Brenda
Respiro fundo, sentindo o corpo leve depois de chegar ao ápice naquele vibrador, como se ele tivesse vida própria. Espreguiço-me no maravilhoso lençol egípcio e decidi me levantar da cama para tomar um bom banho de banheira. Limpo o vibrador e o guardo na gaveta com chave. Mas, antes, caminho até a janela, abro as cortinas e me espreguiço novamente, completamente nua diante dos raios de sol. Ligo o som ambiente e, ao clicar na minha playlist, toca a música que amo: " La Descarada". E, pra variar, a letra é a minha cara, né!? Abro as saídas de água quente, coloco alguns sais de banho, faço um coque frouxo no cabelo, deixando-o acima da cabeça, e entro na banheira de mármore italiano cor âmbar, me deliciando naquele banho maravilhoso. Fecho as saídas de água e começo a cantarolar minha canção. Já passava das dez da manhã, e eu ainda nem tomei café. Porém, isso pouco importa. Quanto menos eu como, menos engordo e muito mais gostosa fico para enlouquecer todos à minha volta. Permaneço ali, curtindo a música e o banho delicioso, quando sinto uma mão segurar firme meu pulso. Abro os olhos, já imaginando de quem se trata, e torno a fechá-los, sem sequer me importar com sua presença. — Por que fez aquilo na janela, Brenda? Já imaginou se alguém te visse? Permaneço de olhos fechados, fingindo não ouvir seu ataque logo cedo, mas ele persiste em me segurar com brutalidade, obrigando-me a encará-lo. — Aquilo o quê, Jorge? Está louco? Bebeu já cedo, pelo visto, não é mesmo? — falo com desdém, sentindo o cheiro de uísque exalando até pelos seus poros. — Não se faça de boba, pois isso você nunca foi e jamais será, Brenda. Se tem algo que você nunca foi e jamais será, é uma estúpida. E sabe muito bem que não gosto dessas coisas. Você é minha, só minha! Entendeu, baby? — ele diz com fúria, me segurando com mais força. — Solte-me! Não sou obrigada a aturar seus faniquitos de filho mimado logo ao amanhecer. Estou no meu quarto, e você sequer foi convidado para entrar. Agora saia daqui ou eu vou... — falo com raiva, encarando-o. Antes que eu possa fazer ou dizer algo, ouço o barulho de vidro se estilhaçando no chão pelo copo que Jorge j**a, tomado pelo ódio. Muito rapidamente, ele segura minha cintura com as duas mãos, me retira da banheira e me senta completamente nua em cima da pia de mármore, fazendo-me gemer baixo de susto. — Me solta, Jorge! Que brincadeira é essa? Estúpido! Louco! Quando vai entender que não tenho dono? Que sou tudo o que quero e faço somente o que desejo? QUANDO? — gritou, olhando firme em seus olhos esverdeados, que ficam mais escuros a cada momento que ele me devora com o maxilar cerrado. — Estou com jeito de quem está brincando, baby? Ou será que te chamo de "Descarada"? — ele sussurra no meu ouvido, e eu seguro seu cabelo, puxando-o com força na direção do meu pescoço. — É safadeza que você quer, não é, Ginho? É a baby descarada que você quer, não é mesmo? Consigo sentir e perceber seu entusiasmo feito uma rocha, querendo saltar por cima da calça social de linho bege, somente ao ouvir minha voz sussurrando no seu ouvido. Quanto mais sussurro palavras obscenas e torturantes, mais louco e duro ele fica. — Você é uma vadia, baby! Não passa de uma safada que gosta de me enlouquecer de ciúmes. Sabe que sou louco por você e, por isso, faz de tudo para me provocar — ele diz, enquanto suga um dos meus seios e massageia o outro. — Eu? Que isso, Jorginho! Você quem sempre me procura e ainda se sente dono de algo que sabe muito bem que nunca será. Deixa sua noivinha virgem e imaculada saber que você passa a vida toda me perseguindo. Acho que ela não vai gostar nada, nada dessas suas atitudes com sua baby devassa — falo, fazendo biquinho, e ele fica ainda mais louco de tesão, sugando com mais força meus seios, me fazendo segurar seus cabelos e arranhar suas costas com minhas unhas pintadas de rebu. — Cala essa boca, vadia, e abre bem essas pernas, porque agora vou dar o que tenho guardado durante todo esse tempo e que você se negou a aceitar. Uma foda inesquecível vai ser o seu presente de aniversário, o melhor presente que você já recebeu na vida — ele fala, arrancando toda a roupa e ficando completamente nu. Com minhas mãos, o empurro para longe, puxo a toalha e corro até o quarto, cobrindo meu corpo. Gosto de brincar, instigar e levar os homens à loucura, mas nunca chego ao fim com nenhum deles. O único capaz de me fazer mudar de tática é Gregório, somente ele e ninguém mais. Ainda nu, Jorge corre atrás de mim pelo quarto, até que, em um momento, me alcança e me j**a na cama. Completamente nua, viro meu olhar em busca de algo que me livrasse daquele fedelho bêbedo, mas o que vejo é alguém nos observando através da fresta da porta. Olho com um sorrisinho satisfeito no rosto ao perceber que alguém havia presenciado toda aquela cena com lágrimas nos olhos. Era Alice, a noivinha virgem do Jorge. Ele percebe meu olhar e, quando nota quem está ali, tenta reverter a situação inutilmente. — Alice? Por favor, meu amor... Me espera! Eu posso explicar. As coisas não são bem assim como você imagina. Eu... O bebezão do Jorge veste a roupa rapidamente e tenta sair correndo atrás da noivinha chifruda e chorosa. Eu volto para o banheiro, a fim de terminar meu banho relaxante. Em seguida, coloco meu biquíni, minha saída de praia, meus óculos de sol, pego o bronzeador e desço para tomar meu banho de sol, como se nada tivesse acontecido. Pois, para uma descarada como eu, realmente nada aconteceu, além de uma brincadeira razoável pela manhã. E não tenho culpa se as pessoas são puritanas demais nessa casa. Ou será que sou muito ousada e estou errada por agir e pensar dessa maneira? --- E aí? O que pensam sobre Brenda? Suas atitudes e seu modo de pensar são corretos? E você, agiria dessa maneira, passando por cima de quem fosse para conseguir seus objetivos? Essa é Brenda Ortiz Dark, uma Devassa Descarada que veio para ficar e colocar tudo de pernas pro ar! Será que ela consegue?BrendaDesço os longos degraus da escada flutuante e caminho até a cozinha, pegando uma fruta. Olho em volta daquele gigantesco cômodo, todo revestido com pastilhas de vidro nas cores marfim e branco, sentindo uma certa alegria ao pensar que, muito em breve, tudo isso e muito mais me pertencerá.Dou uma mordida na suculenta maçã e mastigo tranquilamente, deliciando-me com o sabor adocicado que somente uma fruta de qualidade pode proporcionar. Por um milagre, a casa está silenciosa como há muito tempo não via."Será que, enfim, encontraram algo melhor para fazer do que bisbilhotar a vida uns dos outros?"Penso enquanto abro o refrigerador de inox, pego um iogurte desnatado e o abro calmamente, adicionando algumas granolas retiradas de um pote de cristal disposto no tampo de granito do armário aéreo acima da pia.Puxo uma banqueta branca junto à ilha e me sento. Vagarosamente, começo a comer o iogurte e, quando estou na última colherada, sinto alguém se aproximar. Um perfume cítrico inc
BrendaContinuo deitada de frente para a piscina, aproveitando o meu momento. Tudo está perfeito, até que o portão principal da mansão se abre, e por ele entra o meu neném, fazendo-me arrepiar por completo, além, é claro, de fazer a minha lindinha pulsar de desejo.Baixo os meus óculos de sol na posição meia-lua e, enquanto tenho os pensamentos mais pervertidos deste universo, ouço uma voz próxima ao meu ouvido que me faz perder o sorriso no ato.— Brenda! O que pensa que está fazendo deitada nessa espreguiçadeira como se fosse a dona desta casa, logo depois do acidente da dona Carmen? Responda, menina! — minha mãe chega com aquela voz de quem nunca está a favor de nada do que eu faço.— Bom dia para a senhora também, mamãe! Ainda não sou a dona, mas em breve isso vai mudar! Me aguarde, mamãe... Me aguarde. — Sorrio. — E quanto a essa senhora, não estou sabendo de nada. O que houve desta vez? Ela perdeu o horário no cabeleireiro? Ou foi à clínica de estética para fazer recauchutagem?
Brenda — O que está acontecendo aqui, Tereza? Por que as vozes alteradas? Algum problema? — Gregório se aproxima, falando com sua voz rouca e viril, que me deixa enlouquecida. — Não. Nada, senhor Gregório. — Minha mãe responde, baixando o olhar submisso como sempre. — Então por que Brenda está chorando? Uma moça tão linda como ela não deve derramar sequer uma lágrima, ainda mais no dia do seu aniversário. A não ser que seja de alegria. Não é mesmo? — Meu neném diz, segurando meu queixo com a ponta dos dedos e abrindo um sorriso encantador. — Senhor... é que... — Minha mãe tenta falar, mas eu a interrompe, pois sabia que ela iria falar sobre a caquética da Carmen. — Sabe o que é, nenê... Senhor Gregório... — Tento falar, mas ele me interrompe. — Para vocês, somente Gregório. Já disse isso à sua mãe, mas ela insiste em dizer que sou o patrão e que, por essa razão, deve manter o decoro. — Ele fala sorridente, com aquela voz grossa e máscula que me desestabiliza. — É... Infelizmente
Parece que hoje é o dia dos contratempos e tropeços. Primeiro, nada sai como o esperado nos negócios e, quando chego em casa, me deparo com aquela visão perturbadora da Brenda na piscina. Logo em seguida, minha mulher resolve se acidentar dentro da própria casa.Será que é pedir muito que use calçados antiderrapantes nessa maldita mansão?Será que ela não percebe que já é uma mulher de idade avançada e que acidentes domésticos podem acontecer a qualquer momento?Porca puttana!(Que merda!)O que não somos capazes de fazer para manter um padrão de vida digno e evitar que nossa família se envolva em um escândalo?Literalmente, somos capazes de tudo, até mesmo casar com uma mulher como Carmen Montreal.Subo os degraus da escada e não consigo tirar aquela imagem da minha cabeça. Como uma mulher pode ser tão linda quanto Brenda? Chega a ser pecado uma perfeição dessas existir no mundo. O mais incrível é que nunca soube que tenha tido um romance com alguém. Isso é muito estranho, pois uma m
Gregório Montreal — Já te disse para não falar assim da Brenda, cara. Respeite a garota. Ela nunca teve nenhum namorado. — Eu o adverti. — Só falta me dizer que um mulherão daqueles é virgem. — Ele comenta surpreso. — Pode ser, cara. Nunca a vi com ninguém. Ela sempre estuda e volta direto para casa depois da faculdade. Quem sabe, realmente, ela... — Sou interrompido pela gargalhada do meu irmão. — Ah, não! Puta que pariu, Gregório. Se liga, irmãozinho! Já se deixou levar pela ninfeta? Onde que uma mulher daquelas ainda seria virgem? Você só pode estar delirando. No máximo, ela está procurando algum otário que caia na sua rede e a sustente pelo resto da vida. Ou será que ela já encontrou? — Ele me encara com malícia, e meu sangue ferve com a insinuação. — Termina logo esse serviço, porra! E para de encher minha paciência com essas merdas. Não é para isso que te pago todo mês! Falo, tomado pela raiva, enquanto me afasto e encosto na janela do quarto. Cristóvão continua seu trabal
Jardins | São Paulo 25 de dezembro de 2022.Brenda Ortiz Raios de sol transpassam pelas cortinas de linho brancas esvoaçantes e invadem o meu quarto magistral, todo decorado com tons de vermelho e branco, mostrando que mais uma manhã radiante dá início a um dia simplesmente perfeito. Justamente o dia do meu aniversário de vinte e cinco anos. Por sorte ou ironia do destino, nasço na mesma data do menino Jesus. Consequentemente, isso me transforma em uma pessoa imaculada para alguns e profana para outros. Ou melhor dizendo, para outra. Mais claramente na língua da megera Carmen, a digníssima primeira-dama da família Montreal. Mas, na realidade, nunca passa de uma esposa caquética do delicioso Greguizinho... do meu neném... Pois é assim que o chamo nos meus sonhos mais quentes. E vou confessar que, durante essa noite e madrugada, tenho um dos melhores sonhos de toda a minha vida. Um sonho capaz de me fazer delirar e ter espasmos diversas vezes sem nem ao menos ter sido tocada por