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Capítulo 3: Kaléo Coleman - O retorno - Parte 3

Ao me perguntar o que eu desejo, solicito uma dose dupla de uísque escocês. Com habilidade, ele serve a bebida rapidamente, e eu levo o copo aos lábios, consumindo-o de uma só vez. Sinto a ardência reconfortante descer pela minha garganta e coloco o copo de volta no balcão, recebendo outra dose em seguida. 

— Um dia difícil? — Pergunta o barman, demonstrando interesse. 

— Sim! Eu adoraria resolver tudo isso, mas não faço ideia por onde começar. 

Engajamos em uma breve conversa, e percebo que, sem prestar atenção, já estou extremamente embriagado. Saio do bar e olho para a rua, estranhamente calma esta noite.  Um sorriso se forma em meus lábios ao imaginar Ayumi parada ali, na minha frente, com as mãos na cintura, lançando-me um olhar sério ou até brigando comigo por beber. Ela nunca aprovou me ver nesse estado, muitas vezes pegava o copo da minha mão e o esvaziava, sem nem mesmo saber o que era, apenas para me incentivar a ir embora. Eu sempre lhe dizia que queria terminar a bebida, mas ela teimava em me tirar de lugares como esse.

Volto a mim e não sei o quanto bebi até agora, mas não sei como voltar para casa.

 Um mês depois…

Após pensar muito nesse um mês sobre a conversa com Carl, eu precisava fazer alguma coisa, então acordei cedo no dia seguinte e fui ao distrito, pedi para Mayke investigá-lo, fiquei esperando a ligação de Ayumi, o que não aconteceu. Sempre que podia, estava com meus amigos e irmãos em alguma balada, quase sempre nos encontrávamos com Carl. O que me intrigava é que ele estava sempre sozinho, sempre com uma desculpa esfarrapada para a ausência de Ayumi. Há duas semanas, seu número de celular consta como inexistente, avisei ao Mk, que me garantiu que verificaria o que estava acontecendo. 

Agora estou com os meus amigos em uma boate, estou aqui saboreando mais uma dose de uísque, tentando mascarar minha preocupação com Ayumi. Nem para me divertir tenho tido cabeça, nunca considerei dispensar tantas mulheres, como tenho dispensado, mas por mais que eu me esforce não consigo me deitar com nenhuma, isso está me preocupando muito, mas não tem o que fazer, só sossegarei quando tiver notícias de Ayumi. Olho para a pista de dança, pessoas dançando e quase se enfiando dentro uma das outras, mas uma pessoa em especial me chama atenção! Tomo o resto de minha bebida e vou ao encontro do casal e reconheço Carl, porém o mesmo se encontra com outra pessoa ao invés de estar com Ayumi. Sem pensar muito, acabo com a distância entre nós o pegando pela gola de sua camisa que me olha de olhos arregalados. Se esse filho da mãe pensa que trairá minha amiga e sairá impune, está muito enganado!

— Que merda você pensa que está fazendo? — Grito para que ele me ouça, Carl me olha com o sorriso debochado, tentando tirar minhas mãos de sua camisa, mas só tenta!

— Calma aí, amigão! — O desgraçado me chama de amigão e ainda sorri.

— Amigão? Eu nunca te dei essa liberdade, eu sabia que você não prestava! Avisei a Ayumi sobre você. Agora vejo você a traindo? — Olho para o lado e a moça que mais parece um filhote de periquito quando começa a criar penugem, me come com os olhos.

— Pode tirar sua éguinha da chuva. Não rolará nada e nunca rolaria!

— Por quê? — Ela pergunta mascando um chiclete.

— Porque, eu amo… — Paro na hora de falar e ele se solta tentando protestar, Carl me apresenta a sua acompanhante. 

— Marieta… esse é o nome dela. — Olho para ele já impaciente e minhas mãos estão coçando tanto… querendo amassar a cara dele, que estou quase ao ponto de cair em tentação.

— Estamos nos divertindo um pouquinho. — Ele pisca para a mulher ao nosso lado que sorri mostrando um dente de ouro. 

— E quanto a Ayumi? — Preciso saber o que está acontecendo, não permitirei que a minha melhor amiga seja taxada de corna enquanto está em casa, servindo de empregada.

— Você sabe… O que os olhos não veem, o coração não sente! — O ódio me consome nesse instante. Dou-lhe um soco fazendo-o cair no chão. 

— Você não presta, não merece a mulher que tem. Ela é doce, carinhosa, demais para você seu merda! — Subo em cima dele e dou-lhe mais alguns socos. 

Sinto braços me puxarem de cima do desgraçado, ainda consigo acertar-lhe alguns chutes e ouço pedirem-me para ter calma. 

— Calma, cara. Vão te expulsar da boate! — Olho para o lado e vejo Jackson tentando me puxar para bem longe do idiota. — Deixa-o. Não vale a pena. Não concordamos com o que ele faz… Mas isso só cabe a ele e à Ayumi. 

— Ela me traiu, merda! — Ele grita. Algumas pessoas se afastam de nós e lágrimas de crocodilo escorrem da sua cara de sem-vergonha. — Eu a amo demais, mas ela me traiu! Fugiu com um desgraçado do trabalho dela, enquanto o babaca aqui… — aponta para si dando alguns socos no peito. — Paguei detetives para ter a mulher que amo de volta, mas foi em vão! — Ele chora mais, mas eu não caio nessa encenação. — Fico com outras mulheres porque não quero parecer um fraco, não quero cair em depressão por não ter um amor correspondido. 

— Eu não acredito em você! — Solto-me dos braços de Jackson e dou-lhe mais socos. Sou puxado novamente e digo entre os dentes com ele me olhando do chão onde é o seu lugar.  — Vou descobrir o que você fez à Ayumi. Você vai me pagar quando eu descobrir se algo grave aconteceu a ela. Pode apostar que não serão apenas socos e chutes que você vai ganhar! — Antes que eu possa dar-lhe um chute, sou puxado por Jackson. 

Kaique e Lucca entram na minha frente, protegendo o babaca que está se levantando agora.

— Você deveria estar do meu lado, Coleman. Ela me traiu e eu é que pago pelas consequências? Você deveria ser meu amigo! Dessa vez passa. Se souber notícia dela ou se falar com a Ayumi… — ele limpa o canto da boca que está sangrando, cospe no chão e volta a dizer: — Diga a ela que não desisti dela, de nós! Que a amo, que ela é minha e sempre será a dona do meu coração. — Diz e sai arrastando a moça que estava ao lado dele.

Sou levado para a mesa e peço uma dose dupla do meu bom e velho amigo uísque. Tem algo muito errado nessa história. Conheço Ayumi e sei que ela jamais faria nada assim, mas vou investigar… Preciso saber o que aconteceu com a minha menina sorriso.

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