Capítulo 5

Capítulo 04

Por Choi Ha-na

Mantenho meu olhar preso ao dele enquanto dou um gole no vinho. Passo a língua pelos meus lábios lentamente e desvio o olhar com um sorriso de canto.

— Vocês têm que parar com essa briguinha chata de anos, já estão velhos demais para isso. — Park suspira. — Espero que a Ha-na não siga os seus passos.

— Como não iria seguir? — Meu appa comenta, completamente vermelho. — Eu a criei muito bem. Ela sabe exatamente em quem confiar e com quem deve andar.

— Pelo amor de Deus! Os Kim não são tão ruins assim.

— Hyung, hoje você está me irritando. — Ele continua irredutível.

Se meu pai soubesse que sou sócia do filho do seu inimigo mortal, com certeza nunca me daria a presidência. Vou manter isso comigo por enquanto, pelo menos até conseguir o que quero.

Dou mais um gole no vinho.

— Vamos lá, vamos cumprimentar o pessoal do outro lado. Vai ser melhor vocês não ficarem se encarando. — Park pisca para mim e leva o senhor Choi dali.

Dou um sorriso aliviado e fico em uma das mesas, sozinha. Troco alguns sorrisos com pessoas ao redor, mas nunca me senti muito bem nessas festas. Talvez seja porque não sou tão sociável quanto deveria.

Tomo mais um gole do vinho e, de repente, vejo um homem se aproximando.

Aquele insuportável filho do deputado. Ele está atrás de mim desde que me tornei CEO. Preciso ser mais educada do que gostaria.

— Ha-na, quanto tempo. Preciso dizer que você está linda hoje. — Ele sorri, me analisando de cima a baixo.

— Hm, obrigada. — Dou mais um gole no vinho, desviando o olhar para a mesa de trufas. — Soube que vai lançar uma nova linha.

— Pelo visto, está sabendo demais sobre mim. — Respondo em um tom frio. — Com licença.

Saio de perto dele antes que me convide para mais um jantar. Vou para o lado oposto, na direção da mesa de trufas. Lá é mais sossegado, sem muitas pessoas ao redor. Fico observando as cerejas mergulhadas em calda de chocolate.

Pego uma, fecho os olhos e sinto o gosto adocicado nos lábios. Um leve gemido de satisfação escapa de mim antes que eu consiga me conter.

— Eu já ouvi esse som antes, e foi muito mais prazeroso. — A voz dele me causa um arrepio na espinha.

Abro os olhos rapidamente e vejo Jin-Hoo do outro lado, com um ar zombeteiro. Ele observa as trufas, mas não parece interessado em comer nenhuma. Ele só está ali para me provocar.

Dou um sorriso safado e passo a língua pelos lábios sensualmente, observando como ele acompanha cada movimento meu. Percebo um leve ofegar escapar dele.

Então eu o afeto também. E isso é muito bom.

— Será mesmo que aquele foi o mais prazeroso que soltei? Talvez eu tenha me segurado um pouco mais. — Respondo com um sorriso perverso e completo: — Mas isso é algo que você jamais irá presenciar ou ouvir novamente.

Pego outra cereja e brinco com ela nos lábios antes de morder o doce. Jin-Hoo me observa de cima a baixo e toma um gole do vinho.

— Você é uma cobrinha mesmo. — Ele sorri de lado, absurdamente charmoso, e deixa o olhar vagar pelo meu corpo de forma provocativa. — Gostei mais dessa roupa do que a de antes.

— E essa cobrinha está indo embora. Já passei tempo demais na sua presença. — Dou um sorriso e o encaro. — Ah, e sim, eu também gostei dessa roupa. Hoje eu dispensei um elemento essencial. — Minha voz sai baixa e carregada de provocação. — Estou sem calcinha.

Dito isso, viro as costas e subo as escadas ao lado sem olhar para trás. Ando rapidamente pelo corredor vazio, o som dos meus sapatos ecoando no chão. Assim que viro o final do corredor, vejo o banheiro ao lado.

Entro e fecho a porta, segurando na pia com força enquanto tento normalizar minha respiração. Encaro meu reflexo no espelho e me repreendo:

O que você fez, mulher?

Por que estou provocando tanto aquele homem? Por que ele me afeta assim? É só o Jin-Hoo. Nós dois nunca nos demos bem. Só foi uma transa.

Só uma.

Por mais gostoso que ele seja, não pode haver outra.

Você é uma CEO e futura presidente da empresa Choi. Suas coleções são um sucesso. Esqueça isso e foque no seu objetivo.

Respiro fundo e me ajeito com um sorriso. Depois de um tempo, consigo me acalmar e recuperar o controle.

Ao sair do banheiro, quase grito ao dar de cara com Kim Jin-Hoo, parado na frente da porta de braços cruzados, encostado na parede.

Sua respiração está ofegante, como se tivesse corrido até ali. Antes que eu diga qualquer coisa, ouvimos passos ao longe. Ele agarra minha mão e me puxa para o final do corredor, entrando comigo em uma sala vazia.

A arquitetura do lugar é antiga, com várias pinturas penduradas nas paredes.

— O que deu em você? — Pergunto, ainda tentando recuperar o fôlego. — Se alguém nos ver, vamos estar em sérios problemas e…

— Eu ainda lembro como foi estar dentro de você, sentir o seu gosto, ouvir os seus gemidos. — A voz dele é um sussurro carregado de desejo.

Dou um sorriso convencido e olho para o lado.

— Então é você que está me atacando. Está confessando agora.

Meu sorriso desaparece no momento em que nossos olhares se encontram. O meu coração dispara, e quem está ofegante agora sou eu.

— Eu tenho um limite, Ha-na. Me provocar quando estou com tesão é um erro, porque eu só quero uma coisa. — Sua voz é sombria, carregada de luxúria.

Seus olhos estão sérios, com um brilho perverso que me consome por inteiro. Ele se aproxima lentamente, e cada passo dele me faz recuar.

Minhas costas batem na parede, e o perfume dele me embriaga de novo.

Meu Deus! Por que ele me deixa assim? Por que estou tão fraca e rendida? Eu sou uma mulher experiente e, mesmo assim, sinto-me como uma garota inexperiente.

Em um ato rápido, Jin-Hoo me beija, roubando meu ar e toda a lógica que eu poderia ter. O que sobra é apenas o desejo avassalador que me consome. Ele me segura pela cintura e me ergue à altura de seu quadril. Minhas pernas o envolvem, enquanto minhas mãos se agarram firmemente aos seus ombros.

Suas mãos deslizam pelo meu vestido até a altura da minha barriga. Ele tira o próprio membro para fora, e eu dou o tempo necessário para que coloque a camisinha. Sem demora, ele começa a me penetrar, e o impacto me deixa sem controle.

— Tão molhada... — ele sussurra no meu ouvido, a voz grave e carregada de desejo, enquanto me possui ali, naquela sala, em plena festa importante, com nossos pais do lado de fora e o risco constante de sermos flagrados.

E eu não me importo. Na verdade, isso só me excita ainda mais. Cada estocada dele me faz perder o controle, meus gemidos aumentam, e ele cobre minha boca com a mão para abafá-los. Minhas unhas cravam-se em seus cabelos, e meu corpo segue o ritmo avassalador de suas investidas.

Por que é tão gostoso tê-lo dentro de mim? Por que é tão viciante vê-lo perder o controle por minha causa?

Nossos olhares se cruzam, e ele ainda está com aquele semblante de raiva e desejo incontrolável. Eu o beijo com força, nossas línguas em uma batalha feroz, como se lutassem por domínio.

Jin-Hoo me vira de frente para a parede, prende minhas mãos contra ela e me mantém sob controle enquanto acelera ainda mais o ritmo. Tento controlar meus gemidos, mas é impossível. Cada movimento dele me deixa mais fora de mim.

Sinto os bicos dos meus seios doloridos dentro do bojo, ansiando por sua boca, mas agora não é o momento para isso. O calor de seu corpo, o suor escorrendo por sua testa e pescoço, tornam tudo ainda mais intenso. Essa imagem é suficiente para me fazer gozar, e sei que ficará gravada na minha mente por muito tempo.

Gemo alto, incapaz de conter o som, enquanto meu orgasmo me consome. Ouço Jin-Hoo suspirar e soltar um gemido baixo em meu ouvido, o que só intensifica o prazer. Aquele som dele... Meu Deus, aquele som...

Depois que o desejo avassalador diminui, nós dois nos recompondo lentamente. Seus cabelos estão bagunçados, e alguns fios caem sobre sua testa. Eu tento ajeitar o meu, ignorando o rubor evidente em meu rosto, mas sei que minha aparência não está como antes.

— Só dessa vez. — digo, quebrando o silêncio, tentando recuperar o controle sobre mim mesma.

— Só dessa vez. — ele concorda, a voz ainda carregada, mas com o olhar mais calmo, embora frio. — Pode sair primeiro. Eu vou depois.

Saio da sala, dando um suspiro de alívio ao ver o corredor vazio. Caminho de volta à festa, fingindo naturalidade, como se nada tivesse acontecido. Mas, por dentro, minha mente está em ebulição. 

Por que estou cedendo tanto a ele? Por que ele perdeu o controle comigo? Eu nunca o tinha visto assim. 

Seja o que for, não haverá uma terceira vez. 

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