Lembranças…Assim, ela ficou incomunicável e em pequenos momentos de confronto, eu me via igual ao meu pai! Sem conseguir me controlar, pois quando dava por mim, já estava lhe castigando. Não que me agrade totalmente punir a minha mulher, mas um lado meu se sente satisfeito, pleno e feliz. Na noite em que saí para comemorar a assinatura de um grande contrato, encontrei Marieta e estava aproveitando com ela quando fui visto pelo idiota pomposo. Acabamos discutindo e sem esperar, ele me acertou um soco. Antes que eu pudesse reagir, ele já estava em cima de mim, distribuindo mais socos, e acabei inventando uma pequena mentirinha. Mas com a minha mulher, ele não teria essa chance, e naquele momento, a minha noite havia acabado. Fim das lembranças.Chego em casa cheio de ódio e a encontro na sala sentada lendo um livro. O silêncio da casa é cortado apenas pelo som das páginas viradas e pelo tic-tac do relógio na parede. Quando conto que seu amigo voltou, observo seus olhos escurecerem e b
Sou imensamente grato por tudo que Deus me concedeu, valorizando cada bênção que recebi. Agradeço a todos e a todas as coisas que contribuíram para a minha jornada. Minha família, sim, minha família é verdadeiramente o meu alicerce. E quando menciono família, incluo também meus amigos queridos, especialmente aquela que sempre ilumina meu caminho com seu sorriso radiante. Como sinto saudades da minha querida smile. Se eu tivesse conhecimento de que vir para Nova York resultaria em tamanha saudade e nos afastaria, talvez reconsiderasse essa decisão. No entanto, a determinação de crescer profissionalmente por conta própria, sem depender de ninguém, foi mais forte em mim. Minha jornada aqui na cidade não foi perfeita, mas teve seus momentos positivos: pude desenvolver minha carreira, desfrutei de momentos de pura diversão. No entanto, renunciaria a todas as noites de sexo que vivi apenas para estar ao lado das pessoas que amo. E isso é exatamente o que farei! Chega de Nova York. Tenho a c
— Olly, eu preciso desligar. Depois nos falamos. — Mas eu…Desligo e nem ligo se desliguei na cara dela. Se ela ia falar algo importante, não interessa! Olho para a coisa linda, sentada no meu sofá, com as pernas cruzadas e com um salto agulha nos pés, me olhando. — Gata, me espera no quarto.— Mas… — Me espera no quarto ou pode ir embora. Você quem sabe. — Digo sem paciência e disco o número da Ayumi. — Oi! Léo, tudo bem com você? Quanto tempo? — Ela atende animada. — Você tem algo para me contar? — Eu também estou morrendo de saudades, Kaléo. Como está? — Diz debochada e respiro fundo. — O assunto é sério, Ayumi! Nós nos falamos sempre e fico sabendo por terceiros que você está namorando aquele idiota. Pensei que fossemos amigos! — Eu ia te contar. Só estava esperando para ver se iria dar certo esse relacionamento. Não queria me antecipar. — Pois não dará! Clarck, esse cara não presta e você sabe disso! — Isso é ciúme, Kaléo? Nada abalará e nem acabará com a nossa amizade.
Ao me perguntar o que eu desejo, solicito uma dose dupla de uísque escocês. Com habilidade, ele serve a bebida rapidamente, e eu levo o copo aos lábios, consumindo-o de uma só vez. Sinto a ardência reconfortante descer pela minha garganta e coloco o copo de volta no balcão, recebendo outra dose em seguida. — Um dia difícil? — Pergunta o barman, demonstrando interesse. — Sim! Eu adoraria resolver tudo isso, mas não faço ideia por onde começar. Engajamos em uma breve conversa, e percebo que, sem prestar atenção, já estou extremamente embriagado. Saio do bar e olho para a rua, estranhamente calma esta noite. Um sorriso se forma em meus lábios ao imaginar Ayumi parada ali, na minha frente, com as mãos na cintura, lançando-me um olhar sério ou até brigando comigo por beber. Ela nunca aprovou me ver nesse estado, muitas vezes pegava o copo da minha mão e o esvaziava, sem nem mesmo saber o que era, apenas para me incentivar a ir embora. Eu sempre lhe dizia que queria terminar a bebida, m
Abro os olhos e estou em uma rua com poucas casas, algumas são bem simples e outras nem ao menos possuem vidros nas janelas. Vou caminhando e paro em frente a uma casa. O quintal é pequeno, a grama está mal cuidada e queimada pelo sol, tem um pequeno quadrado de tijolos pintados de vermelho que é uma caixa de areia, com alguns brinquedos que reconheço. Mais adiante, tem um balanço improvisado em algumas vigas e um escorregador de metal. Meu coração dispara e abro o pequeno portão, entrando. Ando pelo caminho de grama e olho pela janela, vendo-a. Lágrimas inundam os meus olhos, ela me olha e sorri. Corro até a porta, abrindo-a, e ela está de braços abertos.Vou até ela e a abraço, choro ali sentindo a dor da saudade crescer ainda mais em meu peito. — Que saudade, mamãe! — Falo em meio ao choro. — Também estava com saudade, meu pequeno — ela me afasta e limpa as minhas lágrimas. — Quero que seja forte, que nunca mude o que você é aqui dentro… — ela diz, colocando a palma de sua mão s
Alguns Dias Depois…Não consegui ficar me divertindo com o pessoal. O que Carl disse não sai da minha cabeça. Ayumi não iria embora com outra pessoa sem nos falar e muito menos nos trair. Ela não é assim! A conheço como a palma da minha mão! É um absurdo. Tem algo aí e descobrirei. Chego no meu apartamento após mais um dia cansativo na empresa e subo direto para o meu quarto. Preciso de um banho e assim o faço. Depois visto uma calça do conjunto do pijama e desço as escadas indo direto para a cozinha, onde encontro um bilhete da Dona Havah na geladeira.Oi querido! Tem macarrão com queijo na geladeira, salada e filé de peixe grelhado. Coma! Saberei se não comer e descanse. Beijos da mamãe… Te amo!Sorrio para o bilhete, o pego e vou até um grande quadro que tenho no meu escritório aqui em casa, abro a tampa de vidro e o coloco no quadro junto com os outros, fecho o quadro e me lembro de quando essa ideia surgiu. Lembranças…— A nossa mãe enfeita tanto a sua geladeira de bilhetes, qu
— Oi!— Te chamei várias vezes, mas você não respondia.— Me desculpe, é que eu estava me lembrando do dia em que cheguei na casa dela. — Minto, pois essa parte meus amigos não sabem e os únicos são meus pais e irmãos.— Ah! Cara, eu me lembro da minha mãe dizendo que a sua ia acabar indo parar no hospital de tanta ansiedade. — Acabo rindo e conversamos mais um pouco. Depois desligo, pego a foto à frente e fico a olhando, me lembrando do dia em que a Ayumi chegou no orfanato.Lembranças… Anos atrásA neve está começando a cair. Hoje está mais frio e cinzento. Gosto da cor cinza no céu, é tão linda! Sempre que a saudade dela aperta, venho até a janela e fico admirando o começo do anoitecer. As outras crianças maiores sempre encrencam comigo porque gosto de ficar aqui na janela do sótão admirando a rua e observando as pessoas passarem. Tem uma menina que mora aqui que não gosta de mim, ela vive implicando comigo e fujo dela. Foi assim que descobri esse lugar.Gosto de olhar a paisagem,
Maldito e mentiroso! Tento ligar mais uma vez para o número do desgraçado, mas só cai na caixa postal. Deveria ter pedido o novo endereço desse infeliz ao Mayke, isso é, se ele não mentiu para o MK também sobre sua localização. Mas agora ele não tem para onde correr. Disco o número do meu amigo.— Cara, você me ama muito. — Atende brincalhão como sempre, mas o assunto agora é sério.— Ayumi me ligou! — Digo rápido, não dando espaço para mais brincadeiras. Ele fica em silêncio, então continuo: — Ela está com aquele merda, ele mentiu! Você precisa me ajudar ou ele irá matá-la! — Minha respiração está acelerada, meu coração parece que a qualquer momento sairá do meu peito, minhas mãos estão tremendo.— Calma, Kaléo! Fale mais devagar e me conte desde o começo, estou de plantão no departamento há mais de 24 horas, estou meio lento. — Respiro fundo e começo a contar.— Depois que desligamos, resolvi me afundar no trabalho. Mas não consegui e aí você me mandou o e-mail com os dados dele e