10. Jogadas de Poder

Brenda Ortiz

Saio do banheiro vestindo um roupão de algodão branco. Sento-me na minha cadeira acolchoada, que, pelo requinte e pelos detalhes em ouro, mais parece um trono de uma verdadeira rainha.

De pé, diante do espelho, observo cada centímetro do meu corpo e admiro a perfeição em forma de mulher bem à minha frente. Logo em seguida, fecho os olhos e me entrego às mãos de Clóvis, meu cabeleireiro e o único a quem confiaria meus lindos cabelos sem hesitar.

Encosto a cabeça na poltrona, e ele inicia seu trabalho.

— Confio em você, Clóvis. Não me decepcione — digo, observando-o através do espelho.

Ele sorri discretamente, segura meus cabelos e murmura:

— Jamais decepcionaria uma beleza como a sua.

Aproxima-se um pouco mais e, com cuidado, acrescenta:

— Minha cara, é um privilégio cuidar de uma mulher tão bela e perfeita como você.

Seguro sua mão e sorrio, agradecida pelo elogio.

— Eu não esperava menos de um homem inteligente como você.

Agora, de olhos fechados, me entrego às mãos dele
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