— H-he-her… — Latisha gaguejou, espigada como um gato, com os olhos arregalados e o ar faltando. — Não encosta em mim… eu… v-vou… chamar alguém… — disse, trêmula, afastando-se. Byron, que vinha logo atrás, pôs a mão no ombro de Latisha. — Himeros, o que houve!? — preocupou-se. O doce perfume passeou pelo corredor. Byron fechou o semblante. — O… her… — Sua pele começou a avermelhar, enquanto lascívia passeava, intensificando o perfume. — Foi… um… ac-acidente! Byron olhou sobre seus ombros e viu Sigmund caído, estático. — Herdeiro, se acalma! — disse, aproximando-se do menino, rindo. — Não sentirá nada. Himeros, sai… e se acalma… — ordenou Byron, despertando Latisha do transe que lhe acometia. — Sim, d-de-desculpa… meu tenente-general! — Ela saiu, aturdida. Usando sua energia, Byron dissipou o perfume. Pegou a mão do menino, removendo os resquícios do toque, que o mantinham estático. — Herdeiro! — chamou, em voz alta. — Acorda! — D-desculpa, o que houve? — Ele se assustou, des
Althea tomou sua flauta, falando com os despertos: “Preciso de ajuda. Estarei ocupada por todo o dia.” Hakim, após alguns instantes, adentrou e a cumprimentou. — Minha mãe! Fique à vontade. Cuidarei até os irmãos chegarem. — Obrigada, meu amor! — Ela sorriu. Ela pegou a taça, pôs o caderno na axila e seguiu ao grande salão. Guardou o caderno e ao voltar, Karrick servia a mesa de centro. — Minha mãe, bom dia! Miya e Medora se juntaram a Hakim, os outros já acordaram. Trouxe frutas e chá, como não sabia da ocasião e convidados, optei pela hortelã, afinal ela atende diversas necessidades. — Obrigada! Receberei a sétima horda. Não atenderei as refeições. — Comunicarei — cumprimentou. — Aseth estará pronto para atendê-la, se necessário. Assim limitamos o contato. Althea sorriu, assentindo, e sentou. “Estou aguardando no grande salão.”, disse no íntimo de Aldous. Latisha e Laura chegaram de braços dados. Latisha carregava o arco de um violoncelo, abraçando contra o peito, como uma
Enquanto comia, Aldric chegou ao salão, abraçado em seu violão cinza escuro, bem fosco, com cordas prateadas, refletindo a luz. — Mère! — cumprimentou. — Mon fils! — Ela sorriu. — É um bom momento… comerá? — Vinho — dispensou, servindo-se. — Como está? Senti saudades. — Meus filhos não sentem minha falta, sabe!? — Ela brincou. — Sinto-me abandonada, mas é momentâneo! — Amamos-lhe, mère! — Sorriu, beijando-a na testa. — E pensar que era pequenino… — Althea acariciou seus cachos, saudosa. — Sempre me surpreende vê-lo crescido, tão belo! — Merci! — Como estão as coisas em casa? Muito trabalho? — Ela terminou de comer suas frutas, devolvendo o prato à mesa de centro. — Estamos aliviados! Os últimos meses foram agitados. Os teimosos… Delano não pode vir, fiz o que pude para poupá-lo — narrou. — Creio ter feito um bom trabalho. Estou orgulhoso de mim! — Uma criança do anseio e da nostalgia orgulhosa… é um bom dia, não!? — Ela elogiou, admirando-o. — Tem tido problemas dado o fato d
— Finalmente, sossego! — Aldous sorriu, após a saída do último. — Pensei que nunca aconteceria, mas conseguimos! — Chase comemorou. — Apesar de tudo, a visita à mãe fará bem. Estaremos sós. O peso perdido será bem trabalhado. Trarei vinho para celebrarmos a emancipação! — disse, recostando a bandura e indo à cozinha. Aldous tocou sua lira, rindo, até Chase voltar com o vinho e duas taças, pondo-as no chão. Ao servirem-se, brindaram. — Já que o acordo nos obriga, estenderemos a vida útil da sanidade recebida. Os treinamentos com o herdeiro estão e continuarão limitados a você! Dada a facilidade de ser tangido por Loucura, dosamos o contato, logo se não puder me ater, gostaria que você fizesse. — Já pretendia, meu pai. Com a emancipação, pela emancipação, redobraremos os cuidados. O herdeiro me deixa inseguro… não conversei com ninguém além de Byron e Fitz, mas precisamos, num momento mais oportuno, conversar sobre isso. — Agora, sós, o faremos. Apresento vocês… do jeito que é curio
Parado, frente àquela cena, Aldous optou por não tocá-la. Althea o olhou, evidenciando o olho direito tomado por trevas. O mestre arfou, preocupado e estimulado, mas a sacerdotisa sorriu. A gentileza do sorriso contrastou com a selvageria do olhar. — Consegue falar!? — Aldous finalmente perguntou. — Sim, estou bem! — Ela riu, deitando Chase no sofá e sentando no outro. — Logo passa! — disse, olhando os veios, começando a dissipar gradualmente, começando pela ponta dos dedos. — Você fica assustadoramente bela assim! Sorriu, suprimindo o gemido, que sucedeu o choque em seus nervos causado por outro esticar da frágil ferramenta cobrindo sua face. — Deleite-se de minha dor… — Ela riu, convidando-o para perto. — Isto deveria soar assim!? — brincou, sentando ao chão e recostando a cabeça em sua perna. — Por que estão brigando? — perguntou, beijando-o na testa. Acariciou seu rosto, fitando seus olhos. — Não faço ideia. Talvez a Loucura… talvez ele esteja sentindo tudo mais intensame
Althea começou a limpar o salão enquanto aguardava Aseth chegar com a refeição. Entrando, ele deixou a refeição à mesa. — Posso ajudar, minha mãe? — Não se preocupe… só estava aguardando sua chegada! — Ela sorriu, indo até ele e beijando-o na testa. — Obrigada, meu filho! — Parece melhor! — Sorriu, aliviado por sua palidez restaurada. — Estou! — Enquanto o filho deixava o salão, aproximou-se de Aldous, acariciando seu rosto. — Aldous, meu amor! Foi um lento despertar, ele fitou de Althea, sorrindo, saudoso. — Já acabamos!? Desacordei? — perguntou, retribuindo o afago. — Sim, comeremos e somente depois, pode voltar para casa. — Sim, senhora! — acatou, sentando. — Machucou-se? — Não, foi tudo bem. Deveria conversar comigo, sabe!? — disse, sentando ao seu lado. — Talvez não houvesse tanto transbordando, se aceitasse ajuda… talvez até os incidentes diminuíssem. Não quero que me diga ser complicado e difícil, quero que pense com carinho. Aldous assentiu. Foi uma refeição silencios
Aldous degustou sua meia taça pacientemente. Suas projeções para o futuro foram interrompidas quando Sigmund chegou. — Olá, monge! — Sorriu, terminando o vinho e levantando. — Mestre… — cumprimentou, incomodado com o maldito apelido, porém, cansado de retrucar. — Hm… parece que aprendeu sobre cosméticos — elogiou, rindo. — Epifron ajudou. — Gosto da etiqueta e do cuidado consigo. Temos dois meses e meio à frente. Não ingerirá absolutamente nada, então economize-se para sua sinfonia nutrir seu corpo. Sim! É perfeitamente possível. Sigmund assentiu, ignorando os questionamentos de sua cabeça. — As próximas horas serão atribuladas. Estenderei o treino, logo, com prudência, pouco se ferirá. Por minha vontade, a escadaria lhe cederá, ininteligivelmente, conhecimento. A grande epopeia de nossa mãe lhe será sussurrada. — Sorriu, em tom de oração. — Todo rito, oração, prece, preceito, nasceu desta, mas ainda não pode declamá-la. — Sim, senhor. Estou pronto! Aldous foi à mesa onde desc
Sigmund despertou de madrugada. A ansiedade para ver Althea o impediu de voltar a dormir, ele banhou-se, buscou quaisquer mínimos ferimentos no corpo. Desagradou-se com as cicatrizes que se acumulavam e uma intensa dor espalhou-se em sua cabeça. “Eu lido, traga-nos uma lâmina.”, disse sua outra face. — O que fará? “Temos muitos defeitos… adquirir outros não me agrada, é um exercício de vaidade. Não diga que não quer. Ambos carregamos a raiva por eles… permita-se experimentar a vaidade também!” Sigmund foi à cozinha. Amos estava preparando a refeição e Chase estava à mesa, tomando um suco bem vermelho, cheirava a tomate. — Herdeiro! Acordado tão cedo. Bom dia! — Chase sorriu. — Olá, Epifron! — cumprimentou Sigmund. — Anesiquia! — Criança! — retribuiu Amos. — Preciso de uma lâmina. — Íamos bem — lamentou Chase —, aí vem o retrocesso! — Riu. — Por quê!? — O menino ficou curioso com a afirmação. — Cortará o cabelo… é uma lástima! — Não cortarei o cabelo! — retrucou Sigmund, fra