Capítulo 15

Opala Insula

Quando o capitão Petrus acordou no dia seguinte, havia uma fogueira ao seu lado e os dois marujos dormiam ainda profundamente. Observando a sua volta não encontrou nenhum sinal de Kira ou de Malesinmar, vasculhou pelos lados, chamou por ela, mas sem resposta alguma.

Berrou alto assustando Sr. Willians e Oscar, que levantaram rápido.

— Onde está a sua capitã? — questionou irritado.

— Não sabemos, ela estava aqui quando adormecemos. — Sr. Willians respondeu.

Insatisfeito, Petrus caminhou por entre as árvores de volta a praia, tentando encontrar alguma pista sobre a capitã. Sr. Willians e Oscar o acompanharam ainda sonolentos, porém, bastante preocupados com a situação. Chegando a areia branca, encontraram Malesinmar vagando de forma débil, com as mãos sobre a cabeça tapando os olhos do sol da manhã.

— KIRAAA! — berrou fazendo-os tapar os ouvidos — KIRAAA!

— Parece que ele também está procurando pela capitã. — Oscar disse engolindo em seco.

— Eu sabia, ela sumiu porque tem culpa na maldição. — Petrus resmungou — Nunca devia ter confiado em uma mulher.

— Não posso permitir que pense mal da capitã Kira, tenho certeza de que ela não sumiu de propósito, não é do seu feitio. — Sr. Willians inflou o peito.

Petrus o encarou com uma carranca de raiva.

— Então o que aconteceu? — questionou.

— Podemos perguntar a Malesinmar. — Oscar responde.

Se aproximaram da criatura que ainda vagava pela praia, berrando por Kira.

— Sabe onde está a nossa capitã? — Sr. Willians perguntou.

— Kira acende fogo e depois procura por comida. — respondeu — Malesinmar não vê mais...

— Temos que procura-la no porto e nos comércios, ela estava com uma bolsa de pedras preciosas, deve ter ido comprar. — ele comentou esperançoso.

— Acho que não... — Oscar apontou para uma pequena bolsa jogada sobre os arbustos.

Rapidamente a recolheram e verificaram que era de Kira, estava com as pedras preciosas, a adaga e os frascos.

— Isso não é nada bom. — Sr. Willians resmunga.

— KIRAAAAAA! — Malesinmar correr para dentro da água.

A criatura estava agitada enquanto batia os braços, como se procurasse algo. Logo retornou com um chapéu em mãos, o mesmo que Kira usava antes de desaparecer, e perceberam que escorria água com sangue dele.

— E se Magnainfernum a tiver levado? — Petrus questionou coçando o queixo.

— A capitã não seria tão estúpida de se pôr em perigo. — Sr. Willians respondeu.

— Melhor procurar no comércio então, se ela passou por lá, alguém deve se lembrar. — Petrus deu de ombros.

O clima estava tenso, se quem procurava por Kira conseguiu a sua vingança, não sabiam o que poderia acontecer dali para frente.

— Malesinmar procura na água. — se retirou com pressa.

Sr. Willians dobrou o chapéu da capitã e guardou dentro da bolsa.

— Nós procuramos no porto primeiro, será mais fácil de alguém lembrar de tê-la visto. — ele informou.

— Tanto faz, apenas vamos logo. — Petrus resmungou.

Caminharam por entre a areia para chegar até a escada lateral que os levaria ao porto. O local tinha pouca movimentação, passaram a perguntar para todos ali se a tinham visto, mas ninguém se lembrava de ver Kira. Sr. Willians decidiu então ir rumo ao comércio, uma parte das lojas estavam fechadas, mas ainda alguns tentavam sobreviver mantendo seus negócios abertos, as vendas haviam caído muito com a chegada da maldição.

Os três se separaram para ser mais rápida a sua busca, estavam começando a achar que Kira havia realmente sido levada por alguém, ou já teria aparecido, tirando-os desses maus devaneios.

Sr. Willians tentava parecer calmo, mas seu desejo era encontrar sua capitã viva, ela era do tipo que não seria sequestrada tão facilmente, teria deixado alguma pista sobre seu paradeiro e desacreditava mais ainda que Kira os tivesse deixado ali e partido para longe.

— Esse marujo disse que viu Kira. — Petrus disse puxando um garoto magricela.

— Eu... eu... eu a vi mais cedo... antes das lojas... abrirem. — o rapaz gaguejava amedrontado.

Sus olhos encaravam Petrus com certo receio.

— Diga para onde ela foi? — Petrus questionou.

— Para o outro lado da ilha. — disse num fio de voz — Ela queria encontrar alguma coisa, ou alguém, eu não entendi.

— Tem certeza que era a capitã Kira? — Sr. Willians questionou desacreditando — Cabelos negros, pele pálida, olhos azuis e um pouco arrogante?

O rapaz engoliu em seco.

— Sim, menos pela arrogância. — responde — Ela parecia confusa e assustada, disse que iria vê-lo logo.

— Ver quem? — Petrus berrou.

— Não sei, eu juro, foi apenas isso que ela disse antes de sair correndo...

— E o que você fazia àquela hora aqui no comércio? — Oscar estava desconfiado.

— Eu não tenho para onde ir, nem ouro ou quaisquer recursos.

Petrus jogou o garoto ao chão e começou a caminha.

— Vamos para o outro lado da ilha!

— Es... espera! — gaguejou se levantando — O senhor prometeu que eu poderia acompanha-los em troca de comida e um lugar para dormir.

— Eu prometo muitas coisas. — Petrus coçou o queixo antes de voltar a caminhar.

— Se prometeu, tem que cumprir! — Sr. Willians suspirou.

Acenou com a cabeça indicando que o rapaz devia segui-los.

Os quatro voltaram a praia, caminhando próximos as árvores para fugir do sol da manhã. A areia começava a esquentar, mas isso não lhes importava, quanto antes encontrassem Kira, poderiam continuar sua investigação e traçar um novo plano.

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Cristallum

Daniel e Léia estavam comemorando sua união, teriam pouco tempo de descanso antes que Daniel tivesse que retornar a seus afazeres reais. Sem preocupações aparentes, limitavam-se a permanecer deitados sobre a cama trocando caricias e beijos apaixonados.

— Eu sabia que se renderia a mim, majestade. — Leia disse em tom brincalhão.

— Parece que é bem mais sábia do que eu. — deu-lhe um longo beijo — Minha rainha, espero que o filho em seu ventre seja outro menino.

— De forma alguma, desejo uma menina dessa vez.

Ele gargalhou alto, antes de serem interrompidos com batidas na porta.

— Daniel, precisamos da sua presença urgente! — seu pai berrou.

Pela voz parecia eufórico, por isso Daniel levantou-se rapidamente e vestiu suas roupas.

— Já estou a caminho. — disse aflito.

Seja lá o que fosse, não deveria ser coisa boa, combinaram que seu

Em questão dos últimos acontecimentos aconselho aos leitores que não iniciem a leitura, me recuso a continuar disponibilizando meus livros de graça e a plataforma render as minhas custas, assim como de outros autores, os capítulos foram cortados pela metade assim inviabilizando a leitura e consequentemente cortando os rendimentos.

Agradeço a compreensão de todos e preço desculpas pelos transtornos.

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