Depois sai da sala, eu devia parar de me preocupar tanto com isso, mas infelizmente aquilo parecia estar me perseguindo.
Quando deitei na cama naquela noite Caled passou o braço sobre mim e me puxou para perto.
-Terra chamando Alicia, o que está acontecendo?
-Estou preocupado que talvez Sophia possa ser a próxima, ela é inteligente, fez 16 anos...
-Faz tempo que ela fez 16 anos, se não me falha a memória daqui dois meses ela vai fazer 17... então precisa se preocupar em mantê-la vida por dois meses e somos capazes de fazer isso.
- Mas e as outras meninas? Quem vai protege-las? E por que estão sendo mortas?
-Não sei, talvez seja mesmo um serial Killer, mas confesso que estou começando a acreditar na sua versão dos fatos.
-Finalmente alguém que está começando a acreditar em mim...
Disse me levantando da cama e caminhando até a janela para fechar as cortinas a luz da lua estava me incomodando.
-Que lua estamos?
Perguntei vagamente para ele.
-Crescente para cheia eu acho, por que?
Fiquei observando a lua, ela estava ficando grande, sua claridade irradiando o quarto, meu corpo tremeu e foi como se eu pudesse ouvir um grito ecoando em minha cabeça, Caled se levantou da cama rápido e me abraçou.
-Algum problema?
-Não sei, tive um mau pressentimento.
-Esquece isso, está se preocupando demais.
Talvez ele tivesse razão, eu estava me preocupando demais, talvez Caliel tivesse razão e eu estivesse imaginando coisas, quem sabe era apenas mais um serial Killer matando menininhas, por que eu deveria me preocupar tanto?
Acordei com o barulho do trovão rasgando o céu em uma forte tempestade, Caled sorriu ao me ver dar um pulo na cama.
- Hadriel, está fazendo um ótimo trabalho.
- Hadriel?
- Ele é o anjo que guarda as portas do vento leste, controla os ventos como ninguém, está causando uma boa tempestade.
- E desde quando uma tempestade é boa?
- Tempestades nascem de pequenos ventos Alicia, e tudo o que o vento traz ele também pode levar, até mesmo os pedidos mais silenciosos.
- Esta filosófico hoje, o que foi, Caliel está te convertendo?
-Não, não ainda. – Disse sorrindo, e me abraçou. – Sua tia está com muitas caraminholas na cabeça, você passou a noite fora e ela está preocupada.
-Tem razão eu deveria ter avisado ela que dormiria aqui, com esses ataques ela deve estar preocupada mesmo.
-Não é bem com os ataques que ela está preocupada...
Olhei para ele vendo aquele sorriso malicioso nascendo no canto da boca, o sorriso que a muito tempo tinha desaparecido, ele não precisou dizer mais nada, eu tinha que conversar com a minha tia.
Caliel entrou em um rompante para dentro do quarto.
-Você estava certa, são demônios, muitos deles...
Olhei atônita como se ainda não tivesse acordada, do que ele estava falando?
-O que?
Caled foi ao encontro dele.
-Não está falando dos assassinatos está?
-Infelizmente sim, Alicia estava certa o tempo inteiro, recebi uma chamada de Lucy ontem, ela também estava desconfiada e resolveu seguir o rastro da van, teve sorte de não ser pega...
- Espera quem é Lucy?
-Isso não importa, o que importa é que algo grande está prestes a dominar a terra, algo talvez grande demais para nós.
-Como assim?
Meu coração estava acelerado, eu não queria ouvir mais, mas minhas pernas insistiam em ficar grudadas ao chão.
-Não sabemos ainda, literalmente pegamos o bonde andando como dizem vocês humanos, precisamos avaliar essa situação por esse lado, não tínhamos cogitado a ideia de ter demônios em meio a isso...
- Mas o que essa tal de Lucy, seja lá quem ela é descobriu?
-Lucy é um anjo rastreador que vive na terra, ela segue os demônios pelo faro, a chamamos pelo codinome para que ela não seja descoberta, ninguém conhece sua verdadeira forma, já que ela vive mudando seu rosto para não ser reconhecida. – Ele fez uma pausa. – Ontem, ela ouviu gritos e seguiu a van negra pela cidade, descobriu o esconderijo deles, mas, chegou um pouco tarde as meninas já haviam sido mortas...
Comecei a chorar ainda presa ao chão, Caled tentou me abraçar, mas eu o afastei, eu precisava sentir aquilo, era minha culpa, Asmodeus tinha sido claro, uma guerra iria começar por minha causa, por que eu tinha convertido Caled, pessoas inocentes estavam morrendo por minha causa.
Caliel me olhou com seus lindos olhos azuis envergonhado das próprias palavras.
-Alicia, eu gostaria de dizer que seus pensamentos estão confusos e que não é exatamente isso, porém eu não posso, eles estão atrás de você, eles têm alguns pertences seus inclusive, Lucy sentiu o seu cheiro em alguns objetos.
-Cale-se Caliel!
Gritou Caled, pela primeira vez erguendo a voz para Caliel, como se não ligasse para a sua superioridade.
-Não vê que isso a machuca? Nada disso é culpa de Alicia, é minha culpa, minha só minha, por que eu fui fraco e me apaixonei pelo anjo mais lindo desse mundo e por que mesmo antes disso eu já repudiava a minha vida nesse mundo, eu, fui eu que fiz tudo isso, eu que escolhi amar acima de qualquer coisa... – Ele segurou minhas mãos e me olhou. – Eu prometo Alicia, que vamos sair dessa, não importa se eles são 10,20,100 ou até mesmo 1000, nada vai te atingir.
Nessa hora uma risada ecoou por dentro do quarto, pude sentir as vidraças vibrarem com seu eco.
-Que lindo... emocionante, mas tão mentiroso. – Asmodeus surgiu diante de nossos olhos com um sorriso no rosto. – Acha mesmo que consegue matar 1000 de nós? E se formos mais? Ainda assim conseguiria?
Caled avançou para cima dele, porém Caliel o segurou.
-Ele não está realmente aqui Caled, não vê é apenas uma imagem, não é real.
Asmodeus sorriu.
-Escute seu anjo Caled ele tem razão, não estou realmente aqui, agora quanto a sua garotinha, não tente defende-la, pois foi ela quem causou tudo isso, se ela não tivesse aparecido aqui nada disso estaria acontecendo, e talvez a tia dela ainda estivesse viva...
-Minha tia?
Olhei pela janela do quarto que dava em direção a casa de minha tia e pude ver a fumaça subindo para o céu, fogo...
-Não! – Gritei e sem pensar saltei pela janela tomando minhas asas, não, minha tia não.... Ninguém encostaria um dedo nela, não nela.
Percebi que Caled me seguia pelo céu e atrás dele vinha Caliel, a fumaça aumentava a medida com que eu me aproximava, desci no chão e entrei na casa protegendo meu nariz com as asas, lá estava ela caída perto da escada.
- Tia!
A abracei com força e a joguei em meus braços, saindo dali segundos antes de tudo explodir, e então voei o mais alto que consegui segurando seu corpo gélido em meus braços, Caliel e Caled tinham ficado para trás, mas pude ouvir quando Caliel o segurou pelos ombros.
-Deixe ela, ela precisa de um tempo para pensar, as duas precisam de um tempo.
Voei, voei alto, talvez alto demais, mas eu não me importava eu só queria fugir daquilo tudo, fugir daquele mundo, ir para um lugar onde minha tia ficaria a salvo.
A deitei na grama macia observando seu corpo estava inteiro, perfeito como sempre havia sido, então por que seus olhos não se abriam? Coloquei minhas mãos em seu peito e tentei puxar para mim tudo aquilo, eu precisava trazê-la de volta, ela tinha que voltar, aquilo não era correto, ela não podia partir, não assim...
Nada, nada parecia fazer com que ela voltasse.
Ao longe Caled e Caliel me observavam.
-Me deixe ir até lá por favor Caliel.
-Não, ela precisa fazer isso sozinha.
-Helena está morta, não, não pode ressuscitar alguém que já morreu, todos os poderes são limitados, mas para a morte, para a morte não tem volta.
-Onde está a sua fé anjo?
Caled observou em silêncio.
Nessa hora senti as mãos quentes de alguém segurando as minhas.
- Alicia, não é?
-Quem é você?
-Me chamo Camael e estou aqui para te ajudar, confia em mim?
-Acho que sim.
-E em você, você confia...
Olhei para minha tia.
-Como isso pode ajudar minha tia se foi meu excesso de confiança que a matou?
-Meu poder só vai ajudar sua tia se confiar em mim, então eu preciso que confie no seu.
Segurei a mão dele com força e juntos pressionamos sobre o peito de minha tia, no começo eu não vi absolutamente nada mudar, mas então ouvi a voz de Camael.
- Confie Alicia, precisa confiar no seu dom, Deus o deu por algum motivo.
Fechei os olhos e então senti a pulsação de minha tia voltar, seu coração estava batendo novamente com força, sem pensar eu a abracei, seus braços circularam a minha volta e tocaram minhas asas.
-Alicia? É você?
Olhei para Camael aflita e então logo não estávamos mais ali.
-Para onde eles foram Caliel?
Perguntou Caled.
-Para onde os humanos vão quando tem uma enfermidade, para o hospital.
- Mas Helena não estava doente, ela estava morta, como isso pode ser possível, Alicia não pode ressuscitar os mortos, ela pode?
-Não, ninguém pode, porém quando dois anjos unem seu poder eles podem conjurar uma força suficiente para mudar o destino.
-Está dizendo que não estava na hora de Helena?
-Camael é um anjo amplificador, tem um dom absoluto, talvez o dom mais perfeito de todos, ele pode amplificar o poder de outro anjo, Alicia pode curar, como poder de Camael esse poder foi dobrado e o amor dela pela tia foi o que salvou Helena, é claro que teve um dedo de Marmaroth que controla o destino e que se comoveu com a cena, mas isso não vem ao caso.
- Mas Helena, Helena viu Alicia em sua forma de anjo, Alicia quebrou uma regra grave, ela vai ser punida?
-Não, era um caso complicado demais, os anjos entenderam isso e enviaram Purah para resolver as coisas, quando Helena acordar no hospital, tudo não vai ter passado de um sonho.
- Purah é o anjo de esquecimento, não é? Ele pode fazer você esquecer qualquer coisa? Até mesmo o amor?
-Todos desconhecemos o poder de Purah, até então tem sido um bom aliado, mas para ser sincero o poder dele, me dá medo, vai muito além de qualquer conhecimento que eu tenha sobre esquecimento, não é apenas um controle da mente, é bem mais que isso, mas por que quer saber?
-Curiosidade.
Helena parecia serena, dormia como se a muito tempo estivesse precisando disso, talvez eu nunca a tivesse visto tão calma, sem querer abaixei a cabeça encostando-a a seu peito, ouvindo as batidas leves de seu coração, eu não podia perde-la e nem ela a mim, as coisas estavam fugindo de meu controle e isso me apavorava.
Caled entrou calmamente e se colocou ao meu lado.
- Caliel disse que o sono dela de agora é um sono de recuperação nada do que conversarmos será ouvido, então se quiser falar algo...
- O que quer que eu diga Caled? Eu estava focada a protege-la, e então resolvi tirar um dia de folga e isso aconteceu, é como se eles soubessem dos meus passos, é como se estivessem me acompanhando, soubessem quando atacar e como...
-Talvez saibam...
-Do que está falando?
-Caliel acha que estamos sendo vigiados.
-Eu só não entendo, há princípio achei que estivessem a minha procura, que quisessem sei lá, me matar e sem saber quem eu era estavam matando uma garota após a outra até me encontrarem, era essa a minha ideia por isso estavam matando as garotas nascidas no mesmo ano que eu e do meu colégio, mas pelo que Asmodeus disse, não é isso, eles sabem quem eu sou, então por que mataram tantas outras meninas?-Talvez estejam criando demônios e precisem de corpos...-Não sei, por que escolheriam justamente meninas de 16 anos? Por que não optar por homens e de preferência fortes?-É sem dúvidas uma escolha bizarra.Daniel entrou logo em seguida no quarto.- Alicia, eu vim assim que soube, o que houve?Caled me olhou fazendo um sinal positivo.-Eles estão atrás de mim, estas mortes são por minha causa, eles me qu
A reação foi bem pior do que eu esperava, tia Helena desceu do carro aos prantos caindo no chão em seguida e chorando feito criança ao localizar apenas as cinzas do que um dia tinha sido seu lar, nem mesmo as escadas estavam no lugar, apenas uma mancha negra de fuligem, pedaços de madeira destroçados e alguns moveis totalmente destruídos e sem identificação, minha tia caminhou até as cinzas e caminhou pelo lugar, pegou um pouco de cinzas na mão e os deixou cair. -Ainda não acredito, como pude ser tão tola, tão distraída, como pude esquecer o gás aberto, como... Eu sabia que nenhuma daquelas acusações que ela estava fazendo era verdadeira, porém, era mais fácil se ela acreditasse nisso. Em meio as cinzas, meio negras, meio claras, logo escuras horas grossas horas finas, estava um pequeno detalhe dourado que minha tia localizou, segurando entre os dedos a pequena corrente de ouro ela se ergueu do chão. -Foi o primeiro presente do pai de Sophia, ele me d
O pai de Daniel não tinha muito contato com a família, depois que se casara de novo quando Daniel tinha 12 anos ele parou de fazer contato com o restante da família. -Quantos anos você está fazendo? -Quatro, estou fazendo quatro, minha mãe está contente e me abraçando muito, meus primos estão todos aqui. -Ok, Daniel, agora preciso que volte, volte um pouco mais... Daniel assentiu e logo seu rosto de tornou triste como se ele não gostasse do que estava vendo. -Onde você está? -Eu não sei, é muito escuro, eu não sei onde estou, mas é molhado, minha mãe está chorando, muito triste, estou triste por isso também. -Tente se lembrar por que sua mãe está triste. -Meu pai, ela brigou com meu pai, ele não gosta de mim, quer.... Quer... – Daniel estava em lágrima, mas. – Ele quer que eu morra. Toquei o ombro de Caled. -Acho que ele está no útero, ele se lembra das discussões da mãe dele com o pai quando ainda não t
- Alicia, o que está havendo? -Eu não sei, eu acho que.... Acho que estou nascendo, dói, é frio... -Onde você está? -Estou nos braços de uma mulher ruiva, ela me olha e sorri para mim. -Com quem essa mulher se parece? -Não se parece com ninguém que eu conheça. -E sua mãe, onde está sua mãe? -Morta, mamãe está morta, sinto fome, tem alguma coisa acontecendo, ouço um barulho forte. -Barulho? -Sim, estão tentando derrubar a porta. -Onde está a mulher que lhe segurava? -Fugindo, ela está fugindo, quer me proteger, ela está preocupada com minha segurança. De repente tudo voltou a ficar escuro, eu não conseguia identificar mais nada, a mulher corria em uma velocidade muito grande em meio a mata fechada, comecei a chorar. -Para onde estão indo? -Não sei, eu não sei. -Concentre-se Alicia, concentre-se! -Aí! -O que houve? -Ela caiu, e me deixou cair,
Daniel soltou um grito e colocou a cabeça entre as pernas, sentindo a cabeça estourar, seus olhos eram vermelhos e sua pele suava, ele tentava controlar a respiração, mas naquele momento ele já não era mais ele. -O que está havendo com ele? Eiael se levantou e correu para longe colocando o braço sobre a boca como se tentasse se proteger de algo. -Não é mais ele, sintam o cheiro, é enxofre puro. -Enxofre? Caliel se ergueu e respirou fundo. -Isso era o que eu temia, temia que se despertassem as memórias dele, ele pudesse voltar, agora é tarde. – Parou em frente a Daniel e lhe estendeu a mão. – Seja bem-vindo Joseph, ao mundo dos vivos! Daniel ou Joseph ergueu a cabeça e olhou para Caliel. -Caliel, então nos encontramos de novo. Olhei para Caliel atônita. -Disse que não sabia de nada, que não fazia ideia do que tinha acontecido. -E eu não sabia Alicia! Joseph se ergueu. -Como pode nã
Caled me observou do outro lado da caverna e mais uma vez fez um sinal para que eu fosse até ele, mas abracei meus joelhos e ali fiquei. -Após a morte de Júlio, Fernanda se mudou com Asmodeus para as américas onde ele jurou protege-la, lá a corte francesa não poderia pegá-los era o que ele dizia a ela, durante toda a gravidez ele zelou pela saúde de sua mãe, fazendo a participar de diversos rituais que ele dizia serem para o bem estar do bebe, mal ela sabia que isso já estava corrompendo a sua alma, foi quando em intervi, me aproximei de Fernanda oferecendo ajuda a ela, no começo ela não acreditou em mim, , ,mas com o passar dos tempos as próprias atitudes de Asmodeus se tornaram um pouco brutas e a fizeram acreditar que tinha alguma coisa de errado, porém era tarde, ela estava prestes a dar à luz, nesse tia, um dia de noite chuvosa e fria, você viria ao mundo, pessoas de cidades vizinhas invadiram as terras onde sua mãe morava entre elas, haviam demônios, anjos, bruxos vind
Balancei a cabeça atônita tentando recobrar a consciência e colocar minha mente no lugar certo, não se encaixava, nada se encaixava o que ele queria dizer com isso? Com ir embora? Para onde? Por que?-Embora? Como assim? Não posso, Tem Helena e Sophia, tem...-Eu vou cuidar de Helena, vou vigiá-la todos os dias e todas as noites se preciso for, e quanto a Sophia Caliel já foi ao encontro dela para garantir sua segurança, mas agora precisamos manter você segura também, se Asmo colocar as mãos em você não sei o que pode acontecer.-Caled eu não posso ir embora o que vou dizer a Helena? Não, não tem como!-Tem, tem sim! Você vai chegar para ela e vai dizer que brigamos, que tivemos uma discussão terrível, terá que ser convincente para que ela acredite, então vai começar a arrumar suas coisas e dizer que quer vol
Com muito esforço abri meus olhos e percebi que tinha mais alguém no quarto, sentei rapidamente na cama em um susto, quem estava ali? -Óh querida você despertou... Reconheci a voz da Madre Thereza por mais que o tom dela estivesse um pouco alterado, parecia que não estava muito feliz por eu ter acordado, parecia mais como se estivesse assustada. -Madre? O que faz aqui... Ela me olhou e soltou um sorriso amarelo. -Sua tia querida, ela telefonou, quer saber se chegou e se está bem, está muito preocupada, pediu que eu viesse chama-la, eu disse que estava dormindo, mas ela insistiu para falar com você. Isso era bem a cara de minha tia mesmo ela devia estar preocupada, talvez fosse apenas coisa da minha cabeça, talvez a Madre só estivesse tentando me acordar mesmo, eu tinha passado muito tempo fugindo de demônios e agora estava desconfiando até da pobre madre. Levantei e segui com ela pelo corredor escuro, cruzamos pelo relógio anti