Caliel não pareceu levar a sério a minha colocação.
- São apenas quatro garotas mortas, acha mesmo que existe algo demoníaco nisso?
-Colocando dessa forma, parece idiotice eu sei, mas pense comigo Caliel, todas as meninas mortas tinham 16 anos, todas as meninas mortas tiveram seu sangue totalmente drenado, uma quinta vítima que foi apanhada, não, eles devolveram a menina de 15, morta também é claro, mas por que o corpo dela não foi levado assim como o das outras, por que o sangue dela não foi drenado?
Pela primeira vez os olhos de Caliel encararam os meus como se ele de fato prestasse atenção em mim.
-Existe algum outro motivo para você estar tão preocupada Alicia?
Sim existia, não era apenas por causa de um serial Killer, tinha algo mais.
-Bom... Na verdade, todas as garotas eram daqui de Toronto, mais especificamente da minha escola, eu tenho 16 anos... Sophia tem 16 anos, poderia ser uma de nós, e se eles estiverem procurando por alguém em especifico? E se esse alguém for alguém que eu ame?
-Quer que eu vigie a tal Sophia?
-Talvez.... Pelo menos até esse cara ser pego sabe, eu não sei por quanto tempo eu vou estar aqui, mas não quero partir sabendo que ela está correndo riscos, ela já perdeu a mãe, o pai.... Ela só tem a mim ou a Helena, se eu também tenho que partir, então, eu quero pelo menos que me prometa que irá protege-la...
- Sabe que o que está me pedindo está fora do meu alcance não sabe?
-Por que? Ela é apenas uma humana boba e cabeça oca, cheia de ideias infantis, o que ela pode fazer contra você? Ela nem dá trabalho...
-Eu sigo regras Alicia, não posso simplesmente grudar em uma humana por que está me pedindo.
Abaixei o rosto olhando para os meus joelhos eu não queria chorar na frente dele, mas a verdade é que eu estava com muito medo, medo de que algo acontecesse a Sophia quando eu partisse, medo que algo acontecesse a Helena, medo que as coisas mudassem, que eu fosse esquecida, medo de ir embora.
Caliel se levantou andando de um lado para outro.
- Tudo bem...
- Vai protege-la?
-Não, vou dar uma olhada, perguntar a outros anjos que vivem aqui na terra se eles sabem de alguma coisa, vou investigar as mortes e desaparecimentos, agora Alicia tem que prometer que se receber o chamado, irá partir.
-Eu irei... eu juro, eu só quero ter certeza de que ficarão bem.
-Farei o meu melhor, mas não prometo nada.
-Já é alguma coisa, obrigada Caliel.
Caliel olhou de canto para Caled e depois se retirou, Caled se aproximou sentando ao meu lado no sofá.
-Ele é durão, mas tem um bom coração, acredite Caliel é o melhor anjo que eu conheço, ele vai cuidar dela.
-Você acha?
-Tenho certeza.
Eu tinha ficado mais calma com aquilo, mesmo Caliel tendo dito que não cuidaria de Sophia eu sabia que no fundo ele daria uma olhada. Caled me contou que ele não era do tipo que gostava de cuidar de humanos, não servia para anjo da guarda, mas ainda assim ele tinha feito uma promessa, uma promessa de descobrir o que estava acontecendo.
Acordei com a luz do sol entrando pela janela, me espreguicei, sábado, como eu amava o sábado, não tinha aula no sábado! Sábado seu lindo!
- Alicia!
O grito ecoou pela casa, destruindo minha sensação de paz, reconheci de imediato a voz de Sophia, saltei me sentando na cama e então a vi invadindo o quarto, os cabelos vermelhos estavam mais armados do que o normal, talvez fosse por que ela ainda não os tinha penteado e seus olhos verdes pareciam que iam saltar do rosto.
-Aconteceu alguma coisa?
-Acho que Deus ouviu minhas preces!
-O que?
Eu devia estar dormindo, isso certamente aquele era mais um sonho louco, logo eu ia acordar, esfreguei meus olhos esperando que quando eu os abrisse novamente ela tivesse desaparecido, porém ela continuava na minha frente quando voltei em mim.
-Do que está falando Sophia?
-Do gato, que está lá na sede sendo entrevistado pela sua tia, parece que ele é psicólogo, ou algo do tipo sei lá, sua tia ta entrevistando ele, vamos levanta dessa cama!
-Eu estava planejando dormir até mais tarde.
-Você vai ter tempo de dormir quando tiver 80 anos, agora vamos!
Sophia foi me puxando para fora da cama, enquanto me troquei ela preparou o café para mim, quase engoli tudo sem respirar, e então ela já me puxou novamente e fomos até a sede.
-Acordou cedo, viu o cara e veio me buscar?
-Pois é.
-Que empolgação.
- Quando pôr os olhos nele você vai entender a empolgação, eu achei que era impossível haver alguém mais bonito que o Caled com todo o respeito, mas esse cara, ele caiu dos céus...
-Espero que seja realmente lindo, se não vou matar você...
Ela sorriu não considerando minha ameaça.
Quando encostamos ela saiu quase correndo do carro.
No alto da escada estava minha tia, tão boba e maravilhada pelo homem como Sophia, os olhos de Helena brilhavam olhando o rosto angelical na sua frente, sem perceber que havíamos entrado, Sophia estava paralisada no pé da escada, como se esperasse que ele tropeçasse em algo e caísse próximo a ela, porém seu andar era calmo e perfeito, nada o faria cair, era mais fácil uma das duas rolar escadaria a baixo do que ele perder o foco, seu rosto se voltou para mim com um sorriso, lendo meus olhos.
“Caliel”.
- Bom dia Meninas, gostaria de apresentar a você O Phillip, ele é o novo Psicólogo, acabo de contratar ele, tem um currículo excelente.
-Tento fazer o melhor possível.
Olhei para ele incrédula, ele não podia estar fazendo isso, era muito mais do que eu imaginara, ele podia simplesmente vigiar ela do alto, isso? Isso era demais.
Peguei o currículo das mãos de minha tia, “Harvard” sério? De onde ele tinha tirado aqueles papéis, será que esse tipo de mentira não era pecado não?
Agora eu entendia o porquê da euforia de Sophia ele não tinha realmente uma beleza humana, com certeza não tinha, pois nada nele era humano.
Assim que me vi sozinha com ele o coloquei contra a parede.
- Eu pedi para ajudar, mas isso? Precisava mesmo mentir para Sophia e Helena?
-Alicia escute eu sei que se preocupa com a sua amiga estranha, mas se quer mesmo que eu a proteja e ainda proteja Helena essa é a melhor maneira.
-Tudo bem, mas escute aqui... – disse apontando o dedo na cara dele. – Se você por algum momento pensa que vai se divertir com a minha amiga e dar esperanças a ela, vá tirando o seu cavalinho da chuva, vou ficar de olho para que não a machuque.
Ele segurou o meu dedo e abaixou minha mão.
-Não sou o seu demônio Alicia, a última coisa que quero e iludir alguém a alguma coisa eu já sondei os pensamentos de Sophia, sei o que ela pensa a meu respeito e não me agrada nem um pouco a visão dela sobre meu corpo, aliás a visão que todos os humanos tem, tão previsível, confesso que me assusta saber que é assim que eles constituem suas relações, colocando a beleza em primeiro lugar, não me espanta o fato de que os casamentos hoje em dia não sobrevivam com esse tipo de mentalidade, não sou um anjo de missões humanas, não conhecia os humanos até então e agora que os conheci só percebi por que não havia aceitado conhece-los antes.
Dito isso ele me deu as costas, com certeza ele não teria segundas intenções com Sophia, porém era exatamente isso que me assustava, pois eu conhecia Sophia quando ela colocava algo na cabeça ela não tirava, a teimosia dela era sem dúvidas uma arma fatal ela não pararia até convence-lo.
Naquela tarde pela quinta vez coloquei o nome das garotas mortas em um papel tentando construir alguma relação entre elas, porém, nada me vinha a cabeça, tirando o fato de terem a mesma idade, de estudarem no mesmo colégio e morarem na mesma cidade, será que era isso? Isso era algum tipo de padrão? Mas por que e para que?
As mortes cessaram por três dias como se o assassino estivesse tendo cautela para escolher a próxima vítima, como se soubesse que estava sendo vigiado, porém isso era o que mais me assustava, um serial Killer não agia dessa forma, ele matava apenas por prazer, não se preocupava em se esconder, a menos que não fosse um serial Killer ideia essa que estava já sendo aceita em minha cabeça a muito tempo.
Porém quando a semana seguinte iniciou mais duas mortes aconteceram, dessa vez um garoto havia sido morto tentando proteger sua namorada, ele foi abandonado a garota porém foi levada pela mesma van negra que vinha atormentando a cabeça de qualquer adolescente com um pouco de juízo na cabeça, novamente uma garota da minha escola Sarah tinha 16 anos porém já estava no último ano, era muito inteligente, tinha entrado um ano antes no colégio vencia todos os concursos que participava, além de ser a rainha do baile daquele ano, irradiava beleza e vitalidade por onde passava, era invejava por pelo menos 98% das garotas do colégio inclusive por mim, os cabelos dela eram sem dúvidas os mais lindos que eu já tinha visto, Sarah tinha olhos verdes e um corpo malhado e perfeito, tinha recebido convites desde muito nova para se tornar modelo porém nunca quis por que preferia terminar os estudos antes, o namorado Frederick ainda foi socorrido com vida e falou que as pessoas que os tinham atacado não eram normais, chegou a mencionar ter visto olhos mudarem de cor, essa parte da matéria me prendeu a matéria ,mas os jornalistas não deram muita ênfase a isso por julgarem que ele estava delirando já que já tinha perdido muito sangue e estava praticamente morto.
Mostrei a matéria para Caliel, mas mais uma vez ele achou que não era o suficiente para dar provas de que havia algo estranho acontecendo.
-O que mais você quer que eu faça?
- Caliel, é a sexta vítima em pouquíssimo tempo.
-Ainda assim não podemos convocar um time de anjos para vir a terra, tem ideia do que é seis pessoas Alicia? Tem milhares de pessoas morrendo todos os dias nas guerras religiosas e você está preocupada com seis pessoas.
-Pode ser exagero meu, mas são seis pessoas que não possuíam nenhum histórico de violência, pessoas comuns, mas que tinham o azar de terem 16 anos, pessoas estas que tiveram seu sangue totalmente drenado, ficou sabendo que encontrara o corpo de Julie? Sim o sangue dela também foi roubado, devolveram a mãe dela apenas uma casca e não duvido que isso aconteça com Sarah também.
-Tudo bem, além do fato delas terem 16 anos estudarem na sua escola, e terem tido o sangue roubado o que mais tu tens de semelhante?
-Nada, algumas são de família rica outras não, mas tem estatura alta outras baixas, mas todas são muito inteligentes, nem todas são belas, mas todas já ganharam algum tipo e concurso por serem inteligentes.
-E que ligação você acha que isso pode ter?
-Eu não sei, Caliel, não sei!
Nessa hora Sophia entrou com um envelope nas mãos.
-Desculpa atrapalhei vocês? Parecia que estavam discutindo...
Cruzei os braços olhando para Caliel.
-Eu e Alicia discordamos de como cuidar das crianças, temos ideias diferentes de ensino.
Sophia me olhou não parecendo acreditar muito, então ergueu o envelope.
-Queria muito te mostrar isso, olha se não é incrível! Fui aprovada em um dos concursos de ciência mais requisitados dos estados unidos isso não é incrível?
Tomei o papel das mãos dela sem pensar, não isso não podia estar acontecendo, Sophia não podia ser tão inteligente assim, ela não, eu não queria que ela fosse... pela primeira vez me preocupei com o fato dela ser tão esperta.
-Algum problema Alicia?
Disse ela ao ver que minhas mãos tremiam.
-Não, não é nada.
-Achei que fosse ficar feliz, porem parece até que não gostou de saber...
Fiquei em silêncio por um tempo, eu estava realmente era preocupada com o que aquilo podia significar.
-Não, não é isso eu só sei lá...
Depois sai da sala, eu devia parar de me preocupar tanto com isso, mas infelizmente aquilo parecia estar me perseguindo. Quando deitei na cama naquela noite Caled passou o braço sobre mim e me puxou para perto. -Terra chamando Alicia, o que está acontecendo? -Estou preocupado que talvez Sophia possa ser a próxima, ela é inteligente, fez 16 anos... -Faz tempo que ela fez 16 anos, se não me falha a memória daqui dois meses ela vai fazer 17... então precisa se preocupar em mantê-la vida por dois meses e somos capazes de fazer isso. - Mas e as outras meninas? Quem vai protege-las? E por que estão sendo mortas? -Não sei, talvez seja mesmo um serial Killer, mas confesso que estou começando a acreditar na sua versão dos fatos. -Finalmente alguém que está começando a acreditar em mim... Disse me levantando da cama e caminhando até a janela para fechar as cortinas a luz da lua estava me incomodando. -Que lua estamos?
-Eu só não entendo, há princípio achei que estivessem a minha procura, que quisessem sei lá, me matar e sem saber quem eu era estavam matando uma garota após a outra até me encontrarem, era essa a minha ideia por isso estavam matando as garotas nascidas no mesmo ano que eu e do meu colégio, mas pelo que Asmodeus disse, não é isso, eles sabem quem eu sou, então por que mataram tantas outras meninas?-Talvez estejam criando demônios e precisem de corpos...-Não sei, por que escolheriam justamente meninas de 16 anos? Por que não optar por homens e de preferência fortes?-É sem dúvidas uma escolha bizarra.Daniel entrou logo em seguida no quarto.- Alicia, eu vim assim que soube, o que houve?Caled me olhou fazendo um sinal positivo.-Eles estão atrás de mim, estas mortes são por minha causa, eles me qu
A reação foi bem pior do que eu esperava, tia Helena desceu do carro aos prantos caindo no chão em seguida e chorando feito criança ao localizar apenas as cinzas do que um dia tinha sido seu lar, nem mesmo as escadas estavam no lugar, apenas uma mancha negra de fuligem, pedaços de madeira destroçados e alguns moveis totalmente destruídos e sem identificação, minha tia caminhou até as cinzas e caminhou pelo lugar, pegou um pouco de cinzas na mão e os deixou cair. -Ainda não acredito, como pude ser tão tola, tão distraída, como pude esquecer o gás aberto, como... Eu sabia que nenhuma daquelas acusações que ela estava fazendo era verdadeira, porém, era mais fácil se ela acreditasse nisso. Em meio as cinzas, meio negras, meio claras, logo escuras horas grossas horas finas, estava um pequeno detalhe dourado que minha tia localizou, segurando entre os dedos a pequena corrente de ouro ela se ergueu do chão. -Foi o primeiro presente do pai de Sophia, ele me d
O pai de Daniel não tinha muito contato com a família, depois que se casara de novo quando Daniel tinha 12 anos ele parou de fazer contato com o restante da família. -Quantos anos você está fazendo? -Quatro, estou fazendo quatro, minha mãe está contente e me abraçando muito, meus primos estão todos aqui. -Ok, Daniel, agora preciso que volte, volte um pouco mais... Daniel assentiu e logo seu rosto de tornou triste como se ele não gostasse do que estava vendo. -Onde você está? -Eu não sei, é muito escuro, eu não sei onde estou, mas é molhado, minha mãe está chorando, muito triste, estou triste por isso também. -Tente se lembrar por que sua mãe está triste. -Meu pai, ela brigou com meu pai, ele não gosta de mim, quer.... Quer... – Daniel estava em lágrima, mas. – Ele quer que eu morra. Toquei o ombro de Caled. -Acho que ele está no útero, ele se lembra das discussões da mãe dele com o pai quando ainda não t
- Alicia, o que está havendo? -Eu não sei, eu acho que.... Acho que estou nascendo, dói, é frio... -Onde você está? -Estou nos braços de uma mulher ruiva, ela me olha e sorri para mim. -Com quem essa mulher se parece? -Não se parece com ninguém que eu conheça. -E sua mãe, onde está sua mãe? -Morta, mamãe está morta, sinto fome, tem alguma coisa acontecendo, ouço um barulho forte. -Barulho? -Sim, estão tentando derrubar a porta. -Onde está a mulher que lhe segurava? -Fugindo, ela está fugindo, quer me proteger, ela está preocupada com minha segurança. De repente tudo voltou a ficar escuro, eu não conseguia identificar mais nada, a mulher corria em uma velocidade muito grande em meio a mata fechada, comecei a chorar. -Para onde estão indo? -Não sei, eu não sei. -Concentre-se Alicia, concentre-se! -Aí! -O que houve? -Ela caiu, e me deixou cair,
Daniel soltou um grito e colocou a cabeça entre as pernas, sentindo a cabeça estourar, seus olhos eram vermelhos e sua pele suava, ele tentava controlar a respiração, mas naquele momento ele já não era mais ele. -O que está havendo com ele? Eiael se levantou e correu para longe colocando o braço sobre a boca como se tentasse se proteger de algo. -Não é mais ele, sintam o cheiro, é enxofre puro. -Enxofre? Caliel se ergueu e respirou fundo. -Isso era o que eu temia, temia que se despertassem as memórias dele, ele pudesse voltar, agora é tarde. – Parou em frente a Daniel e lhe estendeu a mão. – Seja bem-vindo Joseph, ao mundo dos vivos! Daniel ou Joseph ergueu a cabeça e olhou para Caliel. -Caliel, então nos encontramos de novo. Olhei para Caliel atônita. -Disse que não sabia de nada, que não fazia ideia do que tinha acontecido. -E eu não sabia Alicia! Joseph se ergueu. -Como pode nã
Caled me observou do outro lado da caverna e mais uma vez fez um sinal para que eu fosse até ele, mas abracei meus joelhos e ali fiquei. -Após a morte de Júlio, Fernanda se mudou com Asmodeus para as américas onde ele jurou protege-la, lá a corte francesa não poderia pegá-los era o que ele dizia a ela, durante toda a gravidez ele zelou pela saúde de sua mãe, fazendo a participar de diversos rituais que ele dizia serem para o bem estar do bebe, mal ela sabia que isso já estava corrompendo a sua alma, foi quando em intervi, me aproximei de Fernanda oferecendo ajuda a ela, no começo ela não acreditou em mim, , ,mas com o passar dos tempos as próprias atitudes de Asmodeus se tornaram um pouco brutas e a fizeram acreditar que tinha alguma coisa de errado, porém era tarde, ela estava prestes a dar à luz, nesse tia, um dia de noite chuvosa e fria, você viria ao mundo, pessoas de cidades vizinhas invadiram as terras onde sua mãe morava entre elas, haviam demônios, anjos, bruxos vind
Balancei a cabeça atônita tentando recobrar a consciência e colocar minha mente no lugar certo, não se encaixava, nada se encaixava o que ele queria dizer com isso? Com ir embora? Para onde? Por que?-Embora? Como assim? Não posso, Tem Helena e Sophia, tem...-Eu vou cuidar de Helena, vou vigiá-la todos os dias e todas as noites se preciso for, e quanto a Sophia Caliel já foi ao encontro dela para garantir sua segurança, mas agora precisamos manter você segura também, se Asmo colocar as mãos em você não sei o que pode acontecer.-Caled eu não posso ir embora o que vou dizer a Helena? Não, não tem como!-Tem, tem sim! Você vai chegar para ela e vai dizer que brigamos, que tivemos uma discussão terrível, terá que ser convincente para que ela acredite, então vai começar a arrumar suas coisas e dizer que quer vol