Brenda: Pecado & Poder
Brenda: Pecado & Poder
Por: Sandra Lima Autora
1. O Desejo de Brenda

Jardins | São Paulo

25 de dezembro de 2022.

Brenda Ortiz

Raios de sol transpassam pelas cortinas de linho brancas esvoaçantes e invadem o meu quarto magistral, todo decorado com tons de vermelho e branco, mostrando que mais uma manhã radiante dá início a um dia simplesmente perfeito. Justamente o dia do meu aniversário de vinte e cinco anos.

Por sorte ou ironia do destino, nasço na mesma data do menino Jesus. Consequentemente, isso me transforma em uma pessoa imaculada para alguns e profana para outros. Ou melhor dizendo, para outra. Mais claramente na língua da megera Carmen, a digníssima primeira-dama da família Montreal. Mas, na realidade, nunca passa de uma esposa caquética do delicioso Greguizinho... do meu neném... Pois é assim que o chamo nos meus sonhos mais quentes.

E vou confessar que, durante essa noite e madrugada, tenho um dos melhores sonhos de toda a minha vida. Um sonho capaz de me fazer delirar e ter espasmos diversas vezes sem nem ao menos ter sido tocada por ele, pelo meu neném.

Mas quem sabe não consigo realizá-lo justamente hoje? No dia do meu aniversário!

— Nossa! Como seria excitante enquanto todos os convidados enchem essa casa, meu neném e eu enchemos a cama da megera com nossas mais loucas fantasias sexuais. Ai... que calor! Só de pensar nisso, sinto minha amiguinha ferver de tanto desejo por aquele homem perfeito — murmuro, mordendo o lábio inferior, me contorcendo na cama enquanto toco o meu corpo, completamente arrepiado e extasiado de desejo só de imaginar essa possibilidade.

Até hoje, não compreendo como um homem delicioso daqueles, além de jovem e robusto, se casa com uma velha tenebrosa como a Carmen. Não que ela seja uma mulher destruída, mas jamais chega aos pés de uma jovem assim como eu.

Eu sim, sou a mulher ideal para o Greg, e logo, logo, irei deixá-lo ciente disso.

Gregório é um homem alto, em torno de 1,90m de altura, corpo atlético, braços, pernas e abdômen torneados por horas de musculação. Sua barba está sempre muito bem feita, lábios carnudos, um sorriso fascinante, uma bunda deliciosa, um par de olhos âmbar que me deixam completamente enlouquecida e, sem falar, nas suas tatuagens que fecham seu braço esquerdo, me levando ao completo delírio. E sem contar na melhor parte, que consiste no seu volume avantajado, perceptível mesmo com aquelas calças sociais.

Se eu disser que sou apenas fascinada por esse homem, estaria mentindo, pois, na realidade, considero meu neném como se fosse a minha própria pele, o ar que respiro e, resumindo, a razão do meu existir. Por esse motivo, ele jamais poderá ficar com essa caquética, pois ele me ama e é obcecado por mim. Só que ele ainda não sabe disso, mas, em breve, darei um jeitinho muito delicioso para ele perceber.

É... realmente tenho que mudar essa situação o mais rápido possível, pois é até pecado um pedaço daqueles de mau caminho como o meu neném viver fadado, perdendo sua masculinidade e virilidade ao lado de uma múmia embalsamada daquelas.

Muitos podem até pensar que sou uma mulher má, venenosa ou até digamos que... ambiciosa. E vou dizer que sou isso e muito, muito mais. Pois a vida me ensinou que, se quero algo, vou em busca, caso contrário, nunca alcançarei o que mereço. E eu, meu bem, mereço tudo de melhor que a vida pode oferecer.

Sou aquele tipo de mulher que nasce para brilhar e não para ser ofuscada por trás de uma esmola que a família Montreal sempre deu por eu ser filha dos funcionários mais antigos dessa família.

Meus pais estão nessa casa há décadas e serviram por anos o pai da megera, o senhor Vicente Montreal. Infelizmente, quando tive o prazer de conhecê-lo, eu tinha somente quinze aninhos. Ele já estava muito enfermo e acamado, logo não tinha nenhuma serventia, a não ser pelos gordos depósitos que fazia mensalmente na minha conta bancária só por eu sempre fazer um striptease todas as manhãs e me tocar até chegar ao ápice na sua frente.

Lógico que, nesse momento, eu estava pensando no meu neném... Ele já estava casado com a múmia há alguns anos e até já tinha um filho de dez anos de idade, que desconfio até hoje não ser do Gregório. Mas isso não me impede de desejá-lo e querer sentir o seu corpo junto ao meu.

E nossa... como deliro todas aquelas manhãs e como desejo que o meu Greg entre por aquela porta e me flagre naquela situação de completo êxtase, pensando nele... gemendo por ele... chamando por ele. Ah!... Só de lembrar daqueles momentos já estou aqui nessa situação... completamente nua em cima da cama, ofegante, segurando os lençóis com as minhas pernas escancaradas e penetrando esse vibrador delicioso, imaginando ele afundado dentro de mim.

— Ah!.... Greg... Ah, meu bebê! Você vai ser meu... Só meu...

Gemo deliciosamente em cima da cama, segurando os lençóis e imaginando ele dentro de mim. Por diversas vezes, deixo a porta entreaberta na esperança de ele me espiar e enfim tomar coragem de vir se deliciar comigo de prazer e luxúria. Mas nunca tenho essa sorte. Sempre quem surge é outra pessoa, que até estou estranhando ainda não ter aparecido por aqui. Meu pensamento sempre foi: enquanto não posso ter o que desejo, uso o que posso.

E nada como um orgasmo logo ao amanhecer para relaxar e ter um despertar leve. Não é mesmo?

Bem... a conversa está ótima, porém, o dia está perfeito para tomar um bom banho de piscina, usar o meu fio dental vermelho e deixar as marquinhas no meu corpo que enlouquecem todos nessa casa, principalmente o Jorge, o único filho da megera.

Mas, infelizmente, aquele dali não chega nem aos pés do pai. Porém, como ainda não consigo ter o meu zangão, preciso me divertir com as abelhas operárias. Logo, Jorge tem sido de muita serventia durante as minhas noites de insônia, que, por sinal, são cada vez mais frequentes. Tudo por culpa do meu neném... que ainda não sabe... Mas, a partir de hoje, começará a comer aqui ó... na minha mão!

Meu nome é Brenda Ortiz Dark, muitos me chamam de A Descarada, mas sou apenas uma mulher que sabe muito bem o que deseja na vida, e vai em busca do que merece. Ou seja, tudo.

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