Nova Iorque. 22:35
A minha presença não o incomodou, era como se eu não estivesse lá. Fiquei ali analisando como quem não quer nada, observando o governador Howard entupir suas narinas de cocaína junto com mais alguns colombianos, estes que mais pareciam um aspirador de pó! Meu chefe ia adorar ver isso. Tive vontade de filmar tudo, mas eu poderia pôr tudo a perder.Desvio o olhar fingindo demência. Maximiliano me convida para sentar ao seu lado, em um assento separado dos demais que se divertiam com as garotas. Eu não o encarei nos olhos pois estava em uma situação não muito agradável, senti vontade de acabar com tudo, queria algemá-lo e socar sem piedade os outros que estavam com ele. Eu estava extremamente dividida em um lado oposto do meu. Senti raiva do meu próprio corpo por ter sido traiçoeiro comigo. Senti-me confusa, perdida e suja por ter ficado tão vulnerável aos toques do inimigo.— A dama mais bonita da noite tem nome? — perguntou-me com seu sotaque arrastado.— Mia. Mia Clark — falei forçando um sorriso. Na área vip onde estávamos o barulho estrondoso da música era amena, o que facilitou nossa conversa.— Você estava sozinha. É solteira, Mia? — Enquanto espera minha resposta ele pega dois copos e os serve com uísque.— Viúva. — respondi e provei a bebida observando-o esvaziar o copo em um só gole, como se estivesse bebendo água.— Desculpe se fui espontâneo — fitou seus amigos que estavam próximos.— Sem problemas, já faz muito tempo — sorri.Maximiliano retirou seu braço que estava apoiado na borda do sofá. Apoiou os cotovelos em suas coxas, cruzando suas duas mãos, parecia que ele estava perdido em seus pensamentos, mas se tratando dele aposto que estava planejando algo.— E você é Maximiliano Lopez, certo? Vi você na TV apoiando o governador e fiquei encantada com sua entrevista sobre ajudar, fazer doações para ONGs de idosos e crianças carentes — fingi interesse nas suas ações de fachada.— Maximiliano, mas pode me chamar de Max e obrigado pelo elogio. Ajudar os mais vulneráveis é uma das coisas que faço com maior prazer — falou cheio de si e para me deixar ainda mais nervosa, sorriu passando a língua em seu lábio inferior.Nem lembro quanto tempo fazia que não ficava tão próxima assim de um homem. Ele continuava me observando calculista, os pelinhos dos meus braços que estavam de pé não eram capazes de esconder meu nervosismo. Novamente ele estava deixando-me completamente confusa.— E você, no que trabalha?— Trabalho com jornalismo e nesse momento estou trabalhando em uma matéria sobre as comunidades em seu país.— Então não foi por acaso que você me encontrou aqui, não é mesmo, Mia Clark? — pareceu frustrado em suas palavras, mas mantive firme minha postura.— Não é isso. Na verdade, eu vim sim sabendo que lhe encontraria por aqui, mas não se trata só de trabalho. Eu...Ficou em silêncio por uns segundos encarando minha boca enquanto eu falava. E antes que eu terminasse, Maxi avança para mais perto de forma predadora, toma meus lábios com gana em um beijo avassalador, eu contribuo abrindo minha boca para que nossas línguas pudessem duelar. Solto um gemido abafado ao sentir sua mão em minha nuca aprofundando nosso beijo e com a outra ele massageia fazendo círculos possessivos em minhas costas, expostas por causa da abertura do vestido.Senti um calor crescente intensificando a cada segundo em que ele sugava meus lábios loucamente, causando uma dor viciante ao chupar e mordê-los. O gosto do álcool era inebriante e sua mão, que ora estava em meu ombro, não perdeu tempo, desliza sorrateiramente causando formigamento em minhas pernas.Seus dedos brincavam em um sobe e desce resvalando minhas costas, causando-me um arrepio na nuca, no entanto quando sua mão se aproxima da minha coxa eu o interrompo. De certo seria uma tragédia se Max encontrasse minha Magnum presa em um coldre exatamente onde ia por sua mão boba, ela estava carregada de bala, pronta para ser usada caso fosse preciso.Olhei em nossa volta e vi seus homens nos olhando como se estivessem visto um fantasma, um estava tapando a boca com a mão e os olhos arregalados. Não entendi a surpresa. Até onde eu sabia, Maximiliano Lopez tinha fama de pegador e fazia sucesso entre as mulheres, deste modo não seria novidade para ninguém ver o chefe do tráfico beijando uma mulher."E o filho da mãe beija bem para caralho!"O safado do governador Howard já não estava mais lá quando eu abri os olhos.— Mia, por que parou? Você não gosta que a toquem? — Seus olhos misteriosos penetraram os meus profundamente, substituindo aquela nuvem negra que havia há poucos minutos por um brilho flamejante.— Não, não é isso, é que... eu tenho que ir embora, minha amiga já deve estar preocupada comigo. E amanhã tenho que viajar bem cedo — expliquei.Sua expressão mudou rapidamente, Max me olhou como se eu tivesse três cabeças, ficou totalmente confuso com minha reação repentina. Com a fama de pegador que tinha, presumo que minha recusa tenha causado algum impacto ao seu ego superior.— Eu posso deixar você em casa — assegurou. — Vamos? — Ficou de pé decidido em ir comigo enquanto eu pensava em uma forma de sair dali sem ele."Droga, ele não pode me deixar em casa."— Não precisa, Max.— Eu não aceito um não como resposta — reprimo a vontade de mandá-lo se foder e acabar de vez com o disfarce.— Então comece aprendendo por hoje a ouvir um não, porque eu vou sozinha — falei calmamente vendo sua expressão endurecer, mas acredito que a resposta ficou bem clara e mesmo se sentindo contrariado, Max não insistiu, respeitando meu limite.Continuei sentada no sofá avaliando seu físico, assim tive uma visão mais ampla do homem que estava me arrancando um lado que até eu me assustei.Tinha que admitir que aparentemente era um homem bonito. Quem visse aquele rostinho lindo não imaginaria que o conjunto de aparência esculpido pelos deuses tirava vidas de outras pessoas a sangue frio.Sua camisa vermelho carmim manga longa dava um contraste perfeito em seus braços definidos e seu peitoral másculo. Max não era um homem cheio de músculos, no entanto posso afirmar que seu corpo era muito atrativo. A cor escura da sua calça jeans não foi suficiente para esconder sua ereção. Ele estava excitado e eu fiquei constrangida e ao mesmo tempo levei isso como uma vantagem a mais na operação.— Mia. — Fui interrompida do meu devaneio por sua voz rigorosa. Pisquei os olhos por várias vezes, reprimindo-me. Ergui meus olhos e vi seu sorriso perturbador se formar no canto de sua boca como se ele estivesse ouvindo meus pensamentos.— Foi um prazer, Max, eu preciso ir e vou sozinha mesmo, não se preocupe comigo.Seus olhos se estreitam negativamente, ele continuava a me observar em busca de algo mais. Fiz menção de me levantar quando ele estendeu o braço para meu apoio. Segurei sua mão e, foi muito rápido, sem demonstrar um mínimo de delicadeza, puxou-me com força propositalmente deixando nossos corpos praticamente colados com uma mínima distância entre nós.— Eu quero ver você amanhã — insistiu incisivo.— Amanhã irei viajar a trabalho. Lembra? — ressaltei, ele tirou o celular do bolso e pediu meu telefone. Passei o número para ele do meu celular pré-pago.— Colômbia?— Sim — respondo.— E se... eu te ajudar com sua matéria? — Franziu o cenho, enterrando as mãos nos bolsos da calça.— Seria incrível — ampliei um sorriso.— Interessante. Nos vemos em breve, Mia Clark! — falou piscando um olho para mim.Sorri em resposta e desci as escadas. Saí atravessando em meio à multidão que dançava ao som do DJ. Chegando no meio do salão olhei para trás, ele ainda estava lá parado de pé, me observando com sua pose imponente, com os braços apoiados na mureta que servia de proteção ao camarote que estávamos.Fico imersa no caminho de volta para casa. Precisava me concentrar na missão, mas o beijo que Maximiliano me deu não saía da minha cabeça. "Droga!" Era realmente assustador o que aquele ser estava fazendo comigo.Abro ansiosamente a porta do meu apartamento à procura de Alice, tendo certeza que ela tiraria aquele homem da minha cabeça. Entro a passos leves, caminhando direto ao que me interessa. Entro em meu quarto e o encontro vazio.Foi frustrante, Alice não estava lá, não estava em canto algum do meu apartamento. Bufando de raiva, vou para o banheiro tomar um banho quente. Isso ajudaria a relaxar meus músculos tensos. Depois de me despir, ligo o chuveiro e entro em baixo do jato quente.Fecho meus olhos enquanto massageio meus cabelos, vejo aquele par de olhos quentes me queimando, me secando, ele invadiu meus pensamentos. Sacudi minha cabeça e abri meus olhos na tentativa em vão de tirá-lo da minha cabeça. Como podia aquele ser desconhecido e desprezível se instalar em minha mente? Envergonhava-me.Fujo das lembranças quando aquelas imagens que meu chefe me mostrou vem como badaladas de sino em minha mente e me deixam em alerta máximo. Drogas, vidas ceifadas, pessoas sendo traficadas. Isso me fez voltar para realidade e manter o foco.Ao sair do banheiro, no caminho para meu quarto, meus olhos captaram algo minúsculo e brilhante. Estava próximo à minha cama, era o colar de Alice, mas ela nunca tirava aquela corrente do pescoço. Isso me deixou intrigada. Rapidamente pego meu celular e ligo para ela.Depois de chamar algumas vezes, acabei por desistir e desliguei o celular, talvez ela o tivesse deixado cair quando voltava do banho. A melhor coisa a se fazer era esperar, ela teria que vir para meu apartamento, pois ela quem iria tomar conta da Tiffany enquanto eu estivesse viajando. Após por meu pijama, fui para sala e levei minha bola de pelos para assistir comigo enquanto aguardávamos nossa loira chegar.*****Nova Iorque, 07h:00Eu estava correndo assustada, usando todas as forças que eu tinha, mas algo me puxava de volta como uma onda magnética, como se eu estivesse correndo dentro da água sei lá. Para onde? Eu não sei, ao redor havia apenas árvores e mais árvores. Eu corria ofegante, cansada, sabia que tinha alguém logo atrás correndo também, tentando me pegar, dava para ouvir as passadas fortes, os galhos secos quebrando, no entanto eu não conseguia parar e nem olhar para trás. Eu fugia desesperada, sem rumo.No caminho acabei encontrando uma trilha e tinha uma placa indicando que ali era área de perigo, mas eu não parei, segui correndo assustada.Só parei de correr quando percebi que a uns cinco passos à minha frente havia um penhasco. Quase caí, não tinha como continuar. Os barulhos horripilantes das corridas atrás de mim ainda continuavam e estavam cada vez mais próximos, mas o medo me assolava e não tinha coragem de olhar para trás. Me aproximei devagar, parando bem na beira do quase abismo, olhei bem no fundo, muito abaixo de onde eu estava e vi o carro da Alice caído bem no fim do penhasco, completamente destruído, como se estivesse tombado umas dez vezes, talvez.— Alice!Nova Iorque. 07h:01 AMNovamente desperto com meus próprios gritos, coberta de suor e com o coração em um frenesi. Só que dessa vez foi diferente, foi com Alice. Levanto-me do sofá procurando por ela, mas não a vejo, e pelo visto ela não veio, o que é estranho, eu a esperei até a madrugada e acabei dormindo no sofá.Sempre que viajava a trabalho Alice vinha dormir comigo, era como uma regra para nós duas, fizemos um pacto, de quando uma de nós fôssemos viajar, dormimos juntas como se fosse a última vez. Todas as nossas missões eram perigosas, não sabíamos se voltaríamos com vida.Peguei o celular que descansava sobre a mesinha e liguei novamente, mas para aumentar minha preocupação, o celular dela se encontrava desligado.Dali em uma hora teria que pegar meu voo para Colômbia, não queria ir de forma alguma sem me despedir da única pessoa que ainda tinha importância na minha vida. Primeiro o sonho e depois o sumiço, a única conclusão que tinha era que não conseguiria viajar sossegada.
Maximiliano Lopez. Cali. Colômbia 13h:34 PMAquele poderia ter sido um dia de vitória, naquele exato momento eu estaria comemorando meu tráfego para os Estados Unidos se não fosse por um filho da puta que executou dez dos meus homens assim que chegaram no México para abastecer os submarinos com alimentos e combustível. Minha raiva aumentava cada vez que me lembrava que eles foram assassinados por apenas um único atirador. Cambada de incompetentes! Eles foram treinados para não falhar, para ficarem sempre atentos com qualquer movimento que estivesse fora do contexto, meus submarinos foram roubados e eu perdi toneladas de cocaína, tudo por causa da incompetência daqueles idiotas. "Como foram burros, que droga!" A princípio tinha mais homens com esse atirador, um só não daria conta de roubar tudo sozinho. Certamente foi mandado por alguém da mesma patente que eu e já desconfiava de quem pudesse estar por trás disso.As horas
A vida é nossa, nós vivemos do nosso jeitoTodas essas palavras, eu não as digo à toaE nada mais importa!(Nothing Else Matters-Metallica) Cali. Colômbia 20h:36— Shiii, não grite, pois será em vão. A situação pode piorar para você se fizer isso. — Decretei friamente vendo-o chacoalhar seu corpo, tentando soltar seus pulsos. — O que você pensa que é? Seu sádico, doente de merda! — Esbraveja, em seguida cospe em meu rosto. Desejei em pensamentos que não fizesse isso. Sua sentença seria maior daquele momento em diante. Fecho meus olhos sorrindo e levo a mão ao rosto, limpando sua saliva. Levanto-me da cadeira e vou até o armário que fica em um dos quatro cantos da sala três. Arrasto uma pequena gaveta onde eu guardo alguns acessórios para meus cervos rebeldes e volto a me sentar de frente para ele. — Vamos esclarecer algumas regras por aqui — abro a pequena caixinha que está sobre meu colo. Ele arregalou os
Olhei para ela sentindo meu coração palpitar cada vez mais forte, a bela dama misteriosa mexeu comigo. Não era amor à primeira vista, nem paixão, era algo além, muito diferente, uma possessividade talvez. Senti vontade de tomá-la e fazê-la minha ali mesmo.Ao girar para me ver, sua presença enviou uma energia caliente para o meu corpo e algo lá embaixo pulsou por ela no mesmo instante. A observo, gravando cada milímetro de seu rosto doce, perfeitamente ruborizado, o que me fez ter pensamentos libidinosos. Captei uma tensão nela e quando nossos olhares se fundiram, seus lábios involuntariamente ficaram entreabertos, tornando-a mais sexy. Seus olhos eram azuis como o oceano se destacando em sua pele branca.Estiquei meus braços convidando-a para uma dança, torci para que aceitasse e ela aceitou. Tive alguns privilegiados minutos com seu majestoso corpo curvilíneo próximo ao meu. Quando um dos meus capatazes jogou um gringo no meio da pista de dança, em questão de segundos toda aquela lu
Aisha Johnson Cali Colômbia. 08h:20 AM— Eu. Eu... estou cansada e preciso ir, Max. — Os cantos de sua boca foram se curvando e aos poucos seu sorriso presunçoso foi crescendo. Eu não pude sustentar seu olhar por muito tempo.Depois de me preparar psicologicamente, saí do carro do Max praticamente em fuga. Suas palavras não saiam da minha cabeça e eu me xingo mentalmente por perceber o caminho que isso estava me levando. Que inferno! Maldita seja a hora que eu aceitei essa missão absurda, que eu aprenda a lição e que tudo isso me sirva de aprendizado.Por um lado, sua abordagem me deixou mais tranquila, sim, pois ele não desconfiava que eu era uma agente especial, mas por outro lado, a forma como ele falou, mesmo com toda sutileza, eu entendi como um aviso. A advertência foi bem implícita em suas últimas palavras. Todo o cuidado que eu já tinha seria redobrado, pois se tratava de Maximiliano Lopez! Jogo minha mala sobre a cama e retiro m
Cali Colômbia (09h) AM — Não tenho outra opção? — pergunto vendo-o sorrir vitorioso. — A outra opção você descartou minutos atrás. — suas palavras inundaram meus ouvidos! A todo momento, forço meu corpo a não ceder às suas investidas. “Puta que pariu!” Tudo aquilo era realmente assustador. O que me tranquilizava era ter a certeza de que aquele homem não fazia ideia do poder que tinha sobre mim.Retiro o cinto de segurança sem pressa alguma, ao contrário de Max, que mais parecia um lobo prestes a devorar seu pedaço de carne. Posso ouvir sua respiração ofegante ressoar no pouco espaço. Tenho certeza de ter ouvido um grunhido baixinho escapar por entre seus lábios assim que pus minhas mãos embaixo da saia. Sentindo uma onda de determinação e desafio, inicio meu cerimonial. Deslizei meu pequeno tecido rendado na cor preta lentamente por minhas pernas e por fim nos calcanhares. Com a calcinha na ponta do dedo, a entreguei na mão do seu novo e pervertido dono. O audacioso a pegou, levan
Cali Colômbia (12h) PM.Não sei quanto tempo havia se passado, mas percebi que os disparos estavam cessando e minutos depois finalmente não ouvi mais o som de armas de fogo. Respirei fundo aliviada, pois eu estava inquieta, ficar presa escondida em uma situação como esta era como me matar lentamente e a vontade de fumar estava me enlouquecendo.Maximiliano adentra batendo abruptamente a porta do carro, fechando-a do seu lado. Um misto de raiva e fascínio ameaçam tomar conta de mim, tento me concentrar e agir o mais natural possível. Quando novamente ele me encarou através do pequeno espelho à sua frente, que refletia nossa troca de olhares, desfaço a conexão, olho para meus pés enquanto estalava meus dedos na palma das mãos tentando acalmar meus nervos.O medo que me assombrava era o de ser descoberta e não dele. Falhar na missão não era uma opção para mim. Mesmo que Maximiliano parecesse a própria besta, não me assustava, pois, eu já vi situações piores. O que vivenciei no passado,
Cali Colômbia (13h) AM.Olho para Max surpresa, como se ele tivesse derrubado toda muralha de concreto que havia em volta do meu coração. O observo me exigindo explicações, toda aquela confusão estava a ponto de me desestruturar, contudo, começo a duvidar da minha própria sanidade mental. No fundo, eu sabia que tudo que vinha de bom da sua parte, havia um quê diabólico por trás, pois se tratava de Maximiliano Lopez. Amado por muitos e odiado por outros, o anjo demoníaco.— Vai querer comer a sobremesa antes do almoço? — minha voz sai praticamente inaudível.— Isso seria possível? Só preciso que diga sim.Diz calmo e continua a caminhar em minha direção com seu andar prepotente e um sorriso infernal nos lábios. Continuei em recusa e só parei quando senti minhas costas tocarem a parede fria. Meu corpo inteiro paralisou com sua proximidade. Ignorando a palpitação em meu peito, ergui meus olhos e o encarei firme dos pés à cabeça, absorvendo sua aparência. O maxilar estreito e saliente ac