— Logo que Edu assinou o contrato chegou bem perto, apertou minha mão e falou a meu ouvido quase como um sussurro.

— Minha linda Helena, pode ter certeza meu amor que estou tão infeliz com essa porcaria de contrato como você meu bem. Mas, tendo em vista que é uma mulher tão admirável e bem gostosa é melhor pedir a Deus para que eu não mude de opinião e queria me aquecer em seus lençois querida esposa.

— Ainda com a mão segurando a minha, Edu piscou o olho e falou novamente.

— Agora vamos curtir nossa lua de mel meu bem, afinal só pretendo me casar uma única vez na vida.

— Nem morta querido, já estamos indo de volta para casa. Não teremos festinha, nem mesmo nossas famílias vão nos cumprimentar. E você precisa começar a se vestir melhor, afinal agora você tem meu nome a zelar garoto. Edu me olhou parecendo estar irritado e do nada resolveu que ficaríamos ali aquela noite e que iríamos comemorar a porcaria de contrato, não tendo escolhas já que Oleg me pediu saímos da catedral direto para uma de suas badaladas boates, onde Edu dançou e bebeu a noite inteira, sempre com um sorriso no rosto e a tal garota que se dizia amiga dele. A noite parecia simplesmente não acabar mais, um verdadeiro inferno. Saímos às dez horas do dia seguinte diretamente da boate para o aeroporto onde nosso jatinho já estava à nossa espera e enfim voamos de volta para Miami. Edu que mais parecia ter uma energia que nunca acabava, finalmente dormiu, e assim permaneceu praticamente o voo inteiro. Quando chegamos a nossa cobertura, o garoto se trocou rapidamente e disse que queria sair para jantar fora e se divertir como se a vida fosse uma eterna brincadeira e eu fosse seu brinquedo favorito do momento. — Vem cá, você acha mesmo que vou ficar fazendo suas vontades?

— Se não quiser ir comigo tudo bem, só acho que não será legal em nosso primeiro dia de casados que eu seja visto em bares bebendo e dançando com outras mulheres, mas fique a vontade para não me acompanhar minha querida e estimada esposa.

— Meu Deus eu quero matar esse fedelho.

— Estou saindo linda.

— Espera garoto, eu também vou.

— Eu tenho quase a sua idade Helena, só sou dois anos mais novo.

— Mentira, parece que você tem a idade do meu filho.

— Que filho? Você tem um filho minha esposa?

— Edu você aceitou se casar comigo sem ao menos saber quem sou? O que faço? Que tenho um filho?

— Na verdade isso não me importou muito. Afinal são só detalhes, eu só quis saber se você era bonita.

— A que legal.

— Mas então onde está o pirralho o tempo todo que ainda não o vi.

— Vê se fala com mais respeito sobre o meu filho, o único pirralho aqui é você. Agora cala essa boca, odeio barulho.

— Meu Deus Heleninha isso parece até uma piada, mas vamos a balada minha linda esposa.