Minha irmãzinha
HUGO MUNIZ

Depois que levei Tati, amiga da minha irmã, na casa dela quando o aniversário do meu sobrinho acabou, conversamos um pouco no caminho.

A mulher era bem tímida e calada.

Não aparentava ser tão tímida quando estava dançando de forma engraçada e eufórica com as crianças da festa.

Mas mesmo assim, trocamos números e a deixei em casa. No dia seguinte chamei ela para sair, a mesma aceitou.

Não sou o tipo de cara que é romântico. Não dou flores, nem bombons de chocolate e muito menos levo pro cinema. Mas, no primeiro encontro ela insistiu que fosse no cinema, foi exatamente isso que fizemos.

“Você nunca verá homem mais gentil do que aquele que quer te comer.”

Confesso que no início tudo que queria era uma foda. Ou duas, nada mais que isso. Prefiro pegar e não me apegar, mas é óbvio que eu sabia que

algum dia haveria a mulher que iria me amarrar. Só não achei que fosse tão cedo. E que fosse ela.

A gente não combinava em muita coisa, enquanto ela vivia sorrindo com
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