A manhã se iniciara mais uma vez, acordei com a luz do sol entrando por entre os espaços da cortina, me sentei na cama, acomodando o travesseiro em minhas costas, havia uma enfermeira em meu quarto que me ajudou a me posicionar, olhei por todos os lados do amplo quarto branco com aquele cheiro de hospital e não encontrei o Ian.
— Então como está se sentindo hoje jovem? — A mulher veio sorrindo em minha direção, parecia atenciosa.
— Melhor, eu acho. Cadê o Ian? — Perguntei-a e ela parecia confusa.
— Oh deve se referir ao Chatwin certo? Ele saiu agora a pouco. E como o doutor me recomendara, trouxe seu café da manhã. Está com fome?
— Ah, não obrigado, acordei sem fome.
— Tudo bem, mas vou deixar assim mesmo, se sentir fome não deixe
Ele sorriu e se retirou ao lado de Sergey, voltei minha atenção ao terno preto que eu havia retirado do armário, o coloquei sobre cama e o completei com camisa e gravata na cor vinho, não exatamente na mesma tonalidade, mas. Ah que seja, procurei usar tudo em cores escuras. Após tudo organizado fui para o banheiro tomar um banho. Minutos depois estava pronto. Parei na frente do espelho, minha imagem estava péssima, peguei meu delineador e contornei meus olhos repetindo o gesto inúmeras vezes, minha pele pálida destacou. Em meu quarto comecei a andar de um lado para o outro, minha mente vagava por tudo o que acontecera, eu não estava bem, me sentia sufocado por meus próprios pensamentos, encostei-me na parede e deixei meu corpo desabar permanecendo naquele canto até que Paul e Sergey voltassem.Aquele canto sempre fazia com que eu me sentisse mais protegido, era ali que eu sempre ficava todas as vezes
Todas as pessoas saiam do cemitério lentamente, mas eu fiquei observando a lápide que colocaram para identificar seu túmulo, ou melhor, seu novo lar."Aqui jaz um pequeno sonhador, que veio para nos mostrar que o amanhã é um novo dia, e que o amor nunca morre. Com ele tudo é possível!"Ivan Malkovich.*15 de Maio de 1995☥23 de Setembro de 2010Após mais alguns minutos voltamos para casa, Paul e Sergey me acompanharam até meu quarto e só se foram depois que eu tomei os remédios e adormeci.No dia seguinte os dois voltaram a minha casa, era cedo e eu já estava acordado. Passamos a manhã conversando e decidimos nos mudar para o colégio interno Papermint High School, que fica na Alemanha aos arredores de Neubrandenburg em um grande campo distante de tudo e de todos.— Então? — Perguntei. — Vocês topam vir comig
— Finalmente chegamos! — Olhamos tudo em volta e sorrimos. Pelo menos ali eu não teria um pai bêbado muito menos uma mãe insuportável a me atormentar.— Gry, agora você está livre meu amigo! — Paul me abraçou sorrindo, o abracei de volta sorrindo com ele.— Finalmente livre my friend! — Sorrimos e Sergey gritou festejando conosco.— LIBERDADE! — Abracei Sergey forte enquanto comemorávamos juntos, e seguimos para o táxi que nos levaria até a escola, que ficava há alguns quilômetros dali.O táxi seguiu por um caminho enorme que quanto mais percorrido mais deserto ficava. Olhamos em volta e não víamos nada, nada além de um ponto amarelo lá na frente, deveria ser outro táxi não sei. Se bem que estávamos atrasados um dia então seria meio difícil ter outro aluno tam
A noite se iniciara há pouco, o tempo estava nublado com neblinas, ameaçava chover em Nova Orleans, era onde morava a família Hischfelder. Ralph e Marie casados há 40 anos, tinham filhos gêmeos univitelinos Lucian e Lester. Os garotos eram de descendência alemã por parte de seu pai e francesa por parte de sua mãe. O casal sempre fora do tipo que não permite que nada falte aos filhos exceto o mais importante, amor e atenção. Os meninos cresceram aos cuidados de babás e empregadas, afinal, seus pais estavam sempre muito ocupados com o trabalho, Ralph era considerado o melhor cardiologista da cidade por isso estava sempre a viajar para atender pacientes nas cidades vizinhas e Marie por ser senadora também estava sempre a viajar. Eram tantas viagens que o casal até esquecia os filhos. O tempo passou depressa e na atualidade os garotos estavam com quase dezesseis anos e eram alunos do col&eacu
Na manhã seguinte, o despertador soou acordando os meninos, já era hora de levantar. Na noite anterior haviam programado tudo, portanto as horas estavam contadas e eles não poderiam nem pensar em atrasos afinal, em poucas horas estariam a caminho de Neubrandenburg. Lucian como sempre fora o primeiro a acordar, ainda com os olhos pesados de sono, tateou o criado-mudo e desligou o despertador, inclinou-se para observar seu irmão e o mesmo dormia tranquilamente em seu peito, Lucian sorriu ao ver o quão lindo é o irmão e levemente acariciou a face do mesmo, afastando seus cabelos de seu rosto delicadamente.— Acorde Les teremos um longo dia hoje, não se esqueça que o nosso voo é pelo caminho mais longo até Neubrandenburg. — Lentamente ele se mexeu e sem abrir os olhos falou com a voz embargada de sono.— Ah Lu, só mais cinco minutos vai. — Sonolento e c
— Quanto tempo Lu!— Hey cara! Não me confundiu, já não era sem tempo hein! — Sorrimos do detalhe e voltamos a nos abraçar.— É eu acertei, mas quem mais além de Lester Lanthier poderia se cansar de esperar e adormecer? — Concordei e rimos da situação, caminhamos até Lester e Andy o acordou com seu jeito.…Ao me aproximar do meu anjo adormecido me sentei ao seu lado e toquei sua face carinhosamente até que o mesmo despertasse, não obtive resultados, ele parecia dormir ainda mais, portanto sussurrei uma das canções que ele mais gosta em seu ouvido com um tom mais grave na voz do jeito que ele mais gostava.— When the moonFell in loveWith the sunAll was golden in the skyAll was golden when the day met the night… — No mesmo instante Lester despertou com um enorme sorriso est
— Hey boys, vão com calma assim vou enlouquecer! — Sorrimos com cumplicidade ao ouvir Andy sussurrar.— Les. — Mordi o lábio inferior ao olhar para Lester e o mesmo lambeu os lábios ao ver meu gesto. — Muito folgado o rapaz aqui não acha?— Concordo Lu. — Les o observou e uma interrogação surgiu na face de Andy. — Ele realmente está se achando muito. Hey vamos castigá-lo um pouquinho, vamos?— Só se for agora mano. — Sorrimos com malícia e Andy mordeu seu lábio inferior.Lentamente exploramos o corpo de Andy novamente só que agora com mais intensidade, toquei o cabelo dele e o segurei firme, Les acariciava todo o seu abdômen lentamente, caminhando por toda a pele extremamente clara deixando áreas avermelhadas, Andy tirara a camisa que já estava na metade de sua peitoral, e Les continuara com os
Adormecemos ali mesmo, e dividindo Lucian dormimos o resto da noite. Ainda não sei como diabos os sete passageiros ali presentes não se manifestaram com a nossa festinha.Acordei com uma claridade a invadir meus olhos, olhei em volta com os olhos semicerrados na tentativa de me acostumar com a iluminação do ambiente, e por sorte tudo estava do mesmo jeito, alcancei as calças de Lucian e olhei a hora em seu celular, já eram 07h30min da manhã meu coração disparou, logo as aeromoças estariam por ali e se os meninos não acordassem agora estaríamos realmente fodidos.— Hey Lu, acorde vamos. — Eu agitava os braços de Lucian e sacudia seus ombros na tentativa de acordá-lo, e por sorte ele já foi logo despertando.— Hey! Acalme-se Les. Onde é o incêndio? — É incrível a capacidade que Lucian tem de acordar de bom humo