José se recusava a acreditar e procurou todos os lugares onde Isabel poderia estar. Do jardim aos escritórios, até mesmo ao cinema... Não apenas não encontrou vestígios de Isabel, mas até mesmo as coisas dela desapareceram. Nas prateleiras do escritório, os livros de medicina que Isabel costumava ler foram todos removidos. Ele raramente vinha aqui e agora, sem Isabel, a casa parecia como se nunca tivesse sido habitada, sem nenhum calor. José desceu as escadas pesadamente, notando o espaço vazio no sofá. Quando viu a pintura danificada que estava jogada no lixo, sua respiração ficou presa. Depois de se casar com Isabel, ela sempre insistia em que ele a acompanhasse para fazer compras. Ele estava ocupado com o trabalho e detestava isso, então sempre dava desculpas.Naquele dia era o aniversário de Isabel e ela o procurou na empresa, perguntando: - Zé, você poderia passar meu aniversário comigo? Mesmo que você esteja ocupado, meia hora já está bom.Ele a viu tão triste, então concor
Isabel olhou para o homem que a puxava à frente, se sentindo um pouco atordoada. Naquele ano, ele também agiu assim, segurando sua mão enquanto fugiam da perseguição daqueles homens. Se naquela época José tivesse sido um pouco pior com ela, talvez ela não o amasse tão profundamente, mesmo que isso significasse romper com sua família. Mas, como é que ele estava aqui? O que ele estava fazendo agora?Será que ele estava com ciúmes de ver ela flertando com outro homem?Mas logo em seguida, Isabel deixou esse pensamento. José, um homem que não tinha coração, nunca a amou, como poderia estar com ciúmes? Isabel foi empurrada para dentro do banheiro, um pouco tonta devido ao álcool. José a empurrou para a beira da pia, seu rosto estava contra a luz do banheiro, fazendo seus contornos faciais parecerem borrados, mas ainda assim belos.- Isabel, nós ainda não nos divorciamos! - Ele disse entre os dentes.Isabel, com as costas contra a pia, viu seu belo desenho de borboleta nas costas refle
Noite, Hotel Estrela do Mar, 33º andar. Um banquete estava em curso, e através das amplas janelas, a paisagem noturna movimentada da Cidade A se estendia infinitamente. Uma suave melodia de piano ecoava no ar, enquanto Isabel se apoiava preguiçosamente no balcão, balançando desinteressadamente sua taça de vinho tinto, com seus olhos vagando pelo ambiente de maneira negligente. Os olhares ávidos dos homens presentes se fixavam nela, desejosos de se aproximar, mas sem coragem. Ela usava um longo vestido preto de alças finas, com algumas pregas no decote, revelando suas belas pernas de pele clara. O vestido caía folgadamente em seu corpo, realçando perfeitamente suas curvas. Seus cachos caíam sobre os ombros, a tatuagem de borboleta à mostra, um pouco chamativa demais. Seu celular tocou, Isabel baixou os olhos, era uma mensagem.Hugo: "Você foi para o banquete?"Isabel suspirou e respondeu à mensagem: "Sim."Na noite anterior, Hugo a havia levado para casa e, enquanto ela estava bêb
O salão estava um caos, as pessoas largaram seus copos de bebida e se aproximaram para ver o que estava acontecendo.- Já chamaram o 192?- Quando é que o 192 vai chegar? Se o Sr. Mateus tiver algum problema aqui, a família Mello não vai nos perdoar!Isabel levantou os olhos e viu um homem de cerca de cinquenta anos de idade deitado no chão, com o rosto pálido. Isabel verificou as horas. O hospital da cidade ficava a quinze minutos de carro daqui e nesta hora o trânsito costumava ser intenso. Se esperassem pela ambulância, talvez fosse tarde demais. Enquanto ninguém no hotel se mexia para resolver a situação, Isabel viu o estado do homem piorar cada vez mais. Como alguém que estudou medicina na escola, Isabel começou a se preocupar.Isabel franziu o cenho e se aproximou. - Me deixe ver.Todos os olhares se voltaram imediatamente para Isabel.Isabel Castro?- Você sabe o que está fazendo? Todo mundo sabe que você é da família Castro, uma família de médicos, mas você, você não aprend
Não era outra pessoa, era a Isabel! Carolina foi atropelada e caiu no chão, José imediatamente correu para a ajudar. Isabel se ajoelhou, seus delicados e bonitos dedos rapidamente desfizeram a gravata do Sr. Mateus e a jogou para o lado.Carolina sacudiu a cabeça para José e, franzindo o cenho, olhou para Isabel, perguntando: - Bela, o que você está fazendo? Você vai conseguir?As pessoas ao redor também ficaram perplexas.- A Srta. Carolina não está bem e você acha que ela pode fazer alguma coisa?- O Sr. Mateus é uma pessoa tão respeitável e ela está desfazendo a roupa dele aqui, que intenções tem Isabel afinal?Ouvindo todos começarem a xingar Isabel, Carolina apertou os lábios suavemente e disse gentilmente: - Você não precisa se forçar só porque as pessoas estão falando algumas coisas sobre você. Bela, normalmente a família Castro te mima, mas agora não é hora de fazer bagunça como em casa, isso pode acabar em uma tragédia...Carolina ficou cada vez mais ansiosa enquanto falav
O homem sentiu um aperto no coração e logo disse: - Eu... Eu estava apenas brincando, você realmente acreditou?- É claro que acreditei, por que não acreditaria? Eu sempre fui muito sincera desde pequena. - Disse Isabel, pegando o copo de vinho ao lado e dando um gole.Pensando na proteção de José a Carolina, em como ele a abraçou e todas as atenções dispensadas a ela, Isabel se sentiu irritada e infeliz. Ela realmente era inferior a Carolina? Em que sentido? Por que José sempre a considerava um espinho em seu caminho?- Isabel, por que você é tão estreita de mente? Não é de se admirar que José não goste de você! - o homem gritou autoritariamente.Isabel levantou os olhos, mencionar José era como cutucar sua ferida. Como eles ousavam a chamar de mente fechada? Se ela não tivesse sido capaz de salvar Sr. Mateus, eles teriam a mesma expressão?Se ela pedisse para eles a deixarem em paz, eles fariam isso? Eles não fariam, eles só pisariam mais fundo em sua dignidade, a empurrando pa
Isabel ficou chocada ao ouvir José pronunciar essas palavras. seu coração de repente deu um salto. Seus olhos se estreitaram, mal podia acreditar que tais palavras saíram da boca de José. Ele sempre se recusou a reconhecer o casamento deles, não foi? José percebeu a surpresa nos olhos de Isabel e se sentiu chateado com isso. Ele disse que era seu marido, então por que ela estava tão surpresa?Apontando para eles, John estava cheio de dúvidas. - Vocês são casados?Isabel olhou imediatamente para John, se sentindo culpada por o ter enganado. John olhou para os dois, seus grandes olhos cheios de estranheza e decepção. Se sentiu manipulado pelas duas pessoas, sem receber o respeito que merecia. Mas em relação a Isabel, ele pensou, talvez tivesse segundas intenções.- Isabel, eu admiro você. Não vou me intrometer em seus assuntos, mas se precisar de ajuda, estarei aqui. - Disse ele sinceramente. Foi essa sinceridade que fez Isabel se sentir ainda mais culpada. Além da família, fazia
José ficou extremamente surpreso com a resposta de Isabel. A relação dela com a avó era a melhor, a avó a mimava como se fosse sua neta de sangue. Sempre que ele cometia um erro, a avó de Isabel imediatamente saía em sua defesa. Houve várias vezes em que ela foi até a empresa e o repreendeu severamente! Ela disse que não iria à festa de aniversário da avó? Ele naturalmente não acreditou.- Isabel, essa história com a Carolina já passou. - Ele franziu levemente a testa, seu tom ainda era razoável.- O que você quer dizer com já passou? Isso significa que eu não fiz isso? - Isabel contra-atacou rapidamente.José não queria se aprofundar muito nesse assunto, seus olhos expressavam desagrado: - Você pode parar com isso?Isabel olhou para ele, seus olhos gradualmente se tornaram decepcionados. Ele ainda achava que ela estava apenas fazendo birra.Isabel baixou a cabeça, rindo levemente com um tom autodepreciativo:- Desde que nos casamos, quantas vezes eu fiz birra depois do início, co