Os dias seguintes passaram lentos demais para o meu gosto, por que mais uma vez Caled estava distante, é claro que eu tinha muito serviço com as crianças, estava ajudando Helena com o abrigo e os assuntos da reserva que ficaram pendentes após a morte de Bill, eu não comentei, , ,mas Helena também herdou bastante coisa com a morte dele, e trabalho não faltava, Sophia também estava ajudando, ela tinha se enturmado com as crianças, ter ela do meu lado era uma benção pois fazia o dia passar mais rápido com a sua tagarelice as vezes eu até ria, Dan vinha ajudar as vezes, , ,mas não sempre, pois ultimamente ele estava um pouco distante, acho que toda essa história de anjos e demônios tinha sido demais para ele, ele tinha ficado assustado.
Foi em uma manhã de Sexta-feira que a notícia chegou caindo como uma bomba em cima de mim.
Surto de mortes inexplicáveis apavora moradores de Toronto
A manchete estampava as primeiras páginas no jornal, lentamente fui folhando as folhas, até por que as fotos das meninas não me eram estranhas.
“Três garotas foram encontradas mortas em um bairro afastado de Toronto, o motivo da morte ainda é um mistério para os familiares, já que as meninas não tinham intrigas com ninguém, afirma a mãe, as mes, mas tiveram o pescoço decapitado e o sangue drenado completamente”.
Dizia a matéria, senti meus pelos se arrepiarem, agora não era mais um talvez, mas uma certeza, eu conhecia aqueles rostos, Margaret Simon, Mary Scott e Susana Lines eram estudantes do segundo ano do ensino médio, estavam na mesma série que eu, porém eram de um colégio diferente, todas tinham completado 16 anos naquele ano. A polícia estava trabalhando em cima de um serial Killer, já que as meninas tinham a mesma idade e estudavam juntas, porém não tinha sido confirmado se algum tipo de violência sexual tinha ocorrido.
Mostrei a matéria a Sophia que se arrepiou junto comigo, ela conhecia bem mais as meninas que eu, se lembrava de ter estudado alguns anos com elas, antes de mudar de colégio.
- Por que alguém mataria Mag? Ela era um doce! Nunca a vi erguer a voz para ninguém, se existia alguém calmo, paciente e amoroso nesse mundo com certeza era Mag.
Ela se referia a Margareth Simon, a menina ruiva da fotografia, os pais estavam inconsoláveis, não devia ser fácil perder um filho tão novo para uma morte tão cruel.
Fui para casa mais cedo naquele dia, encontrei Wellyn no jardim, sorri para a menina que correspondeu o sorriso, era bom saber que ela estava saudável novamente, já que desde que aparecera ali tinha passado boa parte do tempo adoentada, algo que muito me intrigava já que ela não apresentava nenhuma doença, apenas fraqueza e desanimo, que não era curada com vitaminas, fraqueza esta que passava do nada.
- Oi, Wellyn...
- Olá dona Alicia, como tem passado?
- Muito bem e você?
- Bem, o seu namorado não vem mais aqui?
- Caled está viajando, mas acredito que volte hoje.
- E ele vai vir me visitar?
- Eu não sei Wellyn.
- Peça a ele que venha, diga que estou com saudades.
- Eu direi, pode deixar.
Sorri para ela e segui meu caminho não me lembrava que Wellyn era tão amiga de Caled, aliás nem sabia ao certo se Caled a conhecia tão bem assim a ponto de se lembrar de vir visita-la, por mais que eu tivesse falado muito sobre ela no verão passado.
Cheguei em casa e desabei no sofá, meu corpo inteiro estava dolorido, se eu pudesse ficar doente acreditaria que estava pegando uma gripe, porém eu sabia que não ficava doente, deveria ser apenas cansaço, me levantei com calma, precisava tomar um banho antes que Caled aparecesse e preparar o jantar de Helena que demoraria a chegar.
Entrei em baixo do chuveiro deixando a água percorrer meu corpo, era incrível como um banho podia resolver tudo, sai do box renovada como se não houvesse nenhuma dor. Me enrolei na toalha e sai indo em direção ao meu quarto, quando entrei não percebi que não estava sozinha, foi preciso alguns segundos para avistar uma figura parada próxima a janela, minha vista embaçou e eu me assustei ao não reconhecer o rosto de Caled de imediato.
- Santo Deus! Que susto! ...
Caled se voltou para mim, ele não estava sozinho e isso me fez entrar em pânico já que eu só estava de toalha, para a minha surpresa o homem que estava com ele rapidamente se virou, também se sentindo mal.
- Sinto muito, Alicia...
Disse ele, tentei buscar algo para esconder meu rosto, porém o homem tirou o casaco longo que usava e me atirou.
- Vista isso por favor!
Coloquei o casaco que ficara gigantesco em mim, enquanto Caled se matava rindo da situação, ele nem ao menos havia pedido desculpas pelo incidente, o que ele tinha na cabeça em trazer alguém para o meu quarto sem me avisar?
- Caled!
Ele parou de rir imediatamente e assumiu uma postura ereta.
- Sinto muito, meu amor, não imaginei que fosse entrar de toalha, achei que se vestiria no banheiro.
- Esqueci as roupas aqui.
Apontei para a cama onde a muda de roupa ficará dobrada.
O outro que o acompanhava continuava de costas para mim, se sentindo envergonhado.
- Quem é ele?
Caled olhou para ele que não respondeu, e depois assentiu com a cabeça.
- Acho melhor descermos até você se vestir, depois apresento vocês.
Sem pensar muito o homem que o acompanhava se virou para a janela e saltou, nesse exato instante eu tive a certeza de que ele também não era humano.
Caled soltou um sorriso torto e sem jeito.
- Ele não gosta muito de mulher.
Então voou janela abaixo também, eu respirei fundo tentando retomar a consciência e retirei o casaco do desconhecido, puxei as cortinas com cuidado ainda com medo que eles pudessem estar do lado de fora me vendo e me vesti mais rápido que consegui descendo as escadas, Caled estava confortável sentado no sofá, já o acompanhante estava pardo de frente ao altar de santos de Helena.
- Pronto...
Caled sorriu se pondo de pé e vindo ao meu encontro, me deu um beijo leve, enquanto o outro o observava com desaprovação, quando percebeu que estava sendo observado Caled se afastou.
- Desculpa Caliel, ela ainda é minha namorada.
Caliel não sorriu, seu rosto era sério, ao mesmo tempo triste, porém uma coisa era certa ele não aprovava meu relacionamento.
- Alicia, esse é Caliel, anjo da categoria dos Tronos e meu superior.
- Superior?
- Sim, é ele que tem me vigiado e me ensinado como agir.
Me aproximei dele sem saber se o certo seria cumprimenta-lo ou não, sem saber como agir apenas lhe devolvi seu casaco.
- Seu casaco.
Ele olhou o casaco como se se lembrasse da cena e abaixou o rosto o recolhendo.
Caled soltou um riso zombeiro ao perceber a reação de Caliel.
- Sinto muito por ter invadido seus aposentos em uma hora tão impropria senhorita.
Ele tinha uma voz grave, mas ao mesmo tempo suave, seus olhos azuis escuros como se fossem duas safiras me observavam atentamente, foi impossível não sorrir, ele era tão fofo.
- Tudo bem, Caliel, então o que fazem aqui?
Caled me observou abaixando a cabeça, pelo visto as notícias não eram boas, o pânico começou a tomar conta de mim assim que o silêncio caiu sobre nós, foi Caliel quem o quebrou.
- Caled, nos informou sobre sua dificuldade em entrar em contato e acreditamos que isso pode estar relacionado a alguém que a queira aqui na terra.
- O que? Como assim?
- Acreditamos que alguém esteja atrapalhando a sua conexão para que não possa se comunicar conosco.
- Mas como eu podia me comunicar com haziel?
- Por que ele já não era um de nós, escute Alicia, no nosso mundo são poucos os anjos que saem em missão como você ou como Caled, é claro que todos temos o dever de manter a ordem aqui em baixo, mas a maioria de nós faz isso lá de cima, até por que a maioria de nós é responsável por mais de um humano.
- Então acha que alguém que muito me quer aqui na terra pode estar querendo impedir minha comunicação para que eu fique presa aqui?
- É bastante possível, quem mais sabe que você é uma de nós?
Observei Caled como se pedisse permissão para falar, eu não tinha certeza se podia confiar em Caliel.
- Bom... Depois de Caled, tem só uma pessoa, mas ele não tem poder para fazer isso é apenas um humano como qualquer outro.
Caled me olhou limpando a garganta.
- Seu amigo Daniel. – Disse Caliel me voltei para ele surpresa. Como ele poderia saber disso? – Não se preocupe, não é ele e nada acontecera a ele.
- Como você...
Caled deu um passo à frente passando a mão pela minha cintura.
- Caliel, tem um poder com a mente, aliás a maioria dos Tronos tem, é o dom deles.
- Dom?
- Sim, assim como você tem o dom da cura.
- Quer dizer que ele pode ler minha mente?
Caliel me observou com cautela.
- Sim posso, espero que não se importe.
E como eu não me importaria? Novamente o pânico me dominou, então ele podia saber o que eu estava pensando, e saber que o tinha achado fofo e estranho e bonito e..... Que vergonha.
- Não se preocupe, sua opinião sobre mim não faz diferença Alicia, agora é importante descobrir quem pode estar atrapalhando sua conexão.
Parei para pensar ninguém mais sabia sobre eu ser um anjo, não tinha contado a ninguém isso, nem mesmo a Sophia.
- Não faço ideia de quem poderia ser.
Caliel olhou para Caled.
- Ela fala a verdade, não há ninguém na mente dela.
É claro que eu estava falando a verdade por que mais eu mentiria?
Sem querer acabei esquecendo que ele podia ouvir minha indignação, e pela primeira vez vi ele soltar uma espécie de sorriso, porém logo desapareceu.
- Ok, e como eu faço para descobrir quem é essa pessoa?
- Talvez eu precise ver a mente do seu amiguinho, vai que ele tenha dado coma língua nos dentes.
- Não, não... Daniel jamais me trairia.
- Ele é humano, humanos erram.
- Qual o seu problema com os humanos?
Caliel trocou um olhar com Caled, talvez eu estivesse complicando as coisas.
- Alicia, Caliel está tentando ajudar e bom, ele é superior a qualquer um de nós.
- Ele pode ser o papa, aqui é a terra, esse é o lugar dos humanos, se ele quer m****r em alguém pode voltar para o paraíso.
- Alicia!
Caliel permanecia sério, me observando não disse uma sequer palavra enquanto eu praticamente o linchava para fora da minha casa, era incrível como ele podia ser belo.
- Interessante, tem uma mente bastante interessante Alicia, sinto muito se invadi o seu espaço, como eu disse não irei machucar seu amigo, Dan, ele está seguro comigo, é claro que não posso afirmar o mesmo caso eles resolvam m****r outro de minha classe ou até mesmo algum dos principados, pode acreditar eles são bastante difíceis.
Eu o observei com cautela ele não estava mentindo.
- O que são os principados?
Caliel me ignorou olhando para Caled.
- Não contou a ela sobre as classes, não é?
- Não, eu não tinha certeza se tinha permissão para isto.
- Como assim Caled, o que me escondeu?
Eu não estava com muita paciência naquele dia, na verdade não estava gostando do rumo que a conversa estava tomando, depois teria que falar com Caled.
- Caled não escondeu nada de você, tenho certeza que ele vai preferir contar, agora que sabe que pode contar, talvez seja melhor eu partir para que possam conversar com a sós.
Caled me olhou por de baixo dos longos cílios como se estivesse envergonhado, acho que eu tinha passado dos limites, tinha sido muito mal-educada com Caliel.
Dito isso ele abaixou o rosto e vi uma luz irradiando seu corpo era sem dúvidas a cena mais linda que eu já tinha visto, por mais que a luz estivesse ardendo em meus olhos e me fazendo chorar, ainda assim eu me recusava a fechar os olhos, vi seis asas no total todas dominadas por uma luz intensa que queimava como o fogo, depois ele desapareceu, cai no sofá tonta e sem conseguir me mover, olhei para Caled.
- Como consegue ficar bem? - Já me acostumei, Caliel tem me acompanhado a algum tempo, no começo eu ficava como você, mas agora já passou. Ele sentou ao meu lado colocando a mão sobre minha perna, eu sabia o que aquilo queria significar. - Então quer conversar sobre isso? Olhei para ele sorrindo, sim eu queria, queria muito conversar. - Desculpe se eu não lhe falei que traria o Caliel aqui hoje, eu achei que poderia ser bom você ter contato com algum de nós e não há ninguém melhor que ele pode apostar. - O que quer dizer com isso, aliás o que ele quis dizer com classes de anjos e com trazer algum príncipe? - Não é príncipe, e sim principados, não que não haja príncipes por lá, na verdade cada classe de anjo possui o seu, porém os principados não são muito bem vistos pelos outros, por serem mais duros. - Como assim? - Eles são uma espécie de guarda, fazem as coisas prevalecerem a maneira deles, são uma espécie de
Preparei a janta de Helena com Caled sem desgrudar um minuto de mim. - O que eles pensam sobre a gente? Tipo, eles não têm sentimentos então não entendem o que sentimos, como podem aceitar? - Nem todos aceitam a verdade é que a maioria iria querer que isso acabasse, mas eles sabem que é impossível dissolver o que existe entre nós... - E eles não pretendem fazer nada, não é? - Acho que não, Caliel teria me contado se eles estivessem pensando em fazer algo. - Confia mesmo nesse tal de Caliel néh? - É sei lá estranho, ele tem sido um bom amigo, por mais que eu saiba que ele não me vê dessa forma, como um amigo, ainda assim eu o vejo. Ninguém queria me treinar, me ajudar, muitos viraram a cara para mim e foram contra a ideia de me salvar, mesmo eu tendo salvado você, ainda assim eles não me aceitaram e Caliel aceitou a missão e está calando a boca de todos. - Espero que com o tempo eu também possa ver nele um amigo.<
Quando voltei para casa já estava bem tarde, Helena dormira no sofá me esperando e eu tive que a colocar na cama, depois de deitá-la com cuidado fui até meu quarto, me olhei no espelho por alguns segundos até que finalmente percebi o que estava diferente, eu esquecera meu casaco na casa de Caled, droga teria que ligar para ele amanhã para que ele levasse até o abrigo para mim, era meu casaco preferido, como eu podia ter esquecido dele lá? O dia amanheceu radiante, com o sol batendo forte em minha janela, peguei minha mochila e desci as escadas correndo, estava atrasada... De novo... - Perdeu a hora querida? - Fiquei com Caled até tarde.... – Disse colocando meio pãozinho na boca e tomando três goles de café ao mesmo tempo. – Tenho que ir tia, nos vemos a tarde! Gritei quando sai batendo a porta, agora eu tinha que correr até a estrada e pegar o transporte, seria mais fácil de Helena me levasse ao colégio, mas ela tinha uma reunião impor
Caliel não pareceu levar a sério a minha colocação. - São apenas quatro garotas mortas, acha mesmo que existe algo demoníaco nisso? -Colocando dessa forma, parece idiotice eu sei, mas pense comigo Caliel, todas as meninas mortas tinham 16 anos, todas as meninas mortas tiveram seu sangue totalmente drenado, uma quinta vítima que foi apanhada, não, eles devolveram a menina de 15, morta também é claro, mas por que o corpo dela não foi levado assim como o das outras, por que o sangue dela não foi drenado? Pela primeira vez os olhos de Caliel encararam os meus como se ele de fato prestasse atenção em mim. -Existe algum outro motivo para você estar tão preocupada Alicia? Sim existia, não era apenas por causa de um serial Killer, tinha algo mais. -Bom... Na verdade, todas as garotas eram daqui de Toronto, mais especificamente da minha escola, eu tenho 16 anos... Sophia tem 16 anos, poderia ser uma de nós, e se eles estiverem procurando por al
Depois sai da sala, eu devia parar de me preocupar tanto com isso, mas infelizmente aquilo parecia estar me perseguindo. Quando deitei na cama naquela noite Caled passou o braço sobre mim e me puxou para perto. -Terra chamando Alicia, o que está acontecendo? -Estou preocupado que talvez Sophia possa ser a próxima, ela é inteligente, fez 16 anos... -Faz tempo que ela fez 16 anos, se não me falha a memória daqui dois meses ela vai fazer 17... então precisa se preocupar em mantê-la vida por dois meses e somos capazes de fazer isso. - Mas e as outras meninas? Quem vai protege-las? E por que estão sendo mortas? -Não sei, talvez seja mesmo um serial Killer, mas confesso que estou começando a acreditar na sua versão dos fatos. -Finalmente alguém que está começando a acreditar em mim... Disse me levantando da cama e caminhando até a janela para fechar as cortinas a luz da lua estava me incomodando. -Que lua estamos?
-Eu só não entendo, há princípio achei que estivessem a minha procura, que quisessem sei lá, me matar e sem saber quem eu era estavam matando uma garota após a outra até me encontrarem, era essa a minha ideia por isso estavam matando as garotas nascidas no mesmo ano que eu e do meu colégio, mas pelo que Asmodeus disse, não é isso, eles sabem quem eu sou, então por que mataram tantas outras meninas?-Talvez estejam criando demônios e precisem de corpos...-Não sei, por que escolheriam justamente meninas de 16 anos? Por que não optar por homens e de preferência fortes?-É sem dúvidas uma escolha bizarra.Daniel entrou logo em seguida no quarto.- Alicia, eu vim assim que soube, o que houve?Caled me olhou fazendo um sinal positivo.-Eles estão atrás de mim, estas mortes são por minha causa, eles me qu
A reação foi bem pior do que eu esperava, tia Helena desceu do carro aos prantos caindo no chão em seguida e chorando feito criança ao localizar apenas as cinzas do que um dia tinha sido seu lar, nem mesmo as escadas estavam no lugar, apenas uma mancha negra de fuligem, pedaços de madeira destroçados e alguns moveis totalmente destruídos e sem identificação, minha tia caminhou até as cinzas e caminhou pelo lugar, pegou um pouco de cinzas na mão e os deixou cair. -Ainda não acredito, como pude ser tão tola, tão distraída, como pude esquecer o gás aberto, como... Eu sabia que nenhuma daquelas acusações que ela estava fazendo era verdadeira, porém, era mais fácil se ela acreditasse nisso. Em meio as cinzas, meio negras, meio claras, logo escuras horas grossas horas finas, estava um pequeno detalhe dourado que minha tia localizou, segurando entre os dedos a pequena corrente de ouro ela se ergueu do chão. -Foi o primeiro presente do pai de Sophia, ele me d
O pai de Daniel não tinha muito contato com a família, depois que se casara de novo quando Daniel tinha 12 anos ele parou de fazer contato com o restante da família. -Quantos anos você está fazendo? -Quatro, estou fazendo quatro, minha mãe está contente e me abraçando muito, meus primos estão todos aqui. -Ok, Daniel, agora preciso que volte, volte um pouco mais... Daniel assentiu e logo seu rosto de tornou triste como se ele não gostasse do que estava vendo. -Onde você está? -Eu não sei, é muito escuro, eu não sei onde estou, mas é molhado, minha mãe está chorando, muito triste, estou triste por isso também. -Tente se lembrar por que sua mãe está triste. -Meu pai, ela brigou com meu pai, ele não gosta de mim, quer.... Quer... – Daniel estava em lágrima, mas. – Ele quer que eu morra. Toquei o ombro de Caled. -Acho que ele está no útero, ele se lembra das discussões da mãe dele com o pai quando ainda não t