Cali Colômbia (12h) PM.Não sei quanto tempo havia se passado, mas percebi que os disparos estavam cessando e minutos depois finalmente não ouvi mais o som de armas de fogo. Respirei fundo aliviada, pois eu estava inquieta, ficar presa escondida em uma situação como esta era como me matar lentamente e a vontade de fumar estava me enlouquecendo.Maximiliano adentra batendo abruptamente a porta do carro, fechando-a do seu lado. Um misto de raiva e fascínio ameaçam tomar conta de mim, tento me concentrar e agir o mais natural possível. Quando novamente ele me encarou através do pequeno espelho à sua frente, que refletia nossa troca de olhares, desfaço a conexão, olho para meus pés enquanto estalava meus dedos na palma das mãos tentando acalmar meus nervos.O medo que me assombrava era o de ser descoberta e não dele. Falhar na missão não era uma opção para mim. Mesmo que Maximiliano parecesse a própria besta, não me assustava, pois, eu já vi situações piores. O que vivenciei no passado,
Cali Colômbia (13h) AM.Olho para Max surpresa, como se ele tivesse derrubado toda muralha de concreto que havia em volta do meu coração. O observo me exigindo explicações, toda aquela confusão estava a ponto de me desestruturar, contudo, começo a duvidar da minha própria sanidade mental. No fundo, eu sabia que tudo que vinha de bom da sua parte, havia um quê diabólico por trás, pois se tratava de Maximiliano Lopez. Amado por muitos e odiado por outros, o anjo demoníaco.— Vai querer comer a sobremesa antes do almoço? — minha voz sai praticamente inaudível.— Isso seria possível? Só preciso que diga sim.Diz calmo e continua a caminhar em minha direção com seu andar prepotente e um sorriso infernal nos lábios. Continuei em recusa e só parei quando senti minhas costas tocarem a parede fria. Meu corpo inteiro paralisou com sua proximidade. Ignorando a palpitação em meu peito, ergui meus olhos e o encarei firme dos pés à cabeça, absorvendo sua aparência. O maxilar estreito e saliente ac
Cali Colúmbia (18h) PM.— Que delícia, senhorita Clark...Sua voz gorjeou próximo a meu ouvido, enquanto dois de seus dedos entravam e saiam de dentro de mim. — Essa boceta pequena está muito encharcada! Vai me dizer que você não faz sexo com frequência?Perguntou-me sem cessar os beijos calorosos no lóbulo de minha orelha e em meu pescoço.— Oh... como eu te odeio, Max! — o xingo. Tombei minha cabeça para trás novamente. Meus olhos reviraram com o orgasmo crescente, se concentrando abaixo do meu umbigo. — Odeia é? — friccionou o dedo polegar em meu ponto vermelho e inchado — Odeia isso também? — me penetrou mais forte, mais rápido. Cravei minhas unhas em sua nuca. A culpa, a vergonha e o demérito, ameaçam me engolir por inteiro, mas o tesão, junto ao desejo prevaleceram e toma o controle de tudo, fazendo-me sentir miserável, confusa e sobretudo exausta demais para continuar em recusa. A única coisa que eu poderia dizer com exatidão naquele momento, era que, Maximiliano dominava
Cali Colômbia. (19h)Fiquei malditamente excitada, ao formar em meus pensamentos, cenas com Max fazendo comigo tudo aquilo que me prometeu. Eu deveria responder à mensagem, mas preferi encerrar o assunto, apenas me limitei ou eu iria acabar esquecendo o porquê estou aqui neste país. E acordar amanhã com Maximiliano Lopez em minha cama, seria minha ruína.Até quando eu conseguiria enrolar este homem? Bem, ainda é cedo para pensar sobre isso. Bebo o suco de uma só vez esvaziando o copo e volto a focar no que é importante no momento. Levanto-me e volto para a cama satisfeita com o que comi, coloco o portátil sobre minhas pernas e vou diretamente para os arquivos multimídias. Ativei o modo de detecção de voz automática, assim economizo a bateria do espião. A instalação não saiu como planejado e por conta da posição escondida, no momento vou conseguir apenas áudios. Eu poderia ter instalado no carro dele, porém meu chefe iria me ver em uma situação degradante.Assim que consigo, envio o a
Cali Colômbia (07h) AM.Faço uma careta quando um filete de claridade do sol alcança meus olhos, os apertei com força, completamente irritado por esquecer de fechar a droga da cortina que cobre a janela do meu quarto, mas, na verdade, eu teria mesmo que levantar da cama e ganhar meu dia. Mesmo sendo um grande empresário dono do próprio nariz, não estou impedido de ter que acordar cedo diariamente, para trabalhar.Hoje tenho que ir na "Couros'Lopez" sem falta, já que ontem eu passei o dia com Mia Clark e não consegui passar em minha empresa, para ver como estão indo os transportes dos meus produtos. Mesmo que Yolanda esteja no controle gerenciando enquanto estou fora, ainda assim, eu me sinto no dever de fazer meu trabalho, principalmente por ela ser minha irmã e como ela é a única pessoa com quem posso contar neste mundo, não quero jogar todo o peso em suas costas. Poucas pessoas sabem que tenho uma irmã, ela foi dada como morta a anos atrás quando meus pais também foram assassinado
Aisha Johnson. Cali Colômbia (19h)Alguns dias depois… Ao sair do banheiro ouvi umas batidas na porta do meu quarto. Caminhei até ela fazendo um nó em meu roupão de banho, um pouco constrangida por conta do traje.— Pierre? — pergunto surpresa — o que faz aqui? — ele se ajoelhou erguendo uma caixa, na outra mão segurava uma rosa-vermelha. — Vista-se como a verdadeira dama, que você é! Quero que toda a cidade esta noite tenham inveja da companheira do El patron. Reviro os olhos ao ouvir a cerimônia estratégica de Maximiliano Lopez. A uns dias atrás, ele me fez aceitar o convite para acompanhá-lo como sua namorada no festival da cidade. Em troca ele me deixou fazer várias fotos, entrevistas, vídeos entre outras regalias, com os moradores da periferia "Lá Magreta". — Chega Pierre, pode levantar.O homem se levanta do chão com as bochechas vermelhas, por fazer tal declaração obrigatoriamente, para uma mulher que nem é dele. Sorri um pouco sem graça cruzando os braços sobre o estômago,
Cali Colômbia (20h)Ouvir as últimas letras da música acompanhadas daquele olhar faminto sobre mim, me fez entender onde ele queria chegar e estava conseguindo. No final das contas, eu estava gostando. Merda, mil vezes!— Você ainda não me respondeu. Sentiu minha falta? — insistiu. — E porque eu sentiria? — ele estreitou os olhos, pareceu aborrecido — você não tem jeito, não é Max? — sorri, tentando fugir da pergunta. — Mia, Mia... — balançou a cabeça em negação — para de mentir. — Você está certo, eu senti sim, sua falta. — me apressei a dizer, na tentativa de encerrar aquele assunto. — Eu sei que sim — afirmou calmo, me fez bufar frustrada. "Como pode ser tão convencido?" Se eu falasse que não estava nem um pouco mexida com este homem, eu estaria mentindo. Sim, Max consegue despertar em mim tudo aquilo que eu nunca senti, quando estive com outro homem. Minha vida sempre foi monótona, nada de novo acontecia era apenas trabalho, casa, e eu já estava acostumada a controlar minha
Cali Colômbia (22h)— Então, você vai me levar até a porta? — arrisquei uma forma de escapar.— Eu ainda não terminei com você, senhorita Clark. — foi direto — Já quer desistir?— Porra!Estagnei no meio do corredor, cruzei minhas pernas me reprimindo quando senti o bendito vibrador me torturar mais uma vez, agora em uma velocidade mais intensa. Ouvi sua risada logo atrás, o felizardo adora se divertir comigo. — Você me paga, Max — rilhei os dentes. — Você não teve compaixão alguma comigo naquele dia, não é?Lembrou-me do dia em que o deixei duro, exageradamente excitado, dentro do seu carro e saí fingindo demência, após gozar em seus dedos.Segui meu caminho a passos trôpegos, sentia seus olhos concisos, esquadrinhar as linhas do meu corpo inteiro. Saber da sua presença às minhas costas fazia meu corpo todo formigar, senti-me em um nível alto de excitação. Tentei ao máximo disfarçar e agir de forma natural, pedindo a Deus para ninguém aparecer ali e nos ver naquela situação. "Um,