Aisha Johnson
Cali Colômbia. 08h:20 AM — Eu. Eu... estou cansada e preciso ir, Max. — Os cantos de sua boca foram se curvando e aos poucos seu sorriso presunçoso foi crescendo. Eu não pude sustentar seu olhar por muito tempo.Depois de me preparar psicologicamente, saí do carro do Max praticamente em fuga. Suas palavras não saiam da minha cabeça e eu me xingo mentalmente por perceber o caminho que isso estava me levando.Que inferno! M*****a seja a hora que eu aceitei essa missão absurda, que eu aprenda a lição e que tudo isso me sirva de aprendizado.Por um lado, sua abordagem me deixou mais tranquila, sim, pois ele não desconfiava que eu era uma agente especial, mas por outro lado, a forma como ele falou, mesmo com toda sutileza, eu entendi como um aviso. A advertência foi bem implícita em suas últimas palavras. Todo o cuidado que eu já tinha seria redobrado, pois se tratava de Maximiliano Lopez!Jogo minha mala sobre a cama e retiro minhas roupas na sequência. Despida, entro na banheira que estava incrivelmente preparada para me receber. Senti meus músculos relaxarem conforme meu corpo foi afundando na água perfumada.Era tudo que eu precisava no momento, pois sinto meu corpo todo pegajoso devido ao suor que secou em minha pele. O clima abafado dali me fez suar muito, fazendo com que eu me sentisse estranha e incomodada, esperava que meu corpo se adaptasse rápido, porque não sabia quantos dias infernais ainda teria que ficar por ali naquela cidade frágua.Enquanto relaxo na banheira, meus pensamentos estão voltados para Alice. “Onde você está, amiga?” Assim que eu saísse do banheiro, o primeiro celular para o qual pretendia ligar era o dela.Mais tarde, após um banho maravilhoso e relaxante, pego meu celular na bolsa e começo a ligar para minha amiga. Minha frustração só aumenta quando novamente percebo que o celular dela continua desligado. Tinha algo errado nisso e eu iria descobrir o que era. Minha segunda opção é o chefe. Começo a ligar para ele.— Até que enfim, já estava preocupado. O que aconteceu Aisha, por que você não pegou o helicóptero da agência? — Ouço sua respiração pesada do outro lado da linha.— Boa noite chefe! Maximiliano se adiantou e insistiu que eu fosse com seus homens, em seu próprio helicóptero. — Dener solta uma gargalhada estrondosa do outro lado da linha em sinal de vitória.— Filho da mãe, ele está nas suas mãos, Aisha. O idiota está apaixonado por você, isso será mais fácil do que pensei.— Uma pergunta chefe, quem é Santiago González? Você sabe de alguma coisa que eu ainda não sei? — Ele ficou em silêncio por um breve instante. — Chefe?— Eu não sei nada sobre isso, agente Johnson — respondeu deixando um mistério no ar — mas por que essa pergunta?— Ele me colocou na defensiva, achando que estou trabalhando para esse tal Santiago.— Droga! Toma cuidado, eu não quero perder minha melhor agente. — Reviro os olhos com seu comentário.— Deixa comigo, Sr. Dener. E então, a Alice foi trabalhar hoje?— Não, ela ainda não apareceu e já vasculhamos tudo, nós não a encontramos em lugar nenhum — novamente contenho as lágrimas que ameaçam cair.Dessa vez sou eu quem resmungo sozinha em pensamentos, pois o péssimo sentimento de perda se apodera de mim. Aquilo era horrível, ninguém some assim do nada e eu conhecia a agente Anderson como a palma da minha mão, ela quase não bebia e não costumava desaparecer sem me avisar. Minhas suspeitas só aumentavam e cada vez mais eu queria esclarecer aquele desaparecimento.Antes de encerrar a ligação, deixei meu chefe avisado de que se eles não a encontrassem eu voltaria para Nova Iorque e eu mesma a procuraria. Lógico que ele ficou uma fera comigo, mesmo assim percebeu que eu estava falando sério, então me prometeu encontrá-la e me dar notícias em breve, assim eu esperava. Depois de vestir meu pijama, durmo instantaneamente, vencida pelo desgaste emocional e o cansaço.Cali Colômbia 06h:25 AM Repleta de suor por todo meu corpo, levanto-me da cama e vejo que já passam das cinco horas da manhã, o que me faz bufar de raiva. As diferenças de horários estavam me deixando impaciente e confusa."Preciso me adaptar o mais rápido possível, meu tempo aqui nesta cidade vale ouro", repito essas palavras mentalmente como um mantra.Após o alongamento, faço uma sessão de cinquenta flexões enquanto penso por onde começar minhas atividades por ali e em seguida vou para o banheiro fazer minha higiene matinal. Antes mesmo de me vestir, ouço um bip no meu celular."Bom dia! A dama gostaria de começar o dia conhecendo a cidade, mais precisamente as comunidades que tanto lhe interessa?" Estranhamente sorrio lendo a mensagem do Maximiliano, enviada às 06 horas da manhã. "Estou aqui para isso, Max", respondi sua mensagem de imediato.Depois de pronta, caminho para o elevador checando minha bolsa para saber se eu não havia esquecido nada no hotel e bom, pelo menos parte dos equipamentos que meu chefe me passou, como escutas e mini câmeras estavam lá dentro.As dúvidas começavam a martelar em minha cabeça, e eu me perguntei, será que Maximiliano ajudava mesmo aquelas ONGs? E essas comunidades pobres que ele sustentava financeiramente, existiam? Isso não fazia o perfil de um homem que comandava o tráfico em quase todo país e muito menos fazia o perfil de um homem que traficava mulheres. Só de pensar nisso meu sangue fervia nas veias fazendo meu corpo esquentar em puro ódio.Ao sair do edifício vejo o carro do indivíduo parado em frente ao hotel. "Muito rápido, o poderoso Max". As janelas do carro continuavam fechadas, apenas os faróis piscando me fizeram entender que era um sinal de que ele me aguardava.Solto uma grande respiração pesada e pondero por alguns minutos se devo ou não entrar naquele carro, porém sem desfazer meu sorriso para ele não perceber minha reação duvidosa. Tinha certeza que Max estava me olhando por trás dos vidros escuros da sua Ferrari, pois era impossível não sentir a irradiação que seus olhares perversos causavam em cada pedaço meu. Por sorte estava usando óculos escuros, devido ao intenso calor colombiano. Ando até o carro e abro a porta do carona, me sento ao lado dele.— ¡Chévere! Está muito bonita, senhorita Mia. — Ao me virar para cumprimentá-lo, ele desvia da minha bochecha e beija o canto da minha boca. — Muito cheirosa também — acrescenta. Seu perfume amadeirado alcançou meu olfato, aguçando uma curiosidade de provar seu aroma sutil diretamente do seu pescoço exposto.— Obrigada pelo elogio — suspiro aliviando a tensão. — Você cumprimenta todas as mulheres assim? — o adverti.— Não! — Me olhou como se estivesse vendo uma criança inocente. — Você não sabe nada sobre mim, Mia. Então vamos? — colocou o cinto de segurança e eu fiz o mesmo. Em seguida Max ligou o motor do carro, nos tirando da via principal.Retiro da minha bolsa o meu caderno, caneta e um mini gravador, o que fez Max me olhar franzindo a testa enquanto dirigia. Certamente isso o incomodava. Ainda que os Narcos tentassem ser transparentes, eram bem cautelosos quando o assunto era gravar o que faziam.— Mia Clark, o que pretende com este gravador? — faz a pergunta curvarndo o canto dos lábios, diabolicamente. Seu sorriso e seu olhar questionador me faziam sentir aquelas sensações estranhas se emaranharem em meu estômago.— Eu só preciso gravar o básico. Fale somente o necessário sobre você e sobre o que faz.— Ok. Somente o básico? — Me encarou esperando a resposta.— Prometo — assegurei em meio a um sorriso.— Hmm... Eu posso pedir algo em troca? — Suas palavras me pegaram de surpresa, eu não tinha me preparado para isso. Penso em silêncio em uma resposta à altura para sua pergunta capciosa.— Depende do que você quer de mim — fecho os olhos e sorrio. — Se não for me levar para conhecer sua cama, por mim está tudo bem — completo as palavras fazendo Max afagar, frustrado.— Tudo bem... pode começar — sua voz sai praticamente arrastada.— Vou começar agora em 3, 2, 1. Sou a jornalista Mia Clark e estou aqui com o grande empresário Maximiliano Lopez, diretamente de Cali, Colômbia. Max me fale um pouco sobre você.— Como já ouviram, me chamo Maximiliano Lopez, tenho trinta anos, sou dono da empresa Couros' Lopez, a maior fábrica de couros da Colômbia. Exportamos nossos produtos para vários países como os Estados Unidos e toda a Europa, entre outros.Enquanto Max falava mantendo sua atenção na estrada, eu percebo que estamos sendo seguidos desde que saímos do hotel. Apreensiva, eu desligo o gravador no mesmo instante.— Por quê desligou, Mia? Eu ainda não terminei minha entrevista.— Tem um carro na nossa cola desde que saímos do hotel. — falo e ele parece não se preocupar nem um pouco, manteve sua atenção no volante.— É para nossa segurança, senhorita Clark. Isto a incomoda?— Oh, não! Achei que era outra coisa — continuo séria.Ligo o gravador novamente e Max continua dando sua entrevista. Falou um pouco sobre o cotidiano da região. Até que Maximiliano era tão bom ator quanto eu. Reprimi uma risada, mas por dentro estava gargalhando. Depois de alguns minutos gravando suas preciosas palavras, eu desligo o gravador.— Obrigada, você foi incrível! — Guardo o pequeno aparelho na bolsa. Ele pega seu celular no bolso do seu jeans e inicia uma ligação. Fico atenta a tudo e percebo que estamos entrando numa cidadezinha que na placa diz "Los pombos".— Pierre, fique aí por trinta minutos.— Ele não vai fazer nossa segurança na comunidade? — o indaguei vendo um sorriso sombrio ampliando em seu rosto. Tremi sobre ele.Nada me respondeu e continuou dirigindo por um curto tempo, até que parou o automóvel embaixo de uma árvore enorme. Olhei para trás e não vi nem a cor do carro que nos seguia.— Trato é trato, Clark. — Retirou seu cinto de segurança e virou-se para mim, apoiando seu braço no volante.— O que você quer? — Me pego ofegante e estico a barra da minha saia um pouco mais até que cubra meus joelhos. Enquanto isso, ele me analisa estrategicamente, com uma expressão travessa estampada em seu rosto cínico.— Me dê sua calcinha, Clark. — Fecho os olhos momentaneamente, mordo o lábio sentindo meu coração ensurdecer em meu peito.Cali Colômbia (09h) AM — Não tenho outra opção? — pergunto vendo-o sorrir vitorioso. — A outra opção você descartou minutos atrás. — suas palavras inundaram meus ouvidos! A todo momento, forço meu corpo a não ceder às suas investidas. “Puta que pariu!” Tudo aquilo era realmente assustador. O que me tranquilizava era ter a certeza de que aquele homem não fazia ideia do poder que tinha sobre mim.Retiro o cinto de segurança sem pressa alguma, ao contrário de Max, que mais parecia um lobo prestes a devorar seu pedaço de carne. Posso ouvir sua respiração ofegante ressoar no pouco espaço. Tenho certeza de ter ouvido um grunhido baixinho escapar por entre seus lábios assim que pus minhas mãos embaixo da saia. Sentindo uma onda de determinação e desafio, inicio meu cerimonial. Deslizei meu pequeno tecido rendado na cor preta lentamente por minhas pernas e por fim nos calcanhares. Com a calcinha na ponta do dedo, a entreguei na mão do seu novo e pervertido dono. O audacioso a pegou, levan
Cali Colômbia (12h) PM.Não sei quanto tempo havia se passado, mas percebi que os disparos estavam cessando e minutos depois finalmente não ouvi mais o som de armas de fogo. Respirei fundo aliviada, pois eu estava inquieta, ficar presa escondida em uma situação como esta era como me matar lentamente e a vontade de fumar estava me enlouquecendo.Maximiliano adentra batendo abruptamente a porta do carro, fechando-a do seu lado. Um misto de raiva e fascínio ameaçam tomar conta de mim, tento me concentrar e agir o mais natural possível. Quando novamente ele me encarou através do pequeno espelho à sua frente, que refletia nossa troca de olhares, desfaço a conexão, olho para meus pés enquanto estalava meus dedos na palma das mãos tentando acalmar meus nervos.O medo que me assombrava era o de ser descoberta e não dele. Falhar na missão não era uma opção para mim. Mesmo que Maximiliano parecesse a própria besta, não me assustava, pois, eu já vi situações piores. O que vivenciei no passado,
Cali Colômbia (13h) AM.Olho para Max surpresa, como se ele tivesse derrubado toda muralha de concreto que havia em volta do meu coração. O observo me exigindo explicações, toda aquela confusão estava a ponto de me desestruturar, contudo, começo a duvidar da minha própria sanidade mental. No fundo, eu sabia que tudo que vinha de bom da sua parte, havia um quê diabólico por trás, pois se tratava de Maximiliano Lopez. Amado por muitos e odiado por outros, o anjo demoníaco.— Vai querer comer a sobremesa antes do almoço? — minha voz sai praticamente inaudível.— Isso seria possível? Só preciso que diga sim.Diz calmo e continua a caminhar em minha direção com seu andar prepotente e um sorriso infernal nos lábios. Continuei em recusa e só parei quando senti minhas costas tocarem a parede fria. Meu corpo inteiro paralisou com sua proximidade. Ignorando a palpitação em meu peito, ergui meus olhos e o encarei firme dos pés à cabeça, absorvendo sua aparência. O maxilar estreito e saliente ac
Cali Colúmbia (18h) PM.— Que delícia, senhorita Clark...Sua voz gorjeou próximo a meu ouvido, enquanto dois de seus dedos entravam e saiam de dentro de mim. — Essa boceta pequena está muito encharcada! Vai me dizer que você não faz sexo com frequência?Perguntou-me sem cessar os beijos calorosos no lóbulo de minha orelha e em meu pescoço.— Oh... como eu te odeio, Max! — o xingo. Tombei minha cabeça para trás novamente. Meus olhos reviraram com o orgasmo crescente, se concentrando abaixo do meu umbigo. — Odeia é? — friccionou o dedo polegar em meu ponto vermelho e inchado — Odeia isso também? — me penetrou mais forte, mais rápido. Cravei minhas unhas em sua nuca. A culpa, a vergonha e o demérito, ameaçam me engolir por inteiro, mas o tesão, junto ao desejo prevaleceram e toma o controle de tudo, fazendo-me sentir miserável, confusa e sobretudo exausta demais para continuar em recusa. A única coisa que eu poderia dizer com exatidão naquele momento, era que, Maximiliano dominava
Cali Colômbia. (19h)Fiquei malditamente excitada, ao formar em meus pensamentos, cenas com Max fazendo comigo tudo aquilo que me prometeu. Eu deveria responder à mensagem, mas preferi encerrar o assunto, apenas me limitei ou eu iria acabar esquecendo o porquê estou aqui neste país. E acordar amanhã com Maximiliano Lopez em minha cama, seria minha ruína.Até quando eu conseguiria enrolar este homem? Bem, ainda é cedo para pensar sobre isso. Bebo o suco de uma só vez esvaziando o copo e volto a focar no que é importante no momento. Levanto-me e volto para a cama satisfeita com o que comi, coloco o portátil sobre minhas pernas e vou diretamente para os arquivos multimídias. Ativei o modo de detecção de voz automática, assim economizo a bateria do espião. A instalação não saiu como planejado e por conta da posição escondida, no momento vou conseguir apenas áudios. Eu poderia ter instalado no carro dele, porém meu chefe iria me ver em uma situação degradante.Assim que consigo, envio o a
Cali Colômbia (07h) AM.Faço uma careta quando um filete de claridade do sol alcança meus olhos, os apertei com força, completamente irritado por esquecer de fechar a droga da cortina que cobre a janela do meu quarto, mas, na verdade, eu teria mesmo que levantar da cama e ganhar meu dia. Mesmo sendo um grande empresário dono do próprio nariz, não estou impedido de ter que acordar cedo diariamente, para trabalhar.Hoje tenho que ir na "Couros'Lopez" sem falta, já que ontem eu passei o dia com Mia Clark e não consegui passar em minha empresa, para ver como estão indo os transportes dos meus produtos. Mesmo que Yolanda esteja no controle gerenciando enquanto estou fora, ainda assim, eu me sinto no dever de fazer meu trabalho, principalmente por ela ser minha irmã e como ela é a única pessoa com quem posso contar neste mundo, não quero jogar todo o peso em suas costas. Poucas pessoas sabem que tenho uma irmã, ela foi dada como morta a anos atrás quando meus pais também foram assassinado
Aisha Johnson. Cali Colômbia (19h)Alguns dias depois… Ao sair do banheiro ouvi umas batidas na porta do meu quarto. Caminhei até ela fazendo um nó em meu roupão de banho, um pouco constrangida por conta do traje.— Pierre? — pergunto surpresa — o que faz aqui? — ele se ajoelhou erguendo uma caixa, na outra mão segurava uma rosa-vermelha. — Vista-se como a verdadeira dama, que você é! Quero que toda a cidade esta noite tenham inveja da companheira do El patron. Reviro os olhos ao ouvir a cerimônia estratégica de Maximiliano Lopez. A uns dias atrás, ele me fez aceitar o convite para acompanhá-lo como sua namorada no festival da cidade. Em troca ele me deixou fazer várias fotos, entrevistas, vídeos entre outras regalias, com os moradores da periferia "Lá Magreta". — Chega Pierre, pode levantar.O homem se levanta do chão com as bochechas vermelhas, por fazer tal declaração obrigatoriamente, para uma mulher que nem é dele. Sorri um pouco sem graça cruzando os braços sobre o estômago,
Cali Colômbia (20h)Ouvir as últimas letras da música acompanhadas daquele olhar faminto sobre mim, me fez entender onde ele queria chegar e estava conseguindo. No final das contas, eu estava gostando. Merda, mil vezes!— Você ainda não me respondeu. Sentiu minha falta? — insistiu. — E porque eu sentiria? — ele estreitou os olhos, pareceu aborrecido — você não tem jeito, não é Max? — sorri, tentando fugir da pergunta. — Mia, Mia... — balançou a cabeça em negação — para de mentir. — Você está certo, eu senti sim, sua falta. — me apressei a dizer, na tentativa de encerrar aquele assunto. — Eu sei que sim — afirmou calmo, me fez bufar frustrada. "Como pode ser tão convencido?" Se eu falasse que não estava nem um pouco mexida com este homem, eu estaria mentindo. Sim, Max consegue despertar em mim tudo aquilo que eu nunca senti, quando estive com outro homem. Minha vida sempre foi monótona, nada de novo acontecia era apenas trabalho, casa, e eu já estava acostumada a controlar minha