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Capítulo 5: Kaléo Coleman - Obscuro - Parte 1

Alguns Dias Depois…

Não consegui ficar me divertindo com o pessoal. O que Carl disse não sai da minha cabeça. Ayumi não iria embora com outra pessoa sem nos falar e muito menos nos trair. Ela não é assim! A conheço como a palma da minha mão! É um absurdo. Tem algo aí e descobrirei. Chego no meu apartamento após mais um dia cansativo na empresa e subo direto para o meu quarto. Preciso de um banho e assim o faço. Depois visto uma calça do conjunto do pijama e desço as escadas indo direto para a cozinha, onde encontro um bilhete da Dona Havah na geladeira.

Oi querido! Tem macarrão com queijo na geladeira, salada e filé de peixe grelhado. Coma! Saberei se não comer e descanse. 

Beijos da mamãe… Te amo!

Sorrio para o bilhete, o pego e vou até um grande quadro que tenho no meu escritório aqui em casa, abro a tampa de vidro e o coloco no quadro junto com os outros, fecho o quadro e me lembro de quando essa ideia surgiu. 

Lembranças…

— A nossa mãe enfeita tanto a sua geladeira de bilhetes, que deveria fazer um quadro com eles. — Lucca diz vindo da cozinha com uma cerveja em uma mão e na outra, balançando o bilhete o entregando para mim. 

— Pare de ser ciumento Lu, a mamãe faz isso quando vai na casa de qualquer um de nós, ela sempre deixa um bilhetinho. — Olly fala aparecendo com uma tigela enorme de doritos com queijo derretido. 

 — Essa é a forma dela de dizer que nos ama, até mesmo eu que não sou filho recebo bilhetes dela. — Mayke comenta pegando um frango frito da vasilha. 

— Tenho uma ideia, cada um monta algo para os bilhetes dela — Olly diz batendo palmas e grita eufórica. — Ela vai amar isso, vai ser a nossa forma de guardar com carinho os bilhetes dela.

— Eu topo. — Mk diz. 

— Tô dentro. — Lucca fala olhando para a televisão e ganha um peteleco da Olly.

— Você nem prestou atenção no que falei.

— Claro que sim Olly, vamos fazer algo maneiro para a dona poderosa.

— E isso é jeito de falar da nossa mãe, Lucca? — Olly faz um gesto negativo para ele que sorri e faz um carrinho no rosto da nossa pequena. 

— Irei pensar o que farei com os meus bilhetes. — Falo e bebo a minha cerveja.

Fim das lembranças.

Sorrio e volto para a cozinha, abro a geladeira e pego o macarrão. Coloco a travessa no micro-ondas e o ligo. Assim que está pronto, pego a travessa colocando em cima da mesa, destampo e o cheiro é maravilhoso! Pego um prato limpo no armário, os talheres, um copo e me sirvo. Não comerei o peixe, ela sabe que não sou muito fã. Pego a salada e o suco de laranja, coloco tudo em uma bandeja e sigo para o meu escritório novamente. Me sento na minha cadeira e ligo para o MK. Preciso ver com ele como anda a busca pela Ayumi. Ele atende no segundo toque…

— Oi! Bobão, como está?

— Estou bem, babão — só Mayke para me fazer rir em um momento desses. — Porém, preocupado com a Ayumi! Alguma notícia? — Que ele diga sim! Por favor, diz que achou algo.

— Não, mas estou fazendo tudo o que posso para achá-la. Porém, o número de telefone que você me deu está dando inexistente. — Assim que ouço, desisto de levar o garfo à boca.

— Liguei várias vezes também e por um tempo eu ouvia a sua mensagem do correio de voz, mas agora é o mesmo que você disse.

— Mas estamos refazendo os últimos passos dela e falando com quem a viu antes do sumiço. Falamos com o Carl e ele disse que a Ayumi o traiu e assim fugiu com um cara que trabalhava com ela. Fomos à empresa onde ela trabalhava e disseram que nenhum homem que trabalha lá pediu demissão ou sumiu, a não ser a Ayumi. Nem mesmo para dizer que não trabalhará mais lá ela foi. Apenas foi apresentado uma carta dizendo que ela estava pedindo demissão. 

— Uma carta? 

— Sim, e ainda foi levada pelo Carl. Ah, e você não sabe da maior, a empresa é do Carl.

— Mentira! — Falo sem acreditar.

— Descobri porque o vi chegar quando estava saindo. Então fui conversar com ele e o próprio me contou ser o CEO de algumas empresas, mas não perguntei como isso aconteceu, na verdade, investigando a fundo descobri que uma mulher chamada Stefani Maier, passou para ele as empresas, na verdade, foram casados.

— Como assim foram?

— Ela faleceu, decorrido a um infarto.

— Eu duvido muito que tenha sido isso!

— Os documentos comprovam, mas sabemos de quem estamos falando e ele pode ter mexido os pauzinhos para matá-la. Mas voltando ao assunto, o quadro de funcionários que trabalharam lá ou trabalham continua sendo o mesmo, sem nenhuma demissão, só a da Ayumi e outras admissões.

— Isso é muito estranho, MK! Tudo isso é algo que não vejo explicação.

— Quando chamamos Carl para interrogá-lo, ele chorou e disse que ama muito a Ayumi, que até saiu do apartamento dele, porque tudo lá o fazia lembrar dela, que mesmo ela fugindo e o traindo com outro, ele ainda a ama.

— MK, isso está muito estranho! Por que o Carl não estava aparentando sofrimento quando o vi? Por que ele estava agarrado com uma estranha parecida com um periquito, quando começa a criar penugem, na boate? — Mayke começa a rir e o porquê? Eu não sei! — O que você está rindo? 

— Nunca nesses quase vinte anos que lhe conheço, ouvi ou vi você maldizer alguma mulher. O que há com você?

— Vai catar coquinho no deserto de Marte, capitão.

— Olha o desrespeito, meu rapaz. Posso te prender por desacato.

— Ah! Isso quero ver, até porque se você me prender, conto os seus podres para o departamento inteiro.

— Isso é golpe baixo, jogo sujo.

— E alguma vez eu disse que jogaria limpo?

— Não! — Fala sorrindo.

— Esse capitão é um menino esperto! — Sorrimos juntos.

— Mas estou fazendo de tudo para achá-la, Léo, e você será o primeiro a descobrir quando acontecer.

— Eu não posso perdê-la, Mayke. Ela é a minha amiga, minha protegida. É o meu anjo dos olhos castanhos. — Digo isso olhando para o porta-retrato que tem na minha mesa onde estamos nós dois, quando éramos crianças.

— Eu sei, cara. Sei que você e a Ayumi têm uma ligação incrível e única, são como irmãos! Farei o máximo para achá-la.

— Obrigado, meu amigo, e já ia me esquecendo… A dona Havah falou que se você me ligasse ou eu te ligasse, era para dar um recado.

— Xi! Que lá vem bomba!

— E que se não desse o recado, teria meu bem mais precioso arrancado. — Digo rindo e ele gargalha, pois sabemos que a minha mãe é doida!

— Dona Havah não muda nunca! E qual é o recado? Já tenho até medo.

— Que se você não aparecer lá, ela vai ao departamento te buscar pela orelha e que você é um rapaz ingrato por abandoná-la.

— Eita! É a rainha do drama mesmo. Fui vê-la na semana passada.

— Mas você sabe que a semana passada para ela é há quase uma década.

— Sim, verdade. Me lembro do dia em que você chegou na casa dela, ela faltava soltar fogos.

Havah e John não são meus pais biológicos. Fui para o orfanato quando tinha cinco anos. Minha mãe foi morta pelo meu padrasto, que só não me matou porque ela me escondeu no porão da casa onde morávamos, mas vi tudo pela fresta que tinha no piso de madeira. A polícia só achou a mim e minha mãe porque uma vizinha achou estranho não me ver brincando no quintal, até porque minha mãe me levava diariamente para brincar no parquinho improvisado que ela mesma fez.

Sou tirado dos meus devaneios com o Mayke me chamando: — Kaléo, está aí?

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