Capítulo 6

Por Jin-Hoo

Ajeito meus óculos de grau enquanto assino algumas papeladas para aumentar a expansão do nosso shopping. Depois de três reuniões mais cedo, sinto minha cabeça explodindo. Abro a gaveta da minha mesa e tiro um remédio para dor de cabeça.

Assim que tomo, tiro meus óculos e esfrego meus olhos cansados. Meu celular vibra, e rapidamente o pego, não sei por que estou tão ansioso.

Eu sei que não é ela. Depois do nosso último encontro e desde que recebi a mensagem dois dias depois daquilo, não sei o que estou esperando.

Percebo que é a mensagem da minha mãe me chamando para jantar com eles, confirmo minha ida, e em seguida clico na mensagem de Ha-na.

A foto dela no perfil é linda, sua expressão é tranquila, ela está de óculos escuros e olha para cima, deixando o brilho do sol iluminar seu rosto. É uma foto linda.

E então leio a mensagem dela pela milésima vez, dou um sorriso ao ver o nome que escolhi para ela.

Megerinha: “Não pode haver uma terceira vez, Jin-Hoo, temos que parar com isso. São só negócios, certo? Acho que é melhor nós dois não nos vermos por enquanto. Vamos combinar tudo por aqui e por e-mail. Quando estivermos 'mais frios', vamos nos encontrar pessoalmente.”

Eu respondi somente um “ok”, e que ela estava certa.

E eu sei que ela está. Mas nem eu mesmo entendo porque eu perdi o controle — que domino muito bem — com ela. Desde que voltei da Coreia e vi Ha-na, parece que uma chama se acendeu em mim.

Pode ser pela falta de sexo? Sim. E ela tem uma alta sensualidade. Isso me deixou louco.

Mas o desejo já deveria ter passado. Eu fui inocente ao acreditar que uma vez seria o suficiente e tive a segunda.

No entanto, chega! Alguns dias sem vê-la, talvez semanas, seriam o ideal, até me acostumar com a presença dela e ver que ela é como qualquer outra mulher bonita. Sem espaço para esse desejo louco.

Por e-mail, mando todos os documentos que tenho até agora da nova empresa que sou sócio com Ha-na para ela. Gostaria de saber a opinião dela em tudo, claro que fazer isso pessoalmente seria perfeito, mas por enquanto vai ser assim.

Meu celular vibra de novo, e olho para a tela. Me surpreendo ao ver o nome de um dos meus amigos do colégio.

“Kim, não sabia que estava de volta da América. Vamos ter um reencontro do colégio, que tal se você vier? Ou está ocupado demais agora que se tornou presidente?”

Reencontro? Minha sobrancelha se franze. Eu realmente estou ocupado, mas sair um pouco daquilo e ter uma distração que não seja tentativas de encontro às cegas — a única diversão que tive desde que cheguei foi o sexo com Ha-na — isso será ótimo.

Por que ela está na minha cabeça o tempo todo? Isso era para ter sido apenas sexo, algo passageiro.

Então o sorriso sensual dela, o jeito como ela me olhou sem medo e sem vergonha naquela festa, faz com que eu sinta um calor estranho, os gemidos dela não saem da minha memória e são sons lindos, se eu pudesse gravar para ficar ouvindo toda hora, faria…e meu pau começa a querer ficar animado.

O que deu em mim? Não sou assim.

Esquece isso, idiota!

Não é para eu ter gostado tanto. Afinal, nós dois sabíamos que não iria dar em nada e só era uma pegação qualquer. Por que então estou assim?

Mando outra mensagem perguntando quando será esse encontro e recebo outra de volta, dizendo que é na sexta à noite.

Vejo meu assistente bater na porta e entrar sem me falar nada. Já estou acostumado com ele. Min-Jae começou como um estagiário no setor serviços, eu era apenas o vice CEO na época, depois que eu vi que ele sofria bullying por outros funcionários, eu o promovi como meu assistente, e demiti os outros funcionários, agora ele é o meu homem de confiança, e também um dos meus amigos.

— Senhor, só para lembrar que às 14:00 o senhor tem uma reunião com o CEO daquela empresa famosa desportista — me lembra Jae-Min.

— Ah, sim, maravilha. O que acha da ideia de, na nova expansão, colocarmos uma pista de gelo e, na outra, algo como boliche?

— Eu acho super interessante, vai atrair muitos jovens — ele diz.

— Como você está se adaptando aqui? Depois de voltarmos. — pergunto, olhando a expressão do garoto séria.

— Estou bem, senhor. O pessoal está sendo muito receptivo, não tenho do que reclamar.

Balanço a cabeça para ele em confirmação.

— Mas acho que não estou acostumado com uma coisa — ele faz uma expressão confusa.

— O que seria?

— As mulheres vivem me perguntando pelo senhor, se o senhor tem alguma namorada… mesmo eu insistindo que não sei nada sobre sua vida pessoal.

— Continue assim — respondo imparcial. — Se quiser, mandem vir me perguntar pessoalmente, acredito que não vão ter coragem. — Dou um sorriso.

— Está bem — ele balança a cabeça e se retira da minha sala.

Reviro meus olhos.

Vejo meu celular vibrando e olho para a tela, escrito: Megerinha.

Eu abro a mensagem e percebo o modo profissional com que ela fala.

Megerinha: “Eu gostei da planta do local, mas podemos mudar algumas coisas, e também ampliar um pouco o espaço para a sessão de maquiagem. Eu quero algo que nenhum shopping tenha.”

Dou um sorriso ao ler a mensagem. Com certeza chamei a pessoa certa, já que não entendo nada disso. Em seguida, vem outra mensagem.

Megerinha: “Vou criar uma nova coleção com outro nome, para homens pela primeira vez. Vai pensando no que acha sobre isso.”

Dou um olhar impressionado.

“Isso seria perfeito, mas você vai dar conta disso? Ainda temos muito trabalho.”

Em seguida, vem outra mensagem:

Megerinha: “Para uma viciada em trabalho, isso é fácil. Você me entende.”

Um sorriso de lado brinca em meus lábios quando leio aquilo. Realmente, somos muito parecidos.

“Está certo, dê o seu melhor, senhorita Choi.”

Ela leu a mensagem, mas não tenho resposta. Em seguida, volto a minha atenção ao shopping. Me preocupa um pouco a baixa movimentação na linha de marcas para a coleção feminina. Óbvio que minha parceira e concorrente é culpada disso.

Vou ter que reverter essa situação se não, daqui a alguns meses, teremos grandes prejuízos. Preciso de alguém que esteja quase na mesma posição que a marca da Ha-na e algo que não tenha nas outras lojas.

Observo o ranking de roupas de marcas que fazem sucesso e ainda vejo o nome dela como número 1 disparado.

Essa cobrinha é muito boa mesmo, conseguiu algo que não tínhamos.

Eu vou achar alguma coisa, preciso achar algo diferente também, e para isso, vou precisar de uma equipe.

Pego meu telefone empresarial e digito para o meu assistente.

— Marque uma reunião com o pessoal da equipe de criação amanhã de manhã.

— Pode deixar, senhor — Jae-Min desliga.

Volto minha atenção ao planejamento do shopping. Tenho muitas coisas para resolver

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