— Confesso que senhor Lennion é a minha pessoa nesse lugar, aquele homem me conhece tão bem e sabe exatamente o que falar e não falar. A manhã estava realmente uma delícia, corri o suficiente para ficar bem suada. A areia da praia trazia uma serenidade, a água estava fria resolvi então dá um leve mergulho coisa que nunca fazia.

Quando de repente um dos seguranças resolveu me interromper, eles nunca faziam isso. Na maior parte do tempo mal percebia a presença deles. Saí do mar totalmente irritada, e peguei o telefone da mão de um deles, sem me incomodar em saber quem era. Para estar me ligando a essa hora da manhã só podia ser vovô.

Alô! Porque me incomodar tão cedo meu avô?

— Helena sou eu Bruno, temos um jantar de negócios hoje a noite com seu avô. Se prepare e me encontre às 20:00 horas, e não esqueça isso não é um convite.

— Que maravilha estão me obrigando então?

— Querida, não pense assim. Você sabe que é de seu total interesse, é pela empresa Helena, então até mais.

— Eles definitivamente queriam me deixar louca e não estava nem um pouco a fim de me indispor com eles. Afinal, somente a empresa me interessa agora. Voltei para casa. Chegando a minha cobertura a senhora governanta já estava preparando meu café da manhã, sempre muito calada ela apenas me cumprimentou como de costume.

— Bom dia, senhorita! Seu café já está servido.

— Obrigada, meu filho já acordou? .

— Sim senhorita, ele está na aula de francês agora.

— Obrigada. Logo após tomar meu café da manhã corri para o quarto e fui me preparar para mais um longo dia de trabalho. Escolhi um vestido claro como de costume. Tinha um voo para uma cidade vizinha para assinar um outro contrato, porém agora sabia que precisava voltar literalmente voando para encontrar vovô e Bruno, meu advogado.

O dia corria normalmente, nossos compromissos foram todos cumpridos e já se aproximava o horário do bendito jantar. Ao chegar tomei um bom banho, e fui escolher a roupa que usaria, tentei escolher uma roupa mais casual porém acabei usando um vestido preto, escolhi as joias, um bom perfume e logo estava saindo, resolvi que queria ir dirigindo meu Rolls-Royce, logo estava correndo cortando o trânsito, que bom que escolhi esse carro ou chegaria atrasada, e vovô odiava atrasos. Cheguei ao restaurante faltando poucos minutos para o horário marcado, ele me esperava em um canto reservado, me olhando de cara feia ao olhar o relógio de bolso. O beijei o cumprimentando.

— Olá Helena, achei que teria que ir buscá-la em casa.

— Olá vovô. Sei que deve está morrendo de saudades de mim, mas poderia ir direto ao ponto. E parabéns estou vendo que seu humor está ótimo.

_ A data do casamento, precisamos marcar o mais rápido possível.

— Por mim podemos casar agora mesmo, será um casamento de fachada mesmo. Ou então não seria um contrato. Quem vende o filho assim, meio sórdido né vovô? Só acho que o garoto não vai aceitar não, mas, vocês sabem o que fazem eu só quero o dinheiro, certo Bruno?

— Claro Helena.

— Embora estivesse pê da vida com toda essa história de casamento, eu sabia que não se pode fugir de certos compromissos, então vou ter que engolir mais essa na vida. Me casar com alguém que nunca nem ao menos havia visto, isso de certa forma era bom, afinal se algo na vida que nunca pensei que um dia ainda faria seria me casar novamente, mas infelizmente a vida não é feita só de flores. Então Helena você vai ter que ser forte mais uma vez.