Nova Iorque 09h:20 AM
Após ser muito preciso e me passar todas as coordenadas, meu chefe me liberou, dando-me uma folga para passar o resto do dia pesquisando e estudando estratégias sobre os Narcos da Colômbia. Depois de sair da sala, aproveitei para tomar café da manhã com meus amigos de trabalho. Entro na copa e encontro o meu “fã número um”.— Veja só, se não é a queridinha do chefe. — Brian não hesita em me provocar e Andrew, seu parceiro de trabalho, gargalhou da piadinha sem graça dele. Andrew era outro babaca por andar acompanhado com um cara como Brian Simpson.— Quando somos muito eficientes no trabalho, temos essas regalias — rebati sorrindo sarcástica.Seu risinho se desfez de imediato. Brian de boca fechada ficava bem melhor. Sentei-me ao lado dos meus parceiros, agente Colin e Alice, que haviam chegado na agência.— Bom dia gatinha! — Alice me cumprimentou, parecendo que acabamos de nos ver. Ninguém da agência sabia sobre nossas escapadas e era melhor que continuasse assim.Cumprimento os dois e começo a comer. Minha parceira providenciou minhas panquecas e meu café antes mesmo de eu chegar, todo esse cuidado que ela tinha por mim era maravilhoso.— Fiquei sabendo que você pegou o caso mais falado de toda agência. — Colin comentou. Eu não contive minha raiva e acabei por revirar os olhos.— As notícias se espalham rápido, não é mesmo, agente Colin? — falei em tom alto e olhei para trás, onde Brian estava sentado sabendo que ele ouviu. O petulante olhou-me sorrindo e piscando um olho na tentativa de me provocar mais.— Brian Simpson não consegue mesmo esconder sua inveja. — Alice faz o comentário balançando a cabeça em reprovação. Ela também não gostava dele, tecnicamente quase ninguém gostava daquele homem.***Apesar de ter passado o dia presa em meu apartamento, pesquisando sobre a vida do Maximiliano, ainda tirei um tempinho para ler, amo livros físicos. No entanto, recentemente conheci plataformas de leituras virtuais, considerando que posso ler até pelo meu celular e em qualquer lugar, basta ter internet.Foi então que encontrei um livro que me chamou muito a atenção. "O silêncio dos santos, o tormento de Franco”, é um ótimo livro, escrito por uma autora brasileira, é nessas horas que agradeço por falar o idioma brasileiro, português. Desde a infância fui treinada pelo meu pai a falar vários idiomas e por minha mãe que me criou desde que... tento diariamente não lembrar do meu passado.Gostei muito do enredo. Trata-se de um romance entre uma bruxa e um padre. As horas passam rápido quando leio meus livros, nem me dei conta de que estava em cima do meu horário.Depois do banho e ainda nua, caminho até meu closet. Após alguns minutos escolhendo a roupa perfeita para a ocasião, optei por um vestido vermelho com costas nuas.“Se é para chamar atenção, este é perfeito!”Feito exclusivamente para o meu corpo, o modelo marca meu busto e minha cintura. O comprimento, tem uns quatro centímetros abaixo dos joelhos, dando uma leveza por conta do corte godê. Isso ajudava muito no disfarce do coldre que usava na coxa para prender minha pistola.Vou até o espelho, aplico uma maquiagem marrom escuro na área dos olhos, rímel para destacar e levantar meus cílios e lápis também marrom. Essa combinação de cores escuras realça bastante meus olhos azuis. Antes de sair, desprendi meus cabelos para o xeque-mate.Saio do elevador e caminho para a rua em busca de um táxi. Se dependesse da minha escolha eu teria ido de motocicleta, no entanto, além do salto alto e a saia soltinha, não seria nada convincente uma pobre viúva repórter chegar em uma festa pilotando uma das motocicletas mais caras dos EUA. Dou risadas ao lembrar do meu disfarce que eu mesma inventei, até que eu curti, pois gosto de escrever matérias.Ao chegar em frente a Marquee New ando a passos rápidos até a entrada, peço aos seguranças para verificarem a lista e ao confirmarem meu nome, eles abrem a porta liberando minha passagem.O barulho estrondoso invade meus ouvidos contagiando meu corpo, isso me causa uma vontade involuntária de dançar. O som não é tão ruim, até que eu gosto de músicas agitadas. Nunca tinha entrado na Marquee New, ouvi algumas pessoas comentando sobre a casa noturna, e confesso que me surpreendeu.O salão era bem espaçoso para dançar, o cheiro da fumaça que era usada junto com as luzes coloridas emanava por todo local, dando uma sensação exótica e agradável para quem foi se divertir. Maximiliano mandou bem ao escolher aquele lugar para relaxar. Em volta do salão, que era redondo, tinha pequenos assentos que seguiam o formato "C" combinando com o ambiente. Bem atrás dos assentos, no lado direito, avistei o bar. Caminhei discretamente até lá, no intuito de tirar proveito, já que estava ali, não custava nada tomar um drink e dançar um pouquinho antes de começar o trabalho.— Seu melhor drink, por favor — pedi ao barman simpático e educado.Ele me entregou a taça e no mesmo instante, suguei o canudo degustando o sabor e adorei a bebida, com um gosto incrível! adocicada dando para sentir levemente o gosto do álcool.Caminhei até o meio do salão olhando para cima, foi aí que me dei conta de outros compartimentos que haviam no local. Algumas pessoas estavam dançando. Quando ouvi o som convidativo Russian Roulett da Rihanna, tirei proveito.Comecei a dançar movimentando meus braços de forma sensual, deixando-me levar pelo ritmo do som. Fechei meus olhos, sentindo meu corpo se manifestar com as graves batidas da música.Entretanto, a minha liberdade não durou muito, logo fui abordada por duas mãos inconvenientes tocando em minha cintura, me puxando para si, o que me fez sentir uma sensação de selvajaria invadir meu campo.Um arrepio involuntário percorre minha espinha, abri meus olhos assustada e irritada, me virei para ver quem era o atrevido. Quando eu descobri de onde vinha a ousadia, fiquei ainda mais surpresa, pois não esperava que minha presa viesse assim tão fácil para minhas mãos. A sorte estava ao meu favor.Rapidamente desfiz minha cara de poucos amigos. O Homem prendeu meu olhar calmo, atento, aguardava minha reação. Suas írises pretas e reluzentes eram uma mistura de escuridão e desejo sob meus olhos. Estranhamente ficamos por breves segundos naquele silêncio, estagnados, como duas fagulhas prestes a incendiar tudo.Em câmera lenta sua boca foi se curvando, formando um sorriso preguiçoso, porém denotava à luxúria sobre toda aquela imensa e intensa escuridão.“Que espécie de homem é este?”Ele estendeu a mão em minha direção ampliando seu sorriso. Entendi que o convite era para dançar, sorri de volta descaradamente sabendo que se tratava de Maximiliano Lopez. Segurei sua mão e aceitei uma dança.Maximiliano me trazia sensações duvidosas. Tinha a impressão de que o conhecia e ao mesmo tempo ele se tornava um completo desconhecido. Eu consigo ler pessoas facilmente, mas aquele homem ainda era um enigma para mim.O chefe do tráfico me encarava como um predador que acabara de fisgar sua presa e estava prestes a devorá-la. Ele depositou um beijo em minha mão fazendo-me inspirar o ar nos pulmões ao sentir seus lábios mornos e macios tocarem em minha pele. Sem desfazer nosso contato visual, o atrevido me fita curiosamente de baixo para cima e eu apenas mantenho minha atenção a cada movimento seu.Maximiliano caminha em minha volta como se estivesse marcando território e quando se deu por satisfeito, parou atrás de mim, deslizando sua mão em meu pescoço, descendo em direção a minha cintura onde ele segurou firme, eu enrijeci com seus toques e como se já não bastasse, senti seu hálito morno soprar em meu pescoço. “Oh inferno!” Ele estava com a cabeça colada entre minha nuca e minha orelha. Ouço-o arfar e enquanto a outra mão permanecia colada a minha, eu permaneci parada.Estava imersa quando novamente senti meu corpo sendo puxado para trás abruptamente. Eu fiquei praticamente imobilizada com suas ações possessivas e com minhas costas coladas em seu peitoral rígido. Estremeci com sua abordagem e na sequência iniciamos conjuntamente movimentos em um ritmo cadenciado da música, dando continuidade aos mesmos passos que eu estava fazendo antes dele chegar, dançando de forma lenta, só que dessa vez com ele colado a mim.Após tomar uma certa distância ainda, ele ergueu meu braço e me fez girar com uma leveza impressionante. Novamente ficamos de frente um para o outro, ainda embalados pela música. Um sorriso infernal ganha vida em seus lábios enquanto sinto seus olhos queimarem minha pele. Eu apenas acompanho seus passos calculados.Dançamos como se estivesse apenas nós dois no meio da pista. Na medida em que ele me olhava, senti um misto de sensações estranhas crescendo a cada segundo, como o medo, o fascínio e sobretudo assustador.Fomos interrompidos quando um homem despencou do andar de cima, caindo ao nosso lado. As pessoas em volta começaram a gritar e saíram correndo para porta de saída. Rapidamente coloco a mão na coxa sentindo minha arma, mas paro imediatamente quando me lembro que estou disfarçada. Se eu sacasse uma arma ali, levaria a missão ao fracasso e meu chefe me engoliria viva.— ¡Chuspa! — ele esbraveja com sua voz grave e ríspida, olhando para o andar de cima, eu pude ver o ódio em sua expressão. — Fica aqui... não — muda de ideia — vamos! — segurou meu pulso, conduzindo-me até as escadas.— ¡Hijos de la puta madre! — Maximiliano grita furiosamente com dois homens que estavam trocando socos com outros três, porém os três rapazes eram americanos.Rapidamente eles cessaram o confronto e os americanos saíram com os rostos cheios de hematomas. Um deles estava com o pescoço cheio de sangue que escorria do nariz. Olhei incrédula e com muita raiva, pois nada pude fazer para defendê-los daqueles meliantes.— Perdón, patron. Yo... — Maximiliano o interrompe e o desfere com um golpe em seu rosto sem ao menos se preocupar com minha presença. O homem cai no chão com a mão no rosto reclamando de dor.— ¡Diablos! — grita furioso e em seguida coloca sua mão machucada em um balde de gelo que havia em uma pequena mesa localizada no meio dos sofás.Havia mais alguns homens entretidos com dançarinas que rebolavam seminuas sobre o colo de cada um, no entanto, eles não pareciam nem um pouco preocupados com a briga que estava acontecendo.Quando achei que a noite já tinha me surpreendido o suficiente, vi uma dançarina sair de cima de um deles em busca de bebida e revelou-se um rosto bem conhecido e muito popular em Nova Iorque: o Governador Howard. “Então é aqui que você se diverte a noite.”Nova Iorque. 22:35 A minha presença não o incomodou, era como se eu não estivesse lá. Fiquei ali analisando como quem não quer nada, observando o governador Howard entupir suas narinas de cocaína junto com mais alguns colombianos, estes que mais pareciam um aspirador de pó! Meu chefe ia adorar ver isso. Tive vontade de filmar tudo, mas eu poderia pôr tudo a perder.Desvio o olhar fingindo demência. Maximiliano me convida para sentar ao seu lado, em um assento separado dos demais que se divertiam com as garotas. Eu não o encarei nos olhos pois estava em uma situação não muito agradável, senti vontade de acabar com tudo, queria algemá-lo e socar sem piedade os outros que estavam com ele. Eu estava extremamente dividida em um lado oposto do meu. Senti raiva do meu próprio corpo por ter sido traiçoeiro comigo. Senti-me confusa, perdida e suja por ter ficado tão vulnerável aos toques do inimigo. — A dama mais bonita da noite tem nome? — perguntou-me com seu sotaque arrastado.— Mia. Mia
Nova Iorque. 07h:01 AMNovamente desperto com meus próprios gritos, coberta de suor e com o coração em um frenesi. Só que dessa vez foi diferente, foi com Alice. Levanto-me do sofá procurando por ela, mas não a vejo, e pelo visto ela não veio, o que é estranho, eu a esperei até a madrugada e acabei dormindo no sofá.Sempre que viajava a trabalho Alice vinha dormir comigo, era como uma regra para nós duas, fizemos um pacto, de quando uma de nós fôssemos viajar, dormimos juntas como se fosse a última vez. Todas as nossas missões eram perigosas, não sabíamos se voltaríamos com vida.Peguei o celular que descansava sobre a mesinha e liguei novamente, mas para aumentar minha preocupação, o celular dela se encontrava desligado.Dali em uma hora teria que pegar meu voo para Colômbia, não queria ir de forma alguma sem me despedir da única pessoa que ainda tinha importância na minha vida. Primeiro o sonho e depois o sumiço, a única conclusão que tinha era que não conseguiria viajar sossegada.
Maximiliano Lopez. Cali. Colômbia 13h:34 PMAquele poderia ter sido um dia de vitória, naquele exato momento eu estaria comemorando meu tráfego para os Estados Unidos se não fosse por um filho da puta que executou dez dos meus homens assim que chegaram no México para abastecer os submarinos com alimentos e combustível. Minha raiva aumentava cada vez que me lembrava que eles foram assassinados por apenas um único atirador. Cambada de incompetentes! Eles foram treinados para não falhar, para ficarem sempre atentos com qualquer movimento que estivesse fora do contexto, meus submarinos foram roubados e eu perdi toneladas de cocaína, tudo por causa da incompetência daqueles idiotas. "Como foram burros, que droga!" A princípio tinha mais homens com esse atirador, um só não daria conta de roubar tudo sozinho. Certamente foi mandado por alguém da mesma patente que eu e já desconfiava de quem pudesse estar por trás disso.As horas
A vida é nossa, nós vivemos do nosso jeitoTodas essas palavras, eu não as digo à toaE nada mais importa!(Nothing Else Matters-Metallica) Cali. Colômbia 20h:36— Shiii, não grite, pois será em vão. A situação pode piorar para você se fizer isso. — Decretei friamente vendo-o chacoalhar seu corpo, tentando soltar seus pulsos. — O que você pensa que é? Seu sádico, doente de merda! — Esbraveja, em seguida cospe em meu rosto. Desejei em pensamentos que não fizesse isso. Sua sentença seria maior daquele momento em diante. Fecho meus olhos sorrindo e levo a mão ao rosto, limpando sua saliva. Levanto-me da cadeira e vou até o armário que fica em um dos quatro cantos da sala três. Arrasto uma pequena gaveta onde eu guardo alguns acessórios para meus cervos rebeldes e volto a me sentar de frente para ele. — Vamos esclarecer algumas regras por aqui — abro a pequena caixinha que está sobre meu colo. Ele arregalou os
Olhei para ela sentindo meu coração palpitar cada vez mais forte, a bela dama misteriosa mexeu comigo. Não era amor à primeira vista, nem paixão, era algo além, muito diferente, uma possessividade talvez. Senti vontade de tomá-la e fazê-la minha ali mesmo.Ao girar para me ver, sua presença enviou uma energia caliente para o meu corpo e algo lá embaixo pulsou por ela no mesmo instante. A observo, gravando cada milímetro de seu rosto doce, perfeitamente ruborizado, o que me fez ter pensamentos libidinosos. Captei uma tensão nela e quando nossos olhares se fundiram, seus lábios involuntariamente ficaram entreabertos, tornando-a mais sexy. Seus olhos eram azuis como o oceano se destacando em sua pele branca.Estiquei meus braços convidando-a para uma dança, torci para que aceitasse e ela aceitou. Tive alguns privilegiados minutos com seu majestoso corpo curvilíneo próximo ao meu. Quando um dos meus capatazes jogou um gringo no meio da pista de dança, em questão de segundos toda aquela lu
Aisha Johnson Cali Colômbia. 08h:20 AM— Eu. Eu... estou cansada e preciso ir, Max. — Os cantos de sua boca foram se curvando e aos poucos seu sorriso presunçoso foi crescendo. Eu não pude sustentar seu olhar por muito tempo.Depois de me preparar psicologicamente, saí do carro do Max praticamente em fuga. Suas palavras não saiam da minha cabeça e eu me xingo mentalmente por perceber o caminho que isso estava me levando. Que inferno! Maldita seja a hora que eu aceitei essa missão absurda, que eu aprenda a lição e que tudo isso me sirva de aprendizado.Por um lado, sua abordagem me deixou mais tranquila, sim, pois ele não desconfiava que eu era uma agente especial, mas por outro lado, a forma como ele falou, mesmo com toda sutileza, eu entendi como um aviso. A advertência foi bem implícita em suas últimas palavras. Todo o cuidado que eu já tinha seria redobrado, pois se tratava de Maximiliano Lopez! Jogo minha mala sobre a cama e retiro m
Cali Colômbia (09h) AM — Não tenho outra opção? — pergunto vendo-o sorrir vitorioso. — A outra opção você descartou minutos atrás. — suas palavras inundaram meus ouvidos! A todo momento, forço meu corpo a não ceder às suas investidas. “Puta que pariu!” Tudo aquilo era realmente assustador. O que me tranquilizava era ter a certeza de que aquele homem não fazia ideia do poder que tinha sobre mim.Retiro o cinto de segurança sem pressa alguma, ao contrário de Max, que mais parecia um lobo prestes a devorar seu pedaço de carne. Posso ouvir sua respiração ofegante ressoar no pouco espaço. Tenho certeza de ter ouvido um grunhido baixinho escapar por entre seus lábios assim que pus minhas mãos embaixo da saia. Sentindo uma onda de determinação e desafio, inicio meu cerimonial. Deslizei meu pequeno tecido rendado na cor preta lentamente por minhas pernas e por fim nos calcanhares. Com a calcinha na ponta do dedo, a entreguei na mão do seu novo e pervertido dono. O audacioso a pegou, levan
Cali Colômbia (12h) PM.Não sei quanto tempo havia se passado, mas percebi que os disparos estavam cessando e minutos depois finalmente não ouvi mais o som de armas de fogo. Respirei fundo aliviada, pois eu estava inquieta, ficar presa escondida em uma situação como esta era como me matar lentamente e a vontade de fumar estava me enlouquecendo.Maximiliano adentra batendo abruptamente a porta do carro, fechando-a do seu lado. Um misto de raiva e fascínio ameaçam tomar conta de mim, tento me concentrar e agir o mais natural possível. Quando novamente ele me encarou através do pequeno espelho à sua frente, que refletia nossa troca de olhares, desfaço a conexão, olho para meus pés enquanto estalava meus dedos na palma das mãos tentando acalmar meus nervos.O medo que me assombrava era o de ser descoberta e não dele. Falhar na missão não era uma opção para mim. Mesmo que Maximiliano parecesse a própria besta, não me assustava, pois, eu já vi situações piores. O que vivenciei no passado,