— Está tudo bem meu amor? — Perguntou-me ele sem se mover.
— Está sim meu anjo e vai ficar ainda melhor. Minha mãe faleceu hoje cedo. — Selei um beijo nas suas costas acariciando o local com a ponta do nariz.
— Meine Gott liebe! Você está mesmo bem? — Ele tentou se virar, mas não permiti.
— Sim Les, você me faz bem. — Sorri ao falar e ele se acalmou.
Senti quando ele se apoiou só em um braço e com o outro, segurou a minha mão acariciando-a sem pressa.
A aula chegou ao fim e quando o sinal soou, assustei-me. Levantei o meu corpo levando o de Lester junto e antes de ficarmos de pé, o abracei apertado, senti-o relaxar por completo e ficar totalmente entregue aos meus carinhos.
Levantei-me ainda abraçado a ele, soltei-o lentamente, pegamos nossas coisas e saímos da sala de mãos dadas.
Guardamos no
Papermint High schoolLocalizada na Alemanha, especificamente em Lindetal, um grande campo revolto por uma floresta repleta de grandes árvores, onde a cidade mais próxima é Neubrandenburg, Papermint High School é um colégio interno masculino com uma ótima reputação, há décadas foi o melhor em preparar os alunos para uma boa faculdade. Por sua fama de melhor colégio, a Papermint recebe alunos de todos os países com frequência.Logo o ano se iniciaria, contudo os alunos já estavam a caminho da escola, todos os anos era pedido para que os estudantes fossem para o colégio uma semana antes do início das aulas para obter total conhecimento do local e suas regras. As principais eram:1- A cada quatro alunos um quarto em um corredor correspondente à sua série.2- O uso do uniforme é obrigatório, e só podem ser dispensad
Quando estou com ele me sinto bem e feliz, é como se não houvesse problemas e todas as brigas que enfrento em casa nunca houvessem existido.O Ivan é meu único amigo e eu realmente o amo, mas não apenas como amigo, desde que o conheci senti algo forte entre nós, a forma com que ele me observava toda sua preocupação e seu jeitinho doce de ser sempre fizera meu coração disparar. Foi ai que decidi silenciosamente demonstrar através de olhares meus sentimentos, e para minha surpresa ele sempre correspondeu.Lembro-me como se fosse ontem, estávamos no segundo intervalo e decidimos matar os dois últimos horários, então seguimos para o banheiro do terceiro andar, onde todos achavam que estava interditado, podia até mesmo estar, mas isso não vem ao caso. Trancamos a porta por dentro com uma mesa esquecida lá, nos sentamos no chão, e ficamos bons
Pouco depois paramos o beijo lentamente, suas pernas haviam enlaçado as minhas e seu corpo quente me aquecia. Olhei em seus olhos e ele sorria de um jeito fofo que me fazia derreter.— Achei que eu fosse passar o resto da minha vida sonhando com esse momento. — Ele me disse com um lindo sorriso no rosto. Sorri com seu exagero e acariciei seu rosto delicadamente.— Se depender de mim, esse momento se repetirá a todo minuto. — Sorri e mordi meu lábio inferior, Ivan me olhou com os olhos brilhando e inverteu as posições tomando meus lábios em mais um beijo.Após alguns minutos fomos surpreendidos com o estrondoso sinal que indicara o final da primeira aula, paramos o beijo e sorrimos, nos levantamos e decidimos dar uma volta, Ivan se levantou primeiro e me puxou com ele, caminhamos de mãos dadas por todo o local, logo encontram
— Bom é que... — Começou o garoto de cabelos pretos, mas o loiro logo o cortou.— É que, bom Ian já que eles não ficaram bravos... Quer dizer não tão bravos. — Corrigiu-se ao olhar para Ivan e prosseguiu. — Acho que não há problemas em falar o que realmente houve. — O outro garoto concordou e prosseguiu.— Okay, okay, o que aconteceu foi o seguinte, estávamos matando as primeiras aulas la no bosque e a situação ficou muito quente, mas tão quente que caímos da árvore em que estávamos sobre um morro de folhas secas, fez um grande estrondo e ouvimos passos daí corremos mais para o centro do bosque.— Só que... — Continuou o outro rapaz. — Hoje é o dia da inspeção, ou seja, é hoje que o secretário vai no bosque com uns agentes de saúde e ao f
Três Meses Após o dia citado anteriormente.Após alguns meses nosso relacionamento se intensificou ainda mais, todo o amor que sentíamos um pelo outro crescia e as nossas demonstrações de afeto em público estavam cada vez mais explícitas, mas não nos importávamos, todos os preconceituosos da escola cansaram de nos espancar por termos assumido. Ian e Serg estavam sempre conosco e também tiveram paz após nossa união como grupo, eles eram nossos melhores amigos e desde então confiávamos nossas vidas uns aos outros.Agora nossa maior preocupação estava em esconder de nossos pais, eles eram intolerantes e por serem extremamente brutos poderiam, sem dúvida, nos espancar até a morte. A mãe de Ivan nos flagrou no quarto do mesmo enquanto comemorávamos dois meses de namoro e a cena que ela viu não foi muito conveniente, mas cor
Voltei à atenção a janela e a sala estava calma, os médicos removiam os instrumentos usados e retiravam itens de proteção tais como máscaras, luvas e toucas de cabelo, uma enfermeira estava a cobrir todo o corpo de Ivan com o lençol, ali ele jazia sem vida. Senti como se um buraco negro crescesse em meu interior, estraçalhando todo meu coração e levando toda a luz e cor do meu mundo, o grande amor da minha vida havia partido, e eu não pude fazer nada para impedir, gritei com todas as minhas forças e esmurrei a parede nada podia amenizar a dor que eu sentia, meu mundo acabou junto com os batimentos cardíacos dele, o vidro da sala se quebrou cortando meus braços, senti meu sangue quente escorrer, mas não senti dor, nenhuma dor nos cortes, apenas a imensa dor que me consumia por dentro, a dor da perda, eu havia perdido o amor da minha vida eu havia perdido Ivan
Assenti e me sentei em sua cama o abraçando em silêncio, nada do que eu dissesse poderia confortá-lo naquele momento. Portanto eu apenas o abracei apertado para que ele tivesse certeza de que não estava só. Permanecemos abraçados por mais uns minutos, nada parecia forte o suficiente para acalmá-lo, a cada minuto ele chorava mais e mais até que o cansaço falou mais alto e ele apoiado em meu peito caiu em um sono profundo acompanhado de soluços.Acariciei seus cabelos, enquanto ele dormia vencido pelo cansaço repentino provocado pela perda de sangue. Após alguns minutos a enfermeira voltou para ver como ele estava.— Com licença, vejo que ele acordou então como ele está?— Sim, ele despertou e está péssimo como você pode ver, quando ele terá alta?— Suponho que em breve, os cacos de vidro perfuraram todo seu br
A manhã se iniciara mais uma vez, acordei com a luz do sol entrando por entre os espaços da cortina, me sentei na cama, acomodando o travesseiro em minhas costas, havia uma enfermeira em meu quarto que me ajudou a me posicionar, olhei por todos os lados do amplo quarto branco com aquele cheiro de hospital e não encontrei o Ian.— Então como está se sentindo hoje jovem? — A mulher veio sorrindo em minha direção, parecia atenciosa.— Melhor, eu acho. Cadê o Ian? — Perguntei-a e ela parecia confusa.— Oh deve se referir ao Chatwin certo? Ele saiu agora a pouco. E como o doutor me recomendara, trouxe seu café da manhã. Está com fome?— Ah, não obrigado, acordei sem fome.— Tudo bem, mas vou deixar assim mesmo, se sentir fome não deixe