Quando os meninos nos deixaram em casa já passava da 01h da manhã, nem sabia como conseguiria trabalhar na manhã seguinte e ainda teria que ir viajar com Caleb para a reunião.
— Te vejo amanhã gatinha. — Thomas me deu um beijo, se despedindo. — Se quiser, passo aqui amanhã para pegar vocês, moro aqui perto. — Ele brincava com uma mecha do meu cabelo enquanto falava.
— Não precisa. Amanhã vou ter que ir com o Caleb para uma reunião. Não sei se volto a tempo para a Jones.
— Reunião? Onde? — Thomas arqueou a sobrancelha, desconfiado.
— Não sei, acho que é na cidade vizinha. — Dei de ombros sem muita importância.
— Hum estranho, pois geralmente quem vai a essas reuniões sou eu ou Nick. — O vinco entre suas sobrancelhas entregava a preocupação em que estava.
— Ordens do chefe manda quem pode, obedece quem tem juízo. — Bati o dedo na ponta do seu nariz, em forma de brincadeira e beijei seus lábios em seguida. — Te mando uma mensagem assim que chegar. Falando nisso... — Tirei meu celular da bolsa, desbloqueei e lhe entreguei. — Não tenho seu número.
Ele salvou o número em minha agenda e me entregou o celular. Fiz o mesmo com o celular dele e antes que conseguisse sair do carro, senti suas mãos em minha nuca, me puxando para perto e me beijou os lábios em seguida. Sua mão desceu até a minha coxa, deslizou os dedos até minha bunda e apertou com força. Senti meu corpo fervendo, fazia algum tempo que não transava com ninguém e só hoje havia notado a abstinência que estava.— Tem certeza que não posso subir? — Ele perguntou enquanto tinha meu lábio preso entre os dentes, me provocando.
— Hoje não... — a pergunta era tentadora, mas achei melhor recusar a oferta, estava com vontade, mas não seria bom trocar os pés pelas mãos e agradeci quando ele entendeu.
— Tudo bem. — Ele falou, me dando um selinho seguido de outro e outro, mais outro. — Vou aceitar sua decisão.
Assenti, saindo do carro.
— Até amanhã. — Me despedi.
Maggie estava parada no portão, de pegação com o Nick. Passei entre eles e fui puxando-a.
— Vamos! Que amanhã todos nós temos trabalho. — Ela murmurou alguma ofensa e fingi não escutar. — Amanhã vocês terminam, ô pervertida! — Me mostrou o dedo do meio e ri com aquilo.
Subimos para o apê assim que os meninos foram embora. Estava esgotada de cansaço, não sabia nem se teria energia para tomar banho, mas acabei tomando uma ducha rápida e me jogando na cama, pelada mesmo e apaguei em menos de 5 minutos.
Acordei meio desnorteada, apalpei a mesinha de cabeceira a procura do meu celular, olhei no visor e vi que ainda eram 6h, resolvi voltar a dormir já que só sairia para trabalhar as 8h.
— Maria Eduarda! Acorda mulher! — Escutei alguém gritando comigo, mas pensei que era só meu subconsciente, até que senti alguém me sacudir com força que pensei que ia deslocar o ombro. — Acorda!
— Aaaain! — Resmunguei de dor, ainda meio sonolenta. — O que foi, diabo? — Tentei abrir os olhos, mas a claridade da janela impedia.
— Caleb está te esperando...
— Jesus! Que horas são? — Pulei da cama quase me estatelando no chão. Soltei um palavrão ao ver a hora no visor do celular e constatar que já eram 7h50 — Cacete! Por que não levantei na primeira vez?! MERDA, MERDA, MIL VEZES MERDA!
Coloquei apressada as roupas intimas e revirei o quarto procurando meu terno preto.
— Ele está na lavanderia, você o lavou no domingo. — Maggie disse, saindo do quarto.
Sai correndo pela sala, só de calcinha e sutiã.— Madu!? Não faz isso!!! — Já era tarde demais, quando dei por mim bati de frente com o Caleb.
Só de sutiã e calcinha.— P**a... Que... Pariu! — Não sabia onde enfiar a cara.
"SENHOR DEUS, PORQUE EU NASCI TÃO SEM SORTE ASSIM? O QUE EU FAÇO?"
Estava sem reação, não sabia se voltava pro quarto e me trancava lá, só saindo de lá daqui quinze anos ou se prosseguia até a lavanderia para pegar minha roupa.
Afinal, a merda já estava feita né?— Bom dia, Eduarda! — Caleb me media de cima abaixo, demorando os olhos em cada parte exposta que não consegui tampar com as mãos. — Me lembre de aparecer mais vezes aqui. Bela visão logo cedo! — Seus lábios tinham um sorriso sacana, que fez meu corpo inteiro estremecer.
De um jeito bom, claro.— Bom dia Caleb! Não sabia que estava aqui dentro! — Falei entredentes. Seus olhos ainda me encaravam, na verdade encaravam meus seios. — Meus olhos estão aqui em cima, Caleb Jones! — cruzei os braços, tentando tampar ainda mais meus seios e revirando os olhos.
— Não tenho culpa se você resolveu colocar essa paisagem bem na minha frente! — ele mordeu o lábio inferior, rindo em seguida.
Por que meu chefe tem que ser esse pedaço de mal caminho?
— Se você continuar mordendo os lábios assim, vou ser obrigado a esquecer a ética da empresa entre chefe e funcionária, Maria Eduarda! — Nem havia reparado que estava mordendo o lábio. Minhas bochechas queimavam assim como todo meu corpo.
Ele ria maliciosamente, achando graça da situação.— Acho que... vou me trocar logo. — Tentei terminar a frase o mais rápido possível, correndo para a lavanderia.
Peguei o terno, colocando a calça e o blazer por cima do sutiã mesmo, só queria esconder minha intimidade daquele homem e corri de volta para o quarto para me trocar. Passei tão rápido pela sala, que nem olhei para onde o Caleb estava. Entrei no quarto, fechando a porta para me arrumar.
— Posso entrar? — Maggie bateu na porta, já entrando. — Você está bem?
— O que você acha? Acabei de dar de cara com o Caleb e quase não estava vestida. Você acha que estou bem? — Soltei tudo sem nem respirar, Maggie se jogou em minha cama, rindo. Olhei feio para ela, advertindo-a pela situação. Ela parou de rir na hora.
— Foi mal! — ela levantou as mãos se desculpando — Tentei te avisar, mas você nem ouviu. — Ela deu de ombros enquanto falava.
— Poderia ter me avisado na hora que me acordou. Mas agora é tarde! Só por favor, não vai sair falando para os meninos. Já não basta a vergonha que estou passando pela situação, não quero que estique até o trabalho. — Maggie beijou os indicadores em sinal de juramento. Sabia que ela não ia contar, não era do tipo de amiga que coloca os outros em situações indelicadas e era isso que gostava nela, se colocava no lugar do outro, em relação a tudo.
Estava com um terninho preto, uma camisa social branca por baixo do blazer e uma sandália de salto preta. Prendi meu cabelo em um coque apertado, deixando alguns fios soltos, passei uma maquiagem leve, destacando os olhos, com um delineado e caprichando no rímel, passei um batom nude boca só para dar uma cor.
Peguei a bolsa do trabalho, com o notebook e tudo mais, indo até a sala.
Maggie já estava de saída também, Caleb iria deixa - lá no escritório.
Alecrim acordou de bom humor!
— Estou pronta. Vamos senhor Caleb? — coloquei a bolsa em cima da mesa enquanto o aguardava.
— Depois da situação de hoje pode me chamar somente de Caleb, Eduarda. — Tentei questionar. — É uma ordem! — Tornei a fechar a boca e assenti.
Esse cara não consegue ser educado, nem por um segundo?Revirei os olhos.
— Se continuar a revirando os olhos para mim eu juro que vou ter que tomar uma atitude! — ele estava de braços cruzados, o que deixava seus músculos bem em evidências. Sua sobrancelha estava arqueada e tinha um meio sorriso nos lábios. — E acredite, não vai gostar.Pensei em revirar os olhos novamente só para provocar, mas desisti. Decidi pegar minha pasta e ir para a porta.
— Vamos? — Maggie estava indo chamar o elevador. Fiquei na porta aguardando o Caleb sair, para poder tranca-la.
Enquanto ele saía, parou na minha frente e foi aproximando o rosto do meu, senti o coração acelerar. Se ele me beijasse não saberia qual seria minha reação, só então notei que havia prendido a respiração, soltei com calma o ar.
— Hoje o dia será bem longo... — seu hálito era quente, me causando arrepios.
Claro que estava quente Eduarda. Ele não morreu.— Pode ficar tranquila, não vou te beijar. Não sou assim. — Estava a ponto de ter um ataque cardíaco se esse homem não saísse de perto de mim. — Pelo menos não até me pedir. — Ele enfim saiu de perto e me deixou trancar a porta, sem desmaiar.— Pode ter certeza... Você vai pedir! — sentir seu hálito em meu pescoço novamente só que dessa vez eu estava de costa para ele, o que eu dei graças a Deus, pois assim pelo menos eu poderia corar em paz.
Ele saiu e seguiu até o elevador. Maggie havia desistido de esperar e desceu sozinha. Tentei me lembrar de como andava, as pernas estavam bambas e suava mais do que porco.
Se é que porco soa...
Entramos no elevador, ambos em silêncio, essas situações me causavam tensão. Elevador sempre foi fetiche para algumas pessoas e nunca entendi porque, até esse momento...
Fiquei olhando o painel do elevador, tentando distrair a cabeça com alguma coisa. Quando estava próximo ao 7° andar, me surpreendi. Caleb me puxou pela barra do blazer, pressionando seu corpo contra o meu, suas mãos foram pro meu pescoço e sua respiração causava cócegas. Estava a milímetros de distância de mim, me pressionando na parede, acelerando minha respiração.— Não sei o que faço com você... — ele murmurou, entre um suspiro. Dava para notar a força que estava fazendo para não me beijar. — Estou louco para te beijar, mas sei que se fizer isso não vou conseguir me segurar e não quero que seja dessa forma. Quero fazer com que me peça, me implore para te tocar. Não quero te dar tudo isso assim, tão fácil. — Ele passava os lábios em meu pescoço, subindo e descendo da clavícula até minha orelha, deixando deliciosos arrepios no percurso. — Quero te deixar num ponto em que tudo que desejar ou pensar, seja sobre mim. Quero deixar você no mesmo estado que estou. — Ele puxou meu lábio inferior levemente e então, me soltou para minha decepção.
Deixou cada lugar em que tocou, formigando. Voltou para o meu lado, mantendo uma distância segura entre nós, arrumou o blazer e voltou com a postura firme como se nada tivesse acontecido. Fiquei tentando me recompor, minha respiração ainda estava acelerada, o coração descompassado e estava suando, ansiando pelo toque dele novamente em cada parte do meu corpo.
Que merda!
Maggie estava no portão nos esperando e pelo seu olhar, percebeu que havia algo estranho. Me conhecia só de olhar. Saímos mudos pelo portão. — Você está bem? — Ela cochichou em meu ouvido enquanto seguíamos Caleb até o carro. — Não sei, mas vai ficar. Fica em paz. — Sorri tentando tranquiliza-la, mas pela cara não engoliu minhas desculpas, mas ficou em silêncio. Mas sabia que iria perguntar alguma hora. — Uau! Carro lindo, chefe. — Maggie ficou surpresa com o carro e confesso que também fiquei. — Que modelo é? — Uma suzuki s cross. Ser chefe tem seus prós também, não é somente dor de cabeça. — Não havia reparado que estava tão perto de mim, até sua voz me arrepiar. Um homem saiu do carro e me assustei. Ele era alto, tinha o rosto sério, estava de terno e com os braços para trás. — Meninas, esse é o Albert, meu motorista particular. — Albert acenou
Minhas mãos estavam entre seus cabelos, sua boca beijava cada centímetro do meu pescoço, como havia feito no elevador. Suas mãos estavam na minha bunda e por cima da sua calça já conseguia sentir sua ereção, tudo isso me deixava quase no ápice do desejo, já sentia a calcinha úmida. Ele subiu as mãos até meus seios os apertando, mesmo por cima da camisa dava para notar meus mamilos enrijecidos, não consegui conter o gemido que escapou de meus lábios. Caleb começou a abrir os botões da minha camisa, deixando meu sutiã visível. Joguei a cabeça para trás, aproveitando a sensação das suas mãos em mim. Ele apertava meus seios com tanta vontade que era nítido seu desejo, abaixou meu sutiã e meus mamilos puderam sentir a maravilhosa sensação da sua boca. Meus gemidos se tornaram mais altos, já não me importava se estávamos com o motorista no banco da frente. Não ligava. Só queria sentir Caleb em mim de todas as formas possíveis e inimagináveis. Pre
Chegamos ao Pallace Hotel, cerca de 20 minutos depois exatamente como o Albert havia informado. Albert abriu a porta e descemos do carro. O hotel era maravilhoso, sua fachada era num tom dourado, exalava luxo só na entrada, as portas de entrada eram de vidro. Tinham um segurança em cada lado da entrada e ao lado de um deles, havia um senhor que devia ser o manobrista. Avistamos a recepção do hotel assim que passamos pela porta, a decoração de dentro era dividida entre o dourado e o rosé, haviam algumas poltronas e mesinhas de centro espalhadas pelo local. Caleb me guiou até a recepção, reparei em volta e notei algumas funcionárias olhando para ele, não poderia culpa-las, era inevitável não perceber a presença dele, era o tipo de homem que arrancava suspiros em qualquer lugar que passasse. — Bom dia senhor Caleb! — A recepcionista o cumprimentou e acredito que minha presença foi ignorada propositalmente. — Sua suíte já está pronta e reservada pa
Ele desceu a mão até o meio das minhas pernas encontrando minha excitação. Brincava com meu clitóris enquanto pressionava levemente e introduziu um dedo dentro de mim. Estava excitada, tão molhada por dentro que seu dedo deslizava sem nenhuma dificuldade. — Alguém já está bem excitada né? — Enquanto pressionava o dedo dentro de mim, eu pressionava meu corpo contra sua ereção e sentia ela latejando entre minha bunda. — Você me quer, Maria Eduarda? — Nossos olhos se encontraram, ele tirou o dedo de dentro de mim, subiu até seus lábios e chupou. — Doce como mel... Responde! — Confirmei com a cabeça. — Não, não! Quero ouvir dos seus lábios! — Sim! Te quero Caleb! Com todas as minhas forças, que no momento não são muitas devido ao desejo que estou sentindo... — Revirei os olhos em desaprovação pelo fato dele está sendo tão filha da p**a comigo naquele momento. — Será que dá pra parar de me atormentar tanto e me dá o qu
Acordei desnorteada, com algo tocando. Alguns minutos depois consegui identificar que o barulho era meu celular. Olhei para a cama e vi que estava vazio, olhei em volta procurando por ele, mas logo percebi que não estava no quarto. Levantei e fui procurar meu celular, estava em minha bolsa, que por sinal estava jogada no meio do quarto. O peguei e antes de abrir as notificações vi que já passava das 12h. Vi que haviam várias mensagens da Maggie e do Thomas. Eram varias mensagens, preocupadas comigo e ameaçando chamar a polícia. Depois ligo para ela, resolvi abrir as mensagens do Thomas. Eram áudios preocupados comigo também. Imediatamente o arrependimento bateu, por mais casual que fosse. Ele era um amor de pessoa. Mudei de ideia e resolvi ligar para a Maggie, quem sabe ela clareasse minha mente. — Não acredito que transou com ele!?!? — A ideia de clarear a mente com ela não foi muito sensata.
A reunião durou quase 2h30, Caleb foi calado e voltou ao telefone, falando com alguém da empresa. Também não tinha muito o que falar depois do que ele me disse no hotel. — Vai subindo para o quarto que tenho alguns assuntos pendentes para resolver antes de irmos. — Me entregou a chave do quarto, enquanto ligava para alguém. — Irmos? Pensei que passaríamos o final de semana no hotel. — Questionei confusa.Mas era isso que queria, não era? — Não mais. Tenho coisas para resolver. Não quero causar mais arrependimento em você — Ele respondeu. — Já pedi seu almoço, vão te levar no quarto daqui a pouco. Caleb saiu do carro e seguiu até o saguão, falou algo para a recepcionista e sumiu da minha visão. Resolvi subir para o quarto, já que não tinha mais o que fazer. Fiquei descalça assim que entrei, me joguei na poltrona e decidi ligar para o Thomas, a essa altura já devia
Meus pensamentos estavam longe. Minha cabeça rodava com tantas perguntas sem respostas. Todos esses questionamentos me deixavam zonza e enjoada. — Por onde seus pensamentos estão, pequena? — Thomas colocou a costa da mão na minha bochecha, fazendo carinho e fechei os olhos brevemente — Você está distante... Não preciso ser um expert para perceber quando alguém está longe... — Não é nada baby, só estresse do trabalho. Caleb consegue tirar qualquer um do sério... — Ri, tentando amenizar tudo. — Já vai passar. — Caleb tira qualquer mulher do sério... — Retornou as mãos ao volante. — Como assim? — Nada... Só quis dizer que ele mexe com a cabeça de toda funcionária que entra na empresa, parece que faz de propósito. No fim elas acabam saindo, ou pedindo transferência de setor. — Thomas deu de ombros. — Mas a Maggie continua lá... — Será que ten
— Vamos? — Thomas me despertou e me controlei pra não gritar de susto. — Claro! Entrelaçamos os dedos e seguimos até o carro. — Por que pagou a conta? — Perguntou enquanto acariciava o dorso da minha mão. — Porque sim! Você já havia pago o meu almoço e a balada ontem, nada mais justo que retribuir a gentileza. — Lhe mandei um beijo. — Não precisava. Sou criado a moda antiga, meu amor. Quando convido para sair gosto de pagar a conta, não precisa gastar dinheiro com isso. — Deu uma piscadela para mim. — Eu sei, mas não acho justo. — Dei de ombros. Entramos no carro e ele seguiu até seu apartamento. Chegamos em 15 minutos, o trafego estava calmo e sem trânsito já passava das 24h. Thomas estacionou o carro no subsolo do apartamento. Seguimos em direção ao elevador, ele morava no 5° andar. Ele estava em silên