— Me pergunto porque fui tão idiota de acreditar que um casamento com um garoto de 25 anos que nunca trabalhou e não faz absolutamente nada da vida daria certo, eu só poderia estar louca quando aceitei isso. Pego meu telefone e ligo para Edu que não demora nada a atender. — Posso saber onde estar? — Oi Helena, você lembrou que tem um marido. — Olha aqui Edu, me escuta se você quer se envolver em polêmicas, ou coisas assim, estou pouco me importando com você. Só não esqueça que agora você também é um Sullivan e nós zelamos por esse nome. — Então eu sou apenas um nome para você? — Onde você está agora? — Estou na boate, estou cheio de não fazer nada, sua vida e tudo a sua volta é sem graça, Helena. — Faça o que quiser, mas amanhã não quero meu nome nos jornais, e você vai comigo para a empresa. Aproveitei que ele não estava para tomar um banho e relaxar, embora por algum motivo eu não conseguisse. Fiquei sentada na varanda até bem tarde quando um de meus seguranças me ligou. — S
— Já é quase fim de tarde, resolvo ligar para Edu e saber porque está demorando tanto, afinal ele ficou em casa, porém ciente que teria que vir à empresa hoje. Ligo apenas uma vez, mas ele não atende. Resolvo alguns assuntos pendentes com Bruno e resolvo que vou almoçar em casa, quando chego estranho o silêncio, vou até a cozinha e sou informada que meu filho saiu na companhia de Soraia sua babá e Edu. Meu sangue ferve nas veias, pego um copo que está bem em cima da mesa e o estilhaço ao chão. Chamo meu chefe de segurança e peço que chame a todos. — Vocês não estão esquecendo nada? A senhora também? Quero ser informada de tudo que acontece dentro e fora desta casa, como meu filho saiu com uma pessoa que conhecemos há um dia e vocês não me falam nada? Grito com todos que apenas me olham. Bato a porta e sigo em direção a rua estou com tanta raiva que quase sou atropelada ao cruzar a grande avenida que separa minha cobertura da praia. Um dos seguranças que me segue me puxa impedindo que
— Entrei no banho e tentei esquecer tudo e todos à minha volta, mas a todo o tempo o garoto vinha em minha mente. A forma como Edu me olhava, a forma como tratava Enzo, os olhares para a empregada. Falando nela essa mulher estava me tirando do sério a algum tempo e não estava gostando nada da forma como Edu a olhava, certo que não tenho e nunca terei nada com ele. Mas ainda assim ele me deve respeito. Saí do banho, peguei uma roupa bem leve e deitei tentando dormir. Fiquei na cama rolando de um lado para o outro, muitas coisas me incomodavam, o fato de Edu estar fora de casa era uma delas, não que eu me importasse com aquele pirralho. Depois de horas rolando de um lado para o outro enfim consegui dormir. Era madrugada acordei com um barulho, de repente um vidro se estilhaçando, levantei assustada. Edu havia esbarrado em um dos meus jarros mais caros, ele estava ainda mais embriagado que na noite anterior, ao me olhar ele falou dessa vez sendo bem ríspido. — Me perdoe Helena, eu não q
— A noite por incrível que pareça correu bem, meu avô até conseguiu rir, meu filho Enzo passou a noite brincando com Edu como se fossem duas crianças. Quando saímos da mansão de vovó, Edu me convenceu a irmos para a boate de seu pai, meu filho seguiu para casa com o motorista. — Edu LeBlanc se ainda não percebeu, odeio barulho e esse lugar é insuportável. Irei permanecer por pouco tempo e vamos embora. — Tudo bem Helena, mas você precisa se divertir pelo menos um pouco. Você fala do seu avô mas a rabugenta aqui é você. — Cala essa boca, e vá se acostumando, essa é a última vez que venho aqui com você. — Tudo bem, eu venho sozinho. — Você é casado agora, infelizmente comigo. — Infelizmente Helena, sou assim tão insuportável para você? — Sim, você é. Falei olhando bem em seus olhos, ele me olhou e se aproximando falou. — Entendi, não se preocupe, vou fazer o possível para não atrapalhar mais sua vida perfeita. — Ele falou e saiu de perto, logo após começou a beber feito um louco
COMO TODA NOSSA HISTÓRIA COMEÇOU— Me chamo Helena Sullivan, acabei de acordar em minha cobertura, o dia começou tranquilo como todos os outros, levantei cedo, me espreguicei indo até a varanda e abrindo as portas do quarto, ao fazer isso pude contemplar a vista dali que por sinal era sem dúvidas magnífica. Moro em Miami, minha cobertura dá direto para a praia, o dia começou perfeito, quem diria que terminaria com tantas surpresas. Mas voltando a minha bela varanda, dali conseguia avistar as gaivotas voando e o balançar das palmeiras, a brisa serena e calma,tão leve, confesso que uma verdadeira paz me inundava. Sempre gostei de ficar assim olhando o mar, me acalmava. Porém resolvi sair para correr como fazia todas as manhãs, logo fechei as portas do quarto, fui até meu enorme closet e peguei ali uma blusa longa e um short branco, pus meus tênis e logo estava descendo os elevadores indo para a praia. Odiava o fato de que minhas memórias sempre me traiam, lembro que antes era uma mulh
— Confesso que senhor Lennion é a minha pessoa nesse lugar, aquele homem me conhece tão bem e sabe exatamente o que falar e não falar. A manhã estava realmente uma delícia, corri o suficiente para ficar bem suada. A areia da praia trazia uma serenidade, a água estava fria resolvi então dá um leve mergulho coisa que nunca fazia.Quando de repente um dos seguranças resolveu me interromper, eles nunca faziam isso. Na maior parte do tempo mal percebia a presença deles. Saí do mar totalmente irritada, e peguei o telefone da mão de um deles, sem me incomodar em saber quem era. Para estar me ligando a essa hora da manhã só podia ser vovô.Alô! Porque me incomodar tão cedo meu avô?— Helena sou eu Bruno, temos um jantar de negócios hoje a noite com seu avô. Se prepare e me encontre às 20:00 horas, e não esqueça isso não é um convite. — Que maravilha estão me obrigando então? — Querida, não pense assim. Você sabe que é de seu total interesse, é pela empresa Helena, então até mais.— Eles def
— Meu avô era um velho ríspido, briguento, rabugento diria, porém era a única pessoa que sempre tive como família. Meus pais morreram quando tinha apenas 16 anos em um acidente de avião, meu avô nunca superou essa perda, ele sempre cuidou muito bem de mim, até a catástrofe de meu casamento, quando me casei o velho ficou todo feliz, quando engravidei Vovô não se aguentava de tanta alegria, até que aconteceu o triste incidente que veio a ceifar a vida de meu amado Lorenzo, e como ele não fui capaz de superar, passei dias sem sair de casa, não comia, não trabalhava, quando comecei a sair a única coisa que sabia fazer era destruir tudo à minha volta, bebia noite e dia, meu avô tentou de todas as maneiras me fazer me reerguer do fracasso que me tornei, por último veio a falência, o velho já sem controle nenhum tentou me internar, também sem êxito, meu avô já não sabia mais o que fazer nem do meu filho eu conseguia cuidar. Até que conheci o sócio do vovô. O homem mais inteligente e sagaz qu
— Ainda no mesmo jantar continuamos revendo os motivos pelos quais teria que me casar novamente. — Meu avô, com todo o respeito, por mim não vejo problema nenhum em casar, desde que seja de fachada. Agora o senhor e o Oleg vão ter que controlar o garoto. Já que ele não quer, resolvam com ele. — Não se preocupe Helena, Oleg sabe como conter o fedelho do filho dele. — Meu Deus vovô a que ponto cheguei na vida. Ter que casar com um fedelho por dinheiro. Que droga. — Helena entenda, ou você se casa ou iremos à falência. — Respirei fundo e falei pensativa novamente. — Diga vovô esse golpe que sofremos tão de repente, acaso não foi o senhor e Oleg que planejaram para me casar a força não né? O Senhor não está armando dessa vez para me ver casada? Ou está? Me perdoe por pensar assim. — Não estou armando nada. Fizemos um grande contrato milionárioanos atrás, infelizmente eu tinha uma grande dívida a pagar, Helena, me perdoe por está te fazendo passar por isso. A empresa e tudo que te