário que mudaria o rumo de minha vida totalmente inesperadamente com um pirralho mimado. Em todos esses anos sem Lorenzo a única coisa que soube fazer com excelência foi trabalhar, nossos bens hoje rendiam milhões, não sei como fomos esquecer aquele miserável empréstimo. Mas Oleg sempre foi um ótimo amigo, e agora é o jeito casar, e recomeçar, não estou preocupada com nada sei que não há tempo em minha vida para essa história de felicidade, o garoto só quer se livrar do casamento e viver sua juventude sem obrigações, que mal poderia haver em um ano? Logo estaríamos nos separando e cada um seguiria sua vida como se nunca nem mesmo tivesse estado um na vida do outro.Helena Sullivan — Empresária muito bem sucedida no ramo de exportação e importação de tecidos. Neta do poderoso Gustave Sullivan. Helena é uma mulher de 27 anos, Viúva, mãe de um lindo garotinho de cinco anos. Muita bonita e cobiçada. Helena a anos atrás para fugir da falência e fazer de seus negócios um sucesso ainda mais promissor acabou fazendo um grande empréstimo mais o poderoso avô, porém devido a isso agora estão passando por uma crise financeira que ameaça os falir. Sendo assim ela acaba assinando um contrato com seu melhor amigo e sócio. A condição principal do contrato é que Oleg lhe dê tudo o que desejar para impedir que ela vá à falência contanto que ela se case com seu único filho. Helena sempre muito ambiciosa fez tanto sucesso que se tornou uma CEO muito conhecida, só que diante da enorme crise que ameaça seu império ou ela casa ou perderá tudo. Sendo assim Helena não pensa duas vezes em cumprir com sua promessa de casar com o jovem Edu, o importante para ela é garanti
— Logo que Edu assinou o contrato chegou bem perto, apertou minha mão e falou a meu ouvido quase como um sussurro.— Minha linda Helena, pode ter certeza meu amor que estou tão infeliz com essa porcaria de contrato como você meu bem. Mas, tendo em vista que é uma mulher tão admirável e bem gostosa é melhor pedir a Deus para que eu não mude de opinião e queria me aquecer em seus lençois querida esposa. — Ainda com a mão segurando a minha, Edu piscou o olho e falou novamente. — Agora vamos curtir nossa lua de mel meu bem, afinal só pretendo me casar uma única vez na vida. — Nem morta querido, já estamos indo de volta para casa. Não teremos festinha, nem mesmo nossas famílias vão nos cumprimentar. E você precisa começar a se vestir melhor, afinal agora você tem meu nome a zelar garoto. Edu me olhou parecendo estar irritado e do nada resolveu que ficaríamos ali aquela noite e que iríamos comemorar a porcaria de contrato, não tendo escolhas já que Oleg me pediu saímos da catedral direto
— Depois que jantamos, o garoto resolveu que queria ir novamente a uma boate, me recusei a ir é óbvio, odeio esses lugares e isso não é segredo para ninguém. — Helena meu amor, entendo que você não goste de viver, mas eu só tenho 25 anos e não pretendo morrer de tédio ao seu lado. Vamos lá, a gente fica pouco tempo e depois vamos embora. — Tudo bem vamos, dessa vez ok, mas eu não vou ficar de babá, você aceitou casar agora vai ter que fazer sua parte também. — Estou fazendo minha esposa, juro que estou tentando.— Quando chegamos à bendita boate que por sinal também era de Oleg, o garoto bebeu e dançou a noite inteira, mesmo eu insistindo para ir embora. O ambiente se é que posso chamá-lo assim mais parecia o inferno, um barulho infernal, lotado de pessoas bêbadas sem cultura alguma, prometi para mim mesma que nunca mais na vida colocava meus pés naquele lugar horroroso. Edu era literalmente inimigo do fim, mas essa noite, só essa noite eu suportaria isso. Passei a noite inteira se
— Estava tranquilamente tomando meu café da manhã quando a senhora governanta me informa que meu filho está sozinho no quarto com Edu, para mim embora aquele garoto seja filho do meu melhor amigo ele ainda é só um estranho e não quero ele perto do meu filho. Levanto imediatamente e corro em direção ao quarto. Quando entro dou de cara com Edu dormindo no sofá e meu pequeno Enzo dormindo em minha cama. Ainda bem que pelo menos uma vez ele teve bom senso. Olho para a governanta e a babá de meu filho e falo que ambas podem sair do quarto. Sento na cama com meu coração ainda apreensivo. Edu acorda e levanta jogando uma almofada em mim ao passar para ir ao banheiro. Observo que ele está vestindo só um short curto deixando seu corpo todo à mostra. Ele tem braços musculosos, um abdômen perfeitamente bem definido, pernas grossas, alto loiro, e sabe ser totalmente sedutor, pena que seus encantos não valem para mulheres como eu. Ao voltar com apenas uma toalha sobre seu corpo ele fala se des
— Me pergunto porque fui tão idiota de acreditar que um casamento com um garoto de 25 anos que nunca trabalhou e não faz absolutamente nada da vida daria certo, eu só poderia estar louca quando aceitei isso. Pego meu telefone e ligo para Edu que não demora nada a atender. — Posso saber onde estar? — Oi Helena, você lembrou que tem um marido. — Olha aqui Edu, me escuta se você quer se envolver em polêmicas, ou coisas assim, estou pouco me importando com você. Só não esqueça que agora você também é um Sullivan e nós zelamos por esse nome. — Então eu sou apenas um nome para você? — Onde você está agora? — Estou na boate, estou cheio de não fazer nada, sua vida e tudo a sua volta é sem graça, Helena. — Faça o que quiser, mas amanhã não quero meu nome nos jornais, e você vai comigo para a empresa. Aproveitei que ele não estava para tomar um banho e relaxar, embora por algum motivo eu não conseguisse. Fiquei sentada na varanda até bem tarde quando um de meus seguranças me ligou. — S
— Já é quase fim de tarde, resolvo ligar para Edu e saber porque está demorando tanto, afinal ele ficou em casa, porém ciente que teria que vir à empresa hoje. Ligo apenas uma vez, mas ele não atende. Resolvo alguns assuntos pendentes com Bruno e resolvo que vou almoçar em casa, quando chego estranho o silêncio, vou até a cozinha e sou informada que meu filho saiu na companhia de Soraia sua babá e Edu. Meu sangue ferve nas veias, pego um copo que está bem em cima da mesa e o estilhaço ao chão. Chamo meu chefe de segurança e peço que chame a todos. — Vocês não estão esquecendo nada? A senhora também? Quero ser informada de tudo que acontece dentro e fora desta casa, como meu filho saiu com uma pessoa que conhecemos há um dia e vocês não me falam nada? Grito com todos que apenas me olham. Bato a porta e sigo em direção a rua estou com tanta raiva que quase sou atropelada ao cruzar a grande avenida que separa minha cobertura da praia. Um dos seguranças que me segue me puxa impedindo que
— Entrei no banho e tentei esquecer tudo e todos à minha volta, mas a todo o tempo o garoto vinha em minha mente. A forma como Edu me olhava, a forma como tratava Enzo, os olhares para a empregada. Falando nela essa mulher estava me tirando do sério a algum tempo e não estava gostando nada da forma como Edu a olhava, certo que não tenho e nunca terei nada com ele. Mas ainda assim ele me deve respeito. Saí do banho, peguei uma roupa bem leve e deitei tentando dormir. Fiquei na cama rolando de um lado para o outro, muitas coisas me incomodavam, o fato de Edu estar fora de casa era uma delas, não que eu me importasse com aquele pirralho. Depois de horas rolando de um lado para o outro enfim consegui dormir. Era madrugada acordei com um barulho, de repente um vidro se estilhaçando, levantei assustada. Edu havia esbarrado em um dos meus jarros mais caros, ele estava ainda mais embriagado que na noite anterior, ao me olhar ele falou dessa vez sendo bem ríspido. — Me perdoe Helena, eu não q
— A noite por incrível que pareça correu bem, meu avô até conseguiu rir, meu filho Enzo passou a noite brincando com Edu como se fossem duas crianças. Quando saímos da mansão de vovó, Edu me convenceu a irmos para a boate de seu pai, meu filho seguiu para casa com o motorista. — Edu LeBlanc se ainda não percebeu, odeio barulho e esse lugar é insuportável. Irei permanecer por pouco tempo e vamos embora. — Tudo bem Helena, mas você precisa se divertir pelo menos um pouco. Você fala do seu avô mas a rabugenta aqui é você. — Cala essa boca, e vá se acostumando, essa é a última vez que venho aqui com você. — Tudo bem, eu venho sozinho. — Você é casado agora, infelizmente comigo. — Infelizmente Helena, sou assim tão insuportável para você? — Sim, você é. Falei olhando bem em seus olhos, ele me olhou e se aproximando falou. — Entendi, não se preocupe, vou fazer o possível para não atrapalhar mais sua vida perfeita. — Ele falou e saiu de perto, logo após começou a beber feito um louco