— Finalmente, sossego! — Aldous sorriu, após a saída do último. — Pensei que nunca aconteceria, mas conseguimos! — Chase comemorou. — Apesar de tudo, a visita à mãe fará bem. Estaremos sós. O peso perdido será bem trabalhado. Trarei vinho para celebrarmos a emancipação! — disse, recostando a bandura e indo à cozinha. Aldous tocou sua lira, rindo, até Chase voltar com o vinho e duas taças, pondo-as no chão. Ao servirem-se, brindaram. — Já que o acordo nos obriga, estenderemos a vida útil da sanidade recebida. Os treinamentos com o herdeiro estão e continuarão limitados a você! Dada a facilidade de ser tangido por Loucura, dosamos o contato, logo se não puder me ater, gostaria que você fizesse. — Já pretendia, meu pai. Com a emancipação, pela emancipação, redobraremos os cuidados. O herdeiro me deixa inseguro… não conversei com ninguém além de Byron e Fitz, mas precisamos, num momento mais oportuno, conversar sobre isso. — Agora, sós, o faremos. Apresento vocês… do jeito que é curio
Parado, frente àquela cena, Aldous optou por não tocá-la. Althea o olhou, evidenciando o olho direito tomado por trevas. O mestre arfou, preocupado e estimulado, mas a sacerdotisa sorriu. A gentileza do sorriso contrastou com a selvageria do olhar. — Consegue falar!? — Aldous finalmente perguntou. — Sim, estou bem! — Ela riu, deitando Chase no sofá e sentando no outro. — Logo passa! — disse, olhando os veios, começando a dissipar gradualmente, começando pela ponta dos dedos. — Você fica assustadoramente bela assim! Sorriu, suprimindo o gemido, que sucedeu o choque em seus nervos causado por outro esticar da frágil ferramenta cobrindo sua face. — Deleite-se de minha dor… — Ela riu, convidando-o para perto. — Isto deveria soar assim!? — brincou, sentando ao chão e recostando a cabeça em sua perna. — Por que estão brigando? — perguntou, beijando-o na testa. Acariciou seu rosto, fitando seus olhos. — Não faço ideia. Talvez a Loucura… talvez ele esteja sentindo tudo mais intensame
Althea começou a limpar o salão enquanto aguardava Aseth chegar com a refeição. Entrando, ele deixou a refeição à mesa. — Posso ajudar, minha mãe? — Não se preocupe… só estava aguardando sua chegada! — Ela sorriu, indo até ele e beijando-o na testa. — Obrigada, meu filho! — Parece melhor! — Sorriu, aliviado por sua palidez restaurada. — Estou! — Enquanto o filho deixava o salão, aproximou-se de Aldous, acariciando seu rosto. — Aldous, meu amor! Foi um lento despertar, ele fitou de Althea, sorrindo, saudoso. — Já acabamos!? Desacordei? — perguntou, retribuindo o afago. — Sim, comeremos e somente depois, pode voltar para casa. — Sim, senhora! — acatou, sentando. — Machucou-se? — Não, foi tudo bem. Deveria conversar comigo, sabe!? — disse, sentando ao seu lado. — Talvez não houvesse tanto transbordando, se aceitasse ajuda… talvez até os incidentes diminuíssem. Não quero que me diga ser complicado e difícil, quero que pense com carinho. Aldous assentiu. Foi uma refeição silencios
Aldous degustou sua meia taça pacientemente. Suas projeções para o futuro foram interrompidas quando Sigmund chegou. — Olá, monge! — Sorriu, terminando o vinho e levantando. — Mestre… — cumprimentou, incomodado com o maldito apelido, porém, cansado de retrucar. — Hm… parece que aprendeu sobre cosméticos — elogiou, rindo. — Epifron ajudou. — Gosto da etiqueta e do cuidado consigo. Temos dois meses e meio à frente. Não ingerirá absolutamente nada, então economize-se para sua sinfonia nutrir seu corpo. Sim! É perfeitamente possível. Sigmund assentiu, ignorando os questionamentos de sua cabeça. — As próximas horas serão atribuladas. Estenderei o treino, logo, com prudência, pouco se ferirá. Por minha vontade, a escadaria lhe cederá, ininteligivelmente, conhecimento. A grande epopeia de nossa mãe lhe será sussurrada. — Sorriu, em tom de oração. — Todo rito, oração, prece, preceito, nasceu desta, mas ainda não pode declamá-la. — Sim, senhor. Estou pronto! Aldous foi à mesa onde desc
Sigmund despertou de madrugada. A ansiedade para ver Althea o impediu de voltar a dormir, ele banhou-se, buscou quaisquer mínimos ferimentos no corpo. Desagradou-se com as cicatrizes que se acumulavam e uma intensa dor espalhou-se em sua cabeça. “Eu lido, traga-nos uma lâmina.”, disse sua outra face. — O que fará? “Temos muitos defeitos… adquirir outros não me agrada, é um exercício de vaidade. Não diga que não quer. Ambos carregamos a raiva por eles… permita-se experimentar a vaidade também!” Sigmund foi à cozinha. Amos estava preparando a refeição e Chase estava à mesa, tomando um suco bem vermelho, cheirava a tomate. — Herdeiro! Acordado tão cedo. Bom dia! — Chase sorriu. — Olá, Epifron! — cumprimentou Sigmund. — Anesiquia! — Criança! — retribuiu Amos. — Preciso de uma lâmina. — Íamos bem — lamentou Chase —, aí vem o retrocesso! — Riu. — Por quê!? — O menino ficou curioso com a afirmação. — Cortará o cabelo… é uma lástima! — Não cortarei o cabelo! — retrucou Sigmund, fra
Distraído, Sigmund foi incapaz de não causar comoção. Uma mulher, esbelta de pele clara, grandes cabelos cacheados e um homem, albino, muito magro e jovem, junto a Ianos aproximaram-se. — Presumo que a senhora está bem! — disse o albino. — Estamos bem, Penia — tranquilizou Aldous. — Estou bem, Yurri. Patience! — Althea sorriu, calma, acariciando os cabelos de Sigmund que, imediatamente, pôs-se a sua frente. — Ela está bem. Não chega perto! — disse, olhando Ianos e respirando fundo, antevendo a falta de ar. — Criança… — Ianos riu, mantendo os olhos fechados. — Jamais faria mal à minha Grande Sacerdotisa. — Só fazem isto! Impregnam as pessoas com ideias transcendentais absurdas e as abandonam a própria sorte… dão veneno para elas… Não o deixarei fazer isto! — afirmou, angustiado, com lágrimas nos olhos. — Não perderei outra mãe! Afaste-se, sua luz não é bem-vinda! — Pequeno, me dê a mão — pediu Althea, acariciando-o no ombro. — Vamos, garoto! Sei que não gosta, mas este é bom. —
“Criança, precisa acordar!”, Althea chamou no íntimo de Sigmund. O som do artifício quebrando ecoou. Ele observou o local vazio. “Bom dia, minha mãe!”, Sigmund sentou e pegou seu saung. Passada uma hora e meia de aula, Aldous chegou, o cumprimentou em silêncio e sentou à mesa. Terminando, Sigmund o cumprimentou. — Mestre, bom dia! — Olá, buda! — Sorriu, levantando. — Pode me ajudar a acordá-lo? Aldous sentou-se próximo para monitorar a reconstrução do artifício e amparou seu desfalecer após o processo de vestir-se. Sigmund entregou ao monge a memória da lição e este despertou, com a voz de Althea, ecoando em sua mente, causando um bom despertar. — O que houve? — perguntou, ao despertar, olhando para Aldous. — Não faço ideia! — Aldous riu. — Se têm problemas, se resolvam! — Problemas!? — indagou, confuso. — Teve problemas? — Ai, monge! Ai! — Gargalhou, materializando a lira sobre a mesa. — Treinamento. Recomponha-se! Sigmund rapidamente pôs-se de pé, em guarda; em vão, afin
Sigmund trincou os dentes, fitando os olhos do homem, tenso. A pobre alma, vulnerável, gritou, sentindo o braço esmagado. O menino sorriu, saboreando a doce dor. Sentiu o desafogamento, causado pela endorfina, endorfina e ocitocina, estimulados pelos gritos. Ele deu um passo à frente com muito custo, chegando nos degraus. — Agora jogo ele daqui!? — sugeriu, olhando para Aldous. Aldous suspirou, combateu a vontade de assentir e o respondeu: — Não. Sigmund engoliu seco, o vermelho passeou por seus olhos, pulsando. Incapaz de coordenar o que desejava e o que devia fazer, cedendo aos impulsos, seguiu na direção da beira, mas Aldous o segurou, invocando: — Epifron! — Meu pai! — cumprimentou Chase. — Estamos loucos em meio aos degraus. Ótima… notícia… — Suspirou, rindo, com culpa. — Leve o homem — ordenou Aldous. Chase foi até o homem, pôs a mão em sua cabeça e apertou, sorrindo. O homem deu um grito estridente, parando as escadarias. Peçonha e alma dividiram-se; o corpo desfez