Capítulo 18

Turturem

A lama sob seus pés e as pedras pelo caminho transformou em uma longa caminhada, o que poderia ter sido feito em quinze minutos, caso as condições fossem melhores.

— Diabos de lugar imundo, essa é a pior humilhação que já passei na minha vida. — Petrus resmungou irritado — Quando eu encontrar o responsável por essa maldição, irei estrangulá-lo com minhas próprias mãos.

Demoraria um pouco mais para o amanhecer, teriam que se contentar em permanecer ao ar livre.

Chegando as ruas de pedras, que compunha metade da parte comerciante de Turturem, avistaram os mortos vivos vagando de um lado para o outro, em grande quantidade. Mesmo tentando se manterem longe das vistas, acabaram por ter sua localização entregue quando Petrus xingou alto.

Sr. Willians queria cortar a garganta do capitão, mas sabia não ter força para isso e tinham coisas maiores para se preocupar.

Dispararam pelo mesmo caminho que vieram, de volta a praia, mas não contava, que os mortos iriam segui-los tão avidamente, apertaram o passo, parecia ainda mais dificultoso retornar do que antes. A lua estava encoberta pelas nuvens negras, caso tivessem outros por ali, seriam facilmente emboscados.

Os chiados desconexos dos mortos lhes davam agonia, ao saírem na praia, avistaram o navio que os trouxera já navegando ao longe.

— Eu sabia que não devíamos ter confiado naquele rato do mar. — Petrus berrou.

— Não temos tempo para reclamações! — Oscar gritou apontando para os mortos que ainda os seguiam.

Dispararam com velocidade, usaram todas suas forças para correr pela praia, teriam que dar a volta na ilha, até conseguir os despistar.

— Essa situação está se tornando ridícula, espero que ninguém saiba dessas humilhações. — Petrus resmungava entre xingamentos.

O esgotamento físico tomava conta dos quatro, mal tinha descansado e agora estavam correndo pela praia para evitar pegar a doença dos mortos.

Eliaquim quase não conseguia respirar, o garoto estava mais atrás, com imensa dificuldade em manter o ritmo, em sua cabeça já imagina ser pego pelos mortos e se não o matassem, acabaria doente e se tornaria um deles. Nenhuma das opções era agradável, ele não havia chegado até ali “ileso” para morrer em uma praia.

Os mortos pareciam não se cansar, mantinham o mesmo ritmo inicial, aos poucos conseguiam se aproximar do quarteto ofegante.

— Aquilo é o que eu estou pensando? — Sr. Willians questionou entre suspiros pesados.

— O Pesadelo Marinho! — Oscar respondeu — Depressa.

O tempo passara tão rápido que os primeiros raios de sol se faziam presente na manhã turbulenta, mal o dia começara, e passavam por problemas sérios.

Avançaram pela água gelada até o navio, avistando uma garotinha saltando e balançando os braços freneticamente. Adentrando-o, perceberam que os mortos também os seguiam até ali, Petrus tomou o timão enquanto Oscar e Sr. Willians levantavam a ancora, em pouco tempo o navio navegava pelas águas escuras.

— Onde está Kira? — escutaram uma voz familiar os questionando.

Ao observarem bem, viram Rubi parada com os grandes olhos arregalados, a aparência da garota estava ótima, muito bem cuidada e usava um vestido caro. Atrás dela, Ellenne segurava um sabre enquanto os encarava com as sobrancelhas arqueadas.

— O que fazem aqui? — Sr. Willians questionou.

— Kira me enviou um bilhete por um pássaro mensageiro, dizia para buscar o Pesadelo Marinho na gruta e leva-lo para Ellenne. — Rubi respondeu.,

— Eu também recebi um bilhete, o qual me mandou esperar por Rubi no porto, depois as instruções me mandavam ir para Opala Insula busca-los, para então levar Rubi de volta a Cristallum.

— Chegamos ao anoitecer, procuramos para todo lado e não os encontramos. — Rubi complementou.

— Depois de muita procura, um marujo nos disse que um comerciante tinha partido com um quarteto, imaginei que Kira estivesse entre vocês. — Ellenne se aproximou mais — Onde ela está? E quem é ele?

Os quatro se entreolharam.

— Me chamo Eliaquim. — respondeu em tom baixo.

— Certo, onde está minha irmã?

— Foi sequestrada, capturada, levada, o que você quiser chamar. — Petrus deu de ombros.

— O QUÊ! — Rubi soltou um gritinho fino.

— Como isso aconteceu? — Ellenne parecia desconfiada.

— O navio do capitão Petrus foi atacado por Magnainfernun enquanto estávamos a caminho de Opala Insula. — Oscar responde.

— Paramos em uma parte da floresta para descansar, após termos sido salvos por Malesinmar, porém, ontem quando acordarmos a capitã havia

Em questão dos últimos acontecimentos aconselho aos leitores que não iniciem a leitura, me recuso a continuar disponibilizando meus livros de graça e a plataforma render as minhas custas, assim como de outros autores, os capítulos foram cortados pela metade assim inviabilizando a leitura e consequentemente cortando os rendimentos.

Agradeço a compreensão de todos e preço desculpas pelos transtornos.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo