A leoa ferida e culpada.
KESIA MUNIZ

O som da minha respiração aumentou. E o choro veio com força.

— Eu só quero meu filho de volta. Pelo amor de Deus me ajuda. — Disse com as mãos no rosto para tentar abafar meus soluços altos.

Eu odiava me humilhar. Chorar na frente dos outros para mim era demostrar fraqueza, maçante demais. Me sentia fraca, vulnerável, como se os muros que levei anos para construir ao meu redor para me "proteger" caíssem todos e eu ficasse a mercê.

Nem parecia ser eu a leoa, como me chamavam nos ringues, forte, destemida. Longe de sentimentalismos desnecessários.

Agora estou aqui, chorando, na frente de quem aparentemente não tem a menor pena de mim. Não se importa com a minha dor.

Tenho certeza que vai usar isso como uma forma de conseguir o que tanto quer: Meu corpo.

— Me dê nome e características físicas dele.

Não me faz lembrar. Por favor.

Fiquei em silêncio.

— Fala se quiser que te ajude.

Fechei os olhos que estavam ardendo e inchados de tanto chorar, e respondi
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