Alicia tinha sido enterrada na reserva em um jardim perto da antiga casa de Helena e não em um cemitério comum, aquele era um dos lugares que ela mais gostava e Helena resolveu seguir à risca isso, ao se aproximarem Daniel viu a terra revirada e a lápide caída no chão, a cova estava aberta e para a surpresa dos dois, não havia nada dentro dela.
-Que estranho, eles não apenas tentaram roubar o tumulo em busca de dinheiro ou joias, eles literalmente roubaram o tumulo, levaram tudo, até mesmo o corpo dela.
Daniel tentou ver se havia marcas de alguma coisa, porém não encontrou grandes coisas, Caliel resolveu surgir de onde estava, não podia ficar calado diante disso.
-Eu sei que disse para que eu não viesse, mas tem coisas que precisa saber Daniel e isso que aconteceu acredito eu que seja um dos motivos.
Daniel olhou para ele de rosto fechado.
-Certo, então me diga, por que os seus amigos se interessariam em roubar Alicia de nós?
-Amigos?
-Será que pode nos dar um tempo? Talvez seja melhor ir ver Sophia e Helena, elas devem estar pirando com o assalto ao tumulo de Alicia. -Tem razão, eu vou, volto amanhã. Caled olhou para Caliel assim que ele saiu. -Por que não me contou a verdade? -Caled entenda, já foi muito difícil para mim convence-lo de que amava alguém de quem não se lembrava, imagine então se eu dissesse que matou essa pessoa por acidente? -Eu não devia amá-la tanto assim, se eu a, mas se como diz eu não teria deixado eles me controlarem da forma que estão me controlando. -Entenda Caled os poderes de um anjo vão muito além do compreendimento, talvez seja apenas temporário talvez se lembre de tudo um dia. -E como será esse dia Caliel, como será me lembrar que matei o grande amor de minha vida? Caliel permaneceu em silêncio enquanto Caled se levantava e ia para o quarto, perdido em pensamentos, não seria nada fácil fazê-lo entender as coisas depois
Caled andou em círculos em seu quarto, tinha algo que o incomodava em relação a aquela ave, quando finalmente algo em sua mente respondeu às perguntas que pareciam não ter resposta, ele poderia contar o que se passava em seus pensamentos para Caliel, mas ficou com medo de parecer louco, Daniel e Sophia chegaram na hora marcada, Sophia andava admirando tudo, por mais que já tivesse vindo diversas vezes a casa de Caled nunca parecia se cansar de olhar as coisas. -Tenho que voltar cedo, sabe que Helena não vai dormir sem ter certeza de que estou deitada. Daniel olhou para ela. -Não se preocupe, não vamos demorar. Caliel apareceu no alto da escada. -Sophia. -Dr. Phillip, está morando com Caled também? -Sim, estou morando aqui, junto com alguns amigos Quando ele disse isso outros anjos surgiram, da cozinha, do escritório e dos corredores, Sophia se assustou ao ver tantas pessoas juntas em uma casa. -Sua equipe é bast
A ave apenas curvou a cabeça percebendo que ele tinha se direcionado a ela, depois se virou o ignorando. -Eu sei, eu sou louco estou a discutir com uma ave, tudo bem, mas você bem que podia ser minha amiga e me devolver aquela fotografia, é importante para mim lembrar daquela garota, eles dizem que é importante e eu acredito por que meu coração... – A Ave não deixou que ele terminasse o que tinha para dizer e levantou voo o deixando sozinho no jardim. Quando Caled ergueu a cabeça notou que uma fumaça densa se fazia ao norte, cada vez mais intensa. -Caliel, Caliel! Veja o que é aqui? Caliel veio correndo e reparou na fumaça a qual ele se referia. -Parece que estão queimando um pedaço da floresta, estranho, essa área pertence a sede, ninguém poderia queimá-la. Daniel encostou o carro no canto do jardim e desceu vindo caminhando calmamente até onde eles estavam. -Também notaram a fumaça? -Sim, mas não deveria ser proibido,
Ela levantou as mãos, Caled saiu a tempo para ver isso acontecer, e então viu que o chá, mas congelaram seu movimento, e quando ela uniu as mãos, um sopro intenso de vento cruzou por eles, em uma magnitude tão grande que o chá, mas se dissiparam e se apagaram no mesmo instante, Caled não acreditava no que estava vendo, nunca tinha visto tanto poder assim, isso não podia ser real. -Isso é. Como você pode... -Entendeu agora por que Asmo me quer? -Pode fazer isso sempre? -Quando estou no meu corpo de humana sim, mas também perco o controle das ações, agora estou com você, mas se amanhã estiver sozinha ele pode me dominar. Caled a abraçou com força e a beijou no pescoço. -Ele nunca mais vai te dominar, por que eu vou estar aqui com você sempre. Alicia se deixou abraçar, porém se voltou para ele. - Mas não lembra quem eu sou. Caled sorriu e deu um passo à frente. -Eu não preciso lembrar, eu só preciso sentir.
Caled parou antes de subir na ponte ao ver algo no chão, se aproximou com cautela e então viu uma pena de cisne no chão, sorriu e a colocou atrás da orelha. -Acho que isso me pertence. -Eu sei, estava roubando para ver se conseguia atraí-la para minha armadilha. Alicia sorriu. -Não sabia que era do tipo que fazia armadilhas. Ele a enlaçou pela cintura. -Como foi que se transformou? -Tentei me afogar. – Disse ela rindo. -Não devia fazer essas coisas, vai que numa dessas não dá certo e eu perco você de vez... Ela o abraçou pelo pescoço. -Prefiro correr o risco a ficar sem seus beijos, estava com tanta saudade. Caled sorriu e então começou a beija-la com ardor, ele também sentia saudades, fazia muito tempo desde que não se viam, ele lhe contou sobre o que Daniel tinha descoberto e ela concordou que desde que ele tinha começado a usar aquilo ela tinha perdido o domínio sobre si. -E o que vamo
Daniel correu até o porão onde encontrou Eiael. -Acho que teremos que usar o plano B. -Você sabe que isso pode te comprometer não sabe? -Não importa, a muitos anos atrás eu fui enviado para proteger Alicia e eu falhei naquela vida, agora tenho a segunda chance que tanto esperei, Alicia é minha amiga e eu não vou perder ela novamente. -Tudo bem.... Se é o que você quer. Eiael pegou um frasco com um pouco de sangue dentro. -Esse sangue pertence a Asmo, eu o consegui com muita dificuldade a alguns anos, ele nem ao menos sabe que eu tenho isso, faça bom uso dele. -Tem certeza de que isso pode funcionar? -Vai conectar vocês, tudo que acontecer a ele, acontecerá a você também, é claro que o seu corpo não resistirá da mesma forma que o dele. - Mas o manterá paralisado, não é? -Sim, o processo de cura dele é rápido, mas ainda assim ele precisará de um tempo para se recompor. -Tempo suficiente para Caled
Os dias passaram, as crianças do abrigo foram transferidas para outros locais até que o novo abrigo era construído, e com isso muitas delas que ficaram em lares temporários acabaram encontrando famílias amorosas que queriam adotá-las, os anjos que tinham lutado ao lado de Caliel voltaram para o Céu menos Dara, Dara decidiu ficar, ela queria saber como era viver entre os humanos, e como os humanos, saber o que era sentir e amar. Caliel também decidiu permanecer na terra ao lado de Sophia, Sophia entrou para a faculdade de medicina naquele ano e juntos eles pensavam em abrir uma clínica para cuidar de pessoas que não tinham como pagar pelos tratamentos. Alicia contou toda a verdade para Helena que precisou de algum tempo para digerir tudo, porém apenas de saber que sua Sobrinha estava viva ela já se sentia nova para voltar a recomeçar. Alicia e Caled alugaram o castelo para uma ONG de proteção animal e decidiram reconstruir a casa de Helena e se mudar para o me
Dedico este Livro para meu Avô José Borkovski (Em memória) por me ensinar que a teimosia pode ser uma excelente aliada, quando bem utilizada, obrigada Vô, te amo, onde quer que esteja! Prólogo: Mas o cheiro ainda era de carne podre, de podridão e enxofre, de decomposição, não tinha uma superfície lisa, mas parecia estar mutilado, vi Caled cruzar por mim correndo e partir para cima do monstro desviando de uma forma rápida de Asmodeus, Caled atingiu um bastão de ouro bem no meio do coração da criatura que grunhiu, senti medo por ele, ao perceber que era ele sozinho que estava lutando, porém de repente eu não podia mais ajuda-lo, deixei Sophia cair nos meus braços e senti o ar me faltar, foi quando c