Atenção: "Esta é uma obra de ficção. Todos os personagens, empresas e eventos apresentados são completamente fictícios, e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. O ambiente e as referências ao país foram criados com base em pesquisas para oferecer um contexto mais imersivo à narrativa."
Prólogo Os gritos de xingamentos eram ouvidos claramente fora da sala e por todo o salão do escritório. As pessoas passavam rapidamente perto da porta, tentando, sem sucesso, olhar discretamente para ver se alguém sairia machucado ou, quem sabe, o pior… que Deus os ajudasse! Todos sabiam que seu chefe perderia aquela briga. Os funcionários erguiam a cabeça de suas mesas, apostando discretamente. — A senhorita Choi vai ganhar dessa vez. — Disse uma das mulheres, com um sorriso nervoso. Então, ouviram outro barulho, seguido pela voz do homem: — Eu acredito no senhor Kim. — A voz soou tensa. — Embora a senhorita Choi me dê medo, e do jeito que ela entrou naquela sala... parecia prestes a matá-lo. De repente, fez-se um silêncio absoluto, que durou uns dez segundos—talvez até mais. Será que os dois se mataram? Bom, quem sabe, ninguém parecia disposto a bater na porta para descobrir. Nem o secretário do senhor Kim se atreveu a mover um músculo; ele continuou trabalhando arduamente, como se nada estivesse acontecendo. A porta se abriu com um estrondo, e como uma Miss Universo segura de seus passos, Ha-na Choi desfilava pelo corredor, linda e completamente furiosa. Seus cabelos longos e pretos voavam conforme ela caminhava, e sua beleza chamava a atenção de todos. Era impossível não perder o fôlego diante daquela mulher. Nariz arrebitado, lábios carnudos e perfeitos, corpo escultural, marcado por um elegante vestido vinho de grife… talvez fosse da Dior? Dolce & Gabbana? Ou até mesmo da sua própria linha… a Choi Collection. As mulheres não sabiam dizer, mas tinham certeza de que estava perfeito nela. Os homens, por sua vez, pareciam até sem fôlego, paralisados pela visão da deusa da fúria. — Você acha que venceu, sua mulherzinha maquiavélica? — Ele gritou, em um último esforço de resistência. Ela parou no meio do corredor, e um sorriso maldoso apareceu em seu rosto. Virou-se e levantou uma sobrancelha, como desafio. — Maquiavélica? — Um sorriso cínico se formou nos lábios dela. — Você verá o que é ser maquiavélica, seu arrogante imprestável. O negócio foi fechado comigo. O ar mudou, e todos perceberam que haviam prendido a respiração. Ha-na virou-se e saiu tranquilamente, sem olhar para trás. Os funcionários se entreolharam, hesitantes, antes de olhar para seu chefe. — O que foi? — Ele esbravejou, interrompendo o silêncio. — Voltem ao trabalho agora! Rapidamente, todos voltaram ao que estavam fazendo, tentando disfarçar a tensão. O show havia terminado, e o chefe bateu a porta com tanta força que todos saltaram em seus assentos. Será que algum dia aqueles dois iriam se entender? E outra coisa, mais importante ainda: aquela porta aguentaria mais pancadas como aquelas? |×| Ha-na olhou para o relógio assim que estacionou em casa. Suas sobrancelhas se ergueram de surpresa ao ver que eram 23:00 horas. Já estava tão tarde assim? Ela soltou um muxoxo, rezando para que ele não estivesse dormindo. Abrindo sua bolsa, retirou uma pequena caixinha, abriu rapidamente e colocou a aliança no dedo, dando-lhe um beijo rápido. Ha-na saiu do carro e entrou em sua casa. Tudo estava sombrio. Poxa, ele havia dormido mesmo? Não podia julgá-lo. Seu marido era um homem ocupado, e quando se tratava de trabalho, ele e ela eram iguais, cientes do quanto ele estava esgotado. O que ela poderia fazer era tomar um banho, comer alguma coisa e se deitar ao lado dele, pedindo por seu abraço. Sem se dar ao trabalho de ligar as luzes, atravessou a sala e subiu as escadas direto para o quarto. Quando ligou a luz, percebeu a cama arrumada, mas a luz do banheiro ainda estava acesa. O cheiro da loção de banho preenchia o ambiente, envolvente e agradável. Ha-na tirou os saltos e prendeu o cabelo em um coque frouxo. Ao entrar na suíte, deparou-se com a cena mais sensual do mundo: Ele estava na banheira, a água morna deslizando suavemente sobre seu corpo esculpido. Seus traços afilados e a linha de mandíbula definida exalavam autoridade e charme. Os olhos, profundos e penetrantes, estavam fixos nela, transmitindo uma mistura de desejo e controle. Seu cabelo escuro, ainda úmido, caía ligeiramente sobre a testa, acentuando a elegância de seu rosto. Com uma taça de vinho na mão, ele parecia mais um executivo acostumado a dominar a sala de reuniões. No entanto, sua postura relaxada na água transmitia uma confiança quase irresistível. A aliança dourada em seu dedo brilhava suavemente, refletindo seu compromisso e o poder sutil que exercia sobre tudo ao seu redor. Seu sorriso, enigmático e sedutor, era a expressão de um homem que sabia exatamente o que queria e como conquistá-lo. Seu marido era lindo e sexy demais . O olhar intenso, de um sensual irresistível, se encontrou com o dela mais uma vez com um brilho ardente e selvagem. Ele tomou outro gole do vinho, e uma fome possessiva tomou conta dela. Ha-Na tirou os brincos e, com um movimento devagar, sabendo que estava sendo observada, abaixou o zíper do vestido, começando a se despir na frente dele. Ela usava lingerie da mesma cor do vestido. Ela se aproximou, roubou a taça de vinho da mão dele e tomou um gole, antes de se aproximar de seu rosto como se fosse beijá-lo, mas se afastando de maneira provocante, sabendo o quanto ele ficaria louco com aquilo. — Amor, não faz assim, eu passei o dia inteiro pensando em você, com saudade e… — Ele disse, com a voz carregada de desejo. — Louco pra te foder gostoso. Um arrepio percorreu a espinha dela. Ouvir aquelas palavras a acendeu ainda mais, mas ele merecia um pouco mais de tortura, ela se despiu completamente, mordendo os lábios ao notar o olhar dele transbordando de desejo para o corpo dela. — Não acha que pegou pesado? — Ela perguntou, manhosa, enquanto entrava na banheira e se sentava no colo dele, a ereção dura pressionando contra ela. Um biquinho charmoso se formou em seus lábios, o perfume dele a deixou tonta, como se estivesse bêbada. Ele a agarrou, puxando-a mais para cima, esfregando os corpos, fazendo a espuma sair da banheira. — Ah, e o que quer que eu grite, senhora Kim? — Jin-Hoo parou e sorriu de forma maliciosa. Segurou sua nuca e a puxou para perto, seus lábios se aproximando de seu ouvido. — O quanto sou maluco por você? O quanto te acho linda e gostosa? O quanto só quero te beijar? Te chupar e te foder o tempo todo? O quanto te amo? Ela soltou um gemido, ouvindo aquelas palavras sussurradas de forma rouca. A cada palavra, o desejo a consumia mais, e ela se esfregava contra ele, provocando. — E você acha que sou diferente? — Ela perguntou, abraçando-o com força. — Eu quero estar com você o tempo inteiro, e o quanto quero que todos saibam, mas não podemos dizer agora. — Eu sei. — Ele soltou um suspiro e beijou seu pescoço, fazendo-a estremecer. — Mas estou louco para que esse dia chegue. — Seus lábios roçaram os dela, passando a língua ao redor. Então, Jin-Hoo a beijou como se sua vida dependesse disso. As línguas se entrelaçaram, os corpos se esfregaram, as mãos percorriam por todos os lugares, apertando suavemente a pele, enquanto gemidos lascivos podiam ser ouvidos fora da suíte. Quando se separaram para respirar brevemente, Jin-Hoo sorriu triunfante ao observá-la, corada, ofegando e completamente excitada. — Eu venci. — Disse, segurando um seio dela e massageando o bico com o polegar suavemente. — Esquece isso e me fode, amor! — Ela ordenou, com um olhar de pura necessidade. — Não quero pensar em mais nada, só quero você! — Deixa comigo, minha mulherzinha maquiavélica. — Ele sorriu mais uma vez e a beijou, unindo seus corpos profundamente. E ali, se entregaram à paixão, à saudade e ao amor que estavam sentindo.Dois anos antes... Por Choi Ha-na Balanço a taça de vinho diante de mim, observando o líquido vermelho se mover no mesmo ritmo lento do meu humor. Um suspiro entediado escapa dos meus lábios enquanto lanço um olhar ao relógio. 20h15. Um atraso. E, se há algo que eu detesto, é perder tempo. Dou um gole no vinho. O sabor suave não faz nada para melhorar meu humor. Coloco a taça de volta na mesa, cruzo os braços e permito que minha irritação transpareça. Quando disse ao meu pai que faria qualquer coisa para conquistar a presidência do nosso conglomerado de shoppings, não estava me referindo a ficar sentada como uma idiota esperando um encontro às cegas aparecer. "Você terá que se casar, Ha-na, para conseguir a confiança plena dos acionistas." Um arrepio percorre minha espinha ao lembrar da frase. E logo outra a seguir, tão desagradável quanto: "Embora você seja uma CEO respeitada, com sua própria marca de roupas e cosméticos, isso não basta para ser presidente do nosso império. E
Por Kim Jin-Hoo Quando termino de encher a taça com o vinho, Ha-na me encara com curiosidade. Agora, de perto, consigo ver o quanto ela é realmente linda e sexy. Seu cabelo longo e escuro estava levemente ondulado, caindo sobre os ombros como se moldasse seu rosto de propósito. A maquiagem suave apenas acentuava a intensidade dos olhos escuros e misteriosos, mas a boca... Ah, essa boca. Sempre foi minha fraqueza. Carnuda, perfeitamente delineada, parece um convite para o pecado. Não posso evitar. Minha mente vagou por um instante, imaginando como seria passar a língua por entre aqueles lábios, mordê-los, senti-los. O perfume dela chega até mim, uma mistura de notas doces e marcantes. Sexy. Tentador. Ela é perigosa e, no fundo, acho que gosto disso. — Só de olhar para você, eu me sinto impaciente, senhor Kim. — A voz dela corta meus devaneios, desafiadora. Seus olhos brilham com aquela ousadia que sempre me irritou e... me atraiu. — Não achei que estivesse na Coreia. Pego
Por Kim Jin-Hoo Ela termina o vinho, sem tirar os olhos de mim, mordendo o próprio lábio de uma forma que só aumenta minha vontade. O controle que tenho está por um fio. Minha vontade é derrubá-la na mesa e tomá-la ali mesmo, sem me importar com os olhares ao redor.— Eu pago a conta.— Já está paga. — Respondo com um sorriso debochado. — Fiz isso enquanto você estava distraída com aquele moleque.Ela revira os olhos, claramente irritada com a menção.— Não me lembre disso.Dou um sorriso, levanto-me e estendo a mão para ela, com um olhar predatório. Ela aceita, e seguimos para o que sabemos ser inevitável. A tensão entre nós está prestes a explodir, e não há nada que possa pará-la.Nós dois saímos discretamente do restaurante. O corredor está vazio enquanto esperamos o elevador. Aproveito a oportunidade e coloco a mão em suas costas para guiá-la. Sinto seu corpo estremecer sob o toque, um arrepio que ela não consegue disfarçar.Quando o elevador chega, está vazio. Assim que as porta
Por Choi Ha-naUma semana havia se passado desde o meu encontro inesperado com Kim Jin-Hoo. Ele mandou o contrato há dois dias para o meu e-mail pessoal e uma mensagem no celular. Eu só visualizei e não respondi. O contrato? Ainda não mexi.Relaxo na cadeira da minha sala, aproveitando o tempo antes da próxima reunião. Olho para cima e fecho os olhos.Por mais que eu tente não pensar nisso, o sexo ardente com Jin-Hoo no carro invade meus pensamentos. A pegada dele, as mãos, os beijos... tudo vem à minha mente, como uma tempestade. Sem me dar conta, estou mordendo o lábio e sorrindo.— Espera aí! O que estou fazendo? — Endireito-me na cadeira, sacudindo os pensamentos. — O que estou pensando? Não posso pensar nisso. Foi só um deslize, e já passou.Nós dois descarregamos o desejo que sentíamos. E pronto. Não vai haver mais nada.Vamos aos negócios.Coloco o cabelo atrás da orelha, ligo meu computador e acesso o e-mail. Dou uma olhada no contrato e nas cápsulas.Como prometido, ele está
Capítulo 04Por Choi Ha-naMantenho meu olhar preso ao dele enquanto dou um gole no vinho. Passo a língua pelos meus lábios lentamente e desvio o olhar com um sorriso de canto.— Vocês têm que parar com essa briguinha chata de anos, já estão velhos demais para isso. — Park suspira. — Espero que a Ha-na não siga os seus passos.— Como não iria seguir? — Meu appa comenta, completamente vermelho. — Eu a criei muito bem. Ela sabe exatamente em quem confiar e com quem deve andar.— Pelo amor de Deus! Os Kim não são tão ruins assim.— Hyung, hoje você está me irritando. — Ele continua irredutível.Se meu pai soubesse que sou sócia do filho do seu inimigo mortal, com certeza nunca me daria a presidência. Vou manter isso comigo por enquanto, pelo menos até conseguir o que quero.Dou mais um gole no vinho.— Vamos lá, vamos cumprimentar o pessoal do outro lado. Vai ser melhor vocês não ficarem se encarando. — Park pisca para mim e leva o senhor Choi dali.Dou um sorriso aliviado e fico em uma
Por Jin-Hoo Ajeito meus óculos de grau enquanto assino algumas papeladas para aumentar a expansão do nosso shopping. Depois de três reuniões mais cedo, sinto minha cabeça explodindo. Abro a gaveta da minha mesa e tiro um remédio para dor de cabeça. Assim que tomo, tiro meus óculos e esfrego meus olhos cansados. Meu celular vibra, e rapidamente o pego, não sei por que estou tão ansioso. Eu sei que não é ela. Depois do nosso último encontro e desde que recebi a mensagem dois dias depois daquilo, não sei o que estou esperando. Percebo que é a mensagem da minha mãe me chamando para jantar com eles, confirmo minha ida, e em seguida clico na mensagem de Ha-na. A foto dela no perfil é linda, sua expressão é tranquila, ela está de óculos escuros e olha para cima, deixando o brilho do sol iluminar seu rosto. É uma foto linda. E então leio a mensagem dela pela milésima vez, dou um sorriso ao ver o nome que escolhi para ela. Megerinha: “Não pode haver uma terceira vez, Jin-Hoo, temo
Por Kim Jin-Hoo Estou extremamente cansado quando chega sexta à noite. A única coisa que quero é chegar em casa, tomar um banho e descansar a cabeça no travesseiro.Desde que tive a reunião com a equipe de criação, eles estão trabalhando duro para planejar algo que possa ajudar a tornar o shopping mais atrativo.E eu e Ha-na mantemos o contato à distância durante a semana. Acho que estamos prontos para ficarmos sozinhos no mesmo espaço. Pelo menos, acredito que esse tempo foi o suficiente para mim.Meu celular vibra com uma nova mensagem.Seung-Ho: “Já está chegando? Estão todos aqui, só falta você.”Aí! Por que eu fui confirmar essa porra, e como eu não descrumpro minha palavra, eu vou até lá, fico pelo menos uma hora e vou para casa, já que amanhã preciso estar no trabalho um pouco mais cedo.O restaurante fica em um bairro movimentado de Seul, cercado por prédios modernos que contrastavam com a fachada tradicional do estabelecimento. A entrada é marcada por portas de madeira escul
Por Choi Ha-naMinha secretária e única amiga íntima conseguiu o impossível: me convencer a largar um pouco o trabalho. Confesso que nunca tinha ido a este restaurante antes. E, para minha surpresa, gostei.Entro no local primeiro, analisando tudo ao meu redor. O ambiente é discreto e acolhedor. A luz suave reflete no chão de madeira polida, enquanto o cheiro de carne grelhada e o sutil aroma de soju pairam no ar.Fico animada, para comer alguma coisa. Enquanto espero minha secretária e seu namorado entrarem, dou uma olhada em volta e, de repente, meus olhos se encontram com os dele. Por um instante, o tempo congela. O ar parece escapar dos meus pulmões, e um calor estranho sobe pelo meu pescoço. Por que, entre tantas pessoas, ele tinha que estar aqui?Mantenho uma expressão tranquila, enquanto percebo que seus olhos escuros e astutos estão me observando. Minhas pernas começam a tremer, e parece que vou desabar a qualquer momento.Fiz um bom trabalho até agora, mantendo-me longe de J