- Isabel, não pense que vou te amar! - O homem segurou o pescoço dela, a pressionando contra o sofá, seu rosto cheio de repulsa, insultou. - Minha paciência com você chegou ao limite, é melhor você se comportar, daqui a seis meses estaremos divorciados!- Eu realmente não empurrei a Carolina... Foi ela mesma que caiu na piscina!A voz de Isabel estava fraca, ela estava toda molhada, seu corpo fraco tremia incessantemente, ainda não conseguira se libertar do medo de ter caído na água momentos antes.- Pare de argumentar, você e a Carol são amigas há muitos anos, você sabe melhor do que ninguém que ela tem medo de água!A ação do homem se tornou mais agressiva, com uma expressão feroz como se estivesse dizendo "Se algo acontecer com a Carolina, você pagará por isso".Uma simples menção à sua amizade de muitos anos a condenou. Isabel olhava com neblina nos olhos, uma lágrima escorreu lentamente de seu canto dos olhos, o som do seu coração partido era especialmente claro. Era difícil ima
- Papai, tem razão. Nunca conseguirei aquecer o coração do José. Eu sei que errei, quero voltar para casa. - A voz rouca de Isabel ecoou na sala vazia. A família Castro era a mais rica da cidade B, uma família de médicos. O avô era um comerciante, a avó era uma renomada professora de cirurgia cardíaca, ambos considerados uma combinação perfeita. Desde pequena, Isabel foi influenciada pela medicina pela avó, ela dizia que Isabel era um gênio destinado a seguir essa profissão. O avô e a avó abriram caminho para o seu futuro, o pai preparou inúmeras propriedades para ela herdar, a mãe dizia que ela poderia ser para sempre uma menina. Mas ela renunciou a tudo por José, se rebaixando a esta situação miserável. Na época, ela pensava que era uma guerreira, destemida. Agora, olhando para trás, percebeu que estava louca. Isabel respirou fundo, subiu as escadas, tomou um banho e trocou de roupa, se maquiou levemente. Ela limpou tudo relacionado a si mesma. Na parede atrás do sofá da sa
José se recusava a acreditar e procurou todos os lugares onde Isabel poderia estar. Do jardim aos escritórios, até mesmo ao cinema... Não apenas não encontrou vestígios de Isabel, mas até mesmo as coisas dela desapareceram. Nas prateleiras do escritório, os livros de medicina que Isabel costumava ler foram todos removidos. Ele raramente vinha aqui e agora, sem Isabel, a casa parecia como se nunca tivesse sido habitada, sem nenhum calor. José desceu as escadas pesadamente, notando o espaço vazio no sofá. Quando viu a pintura danificada que estava jogada no lixo, sua respiração ficou presa. Depois de se casar com Isabel, ela sempre insistia em que ele a acompanhasse para fazer compras. Ele estava ocupado com o trabalho e detestava isso, então sempre dava desculpas.Naquele dia era o aniversário de Isabel e ela o procurou na empresa, perguntando: - Zé, você poderia passar meu aniversário comigo? Mesmo que você esteja ocupado, meia hora já está bom.Ele a viu tão triste, então concor
Isabel olhou para o homem que a puxava à frente, se sentindo um pouco atordoada. Naquele ano, ele também agiu assim, segurando sua mão enquanto fugiam da perseguição daqueles homens. Se naquela época José tivesse sido um pouco pior com ela, talvez ela não o amasse tão profundamente, mesmo que isso significasse romper com sua família. Mas, como é que ele estava aqui? O que ele estava fazendo agora?Será que ele estava com ciúmes de ver ela flertando com outro homem?Mas logo em seguida, Isabel deixou esse pensamento. José, um homem que não tinha coração, nunca a amou, como poderia estar com ciúmes? Isabel foi empurrada para dentro do banheiro, um pouco tonta devido ao álcool. José a empurrou para a beira da pia, seu rosto estava contra a luz do banheiro, fazendo seus contornos faciais parecerem borrados, mas ainda assim belos.- Isabel, nós ainda não nos divorciamos! - Ele disse entre os dentes.Isabel, com as costas contra a pia, viu seu belo desenho de borboleta nas costas refle
Noite, Hotel Estrela do Mar, 33º andar. Um banquete estava em curso, e através das amplas janelas, a paisagem noturna movimentada da Cidade A se estendia infinitamente. Uma suave melodia de piano ecoava no ar, enquanto Isabel se apoiava preguiçosamente no balcão, balançando desinteressadamente sua taça de vinho tinto, com seus olhos vagando pelo ambiente de maneira negligente. Os olhares ávidos dos homens presentes se fixavam nela, desejosos de se aproximar, mas sem coragem. Ela usava um longo vestido preto de alças finas, com algumas pregas no decote, revelando suas belas pernas de pele clara. O vestido caía folgadamente em seu corpo, realçando perfeitamente suas curvas. Seus cachos caíam sobre os ombros, a tatuagem de borboleta à mostra, um pouco chamativa demais. Seu celular tocou, Isabel baixou os olhos, era uma mensagem.Hugo: "Você foi para o banquete?"Isabel suspirou e respondeu à mensagem: "Sim."Na noite anterior, Hugo a havia levado para casa e, enquanto ela estava bêb
O salão estava um caos, as pessoas largaram seus copos de bebida e se aproximaram para ver o que estava acontecendo.- Já chamaram o 192?- Quando é que o 192 vai chegar? Se o Sr. Mateus tiver algum problema aqui, a família Mello não vai nos perdoar!Isabel levantou os olhos e viu um homem de cerca de cinquenta anos de idade deitado no chão, com o rosto pálido. Isabel verificou as horas. O hospital da cidade ficava a quinze minutos de carro daqui e nesta hora o trânsito costumava ser intenso. Se esperassem pela ambulância, talvez fosse tarde demais. Enquanto ninguém no hotel se mexia para resolver a situação, Isabel viu o estado do homem piorar cada vez mais. Como alguém que estudou medicina na escola, Isabel começou a se preocupar.Isabel franziu o cenho e se aproximou. - Me deixe ver.Todos os olhares se voltaram imediatamente para Isabel.Isabel Castro?- Você sabe o que está fazendo? Todo mundo sabe que você é da família Castro, uma família de médicos, mas você, você não aprend
Não era outra pessoa, era a Isabel! Carolina foi atropelada e caiu no chão, José imediatamente correu para a ajudar. Isabel se ajoelhou, seus delicados e bonitos dedos rapidamente desfizeram a gravata do Sr. Mateus e a jogou para o lado.Carolina sacudiu a cabeça para José e, franzindo o cenho, olhou para Isabel, perguntando: - Bela, o que você está fazendo? Você vai conseguir?As pessoas ao redor também ficaram perplexas.- A Srta. Carolina não está bem e você acha que ela pode fazer alguma coisa?- O Sr. Mateus é uma pessoa tão respeitável e ela está desfazendo a roupa dele aqui, que intenções tem Isabel afinal?Ouvindo todos começarem a xingar Isabel, Carolina apertou os lábios suavemente e disse gentilmente: - Você não precisa se forçar só porque as pessoas estão falando algumas coisas sobre você. Bela, normalmente a família Castro te mima, mas agora não é hora de fazer bagunça como em casa, isso pode acabar em uma tragédia...Carolina ficou cada vez mais ansiosa enquanto falav
O homem sentiu um aperto no coração e logo disse: - Eu... Eu estava apenas brincando, você realmente acreditou?- É claro que acreditei, por que não acreditaria? Eu sempre fui muito sincera desde pequena. - Disse Isabel, pegando o copo de vinho ao lado e dando um gole.Pensando na proteção de José a Carolina, em como ele a abraçou e todas as atenções dispensadas a ela, Isabel se sentiu irritada e infeliz. Ela realmente era inferior a Carolina? Em que sentido? Por que José sempre a considerava um espinho em seu caminho?- Isabel, por que você é tão estreita de mente? Não é de se admirar que José não goste de você! - o homem gritou autoritariamente.Isabel levantou os olhos, mencionar José era como cutucar sua ferida. Como eles ousavam a chamar de mente fechada? Se ela não tivesse sido capaz de salvar Sr. Mateus, eles teriam a mesma expressão?Se ela pedisse para eles a deixarem em paz, eles fariam isso? Eles não fariam, eles só pisariam mais fundo em sua dignidade, a empurrando pa