O grande círculo estava novamente formado. As fadas dançavam em volta da grande árvore. Clara jazia no meio do círculo. Eu assistia a tudo, o medo de perdê-la fazia com que meu corpo não parasse de tremer.
Mamãe me explicou que Clara tinha arriscado a vida para me acompanhar naquela busca, sem as pedras mágicas as fadas não podiam ficar mais
O som da tempestade que se aproximava causava um grande reboliço pelas ruas. Portas do comércio eram fechadas, pessoas passavam apressadas demonstrando o quanto queriam estar seguras em suas casas. A correria fazia com que os esbarrões e os pedidos de desculpas fossem constantes.Abotoei o casaco, o frio estava cortante. Tratei de apertar o passo, não queria me atrasar para o jantar, mamãe ficav
— Acorde, Rick, estamos atrasados, temos que ir! — gritou um homenzinho, bem perto de meu rosto.O susto foi tão grande que dei um salto para trás. Pensei estar sonhando, ou melhor, estar tendo um pesadelo!—Quem é você? Como chegue
Dindi se dirigiu até um velho e enorme carvalho, eu o segui em silêncio. Estava absorvendo tudo o que ele havia me revelado. Quando chegou bem perto do carvalho ele parou, me olhou, e assim falou:— Você tem a chave, o poder é todo seu. Sou um servo leal, mas não posso passar pelo portal. Siga sempre em frente e logo entre elas estará presente — Dindi recitou as palavras com muita formalidade.
— Há milhares de anos, nós, as fadas, nos retiramos do mundo dos humanos. Foi muito difícil nos adaptarmos ao nosso novo mundo, cheio de solidão. Algumas fadas não suportaram ficar longe dos campos, dos mares, dos bosques, dos animais, enfim, da vida terrena com todos os seus prazeres. E então voltaram, mas elas foram caçadas e exterminadas, como muitas outras criaturas mágicas que ousaram desafiar os tiranos que dominavam o mundo. Só nos restou então vivermos reclusas, bem longe da maldade daqueles que habitavam a Terra. Neste novo mundo, construímos nosso lar. Usamos toda nossa criatividade e sensibilidade para construí-lo. Você teve a chance de ver um pouco dele hoje, não foi?
Eu tinha muitas perguntas a fazer, mas vi que a fada não podia mais continuar sua narrativa. Ela se recostou nas almofadas e fechou os olhos. A grande porta dourada se abriu e a linda fada que me recebeu entrou. Trazia nas mãos uma taça. Ela se aproximou da rainha das fadas e com ternura fez que ela bebesse todo o líquido.— Venha, Rick, vamos deixá-la descansar
Nosso passeio continuou nas proximidades da árvore de pedras, Clara falou das outras pedras e de seus poderes mágicos. Eu estava fascinado. Ouvia atentamente cada palavra que ela dizia. Ficamos um bom tempo conversando, aos poucos ela parecia ficar mais empolgada e feliz.Voltamos ao palácio. Voando. Aquela experiência era incr&iac
O barulho do relógio me fez pular da cama. O dia havia amanhecido. A chuva continuava a castigar toda a cidade. Levantei e constatei que a caixinha estava na cabeceira da minha cama.“Tudo não passara de um sonho!”, pensei. “Mas pareceu tão real! Meu Deus, eu não posso ter sonhado!” Continuei a olhar para a caixinha, ela estava lacrada. A prova de que
Quando acordei ainda estava dentro do carro, que agora percorria as ruas de uma linda cidade bem devagar. Ouvi a voz de Dindi, que falava para Clara:— Vou estacionar mais perto do parque. Vocês entram e eu aguardo aqui do lado de fora.Último capítulo