Chegamos na Jones com 5 minutos de antecedência. Era para ter chego mais cedo, mas o Thomas passou numa cafeteria para comprar nosso café. Ele estava com o suporte de copo na mão, com quatros cappuccinos e eu estava com as embalagens de bolo e sanduíches.
— Bom dia Becca! — cumprimentei a ruiva que estava na recepção. Rebecca estava sumida da recepção da Jones.
— Bom dia Duda, depois passa aqui para a gente conversar. — Ela acenou para mim e assenti.
Seguimos até o 7° andar, assim que a porta do elevador abriu dei de cara com Caleb, ele estava de costa para mim falando com a recepcionista de cabelo curto, que já sabia que se chamava Valentina, a mesma que me olhou com cara de bunda no dia da minha entrevista.
A loira e simpática se chamava Andrea.
— Bom dia Caleb! — Falei formalmente, sem olhar para ele e caminhei até minha mesa, mas senti seus olhos me queiman
— O que o senhor deseja? — Perguntei, fechando a porta da sala e encarando-o. Ele levantou os olhos da tela do computador e me observou. — Essa pergunta novamente, Eduarda? — Ele sorriu, maliciosamente. Aquele sorriso que era sua marca registrada. — Você entendeu Caleb! — revirei os olhos. Ele mordeu o lábio inferior e havia me esquecido que ele não gostava quando revirava os olhos. Sentei na cadeira de frente a ele, cruzando as pernas e aguardei ele falar o que queria. — Como você sabe, vou viajar amanhã, junto com o Nickolas e o Thomas vai no sábado. Sendo assim, a Jones daqui ficará sem dois funcionários extremamente importantes, principalmente para o projeto atual... — Ele estava recostado na cadeira, seus cotovelos apoiados um de cada lado no encosto lateral e as mãos cruzadas. Seus olhos passeavam pelo meu corpo enquanto falava e se
— Não sei qual é o meu maior receio, se é de você recusar, ou de me beijar por beijar. Nunca me senti tão vulnerável como me sinto quando estou com você, Eduarda. Você faz todos os meus medos e inseguranças transbordarem até a margem desse oceano escuro que tenho dentro de mim. — Desceu uma das mãos até a minha, guiando -a até encostar na parte a mostra do seu peito, fazendo meus dedos tocarem sua pele. Dava para sentir as batidas descompassadas do seu coração, quase se confundindo com o meu. — É isso que você causa em mim... Perto de você pareço uma criança perdida, tento lutar contra isso com todas as forças que ainda restam, mas não aguento mais lutar... Por toda a minha vida, todos esses 30 anos foram baseados em lutas e já estou farto disso. Quero encontrar minha paz, quero achar minha redenção... E você é a minha paz! — Sua respiração era profunda enquanto falava. — Com você posso mostrar quem sou, sem armaduras e sem medo. Mesmo ainda não sabendo lidar com todos esses sentime
Fomos despertados do nosso momento por batidas na porta e me levantei rapidamente do seu colo. — Só um minuto! — Caleb levantou e ajeitou a mesa. Pegou meus sapatos no chão e me ajudou a coloca-los. — Nos vemos mais tarde? — Ele perguntou, segurando meu queixo e beijando rapidamente minha boca. — Acho que sim... — Provoquei e ele arqueou uma sobrancelha em resposta. Dei risada e fui em direção a porta. Na hora que abri dei de cara com a Valentina e ainda estava rindo da reação dele. Ela me mediu da cabeça aos pés sem esconder a irritação ao me ver. Tinha que me lembrar de perguntar ao Caleb se ele já havia ido para a cama com ela. Essa era a maior vontade dela pelo jeito. Ela foi até a mesa dele e se ela continuasse rebolando daquele jeito ia deslocar o quadril. — Bom dia, senhor Caleb. — Sua voz saiu doce. Olhei para ele ante
Eu fiquei paralisada, sem reação alguma. Meu corpo inteiro estava gelado, era como se o sangue não corresse mais pelas minhas veias. Meu coração acelerava de uma forma tão grande, que o ar faltava em meus pulmões. Eu queria correr dali esquecer tudo que eu tinha visto e vivido com o Caleb.Minha vontade era de meter o chute naquela porta e dar dois tapas na cara daquele grandessíssimo filho da p**a. Senti minha mão formigando, só então me dei conta que estava de punho cerrado, com as unhas cravadas na pele, chegando ao ponto de cortar. O relatório já estava amassado na outra mão.Sorte que ele não estava me vendo, estava ocupado demais comendo a Melissa. Em cima da mesma mesa em que ele havia feito o mesmo comigo."Deve estar no cio, não é possível meu povo!"Olha eu fazendo piada com a minha desgraça. O pior era que eu precisava entregar a merda do relatório."Pensa Eduarda, pensa!"— só faltou aparece
— Maria Eduarda, não é? — abri os olhos e olhei em direção a pessoa que estava em minha frente e revirei os olhos assim que vi quem era: Melissa!Ela batia com as unhas na minha mesa, me olhava de cima com toda sua soberba.— Sim! A não ser que meus pais mudaram meu nome e ainda não fui comunicada. — Cruzei os braços e recostei na cadeira. — O que você quer Melissa? Caleb está na sala dele, pode voltar para lá. — Apontei para a sala dele.— Isso é jeito de falar com uma das donas dessa empresa? E isso faz de mim sua chefe também! — ela apoiou as duas mãos na minha mesa e me encarou.— Pelas palavras do Caleb, você éUMAdas acionistas da Jones deCHICAGOe não daqui! Então o único a quem eu devo me reportar é o Caleb, até porque fui contratada para ser a assistente pessoal dele e não sua. Você não é minha chefe e nunca será, se contente com isso! — ela cerrou os dentes e fechou a cara.Confesso que estava sendo
Já eram quase meia noite quando estacionei meu carro na garagem da minha avó. Assim que bati a porta dele avistei ela me esperando na sacada com seu roupão e os olhos pequenos devido ao sono. — Desculpe ter te acordado vozinha... — disse enquanto a abraçava. — Oh minha querida... Não precisa se desculpar, você sabe que sempre será muito bem vinda aqui a qualquer hora e eu ainda estava acordada. Você sabe que essa velha aqui não conseguiria dormir enquanto você não chegasse — ela me tranquilizou enquanto fazia carinho em meus cabelos. — Agora vamos entrar que est
Na porta de madeira tinham o letreiro com o nome dela, passei os dedos por cada palavra até se formar seu nome:Marina. Tudo estava do mesmo jeito que sempre esteve. Minha avó arrumava o quarto dela toda semana, eu sabia que ainda era muito sofrido para ela perder o marido e a filha em menos de 5 anos. Meu avô havia morrido devido a um infarto fulminante enquanto dormia. Eles eram casados a 50 anos já, minha avó estava com ele desde os 15 anos dela. Foi o primeiro e seu último amor.Puxei as cobertas e me enfiei debaixo delas. Deixei as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, sem culpa e nem remorso, deixei com que essa dor me esvaziasse por inteira, sugando para a escuridão toda essa angústia que havia grudado em mim.
Meu coração gelou assim que o Caleb apareceu no pequeno quadradinho do Meet. Seus olhos encontraram os meus rapidamente e meu coração acelerou, parecia que estava numa escola de samba, de tão rápido que batia. Desviei o olhar, não consegui sustenta-lo por mais tempo. Doía demais.Percebi que o Thomas olhava para mim, pelo seu olhar ele havia captado tudo, seu rosto estava calmo e seus lábios tinha um sorriso tranquilizador, como se dissesse sem ao menos abrir a boca, que ele sabia pelo que eu estava passando. Retribui o mesmo sorriso a ele.— Bom dia equipe! — Caleb resolveu começar a reunião.
Último capítulo