Thomas se aproximou, mas estava hipnotizada demais com a beleza da lua para olhar. Quando criança, minha mãe sempre me dizia que a lua tinha o dom de cativar as pessoas pela sua luz. Quando começou a namorar meu pai, ele morava em outra cidade a mais de 1500 km de distância dela...
— Na hora de ir embora sempre era noite e tínhamos o costume de observar a lua. Seu pai sempre foi fascinado por ela, tanto que o sonho dele era fazer Astronomia, mas seu avô era contra, sempre muito obediente ao pai e acabou deixando de lado. Quando íamos nos despedir, ele sempre apontava para a lua e dizia; mesmo com 1500 km de distância entre nós, sempre que sinto sua falta olho para ela e é como se você estivesse comigo nos momentos em que mais preciso. Nosso amor é abençoado pelo céu e a cada dia que passa tenho mais certeza disso! Então, sempre que caía a noite e a lua aparecia com sua maestria, sentava na sacada e ficava horas olhando para ela e lembrando dele. Meses depo
Acordei na cama e sabia que ele havia me levado. Já era noite, o quarto era iluminado pela luz da lua. Estávamos com as pernas entrelaçadas, era difícil saber onde começava as dele e onde acabavam as minhas. Estava com o braço embaixo do meu pescoço e outro repousado em minha cintura. Estava com a cabeça e o braço pousado em seu peito. Comecei a deslizar os dedos pelo seu abdômen, desde o elástico da cueca até quase o pescoço, deslizava gentilmente a ponta dos dedos por cada centímetro, sentindo-o se arrepiar por baixo do meu toque, me fazendo sorrir. Seu abdômen se contraiu e sua respiração ofegou, seus braços me apertaram. — Desse jeito alguém vai acordar... — Falou ainda de olhos fechados e com um sorriso tranquilo. — Não é uma má ideia. — Beijei seu peitoral e continuei as caricias. — Maria Eduarda... Você não cansa? — seus olhos encontraram os meus. Ah aqueles olhos verdes... Thomas era conjunto dá mais bela
O resto do final de semana seguiu conforme o planejado. Domingo fomos todos almoçar e depois Thomas nos deixou em casa. Consegui fugir por duas semanas da conversa com a Maggie sobre o Caleb. Mas, chegou uma hora que não deu mais para escapar. Ela me encurralou no apartamento assim que chegamos da Jones. — Pronto... Estamos em casa, pode tratar de contar tudo que houve entre vocês! — Ela falou enquanto terminava de trancar a porta. Sentamos no sofá e desabafei sobre tudo, os sentimentos que tive logo que o vi, sobre as mensagens, as conversas, o sexo e o que desencadeou depois disso. Caleb estava fora a quase 2 semanas, estava resolvendo assuntos pessoais e havia informado a equipe que ficaria longe por uns dias. Estava sem notícias dele desde então, pelo que informou, estaria de volta amanhã. Enquanto falava dele para a Maggie sentia meu coração diminuir cada vez mais com tudo. Contando sobre tudo pude perceber o misto de emoçõe
Acordei com meu despertador tocando. Minha cabeça latejava, isso sempre ocorria quando chorava demais. Me obriguei a levantar da cama, mesmo contra a minha vontade, afinal, tinha que trabalhar e hoje entrava mais cedo ainda para a minha infelicidade. Coloquei a primeira roupa social que vi no armário, prendi meu cabelo num coque, passei o mínimo de maquiagem possível e coloquei meu salto. Eram 7h10 e já estava pronta, fui até a cozinha e peguei a coisa mais rápida para comer; uma maça e um iogurte, indo para a portaria aguardar o carro chegar. Cheguei na Jones 7h25. Dei bom dia para as meninas da recepção e subi para o 7° andar. Assim que cheguei fui direto para a sala do Caleb. Parei em frente a sua porta, respirei fundo e dei algumas batidas. — Pode entrar! — Ele respondeu e senti as pernas tremerem só de ouvir sua voz. — Bom dia Sr. Caleb! — Fechei a porta e me dirigi até sua mesa. Ele estava em sua cadeira, de
O resto do dia passou como um borrão. Caleb saiu logo depois que o expediente começou de fato e não voltou mais. As palavras dele ainda embrulhava meu estomago, martelavam em minha mente a cada segundo do dia. Por mais que tenha dito que não queria ele mais em minha vida, no fundo pensava totalmente o oposto disso. Também estava lutando contra esses sentimentos. Mas lá no fundo eu sabia que era com ele que queria estar. Uma alma sofrida reconhece a outra. Nós dois precisávamos de redenção, precisávamos nos curar de todo o sofrimento passado e só conseguiríamos um com o outro. Mas será que estava pronta para embarcar numa "relação" assim? A pergunta de um milhão... E que continuava sem resposta. — Madu? Planeta terra chamando? — Maggie estava jogada no sofá e eu na poltrona de casa. Os meninos haviam nos chamado para sair e pegar um cinema. Mas não estava no clima e recusei educadamente. Maggie também recu
Fui tomar meu banho, Thomas perguntou se queria companhia, mas recusei. Precisava pensar um pouco. Deixei a água cair em minhas costas e levar toda tensão embora, ou ao menos tentar. Caleb realmente queria ficar longe de mim. Mexia tanto assim com ele, ao ponto de ele sair do país para manter distância? — Se é isso que ele quer, então é isso que ele vai ter! — Sussurrei desligando o chuveiro. Não iria forçar a barra, havia dito a ele que queria distância, então manteria minha palavra. Cheguei na cozinha para preparar meu café e o Thomas estava rindo com a Maggie. Ela já o conhecia de alguns anos, ele que havia conseguido o emprego para ela na Jones e já tinham tido um lance no passado. Maggie era 3 anos mais velha que eu, tinha 25 iria fazer 26 anos dois meses depois de mim. Ela me disse que eles não deram certo por conta da falta de tempo, Thomas trabalhava demais e ainda estava no último semestre da facu
Chegamos na Jones com 5 minutos de antecedência. Era para ter chego mais cedo, mas o Thomas passou numa cafeteria para comprar nosso café. Ele estava com o suporte de copo na mão, com quatros cappuccinos e eu estava com as embalagens de bolo e sanduíches. — Bom dia Becca! — cumprimentei a ruiva que estava na recepção. Rebecca estava sumida da recepção da Jones. — Bom dia Duda, depois passa aqui para a gente conversar. — Ela acenou para mim e assenti. Seguimos até o 7° andar, assim que a porta do elevador abriu dei de cara com Caleb, ele estava de costa para mim falando com a recepcionista de cabelo curto, que já sabia que se chamava Valentina, a mesma que me olhou com cara de bunda no dia da minha entrevista. A loira e simpática se chamava Andrea. — Bom dia Caleb! — Falei formalmente, sem olhar para ele e caminhei até minha mesa, mas senti seus olhos me queiman
— O que o senhor deseja? — Perguntei, fechando a porta da sala e encarando-o. Ele levantou os olhos da tela do computador e me observou. — Essa pergunta novamente, Eduarda? — Ele sorriu, maliciosamente. Aquele sorriso que era sua marca registrada. — Você entendeu Caleb! — revirei os olhos. Ele mordeu o lábio inferior e havia me esquecido que ele não gostava quando revirava os olhos. Sentei na cadeira de frente a ele, cruzando as pernas e aguardei ele falar o que queria. — Como você sabe, vou viajar amanhã, junto com o Nickolas e o Thomas vai no sábado. Sendo assim, a Jones daqui ficará sem dois funcionários extremamente importantes, principalmente para o projeto atual... — Ele estava recostado na cadeira, seus cotovelos apoiados um de cada lado no encosto lateral e as mãos cruzadas. Seus olhos passeavam pelo meu corpo enquanto falava e se
— Não sei qual é o meu maior receio, se é de você recusar, ou de me beijar por beijar. Nunca me senti tão vulnerável como me sinto quando estou com você, Eduarda. Você faz todos os meus medos e inseguranças transbordarem até a margem desse oceano escuro que tenho dentro de mim. — Desceu uma das mãos até a minha, guiando -a até encostar na parte a mostra do seu peito, fazendo meus dedos tocarem sua pele. Dava para sentir as batidas descompassadas do seu coração, quase se confundindo com o meu. — É isso que você causa em mim... Perto de você pareço uma criança perdida, tento lutar contra isso com todas as forças que ainda restam, mas não aguento mais lutar... Por toda a minha vida, todos esses 30 anos foram baseados em lutas e já estou farto disso. Quero encontrar minha paz, quero achar minha redenção... E você é a minha paz! — Sua respiração era profunda enquanto falava. — Com você posso mostrar quem sou, sem armaduras e sem medo. Mesmo ainda não sabendo lidar com todos esses sentime