Cheguei na sala, Maggie e Nick já estavam sentados. Me sentei ao lado direito da Maggie, já que Nick estava do lado esquerdo e ao meu lado direito tinha uma cadeira vaga. Thomas entrou e se sentou ao meu lado dando uma piscadela para mim, me deixando desconcertada e em seguida se virou para organizar suas coisas na mesa.
— Pela forma que você organiza tudo, dá para notar que alguém sofre de um leve toc. — Brinquei, fazendo ele rir.
— É tão evidente assim minha mania de organização? — Perguntou enquanto se virava para mim.
— Só um tiquinho. — Disse enquanto gesticulava com a mão. — Mas pode ficar tranquilo, seu segredo está guardado comigo. — Dei uma piscadela para ele.
— Graças a Deus. — Ele colocou a mão no peito encenando alivio. — Guardei por tanto tempo esse segredo que não queria que depois de 2 anos na Jones, ele fosse descoberto. Que bom saber que você é ótima em guardar segredos. – Ele brincou, cutucando minha costela com o cotovelo
— Sou ótima em várias coisas. — O provoquei.
Ta bom Maria Eduarda, acho que já chega de perversidade por hoje.— Bom saber! — Ele deu um meio sorriso cheio de sacanagem oculta entre aqueles lábios e isso me fez sorrir da mesma forma. — Quem sabe algum dia você me mostre suas outras qualidades... Vou adorar conhece-las.
Não tive nem tempo de responder. Caleb entrou na sala em seguida pontualmente as 8h30.
— Bom dia! Hoje vamos discutir sobre o novo projeto. Vamos dividir as funções para que a campanha não atrase e para que todos se dediquem 100% nisso. Nosso cliente é exigente e faz parte de uma multinacional de carros. Está querendo expandir no mercado. — Caleb se sentou enquanto explicava. Estava sentado ao lado direito do Thomas, o que me dava uma excelente visão dele.
Estava prestando mais atenção na forma como gesticulava do que em suas palavras. Ele se virou e seu olhar encontrou o meu, me deixando com vergonha, havia percebido que estava encarando-o e seu lábio subiu em um meio sorriso. Abaixei a cabeça para que não percebesse que também estava sorrindo.Esse homem estava me deixando desconcertada e ele sabia disso.— Thomas apresente os slides para equipe — Thomas se levantou e pegou o controle do projetor.
Atrás do Caleb havia um grande painel em branco e ele apertou o botão, fazendo o projetor ligar no mesmo instante com as imagens da campanha.
Thomas era excelente com as palavras, por isso ele sabia exatamente o que dizer as pessoas. Tinha dom de vendedor, sabia cativar e deixar qualquer um interessado em qualquer coisa. Compraria uma charrete com ele, sem nem ao menos perceber. Eram poucas pessoas que sabiam cativar dessa forma.
A campanha estava linda, organizada e dando inveja a qualquer bom publicitário. Tinha certeza que o cliente iria amar! Era elegante e sem nenhum exagero, o projeto se vendia por si só.Ele deve ter percebido minha admiração, pois me deu um leve sozinho.
— Estou vendo que alguém está realmente admirada pelo Thomas. Disse que ele era maravilhoso, não só na beleza... — Maggie cochichou em meu ouvido.
— É realmente, ele é mesmo. — Respondi baixo, sem tirar os olhos do Thomas.
Senti os olhos de alguém sob mim e não precisei procurar muito para saber de quem era.Caleb!— Será que as duas poderiam compartilhar com a equipe o motivo de tanta graça? — Ele realmente ficou irritado com a interrupção da reunião. Estava com os braços cruzados e encostado na cadeira, com o olhar firme em mim e na Maggie, me deixando tremendamente envergonhada.
— Desculpa Senhor! Isso não vai tornar a se repetir. — Maggie respondeu de imediato e a agradeci mentalmente por isso.
Ela sabia que não gostava de tomar bronca em público e sempre me salvava nessas ocasiões.— Tenho certeza que não vai Margareth! Maria Eduarda... — Voltei meu olhar ao dele, minhas bochechas ainda queimavam pelo constrangimento. — Passa na minha sala depois da reunião!
— Ok, Senhor.
P**a que pariu! Já ia ser demitida no primeiro dia de trabalho.Parabéns Maria Eduarda, já começou sua carreira muito bem.Thomas continuou a apresentação e permaneci calada o resto da reunião. Caleb separou as equipes em duplas fazendo cada dupla ficar responsável por uma parte do projeto. Fiquei responsável pela apresentação junto com o Thomas, que pelo sorriso adorou a escolha.
A reunião terminou por volta das 11:00h e ficou marcado de cada dupla apresentar a sua parte para o Caleb dali a 15 dias.
— Adorei a escolha da dupla! Destino está sorrindo para nós, não acha? — Soltei uma risada. — Agora vou ter a oportunidade de te conhecer melhor. — Ele sussurrou próximo ao meu ouvido, fazendo meu corpo arrepiar.
— Destino ou não, acredito que isso dará muito certo. — Me virei de frente para ele, diminuindo o espaço entre nós dois.
Seu rosto era mais fino, não aparentava passar dos 25 anos, mas pelo cargo que ocupava sabia que tinha mais que isso. Ele era gentil, engraçado e extremamente educado. O oposto do Caleb, que transparecia arrogância em cada poro do seu corpo.— Eu tenho que ir para a sala do Caleb, provavelmente vou tomar bronca. — Resmunguei baixo.Thomas se aproximou de mim, colando seu corpo ao meu, passou o braço atrás de mim, encostando ao meu, fazendo meus pelos se arrepiarem.— Ok, vou esperar você e a Maggie para almoçar. — Ele pegou sua caneta que estava atrás de mim sob a mesa, foi a sua desculpa para encostar em mim.
Ele percebeu minha cara de desapontada e soltou uma risadinha.— Calma Madu, vamos nos conhecer melhor, mas longe do ambiente profissional, afinal aqui não é o melhor lugar para isso!— Claro... — Gaguejei ao responder.
Não sabia o que estava acontecendo comigo, realmente era falta de me relacionar.Meu último relacionamento havia sido a quase 2 anos atrás foi meu primeiro e durou quase 2 anos. Terminamos, pois, ele iria para fora do Brasil, estudar e sabia que relacionamento a distância não daria muito certo entre nós.
Desde então não havia me relacionado com mais ninguém, até porque logo depois descobrimos a doença da minha mãe e me foquei em cuidar dela.— Quando você voltar a gente sai pra almoçar. — Ele me despertou do meu devaneio, assenti com a cabeça e ele saiu da sala.
Terminei de pegar minhas coisas e fui até a sala do Caleb. Ele estava em pé, apoiado na mesa e seu rosto tinha um semblante pensativo evidenciando a linha de expressão em sua testa. Estava com os braços cruzados e dava para perceber que algo lhe preocupava. Relutei em bater na porta, mas sabia que não tinha escolha. Dei duas batidas de leve na porta, levando sua atenção a mim e suas feições deram uma leve relaxada.
— Pode entrar Eduarda. — Ele continuou apoiado na mesa enquanto me aproximava dele, apontando para me sentar na cadeira a sua frente.
— O senhor queria me ver? — Me sentei na cadeira, cruzando as pernas e aguardando ele se pronunciar.
— Sim. Amanhã nosso cliente marcou uma reunião e queria que você fosse comigo. A reunião será no escritório dele que fica a uns 40 minutos daqui, passarei para te pegar no seu apartamento as 8h.
Seus olhos me avaliavam novamente e mordi levemente o lábio inferior, enquanto assimilava tudo que ele estava dizendo. Sua postura ficou tensa e ele se afastou, sentando em sua cadeira. Percebi que ele estava incomodado com algo.— Pare de morder os lábios, Eduarda! — Ele ordenou e só então havia notado que ainda estava com o lábio entre os dentes.Era uma mania minha, fazia sem ao menos perceber.— Desculpa... — Respondi, passando a língua pelo lábio.
— Sabe, Eduarda... — Ele respirou fundo e era nítido sua frustração. — Eu sou um ótimo observador, sei a intenção de cada um e consigo ler as pessoas muito bem. Mas você... — Ele suspirou. — Não consigo decifrar de forma alguma! É como se estivesse olhado para uma parede toda vez que tento te decifrar e isso me irrita mais do que imagina. — Ele me olhava tão fundo, como se procurasse algo que nem ele sabia o que era. — Amanhã te busco as 8h! — Ele desviou o olhar e começou a mexer na pasta que tinha em cima da mesa. — Pode ir agora.
— Ok, Caleb.
Como ele fala essas coisas para mim dessa forma e me dispensa como se não fosse nada demais?— Se precisar de algo, estarei na minha mesa. — Me levantei e fui em direção a saída.— Se eu tiver um pouco de sanidade mental, não vou precisar de nada! — Ele rebateu.
Parei e me virei para ele que estava de costa para a porta, não me dando a chance de ver sua expressão. Mas pela arrogância da sua voz estava extremamente irritado. Fiquei ali parada, encarando-o por alguns segundos, mas desisti quando vi que não iria falar mais nada. Decidi ir almoçar, para ver se o buraco que havia em meu estomago sumia, tinha esperança que fosse fome, mas sabia lá no fundo, que não era.Caminhávamos em direção a Jones, conversando no caminho. Thomas me explicou como conheceu Lina, ela é mãe de sua ex namorada; Beatrice. Luna é sua afilhada e sobrinha da sua ex. Eles tinham um bom relacionamento, mesmo depois do término, continuavam se dando bem, sempre com muito respeito e carinho. Nick e Maggie seguiam conversando também e pela forma que ela estava, a conversa estava indo muito bem. Sentei na minha mesa e comecei a planejar a campanha do nosso cliente. Vire e mexe o Thomas virava e fazia alguma gracinha ou me ajudava em algo relacionado ao trabalho. Ele era bem pró ativo. Caleb passou o resto do dia entre reuniões e ligações. Da minha mesa tinha visão para a sala dele e isso me deixou incomodada, principalmente por não conseguir parar de olhar para lá. Ele andava de um lado para outro e parecia irritado com alguém ao telefone, afrouxou a gravata, nem havia percebido que a tinha colocado novamente.
Os dois foram no banco de trás e eu na frente com o Thomas. A balada ficava a uns 30 minutos de distância, em menos de 10 minutos no carro os dois já estavam se pegando no banco de trás. — Caramba, esses dois não perdem a oportunidade, né? — Brinquei tentando diminuir o barulho da pegação deles. — Obvio que não. É do Nickolas que estamos falando, não perde a oportunidade, ainda mais quando tem mulher na parada. — Começamos a rir, ele sabia como deixar um clima amigável. Thomas colocou a mão em minha coxa, o contato da sua pele com a minha fez meus pelos arrepiarem, tentei relaxar e conter a respiração, acho que não deu muito certo. El
Quando os meninos nos deixaram em casa já passava da 01h da manhã, nem sabia como conseguiria trabalhar na manhã seguinte e ainda teria que ir viajar com Caleb para a reunião. — Te vejo amanhã gatinha. — Thomas me deu um beijo, se despedindo. — Se quiser, passo aqui amanhã para pegar vocês, moro aqui perto. — Ele brincava com uma mecha do meu cabelo enquanto falava. — Não precisa. Amanhã vou ter que ir com o Caleb para uma reunião. Não sei se volto a tempo para a Jones. — Reunião? Onde? — Thomas arqueou a sobrancelha, desconfiado. — Não sei, acho que é na cidade vizinha. — Dei de ombros sem muita importância. — Hum estranho, pois geralmente quem vai a essas reuniões sou eu ou Nick. — O vinco entre suas sobrancelhas entregava a preocupação em que estava. — Ordens do chefe manda quem pode, obedece quem tem juízo. — Bati o dedo na ponta do seu nariz,
Maggie estava no portão nos esperando e pelo seu olhar, percebeu que havia algo estranho. Me conhecia só de olhar. Saímos mudos pelo portão. — Você está bem? — Ela cochichou em meu ouvido enquanto seguíamos Caleb até o carro. — Não sei, mas vai ficar. Fica em paz. — Sorri tentando tranquiliza-la, mas pela cara não engoliu minhas desculpas, mas ficou em silêncio. Mas sabia que iria perguntar alguma hora. — Uau! Carro lindo, chefe. — Maggie ficou surpresa com o carro e confesso que também fiquei. — Que modelo é? — Uma suzuki s cross. Ser chefe tem seus prós também, não é somente dor de cabeça. — Não havia reparado que estava tão perto de mim, até sua voz me arrepiar. Um homem saiu do carro e me assustei. Ele era alto, tinha o rosto sério, estava de terno e com os braços para trás. — Meninas, esse é o Albert, meu motorista particular. — Albert acenou
Minhas mãos estavam entre seus cabelos, sua boca beijava cada centímetro do meu pescoço, como havia feito no elevador. Suas mãos estavam na minha bunda e por cima da sua calça já conseguia sentir sua ereção, tudo isso me deixava quase no ápice do desejo, já sentia a calcinha úmida. Ele subiu as mãos até meus seios os apertando, mesmo por cima da camisa dava para notar meus mamilos enrijecidos, não consegui conter o gemido que escapou de meus lábios. Caleb começou a abrir os botões da minha camisa, deixando meu sutiã visível. Joguei a cabeça para trás, aproveitando a sensação das suas mãos em mim. Ele apertava meus seios com tanta vontade que era nítido seu desejo, abaixou meu sutiã e meus mamilos puderam sentir a maravilhosa sensação da sua boca. Meus gemidos se tornaram mais altos, já não me importava se estávamos com o motorista no banco da frente. Não ligava. Só queria sentir Caleb em mim de todas as formas possíveis e inimagináveis. Pre
Chegamos ao Pallace Hotel, cerca de 20 minutos depois exatamente como o Albert havia informado. Albert abriu a porta e descemos do carro. O hotel era maravilhoso, sua fachada era num tom dourado, exalava luxo só na entrada, as portas de entrada eram de vidro. Tinham um segurança em cada lado da entrada e ao lado de um deles, havia um senhor que devia ser o manobrista. Avistamos a recepção do hotel assim que passamos pela porta, a decoração de dentro era dividida entre o dourado e o rosé, haviam algumas poltronas e mesinhas de centro espalhadas pelo local. Caleb me guiou até a recepção, reparei em volta e notei algumas funcionárias olhando para ele, não poderia culpa-las, era inevitável não perceber a presença dele, era o tipo de homem que arrancava suspiros em qualquer lugar que passasse. — Bom dia senhor Caleb! — A recepcionista o cumprimentou e acredito que minha presença foi ignorada propositalmente. — Sua suíte já está pronta e reservada pa
Ele desceu a mão até o meio das minhas pernas encontrando minha excitação. Brincava com meu clitóris enquanto pressionava levemente e introduziu um dedo dentro de mim. Estava excitada, tão molhada por dentro que seu dedo deslizava sem nenhuma dificuldade. — Alguém já está bem excitada né? — Enquanto pressionava o dedo dentro de mim, eu pressionava meu corpo contra sua ereção e sentia ela latejando entre minha bunda. — Você me quer, Maria Eduarda? — Nossos olhos se encontraram, ele tirou o dedo de dentro de mim, subiu até seus lábios e chupou. — Doce como mel... Responde! — Confirmei com a cabeça. — Não, não! Quero ouvir dos seus lábios! — Sim! Te quero Caleb! Com todas as minhas forças, que no momento não são muitas devido ao desejo que estou sentindo... — Revirei os olhos em desaprovação pelo fato dele está sendo tão filha da p**a comigo naquele momento. — Será que dá pra parar de me atormentar tanto e me dá o qu
Acordei desnorteada, com algo tocando. Alguns minutos depois consegui identificar que o barulho era meu celular. Olhei para a cama e vi que estava vazio, olhei em volta procurando por ele, mas logo percebi que não estava no quarto. Levantei e fui procurar meu celular, estava em minha bolsa, que por sinal estava jogada no meio do quarto. O peguei e antes de abrir as notificações vi que já passava das 12h. Vi que haviam várias mensagens da Maggie e do Thomas. Eram varias mensagens, preocupadas comigo e ameaçando chamar a polícia. Depois ligo para ela, resolvi abrir as mensagens do Thomas. Eram áudios preocupados comigo também. Imediatamente o arrependimento bateu, por mais casual que fosse. Ele era um amor de pessoa. Mudei de ideia e resolvi ligar para a Maggie, quem sabe ela clareasse minha mente. — Não acredito que transou com ele!?!? — A ideia de clarear a mente com ela não foi muito sensata.