Por Kim Jin-Hoo
Estou extremamente cansado quando chega sexta à noite. A única coisa que quero é chegar em casa, tomar um banho e descansar a cabeça no travesseiro. Desde que tive a reunião com a equipe de criação, eles estão trabalhando duro para planejar algo que possa ajudar a tornar o shopping mais atrativo. E eu e Ha-na mantemos o contato à distância durante a semana. Acho que estamos prontos para ficarmos sozinhos no mesmo espaço. Pelo menos, acredito que esse tempo foi o suficiente para mim. Meu celular vibra com uma nova mensagem. Seung-Ho: “Já está chegando? Estão todos aqui, só falta você.” Aí! Por que eu fui confirmar essa porra, e como eu não descrumpro minha palavra, eu vou até lá, fico pelo menos uma hora e vou para casa, já que amanhã preciso estar no trabalho um pouco mais cedo. O restaurante fica em um bairro movimentado de Seul, cercado por prédios modernos que contrastavam com a fachada tradicional do estabelecimento. A entrada é marcada por portas de madeira esculpidas e lanternas vermelhas penduradas, iluminando o letreiro em caracteres coreanos elegantes. Ao passar pelas portas, o ambiente interno exala um misto de sofisticação e conforto. As paredes são revestidas de madeira clara, decoradas com pinturas minimalistas de montanhas e cerejeiras em flor. Mesas baixas de madeira escura, cercadas por cadeiras acolchoadas, estavam dispostas de forma a oferecer privacidade a cada cliente. Algumas áreas tinham divisórias de papel hanji, típicas dos antigos hanoks, criando um toque intimista. Do outro lado do salão, uma grande janela dava vista para o movimentado rio Han iluminado pela cidade, enquanto um balcão moderno exibia potes de cerâmica com kimchi e outros acompanhamentos frescos. O aroma era inebriante: uma mistura de carne grelhada no estilo bulgogi, temperos apimentados de gochujang e o toque sutil do chá de cevada fervendo ao fundo. — Ah! Olha ele aí, o maior dos empresários Kim Jin-Hoo. Ouço os assobios e balanço a cabeça. — Parem com isso, vocês não mudaram nada — respondo, cumprimentando todo mundo. As mulheres sorriem enquanto me encaram. — Já você mudou demais — Soo-Jin diz, enquanto me analisava de cima a baixo. — Está mais forte, comeu o que na Coreia? — Quando tenho um tempo, me exercito — eu me sento em uma das cadeiras. — Jin-Hoo, diz aí como estão os negócios? Agora que você assumiu a empresa do seu pai, deve ser mais cobrado do que antes. — Eu tenho uma responsabilidade maior agora, mas nada do que não possa resolver. Soo-Jin riu e me deu um sorriso provocante. — Vamos ver como vai ser isso. Sua família esteve no topo durante anos e aí vêm os Choi com a coleção da Ha-na e desbancaram vocês — ela dá um sorriso triunfante. — Nós, mulheres, somos poderosas. Como se sente em relação a isso? — Normal, uma competição saudável. Vamos ver até quando, mas ela é excelente, é merecido — dou de ombros sem cair na pilha. Seung-Ho riu e balança a cabeça. — Sua família ainda tem briga com os Choi — comenta divertido. — Pela sua resposta, vejo que você e Ha-na estão se dando bem agora, embora você sempre teve uma admiração por ela. Fico incomodado. Por que todos estão falando dela? E por que estou tão nervoso? — Não é bem assim. Nós dois só somos mais civilizados. — HM… Interessante — comentou outro colega. — E vocês? — mudo de assunto rápido. — Como estão? Casados? Começamos a conversar sobre outras coisas, o que é um alívio. Tomo meu Soju e sinto o gosto diferente do que eu estava acostumado agora. Senti saudade desse sabor, eu sempre amei Soju. O ambiente parecia girar em seu próprio ritmo até que uma mulher linda entra. A conversa ao redor diminuiu quase que por reflexo, como se sua presença tivesse roubado o ar do local. Ela vestia um conjunto quadriculado simples, mas sua postura confiante fazia qualquer peça parecer um traje de alta costura. Seus cabelos, ondulados de maneira natural, balança suavemente a cada passo, irradiando movimento e charme. Os olhos dela escaneiam o restaurante com tranquilidade, mas havia algo em seu olhar que era impossível ignorar, como se carregasse um magnetismo que exigia atenção. A luz suave do ambiente ressalta o brilho de sua pele impecável, e o toque sutil de maquiagem apenas acentua sua beleza já marcante. Ha-na segurava a bolsa com elegância, como se cada detalhe de sua presença fosse cuidadosamente orquestrado, ainda que ela parecesse completamente alheia ao impacto que causava. Havia um contraste em sua aparência: simplicidade e sofisticação se encontravam em perfeita harmonia. — Quem diria, estávamos falando dela. — Soo-Jin diz, cruzando os braços. — Que coincidência milagrosa. — Então me olha com um sorriso divertido. Eu prendo a respiração sem perceber, observando-a enquanto ela analisava o local, seus olhos parando brevemente em mim. Quando nossos olhares se cruzaram, sinto meu coração acelerar, e uma corrente elétrica percorreu meu corpo. Eu deveria desviar o olhar, fingir que estou imune à presença dela. Mas não consegui. Ha-na, como sempre, parece intocável, sua expressão neutra, como se nada pudesse abalar sua confiança. Eu sei que deveria agir normalmente, mas minhas mãos, que antes estavam firmes segurando o copo de soju, agora estão úmidas, e eu percebo que estou apertando o copo com mais força do que o necessário. Desvio o olhar rapidamente, fingindo estar atento à conversa que continua ao meu redor, mas meu desconforto é óbvio. Soo-Jin nota, claro. Ela sempre foi boa em perceber fraquezas. — Parece que alguém ficou nervoso, não é, Jin-Hoo? — disse ela em um tom malicioso, e sinto todos os olhares se voltarem para mim. Droga. Eu tenho que sair dessa.Por Choi Ha-naMinha secretária e única amiga íntima conseguiu o impossível: me convencer a largar um pouco o trabalho. Confesso que nunca tinha ido a este restaurante antes. E, para minha surpresa, gostei.Entro no local primeiro, analisando tudo ao meu redor. O ambiente é discreto e acolhedor. A luz suave reflete no chão de madeira polida, enquanto o cheiro de carne grelhada e o sutil aroma de soju pairam no ar.Fico animada, para comer alguma coisa. Enquanto espero minha secretária e seu namorado entrarem, dou uma olhada em volta e, de repente, meus olhos se encontram com os dele. Por um instante, o tempo congela. O ar parece escapar dos meus pulmões, e um calor estranho sobe pelo meu pescoço. Por que, entre tantas pessoas, ele tinha que estar aqui?Mantenho uma expressão tranquila, enquanto percebo que seus olhos escuros e astutos estão me observando. Minhas pernas começam a tremer, e parece que vou desabar a qualquer momento.Fiz um bom trabalho até agora, mantendo-me longe de J
Por Kim Jin-HooPor que essa mulher exerce tanto poder sobre mim? Um leve toque dela, um roçar de ombros, a melodia da sua voz, o perfume que fica impregnado no ar. É insano como cada detalhe dela parece ter sido feito para me provocar. O controle que eu tanto prezo, que construí com anos de disciplina, começa a ruir toda vez que ela está por perto. Eu odeio isso. E, ao mesmo tempo, desejo. Como ela faz isso comigo?— Não entendo o que quer dizer. — Ela diz tranquilamente, fazendo-se de sonsa, e se aproxima um pouco mais.Estalo a língua com impaciência e continuo parado na mesma posição. Ela chega perto o suficiente para que seu perfume delicioso me tente. Meu maxilar se trinca enquanto resisto ao desejo de puxá-la para mim e beijá-la como quero.— É o seguinte: nós dois percebemos que não dá para negar que tem… atração mútua. — Digo sem rodeios. — Mas podemos nos controlar apesar disso, então nossa primeira reunião tem que acontecer. O que acha de quarta-feira?Ela me encara sem rea
Por Kim Jin-HooO suor escorre pelo meu rosto enquanto seguro meu adversário com força, ele bate no chão indicando que perdeu. Eu continuo segurando seu braço até ele bater mais uma vez no chão, me levantando rápido, ajeitando meu kimono e jogando meu cabelo suado para trás.Estava descarregando toda a frustração ali, naquela luta. E naquele cara. Eu o encaro como se fosse meu inimigo mortal.— Subaenim, por que eu tenho que fazer isso? Já sabemos que você sempre ganha. — Min Jae diz, se colocando em posição de defesa.— Porque eu quero te bater de alguma forma. — Respondo entre dentes. — Aqui é a melhor maneira.Então, pego-o facilmente e o derrubo no chão, fazendo ele soltar um gemido de dor.Ele bate no chão, e eu paro quando percebo o rosto dele ficando vermelho.Me sento no tatame, respirando ofegante, enquanto ele faz o mesmo.— E era por isso que fiz isso. — Meu secretário afirma, ofegante. — Se eu te contasse que estou namorando a secretária da Hana-ya há muito tempo, o senhor
Por Choi Ha-naAs pessoas ao meu redor comentam baixinho enquanto passo pelo shopping. Os olhares vêm na minha direção, principalmente de mulheres; cochichando e cutucando umas as outras. Franzo o cenho, sem entender aquilo, e isso continua até eu chegar ao andar do escritório. Paro no corredor vazio e viro para minha secretária.— O que aconteceu? Todos estão me olhando com espanto e até mesmo com um certo rancor. — Comento, perdida em pensamentos. — Viu o olhar de uma cliente? Parecia que ia me matar. Que medo. — Um calafrio percorre minha coluna ao imaginar ser morta a facadas na minha mesa.— Acho que a senhorita precisa ver isso. — Hye-Jin me passa o tablet.Então vejo a matéria na tela e dou zoom em uma foto minha com Jin-Hoo.Somos um casal bonito, entendo a comoção. Então, todos aqueles olhares são por isso: por eu estar supostamente namorando Jin-Hoo. Devolvo o tablet para Hye-Jin e volto a caminhar até minha sala.— Me diga os comentários. — Peço, totalmente animada, enquant
Por Choi Ha-naA noite de quarta-feira chegou, e eu estava absurdamente nervosa. Resisto à vontade de abrir a garrafa de vinho na geladeira; ficar bêbada antes não vai ajudar em nada e ainda é mais arriscado do que o normal.Olho para o relógio, percebendo que só faltam cinco minutos para às 21h. Já avisei a todos que iria receber um hóspede hoje, e que ele teria acesso ao meu apartamento. Dou uma olhada ao redor. Esse lugar é o que realmente chamo de lar. O outro, que todos pensam ser a minha casa, é apenas onde fico quando tem alguma estreia no shopping. Os jornalistas descobriram, então não tem como escapar. Mas aqui... aqui é o meu lugar preferido.Ultimamente, tenho pensado em comprar uma casa em um bairro mais reservado, mas encontrar algo assim por aqui é muito difícil. Além disso, sei que todos os funcionários deste prédio são de confiança, já que ele é meu — e ninguém sabe disso.Para esta noite, escolhi algo que reflete bem meu humor: um conjunto rosa delicado e cheio de det
Por Choi Ha-na — É só virar à direita, vamos logo. — Eu o puxo pela nuca e o beijo, enquanto ele me carrega. Ele tenta prestar atenção no caminho, enquanto deixo meus lábios deslizarem pelo seu pescoço, passando a pontinha da minha língua pela sua pele.Ele estremece. Assim que entramos no quarto, ele me joga na cama grande. Sem perder tempo, puxo-o com força para cima de mim, e nós dois caímos. Rapidamente, eu o viro, ficando por cima.Sua mão desliza pela minha coxa, acariciando toda a extensão, subindo minha saia ainda mais.Ele se senta na cama, os beijos se tornam mais quentes, carregados de urgência. Tiro completamente sua camisa, contemplando pela primeira vez seus braços e abdômen definidos.Mordo meu lábio, deixando clara minha expressão excitada ao vê-lo semi nu. Minhas mãos acariciam seus ombros alinhados e deslizam devagar pela sua pele.Eu adoro vê-lo se arrepiar com o meu toque. Continuo minha exploração, descendo até o abdômen e arranhando suavemente, arrancando um gem
Por Kim Jin-HooNós dois estamos descansando sobre a cama dela. Involuntariamente, estou fazendo carinho em seu ombro. Um lençol fino cobre nossos corpos nus. Depois da terceira rodada de sexo ardente, acho que estamos esgotados, mas, mesmo assim, o desejo ainda está ali. Não consigo mais fazer isso como se fosse só dessa vez; eu só quero mais dela.— No que está pensando? — Ela diz enquanto ergue a cabeça para me olhar.— Precisamos conversar sobre o que está havendo aqui — respondo tranquilamente.Ela concorda e se ajeita na cama. Eu tiro meu braço ao seu redor, e ela se vira de barriga para baixo, apoiando os cotovelos sobre a cama.— O que tem para me dizer, senhor Kim Jin-Hoo? Estou curiosa — me pergunta com um olhar desafiador.Eu a encaro um pouco sonolento.— Somos adultos, e já sabemos muito bem o que queremos. Essa coisa de só "mais uma vez" não está dando certo. — Eu a olho profundamente agora. — Sempre que te vejo, fico louco e só quero você. Então, vamos aproveitar essa a
Por Choi Ha-na.O ambiente no meu apartamento é alegre e descontraído, o cheiro da comida é delicioso e meu estômago ronca, observando Jin-Hoo cozinhando com um sorriso confiante enquanto se gaba de suas habilidades na cozinha.Seu traje hoje está mais despojado. Ele usa uma blusa preta de mangas longas, com um estilo casual e simples. O tecido parece ser confortável, sem estampas ou detalhes chamativos. Nos pulsos, é possível notar um relógio de pulso preto, que complementa o visual minimalista. O cabelo liso, de comprimento médio, está hoje dividido de forma natural, com uma franja levemente caída na testa, dando um ar moderno e elegante. Ele é tão lindo!O som suave da panela borbulhando preenchia o silêncio confortável entre nós, enquanto o aroma picante e salgado do Kimchi-jjigae fazia meu estômago roncar ainda mais.— Quer tirar uma foto? — Ele brinca enquanto apaga o fogão elétrico e me olha.— Por que eu faria isso? — Faço um biquinho, tentando segurar o riso. — Eu posso te ve