— Depois que jantamos, o garoto resolveu que queria ir novamente a uma boate, me recusei a ir é óbvio, odeio esses lugares e isso não é segredo para ninguém.
— Helena meu amor, entendo que você não goste de viver, mas eu só tenho 25 anos e não pretendo morrer de tédio ao seu lado. Vamos lá, a gente fica pouco tempo e depois vamos embora. — Tudo bem vamos, dessa vez ok, mas eu não vou ficar de babá, você aceitou casar agora vai ter que fazer sua parte também. — Estou fazendo minha esposa, juro que estou tentando. — Quando chegamos à bendita boate que por sinal também era de Oleg, o garoto bebeu e dançou a noite inteira, mesmo eu insistindo para ir embora. O ambiente se é que posso chamá-lo assim mais parecia o inferno, um barulho infernal, lotado de pessoas bêbadas sem cultura alguma, prometi para mim mesma que nunca mais na vida colocava meus pés naquele lugar horroroso. Edu era literalmente inimigo do fim, mas essa noite, só essa noite eu suportaria isso. Passei a noite inteira sentada em uma poltrona e tive que beber porque caso contrário iria enlouquecer naquele lugar, enquanto isso meu “marido” se divertia dançando feito um louco. Quando o dia já estava quase amanhecendo, enfim fomos embora. Edu estava tão bêbado que teve que ser carregado por meus seguranças até o carro, quando entramos em nossa cobertura o infeliz tropeçou e quase caiu, consegui segurá lo por pouco, de repente estávamos abraçados, um de de seus dedos estavam sobre minha boca, Edu sorrindo me olhava de uma maneira que me deixou sem ação, ele permaneceu um segundo me olhando assim até que falou. — Não se esqueça Helena, você não pode se apaixonar por mim. — Quando ele sorria dava para perceber as covinhas de seu rosto, ficamos ali por um breve momento nos olhando, entendi por que meu avô havia ficado tão preocupado com nossas então mudanças no contrato, assim tão perto dava para notar que aquele fedelho era lindo, mas eu definitivamente não dou a mínima para beleza. Saindo de meus devaneios olhei para Edu tirando suas mãos de mim e falei. — Senta aqui, vou preparar um café bem forte para você. — Helena, você pode me dar um banho? Preciso dormir. — Nem morta criatura, nem que sua vida dependesse disso, me ouviu? Agora fica calado, não quero que acorde o Enzo. — Sim senhora general. — Soltei o garoto ali mesmo no sofá e fui preparar o café, não queria acordar a governanta essa hora. Quando retornei a sala ele dormia tranquilamente. — Meu Deus, eu mereço. Edu acorda, você precisa ir para seu quarto. — Nosso quarto Helena, as pessoas não vão acreditar que estamos realmente casados se dormimos em quartos separados. E se eu cair no banheiro? E se bater a cabeça? E se me machucar? Se morrer? Você vai falar o que para meu pai? — Olhando para ele com vontade de matá-lo, suspirei e fomos então até ao meu quarto. Edu mal entrou e se jogou na cama apagando. Agora entendia melhor o receio que todos tinham de que eu me apaixonasse pelo pirralho. Ainda bem que essa não é uma possibilidade. O deixei ali desmaiado em minha cama e fui tomar um banho de porta fechada claro, conhecendo esse garoto pelo pouco que já vi tudo vindo dele é possível. Quando ia saindo do banho, Edu estava bem ali na porta quase caindo novamente. — Meu Deus criatura você vai cair assim. — Helena, estou passando mal, não consigo dormir. Preciso de um banho, por favor. — Edu LeBlanc eu não sou sua mãe, me ouviu. Agora entra antes que eu me arrependa. Liguei o chuveiro e o coloquei ali embaixo da água, quando de repente ele me puxou para perto de si, me molhando inteira, fiquei meio em choque nossos corpos ali colados um no outro, sua roupa totalmente molhada deixando seus músculos a mostra, ficamos por um breve momento nos olhando, uma atmosfera desconhecida pairando sobre nós, quando de repente lembrei que estava só de toalha em meu banheiro quase abraçada a um mero desconhecido. Edu me sorria, como se estivesse satisfeito, como se estivesse adorando me ver ali toda molhada, o garoto de repente pôs suas mãos sobre meu rosto e sussurrou ao meu ouvido. — Não pensei que você era assim tão gostosa minha esposa. Assim vai ser difícil resistir, você vai tornar minha vida um pouco difícil se continuar me olhando assim. — Você está maluco seu moleque, como ousa. Eu vou sair daqui e em seguida vou trabalhar, você vê se dorme seu irresponsável. E Edu você terá que começar a trabalhar comigo. Me ouviu? Sai do banheiro indo a meu closet pegando a primeira roupa que encontrei na frente e fui para o quarto de hóspedes. Estava totalmente encharcada, tirei a roupa, tomei um banho quente e embora estivesse com sono resolvi sair para correr. A maré naquela manhã estava especialmente ainda mais calma, as ondas silenciosas me traziam a sensação de paz, de aconchego. Porém,aquele turbilhão de acontecimentos recentes não saiam de minha mente. Quando voltei para minha cobertura, encontrei a senhora governanta na cozinha, um cheiro maravilhoso exalava enchendo a cozinha de um aroma totalmente saboroso. Sentei para tomar café sem nem mesmo me dar o trabalho de trocar de roupa. Confesso: que a senhora parece adivinhar o que desejo tomar de café da manhã. E sempre me surpreende, onde está o Enzo? — Está no seu quarto, senhora. — Como assim no meu quarto? Há um estranho lá, como deixaram meu filho com um estranho? Vocês estão loucas? Levantei rapidamente e saí quase correndo para onde Edu e Enzo estavam.— Estava tranquilamente tomando meu café da manhã quando a senhora governanta me informa que meu filho está sozinho no quarto com Edu, para mim embora aquele garoto seja filho do meu melhor amigo ele ainda é só um estranho e não quero ele perto do meu filho. Levanto imediatamente e corro em direção ao quarto. Quando entro dou de cara com Edu dormindo no sofá e meu pequeno Enzo dormindo em minha cama. Ainda bem que pelo menos uma vez ele teve bom senso. Olho para a governanta e a babá de meu filho e falo que ambas podem sair do quarto. Sento na cama com meu coração ainda apreensivo. Edu acorda e levanta jogando uma almofada em mim ao passar para ir ao banheiro. Observo que ele está vestindo só um short curto deixando seu corpo todo à mostra. Ele tem braços musculosos, um abdômen perfeitamente bem definido, pernas grossas, alto loiro, e sabe ser totalmente sedutor, pena que seus encantos não valem para mulheres como eu. Ao voltar com apenas uma toalha sobre seu corpo ele fala se des
— Me pergunto porque fui tão idiota de acreditar que um casamento com um garoto de 25 anos que nunca trabalhou e não faz absolutamente nada da vida daria certo, eu só poderia estar louca quando aceitei isso. Pego meu telefone e ligo para Edu que não demora nada a atender. — Posso saber onde estar? — Oi Helena, você lembrou que tem um marido. — Olha aqui Edu, me escuta se você quer se envolver em polêmicas, ou coisas assim, estou pouco me importando com você. Só não esqueça que agora você também é um Sullivan e nós zelamos por esse nome. — Então eu sou apenas um nome para você? — Onde você está agora? — Estou na boate, estou cheio de não fazer nada, sua vida e tudo a sua volta é sem graça, Helena. — Faça o que quiser, mas amanhã não quero meu nome nos jornais, e você vai comigo para a empresa. Aproveitei que ele não estava para tomar um banho e relaxar, embora por algum motivo eu não conseguisse. Fiquei sentada na varanda até bem tarde quando um de meus seguranças me ligou. — S
— Já é quase fim de tarde, resolvo ligar para Edu e saber porque está demorando tanto, afinal ele ficou em casa, porém ciente que teria que vir à empresa hoje. Ligo apenas uma vez, mas ele não atende. Resolvo alguns assuntos pendentes com Bruno e resolvo que vou almoçar em casa, quando chego estranho o silêncio, vou até a cozinha e sou informada que meu filho saiu na companhia de Soraia sua babá e Edu. Meu sangue ferve nas veias, pego um copo que está bem em cima da mesa e o estilhaço ao chão. Chamo meu chefe de segurança e peço que chame a todos. — Vocês não estão esquecendo nada? A senhora também? Quero ser informada de tudo que acontece dentro e fora desta casa, como meu filho saiu com uma pessoa que conhecemos há um dia e vocês não me falam nada? Grito com todos que apenas me olham. Bato a porta e sigo em direção a rua estou com tanta raiva que quase sou atropelada ao cruzar a grande avenida que separa minha cobertura da praia. Um dos seguranças que me segue me puxa impedindo que
— Entrei no banho e tentei esquecer tudo e todos à minha volta, mas a todo o tempo o garoto vinha em minha mente. A forma como Edu me olhava, a forma como tratava Enzo, os olhares para a empregada. Falando nela essa mulher estava me tirando do sério a algum tempo e não estava gostando nada da forma como Edu a olhava, certo que não tenho e nunca terei nada com ele. Mas ainda assim ele me deve respeito. Saí do banho, peguei uma roupa bem leve e deitei tentando dormir. Fiquei na cama rolando de um lado para o outro, muitas coisas me incomodavam, o fato de Edu estar fora de casa era uma delas, não que eu me importasse com aquele pirralho. Depois de horas rolando de um lado para o outro enfim consegui dormir. Era madrugada acordei com um barulho, de repente um vidro se estilhaçando, levantei assustada. Edu havia esbarrado em um dos meus jarros mais caros, ele estava ainda mais embriagado que na noite anterior, ao me olhar ele falou dessa vez sendo bem ríspido. — Me perdoe Helena, eu não q
— A noite por incrível que pareça correu bem, meu avô até conseguiu rir, meu filho Enzo passou a noite brincando com Edu como se fossem duas crianças. Quando saímos da mansão de vovó, Edu me convenceu a irmos para a boate de seu pai, meu filho seguiu para casa com o motorista. — Edu LeBlanc se ainda não percebeu, odeio barulho e esse lugar é insuportável. Irei permanecer por pouco tempo e vamos embora. — Tudo bem Helena, mas você precisa se divertir pelo menos um pouco. Você fala do seu avô mas a rabugenta aqui é você. — Cala essa boca, e vá se acostumando, essa é a última vez que venho aqui com você. — Tudo bem, eu venho sozinho. — Você é casado agora, infelizmente comigo. — Infelizmente Helena, sou assim tão insuportável para você? — Sim, você é. Falei olhando bem em seus olhos, ele me olhou e se aproximando falou. — Entendi, não se preocupe, vou fazer o possível para não atrapalhar mais sua vida perfeita. — Ele falou e saiu de perto, logo após começou a beber feito um louco
COMO TODA NOSSA HISTÓRIA COMEÇOU— Me chamo Helena Sullivan, acabei de acordar em minha cobertura, o dia começou tranquilo como todos os outros, levantei cedo, me espreguicei indo até a varanda e abrindo as portas do quarto, ao fazer isso pude contemplar a vista dali que por sinal era sem dúvidas magnífica. Moro em Miami, minha cobertura dá direto para a praia, o dia começou perfeito, quem diria que terminaria com tantas surpresas. Mas voltando a minha bela varanda, dali conseguia avistar as gaivotas voando e o balançar das palmeiras, a brisa serena e calma,tão leve, confesso que uma verdadeira paz me inundava. Sempre gostei de ficar assim olhando o mar, me acalmava. Porém resolvi sair para correr como fazia todas as manhãs, logo fechei as portas do quarto, fui até meu enorme closet e peguei ali uma blusa longa e um short branco, pus meus tênis e logo estava descendo os elevadores indo para a praia. Odiava o fato de que minhas memórias sempre me traiam, lembro que antes era uma mulh
— Confesso que senhor Lennion é a minha pessoa nesse lugar, aquele homem me conhece tão bem e sabe exatamente o que falar e não falar. A manhã estava realmente uma delícia, corri o suficiente para ficar bem suada. A areia da praia trazia uma serenidade, a água estava fria resolvi então dá um leve mergulho coisa que nunca fazia.Quando de repente um dos seguranças resolveu me interromper, eles nunca faziam isso. Na maior parte do tempo mal percebia a presença deles. Saí do mar totalmente irritada, e peguei o telefone da mão de um deles, sem me incomodar em saber quem era. Para estar me ligando a essa hora da manhã só podia ser vovô.Alô! Porque me incomodar tão cedo meu avô?— Helena sou eu Bruno, temos um jantar de negócios hoje a noite com seu avô. Se prepare e me encontre às 20:00 horas, e não esqueça isso não é um convite. — Que maravilha estão me obrigando então? — Querida, não pense assim. Você sabe que é de seu total interesse, é pela empresa Helena, então até mais.— Eles def
— Meu avô era um velho ríspido, briguento, rabugento diria, porém era a única pessoa que sempre tive como família. Meus pais morreram quando tinha apenas 16 anos em um acidente de avião, meu avô nunca superou essa perda, ele sempre cuidou muito bem de mim, até a catástrofe de meu casamento, quando me casei o velho ficou todo feliz, quando engravidei Vovô não se aguentava de tanta alegria, até que aconteceu o triste incidente que veio a ceifar a vida de meu amado Lorenzo, e como ele não fui capaz de superar, passei dias sem sair de casa, não comia, não trabalhava, quando comecei a sair a única coisa que sabia fazer era destruir tudo à minha volta, bebia noite e dia, meu avô tentou de todas as maneiras me fazer me reerguer do fracasso que me tornei, por último veio a falência, o velho já sem controle nenhum tentou me internar, também sem êxito, meu avô já não sabia mais o que fazer nem do meu filho eu conseguia cuidar. Até que conheci o sócio do vovô. O homem mais inteligente e sagaz qu