Acordei desnorteada, com algo tocando. Alguns minutos depois consegui identificar que o barulho era meu celular. Olhei para a cama e vi que estava vazio, olhei em volta procurando por ele, mas logo percebi que não estava no quarto.
Levantei e fui procurar meu celular, estava em minha bolsa, que por sinal estava jogada no meio do quarto. O peguei e antes de abrir as notificações vi que já passava das 12h. Vi que haviam várias mensagens da Maggie e do Thomas.
Eram varias mensagens, preocupadas comigo e ameaçando chamar a polícia.
Depois ligo para ela, resolvi abrir as mensagens do Thomas. Eram áudios preocupados comigo também. Imediatamente o arrependimento bateu, por mais casual que fosse. Ele era um amor de pessoa. Mudei de ideia e resolvi ligar para a Maggie, quem sabe ela clareasse minha mente.
— Não acredito que transou com ele!?!? — A ideia de clarear a mente com ela não foi muito sensata.
A reunião durou quase 2h30, Caleb foi calado e voltou ao telefone, falando com alguém da empresa. Também não tinha muito o que falar depois do que ele me disse no hotel. — Vai subindo para o quarto que tenho alguns assuntos pendentes para resolver antes de irmos. — Me entregou a chave do quarto, enquanto ligava para alguém. — Irmos? Pensei que passaríamos o final de semana no hotel. — Questionei confusa.Mas era isso que queria, não era? — Não mais. Tenho coisas para resolver. Não quero causar mais arrependimento em você — Ele respondeu. — Já pedi seu almoço, vão te levar no quarto daqui a pouco. Caleb saiu do carro e seguiu até o saguão, falou algo para a recepcionista e sumiu da minha visão. Resolvi subir para o quarto, já que não tinha mais o que fazer. Fiquei descalça assim que entrei, me joguei na poltrona e decidi ligar para o Thomas, a essa altura já devia
Meus pensamentos estavam longe. Minha cabeça rodava com tantas perguntas sem respostas. Todos esses questionamentos me deixavam zonza e enjoada. — Por onde seus pensamentos estão, pequena? — Thomas colocou a costa da mão na minha bochecha, fazendo carinho e fechei os olhos brevemente — Você está distante... Não preciso ser um expert para perceber quando alguém está longe... — Não é nada baby, só estresse do trabalho. Caleb consegue tirar qualquer um do sério... — Ri, tentando amenizar tudo. — Já vai passar. — Caleb tira qualquer mulher do sério... — Retornou as mãos ao volante. — Como assim? — Nada... Só quis dizer que ele mexe com a cabeça de toda funcionária que entra na empresa, parece que faz de propósito. No fim elas acabam saindo, ou pedindo transferência de setor. — Thomas deu de ombros. — Mas a Maggie continua lá... — Será que ten
— Vamos? — Thomas me despertou e me controlei pra não gritar de susto. — Claro! Entrelaçamos os dedos e seguimos até o carro. — Por que pagou a conta? — Perguntou enquanto acariciava o dorso da minha mão. — Porque sim! Você já havia pago o meu almoço e a balada ontem, nada mais justo que retribuir a gentileza. — Lhe mandei um beijo. — Não precisava. Sou criado a moda antiga, meu amor. Quando convido para sair gosto de pagar a conta, não precisa gastar dinheiro com isso. — Deu uma piscadela para mim. — Eu sei, mas não acho justo. — Dei de ombros. Entramos no carro e ele seguiu até seu apartamento. Chegamos em 15 minutos, o trafego estava calmo e sem trânsito já passava das 24h. Thomas estacionou o carro no subsolo do apartamento. Seguimos em direção ao elevador, ele morava no 5° andar. Ele estava em silên
Thomas se aproximou, mas estava hipnotizada demais com a beleza da lua para olhar. Quando criança, minha mãe sempre me dizia que a lua tinha o dom de cativar as pessoas pela sua luz. Quando começou a namorar meu pai, ele morava em outra cidade a mais de 1500 km de distância dela... — Na hora de ir embora sempre era noite e tínhamos o costume de observar a lua. Seu pai sempre foi fascinado por ela, tanto que o sonho dele era fazer Astronomia, mas seu avô era contra, sempre muito obediente ao pai e acabou deixando de lado. Quando íamos nos despedir, ele sempre apontava para a lua e dizia; mesmo com 1500 km de distância entre nós, sempre que sinto sua falta olho para ela e é como se você estivesse comigo nos momentos em que mais preciso. Nosso amor é abençoado pelo céu e a cada dia que passa tenho mais certeza disso! Então, sempre que caía a noite e a lua aparecia com sua maestria, sentava na sacada e ficava horas olhando para ela e lembrando dele. Meses depo
Acordei na cama e sabia que ele havia me levado. Já era noite, o quarto era iluminado pela luz da lua. Estávamos com as pernas entrelaçadas, era difícil saber onde começava as dele e onde acabavam as minhas. Estava com o braço embaixo do meu pescoço e outro repousado em minha cintura. Estava com a cabeça e o braço pousado em seu peito. Comecei a deslizar os dedos pelo seu abdômen, desde o elástico da cueca até quase o pescoço, deslizava gentilmente a ponta dos dedos por cada centímetro, sentindo-o se arrepiar por baixo do meu toque, me fazendo sorrir. Seu abdômen se contraiu e sua respiração ofegou, seus braços me apertaram. — Desse jeito alguém vai acordar... — Falou ainda de olhos fechados e com um sorriso tranquilo. — Não é uma má ideia. — Beijei seu peitoral e continuei as caricias. — Maria Eduarda... Você não cansa? — seus olhos encontraram os meus. Ah aqueles olhos verdes... Thomas era conjunto dá mais bela
O resto do final de semana seguiu conforme o planejado. Domingo fomos todos almoçar e depois Thomas nos deixou em casa. Consegui fugir por duas semanas da conversa com a Maggie sobre o Caleb. Mas, chegou uma hora que não deu mais para escapar. Ela me encurralou no apartamento assim que chegamos da Jones. — Pronto... Estamos em casa, pode tratar de contar tudo que houve entre vocês! — Ela falou enquanto terminava de trancar a porta. Sentamos no sofá e desabafei sobre tudo, os sentimentos que tive logo que o vi, sobre as mensagens, as conversas, o sexo e o que desencadeou depois disso. Caleb estava fora a quase 2 semanas, estava resolvendo assuntos pessoais e havia informado a equipe que ficaria longe por uns dias. Estava sem notícias dele desde então, pelo que informou, estaria de volta amanhã. Enquanto falava dele para a Maggie sentia meu coração diminuir cada vez mais com tudo. Contando sobre tudo pude perceber o misto de emoçõe
Acordei com meu despertador tocando. Minha cabeça latejava, isso sempre ocorria quando chorava demais. Me obriguei a levantar da cama, mesmo contra a minha vontade, afinal, tinha que trabalhar e hoje entrava mais cedo ainda para a minha infelicidade. Coloquei a primeira roupa social que vi no armário, prendi meu cabelo num coque, passei o mínimo de maquiagem possível e coloquei meu salto. Eram 7h10 e já estava pronta, fui até a cozinha e peguei a coisa mais rápida para comer; uma maça e um iogurte, indo para a portaria aguardar o carro chegar. Cheguei na Jones 7h25. Dei bom dia para as meninas da recepção e subi para o 7° andar. Assim que cheguei fui direto para a sala do Caleb. Parei em frente a sua porta, respirei fundo e dei algumas batidas. — Pode entrar! — Ele respondeu e senti as pernas tremerem só de ouvir sua voz. — Bom dia Sr. Caleb! — Fechei a porta e me dirigi até sua mesa. Ele estava em sua cadeira, de
O resto do dia passou como um borrão. Caleb saiu logo depois que o expediente começou de fato e não voltou mais. As palavras dele ainda embrulhava meu estomago, martelavam em minha mente a cada segundo do dia. Por mais que tenha dito que não queria ele mais em minha vida, no fundo pensava totalmente o oposto disso. Também estava lutando contra esses sentimentos. Mas lá no fundo eu sabia que era com ele que queria estar. Uma alma sofrida reconhece a outra. Nós dois precisávamos de redenção, precisávamos nos curar de todo o sofrimento passado e só conseguiríamos um com o outro. Mas será que estava pronta para embarcar numa "relação" assim? A pergunta de um milhão... E que continuava sem resposta. — Madu? Planeta terra chamando? — Maggie estava jogada no sofá e eu na poltrona de casa. Os meninos haviam nos chamado para sair e pegar um cinema. Mas não estava no clima e recusei educadamente. Maggie também recu